Brinquedo da Felicidade

Um conto erótico de Toca de Lobo
Categoria: Heterossexual
Contém 1166 palavras
Data: 17/09/2019 14:48:40

Fiquei viúvo aos 40 anos e não foi fácil vencer a depressão. Durante algum tempo martelava o conselho infantil do meu sobrinho:

— Tio, por que você não ensina aos outros casais a ser feliz como você foi?

O trabalho me levou a outro estado, Espírito Santo, onde consegui um apartamento minimalista, aconchegante e em primeira locação quase de frente ao mar. Tudo maravilhoso não fosse as paredes de gesso com pouca isolação acústica.

O quarto do casal vizinho, que tinham em torno de 22 anos, era colado ao meu. O meu silêncio de homem só os deixava confortáveis. Certamente não sabiam que eu escutava seus ruídos, conversas e gemidos com juras de amor. Me levou a perceber também que eles discutiam mais do que faziam amor. Havia ali algo de errado e lembrei do meu sobrinho.

Em minha atividade trabalho mais virtualmente e fico muito em casa. Resolvi me aproximar do Nei, marido da Ana, mas ele trabalhava muito – um dos mais persistentes motivos das brigas.

Ana, jovial, vivia correndo, pisando descalça na grama, tomando banhos de chuva e de mar. Dela a aproximação foi fácil, mas existia o desconforto em entrar no assunto matrimônio e felicidade conjugal, como meu sobrinho sugerira. Me pego rindo de mim mesmo.

A briga desta noite foi feia com juras de vingança, portas batidas. Resolvo passear à beira mar, seria impossível trabalhar. Para minha surpresa Ana está sentada na areia. Sem uma palavra sento bem ao seu lado, ouço seus soluços. Ela me olha espantada, dá de ombros e segue chorando, até que:

— Aquele filho de uma puta. Usa a desculpa do trabalho para tudo. Não sou ciumenta, mas sei que ele está saindo com a secretária dele. Ouvi o canalha comentar com meu amigo como ela é fogosa. O calhorda do meu amigo nem comentou ou me alertou.

Depois de uns dois minutos em silêncio, ela volta a desabafar consigo mesma para que eu ouça.

— Sei que sou tradicionalista, até meia travada. Não me permito arroubos sexuais, não faço aquelas coisas nojentas nem grito escandalosamente. Isso, definitivamente não é necessário. Mas ele nem tenta mudar as coisas e tem muito mais experiência que eu.

Me ouvi falando estupefato comigo mesmo:

— Você não queria se vingar? Vamos conversar lá em casa. Acho que posso te ensinar muita coisa sem ultrapassar quaisquer dos seus limites.

A idiota aceitou e eu mudei por dentro. Estava ansioso, a libido começou a me dominar e seguimos lado a lado conversando em voz baixa:

— Você já se masturbou?

Ana se assusta e me prova que é mesmo conservadora: — Tocar em mim mesma? Nunca? Isso é nojento e é pecado.

— Em relação ao pecado – rebati – Deus te deu esse corpo e te permitiu ter prazer com ele. Masturbação não é relação sexual, é muito mais autoconhecimento.

A partir dali, não sei como ela passou a falar abertamente sobre quase tudo. Descobri, então, que pelo menos com ela Nei, ou perdia o tesão, ou ejaculava prematuramente. Isso estava complicado.

Lembrei da minha malinha de novidades. Tudo que eu não mais usaria pois estava viúvo. Enquanto fui feliz no casamento fazia questão de comprar todos os lançamentos de brinquedos eróticos. Lembrei do último que era um sucesso. Em menos de um minuto minha esposa estava vibrando em minhas mãos e ansiando por mais e mais sexo.

— Quero fazer um jogo com você Ana, que pode fazer parte da sua vingança sem nada acontecer. Eu não vou tocar com nenhuma parte do meu corpo no seu corpo, mas você vai ter prazer com outro homem, eu garanto.

Ela, jovial e já sorridente, entretanto ressabiada, quis saber mais.

— Simples, o exibicionismo é uma fonte inusitada de prazer. Se expor propositalmente a outra pessoa tem o poder de excitar os dois.

— Como vamos fazer isso, estou quase aceitando.

— Simples – era hora de convencê-la – você vai ao banheiro, tira a calcinha, e quando estiver segura volta para o quarto. Eu vou colocar uma venda nos seus olhos para reduzir sua vergonha e você levanta totalmente sua saia, ou eu levanto sua saia de forma que você simplesmente saiba que sua vagina está exposta. Se você quiser poderá tocá-la para expor ainda mais.

Eu tinha que arrematar aquela abordagem.

— Vai para o banheiro e lá você decide.

Em poucos minutos eu peguei a malinha de brinquedos e ela, com uma cara de sapeca, e visivelmente tesuda, sai do banheiro expondo a calcinha entre os dedos. Senta na cama colocando a saia para trás de forma a não sentar no tecido. Pede a venda e diz que está a minha disposição.

Vendada, passo a ajudar na vingança de forma a erotizar ao máximo aquele momento levantando muito lentamente sua saia e comentando cada pedaço de pele revelado, o intumescimento de seus seios, os arrepios percebidos, a respiração mais ofegante. Peço ajuda a ela e ela põe as mãos para trás me assustando. Logo se ergue parcialmente da cama e retira toda saia. Ato contínuo, tira a camiseta e fica totalmente nua, totalmente arrepiada.

Contido falo com minha voz o mais sensual possível: — Obrigado por me brindar com seu arrepio total e total intumescimento dos seios.

Ela confessa: — Eles chegam a estar doloridos. Tenho muita vontade de tocá-los.

— Ainda não. Queria que você afastasse os pequenos lábios da vagina para expor seu grelinho que deve estar excitadíssimo.

Ela demora alguns segundos. Vai aproximando lentamente as mãos ainda indecisa. Mas os separa e o grelinho surge brilhante, enorme, carente.

É agora ou nunca: — Posso tocá-lo leve e rapidamente uma só vez?

— Pode! – A resposta foi decisiva e imediata.

Pego o massageador clitoriano, lançado no mercado a apenas dois anos, e encosta ligando imediatamente. Ela se assusta, tenta fugir para em seguida tentar voltar ao contato. Sua respiração está falhando, o corpo começa a estremecer, um grito inevitável fica preso na garganta, mas ela perde o controle e grita se encolhendo, se retorcendo, mas minha prática consegue manter o brinquedo no lugar exato.

Pego sua mão direita, entrego o brinquedo a ela e passo a sugar seus seios doloridos. Ela não para de gozar, de gemer, de estremecer, de se contrair, de perder o fôlego. Aos poucos toda reação vai esvanecendo, ela tira a venda, seu olhar está transtornado pelo intenso prazer.

Bem nessa hora, para minha surpresa e para o prazer de Ana, escutamos através da parede de gesso o Nei chamando insistentemente por ela, um toque de desespero na voz e a reação de Ana não é de toda inusitada.

Ana entra em delírio orgásmico, goza com uma intensidade que eu só assisti muito poucas vezes na vida. Está desesperada. Grita que está gozando. Quase chama pelo Nei. Percebo a raiva controlando aquele orgasmo que termina com ela gritando guturalmente uma só palavra repetidas vezes: — Vingança!

Essa relação iniciada agora promete ser duradoura. Será que consigo fazer esse casal ser feliz ou vou destruir de vez esse casamento.

O brinquedinho virou presente, um troféu, que passei a ouvir em diversos momentos do dia ou noite.

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Comentários

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Muito Bom conto, pena que não terminou com uma transa maravilhosa

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