Helga (Parte 6 de 6) - O Adeus (by Jota)

Um conto erótico de Jota
Categoria: Heterossexual
Contém 10158 palavras
Data: 19/12/2018 23:35:21
Última revisão: 27/02/2020 20:34:53

Meu melhor amigo, mulherengo, pegador inveterado, descendo do carro da minha amada... O que pensar disso?

Ele sinalizou um tchauzinho de longe e caminhou com seu jeito peculiar de andar. O carro foi embora. Ainda tive tempo de olhar a placa, que agora eu conhecia bem, e era aquele carro mesmo. Eu estava chegando na faculdade e tive a sensação de ter caído de joelhos diante da cena.

Para quem não leu os outros contos da série, minha amada, que dirigia aquele carro era Helga, uma alemã de 44 ou 45 anos de idade nessa época. Ela era casada com um engenheiro chamado Hugo, que trabalhava na mesma empresa que eu e ela, e que estava viajando a trabalho por vários países do leste europeu e extremo oriente. Eu tinha metade da idade da Helga, era um universitário fodido, sem dinheiro pra porra nenhuma, mas namorava a Helga, que era rica, sem qualquer interesse financeiro. Eu era um molecão sonhador, inexperiente, e nunca tinha vivido uma paixão tão arrebatadora. Eu a amava de verdade. Me desesperava com a possibilidade de perdê-la e queria muito que ela largasse o marido para vivermos juntos, mas cada vez mais me convencia de que isso jamais seria possível. Tínhamos passado uma semana em Curitiba, num chalé, em companhia de uma amiga dela chamada Marlene, e Helga tinha me convencido a transar com a essa amiga como forma de amenizar o ciúme que eu sentia da própria Helga por ela não se separar do marido. Nesse chalé eu havia sido tratado como um sultão. Uma semana num lugar isolado, desejado por duas mulheres, e muito sexo. Que mais eu podia querer? Contei essas estórias em cinco contos anteriores a esse e que podem ser lidos clicando no meu nome lá em cima e nos títulos dos contos abaixo:

“A casada que nunca esquecí”, "Casada, Infiel, Minha", "Casada, Infiel, Ainda minha", "Outra casada, igualmente infiel", "Casada, Infiel, o Retorno à São Paulo"

Você não precisa ler todos os contos anteriores para entender esse, mas se gostar desse, sugiro ler em ordem cronológica para melhor aproveitamento.

Quando voltávamos de Curitiba Helga fez umas coisas suspeitas que me deixaram incomodado. Ela parecia querer se livrar de mim, como se tivesse algo que precisasse fazer e eu não pudesse estar por perto. Helga estava relutante em me deixar ir pra casa dela e eu não achava nenhum motivo lógico pra isso. Me senti simplesmente rejeitado. Vendo meu amigo conquistador sair do carro dela, eu já tinha achado o motivo;

Nessa viagem de volta ela havia recebido uma ligação no celular, não atendeu, olhou o número e discou de volta. Conversou com a pessoa do outro lado de forma lacônica, dissimulando a conversa. Lembrei que o número que ela tinha digitado começava com 2 e terminava com 39 pela posição dos dedos quando ela ligou.

Abri minha agenda "sanfona", de papel, comum naqueles tempos “pré smart phones”, que ficava dobrada na carteira. Procurei o telefone do meu amigo e lá estava, o número que tantas vezes eu discara para alertar de alguma boa oportunidade de farra, e o número se encaixava no padrão. Começava com 2 e terminava com 39. Era pra ele que Helga havia ligado.

Lembrei da conversa de um outro amigo, chamado Arthur, com o Osvaldo na sala de aula, onde o Arthur falava que tinha visto o Osvaldo em companhia de uma loirona gostosona e o Osvaldo negava dizendo que não tinha estado no tal lugar... o Osvaldo era pegador e se orgulhava disso...

Agora fazia sentido ele negar ter estado ao lado de uma “loira gostosona”. Ele não queria alongar o assunto e correr o risco de uma descrição mais detalhada me chamar a atenção... Quem leu a série inteira sabe que sempre tive receio do Osvaldo me roubar a Helga. Ele era foda! Pegava todas que queria!

Osvaldo era um cara bonitão, uns poucos centímetros mais alto que eu, cabelão comprido, normalmente amarrado em rabo de cavalo, andava sempre vestido de preto e era DJ numa casa noturna, que tocava músicas alternativas e góticas. Além disso ele era pintudo pra caramba. E imaginei qual dessas características teria arrastado a minha Helga para o lado dele. Eu já estava parado no mesmo lugar, catatônico, a uns cinco minutos acho. Estava triste, contemplativo. Me sentia o mais miserável dos mortais...

Uma menina da minha sala, uma moreninha baixinha e graciosa chamada Laurinha, que arrastava uma asinha pra mim, parou do meu lado e perguntou se estava tudo bem. Olhei pra ela e pensei como era injusto o mundo. Ela devia de vez em quando sofrer por minha causa já que vivia criando situações para ficarmos juntos e eu sempre a evitava... tendo a Helga, eu não tinha o menor interesse nela. Como eu amava aquela coroa! "O mundo não é justo em coisas do amor", eu pensei. Estava olhando pra ela mas não respondia, o pensamento longe. Ela pegou na minha mão e nos meus ombros, tentando me ajudar:

-Vem! Vamos nos sentar ali na escadaria até você melhorar.

-Não, não! Vou pra casa. Tudo bem! Obrigado! - disse me desvencilhando.

Saí andando meio sem saber pra onde. Laurinha ficou me olhando ir embora. Eu precisava esfriar a cabeça. pensar direito, racionalizar, avaliar as alternativas. Mas era difícil ser racional. Eu não esperava isso da Helga. Ela parecia tão... pura. Acho que todo sujeito corneado se sente assim.

A razão confrontava minhas convicções. "Ela faz isso com o marido, porque não faria com você?", mas o sentimento tentava arrazoar que o marido a tratava mal, ela não o amava e vivia com ele apenas por estar acostumada com ele.

Fiquei pensando se a Marlene, a amiga da Helga, que passou a semana conosco no chalé, e que parecia ter adorado transar comigo, que ficou me perseguindo querendo mais rola, se ela já sabia dessa escapulida da Helga... Lógico que sabia, concluí. Helga confidenciou pra ela quando traiu o marido, por que não confidenciaria que estava saindo com um amigo do otário aqui?

Eu tinha passado uma semana me sentindo o maioral e na verdade era o maior otário... tudo uma compensação...ou nem isso... era uma estratégia para me deixar sem resposta. Eu tinha transado com a amiga dela, como poderia repreender ela por transar com um amigo meu?

Lembrei que eu faria aniversário aquela semana... De presente ganhei uma gaia. Quer dizer... Devia estar levando gaia faz tempo... de presente ganhei a descoberta.

Bateu uma deprê.

E o Osvaldo? O cara tinha sido canalha. Não se faz isso. Ele tinha que ter sido mais honesto comigo. Não faltava mulher pra ele, nós compartilhamos mulheres mais de uma vez, mas essa era minha e ele sabia que ela era importante pra mim!

Lembrei de uma viagem que tínhamos feito uns anos antes, pro litoral. Alugamos um apê. Eu, ele e um outro amigo chamado Luisinho, os dois foram com as namoradas e eu fui sozinho porque minha parceira furou na última hora. O Luisinho levou uma bolona de canabis. Éramos moleques inconsequentes, no primeiro ano de faculdade e as vezes usávamos. Eu improvisei um narguilé usando uma garrafa vazia de refrigerante, conhaque, e um pedaço da mangueirinha do chuveiro. O Osvaldo gostou tanto que chapou o coco o tempo inteiro e estava dormindo praticamente dia e noite. Acordava só pra chapar de novo, deixando de lado a Flavinha, fogosa namorada dele na época, gostosa bagarai. Uma madrugada eu tinha voltado da farra e ela chegou na sala, se insinuando de camisola. O Osvaldo roncava no quarto abraçado com o narguilé improvisado. Ela foi logo me abraçando por trás do sofá onde eu estava sentado e passando a mão no meu pau sobre minha bermuda. Mas eu a rejeitei, falei que não, que o namorado dela era como um irmão. Lembro de ela ter argumentado que ele a traía o tempo inteiro. E eu disse que isso aí era entre ela e ele. Não peguei e não me sentia trouxa por não ter pegado. Isso era lealdade. Achei que ele faria a mesma coisa. Flavinha ficou bem puta mas voltou pro quarto. E o Osvaldo roncava. No dia seguinte dei um basta no narguile falando pra ele que a vida era mais do que chapar o coco e ficar no sofá rachando o bico com as aventuras do Chapolin colorado. Ok. Assistir chapolin como o coco chapado de canabis ainda é uma das coisas mais engraçadas do mundo, eu acho, mas é preciso viver a vida. Ainda assistimos Chapolin mais uma vez, mas antes da gente sair no rolê naquele dia, ele com o tesão represado de vários dias sem transar se trancou com a Flavinha no quarto e em certo momento a gritaria da Flavinha era tanta que eu e o Luisinho começamos bater na porta e gritar fogo, pra evacuar o edifício. E ele lá de dentro nos mandando se fuder... Até a Flavinha, entre um gemido e outro, nos mandou tomar no cu e sumir de lá. Quase sorri lembrando da cena. Mas lembrei da minha desgraça e a tristeza voltou...

O Osvaldo tinha sido canalha comigo em pegar a Helga! Não se faz o que ele tinha feito! Voltei à minha dor, a noite avançava e eu continuava perdido no tempo e nos pensamentos. Peguei o ônibus e fui pra minha casa. Helga ligou por volta da uma da manhã. Vi que era ela pelo bina e só baixei o volume da campainha do telefone. Não estava afim de falar.

Comecei me conformar com a situação.

Meu autocontrole vinha de uma concepção de carma: Eu estava pondo chifre no marido dela, logo, era inevitável que em algum momento o carma voltasse como um bumerangue.

Eu tentava não ficar com raiva dela. Nem do Osvaldo. Mas estava magoado.

O sol surgiu e eu não tinha fechado os olhos. Confesso que chorei e não foi pouco. Revisei muita coisa e tentei descobrir onde tinha errado.

Liguei para um amigo do escritório avisando que eu estava com um problema particular e não ia poder ir.

Quando ela chegou no escritório por volta das dez ela me ligou. Ouvi ela gravando um recado "Tá tudo bem contigo? Fui te buscar após a aula e você não apareceu. Me liga". A ligação tinha vindo do celular. deve ter ligado de dentro do banheiro pra ninguém ouvir.

O tom carinhoso que ela demonstrou me deixou puto... Ela podia ter me chutado o traseiro de um jeito mais digno! Não liguei de volta.

Ela ligou de novo mais tarde e minha mãe atendeu. Pedi para ela dizer que eu não estava. Minha mãe me falou um montão e disse que não ia ficar mentindo ao telefone. Que eu fosse lá falar com ela. Eu não estava afim de brigar com minha mãe, então fui até o telefone, discretamente desliguei e fingi estar conversando, dizendo que “não estava muito bem e ia explicar mais tarde”. Minha mãe, que andava desconfiada, me olhou de longe com os olhinhos espremidos, tentando calcular o que se passava.

Pensei em abandonar o emprego e procurar outro pois não ia conseguir conviver com ela. De novo percebi que precisava ser racional. Precisava do emprego e não podia pensar em parar de estudar.

De novo pensei no carma. Eu estava recebendo de volta o que eu tinha feito com o Hugo.

Pronto.

Essa seria minha linha de resistência.

Que os dois fossem felizes.

Ia conversar com ela. Pôr em panos limpos.

Ia conversar com o Osvaldo. Mandar ele pra puta que o pariu e deixar claro que ele era um traíra.

Pronto.

Seguiria meu relacionamento profissional com a Helga até achar um novo emprego.

Seguiria minha faculdade mantendo distância do Osvaldo.

Eu sabia que pelo menos um pouco a Helga ia sofrer. Primeiro porque acho que apesar de ela ter escorregado, ela nutria algum sentimento por mim. Segundo que o Osvaldo certamente já ia partir pra outra pois era assim que ele era e ela ficaria apenas com aquele marido filho da puta.

Revisei meus passos e vi que era assim que tinha que ser.

Só faltava combinar com o meu coração, que insistia em doer quando eu pensava na situação.

Essa é uma daquelas dores que só o tempo ia curar. Eu ia sofrer muito sem a Helga. Mas não seria a primeira vez que eu precisaria “desamar” alguém.

Bola pra frente!

Respirei fundo. Eram umas 4 horas da tarde. Resolvi sair, tomar umas cachaças e tentar a sorte, achar um cobertor de orelha nos barzinhos da cidade quando escurecesse.

Mas em vez disso acabei indo pra casa da Helga. “Cornos são previsíveis”. Fiquei de longe num ponto de ônibus e quando ela chegou em casa eu liguei pra ela de um telefone público. Disse que estava ali em frente. Ela pareceu feliz com minha ligação. Toquei a campainha e quando ela abriu a porta estava sorrindo e feliz por me ver. Me lembrei da primeira vez que ela abriu aquela porta pra mim, como relatei no primeiro conto, como ela parecia tão distante do meu mundo e agora eu estava vindo para distanciá-la.

-Meninão! - ela disse me abraçando - Estava preocupada contigo.

Não correspondi o abraço e ela me afastou, vendo meus olhos vermelhos. Eu não queria chorar, mas não ia conseguir. “Corno é foda... chora à toa”, eu pensei

-O que aconteceu? - Ela perguntou e pareceu ter tão genuína paixão que conclui que nem passava pela cabeça dela que eu poderia ter descoberto.

Tentei falar, mas a voz embargou. Seria muito humilhante ficar chorando ali na frente dela, então caminhei até o banheiro da sala e enxaguei o rosto em água abundante. Lavei o nariz que teimava em escorrer. Bebi um pouco de água ali na torneira mesmo. Helga tinha me seguido até a porta e me encarava fazendo perguntas:

-Tudo bem com sua mãe?

-Seu pai tá legal?

-Algum problema em casa?

A tudo eu respondia balançando a cabeça. Respirei de boca aberta, sorvendo ar novo e expelindo o ar viciado. Helga deu um tempo com as perguntas vendo que eu tentava me acalmar. Ela tinha sido contagiada pelo meu desespero e tinha os olhos vermelhos também. Esperou pacientemente que eu falasse.

-Por quê? - Falei depois de muito tempo

A expressão dela mudou mostrando que antes daquele momento ela não imaginava ter qualquer coisa a ver com meu estado emocional.

-Por que o quê?

-Por que simplesmente não me mandou embora? - Perguntei e segurei o choro.

Havia horror no rosto dela

-O que está acontecendo, Jota?

Fiquei olhando pra ela na esperança de que ela ao menos não fosse cínica e reconhecesse o erro.

-Não me decepcione mais ainda Helga!

-Do que você está falando?

Eu não tinha certeza se prosseguia porque só de ficar olhando pra ela começava a cogitar de deixar pra lá essa “escapulida”. Aceitar o chifre e continuar com ela. Mas não... eu não conseguiria conviver com aquela traição, eu achava.

-Sei de você e o Osvaldo!

-Sabe o QUÊ??? – era inacreditável, mas ela ainda se fazia de desentendida.

-Vi ele descer do seu carro na terça-feira, em frente a faculdade - Ela se assustou com essa informação, mas não negou.

-E... ? – Ela perguntou

-O que ele estava fazendo no seu carro?

-Você acha que eu estava dando pra ele dentro do carro? – Ela perguntou me deixando desconcertado.

Ia falar que ela tinha sido vista com ele no shopping também, mas eu não tinha como afirmar que era ela. Me senti como um advogado que se preparou mal para o julgamento e percebe que suas provas, afinal, são frágeis. Me lembrei da ligação.

-Você ligou pra ele quando voltávamos de Curitiba.

Isso parece tê-la afetado.

-Jota, você mexeu no meu celular?

-Não me venha com essa de “fruto da árvore envenenada”, ok? Isso aqui não é um tribunal de júri!

-Mexeu ou não mexeu?

-Não mexi. Mas sei que você ligou! - Afirmei com veemência e dessa vez não tive ímpeto de chorar.

Ela não negou. Estava brava. A face estava vermelha. Olhava para mim, desviava o rosto, olhava para a o infinito, olhava pra parede, olhava pra mim de novo. Eu a havia pego em flagrante delito e ela não ousava negar. Tive vontade de chamá-la de vagabunda para delinear muito bem minha superioridade moral! Mas me contive. Eu a amava demais para falar desse jeito com ela. Ela quebrou o silêncio.

- Você é muuuito observador... paraaaabééééns! – falou isso batendo palmas bem devagar.

- Mas é péssimo em tirar conclusões! - Ela concluiu

-Você costuma ser tão racional, Jota! Fez uma tese e nenhuma antítese? É isso mesmo? – Disse me espezinhando com os olhos.

Fiquei confuso. Ela estava tentando me confundir. Era isso! Mulher é foda! Enrola até o capeta, como dizem.

- Olha... Existe uma explicação pra isso. Mas não sei se vale a pena explicar – Ela falou me encarando com raiva.

Eu a encarei de volta e eu estava cada vez mais furioso.

-Você passou as últimas 24 horas se martirizando e se intoxicando com pensamentos negativos. Por que não veio falar comigo?

-Estava tomando coragem, organizando os pensamentos.

Ela ficou me olhando e estava muito indignada. Eu não acreditava que ela ia posar de vítima! Concluí meu pensamento:

-Eu nunca tomo decisões importantes com raiva! E estou ficando com muita raiva, então antes que ela aumente eu vou embora – Falei planejando ir embora, mas não me movi nem me virei em direção à porta.

-Tudo bem! Mas antes de ir deixa eu te dar uma hipótese pra você cogitar nessa cabecinha desajustada?

Ela estava realmente me tirando do sério. Como era possível eu ficar em dúvidas com tantas provas da traição? Devia ser meu amor por ela me pregando peças! Fiquei olhando, esperando-a falar e ela, ou estava elaborando uma teoria, ou não sabia por onde começar.

-Melhor! Você está intoxicado, não é? Não vai acreditar em nada que eu falar! Então, sente-se por favor ali na mesa e fique em silêncio. Você pode fazer isso por mim?

Eu não estava afim de fazer nada que ela mandasse, mas concordei com a cabeça e fui me sentar à mesa.

-O que você vai fazer? Perguntei.

-Vou ligar para o meu “amaaante” na sua frente – Ela disse isso remexendo os dedos como se estivesse levando um choque e estendendo a palavra “amante” num tom bem irônico. Fiquei transtornado de raiva, mas continuei quieto.

Ela colocou o telefone da mesa em viva voz e discou o número da casa do Osvaldo. A mãe dele atendeu. Ele estava saindo pra faculdade e ouvimos ela chamá-lo.

-Alô!

-Osvaldo? É a Helga!

-Dona Helga! Como vai? – Percebi a inquietação dela ao ser chamada de “dona”, que ela não gostava, mas ela não falou nada.

-Bem – ela respondeu – Conseguiu o que faltava?

-Consegui! Foi perda de tempo a gente ir ao Shopping. Essas raridades não existem naquelas lojas. Consegui todos na galeria do Rock aqui no centro. Tinha até os que compramos no domingo e estava até mais barato.

-Quais eram os que faltavam?

-Os discos “Floodland” e “First and Last and Always” da banda “Sisters of Mercy” e o disco “Confusion is sex” do “Sonic Youth”. O Jota vai pirar porque ele curte muito essas bandas!

-Maravilha! Quando pode trazer?

-Levo amanhã. Fica tranqs que chego antes do pessoal. Só esqueci do papel de presente.

-Eu tenho na empresa. E aquela caixa? Conseguiu?

-Não, mas eu tenho uma aqui que nunca uso. Vai ser minha contribuição.

-Tá. Me passa sua conta corrente porque esqueci de anotar na terça. Amanhã deposito o valor na sua conta - Ele falou os números e ela anotou. Eu ouvia e não sabia o que pensar...

-Muito obrigado Osvaldo! Sem sua ajuda eu nunca conseguiria identificar essas barulheiras que ele gosta de ouvir.

-Não precisa agradecer, dona Helga! O Jota é irmão! Amanhã chegamos cedo! Mantenha ele longe, belê?

-Pode deixar que eu sei como enrolar ele – Ela disse isso me encarando.

-Valeu. Vou nessa que tô atrasado.

Eu não sabia o que dizer. Ela ficou em silêncio me encarando. Havia júbilo e raiva no olhar dela. Eu caia de joelhos pela segunda vez na semana. Não sabia o que pensar. Por que não cogitei essa possibilidade? Era meu aniversário... ela tinha pedido ajuda dele para escolher um presente musical pra mim. Sempre tive tanto receio de perdê-la pro Osvaldo que fiquei cego... não pensei direito...

-Agora que você já sabe que vai ganhar alguns discos de presente de aniversário, ainda falta explicar por quê eu não queria você aqui em casa, né?

Continuei olhando em silêncio. Meu sofrimento agora era outro. Estava com raiva de mim mesmo e com vergonha de ter me exposto daquele jeito.

-Vem! A surpresa já era mesmo! – Ela me chamou

Eu a segui até a porta que levava à garagem. A casa dela era enorme e tinha uma garagem muito grande, metade coberta, que ficava sob a casa, e outra parte aberta.

Ela abriu a porta e ficou de lado, fazendo um gesto para eu passar. Num canto da garagem tinham improvisado um palco com alguns pallets e umas pranchas que eu conhecia. Eram do Madame. Havia uma mesa e tinham colocado panos pretos nas paredes e teto para escurecer o ambiente. Havia algumas luzes presas nos cantos. Tinham improvisado uma pista de dança.

-Seus amigos montaram no domingo. – Ela explicou

-Quem?

-Luisinho, “Bafo”, Moises e um outro ficava sempre sem camisa e tinha um São Jorge tatuado nas costas. E Beth, Bianca e mais uma menina que não lembro o nome. Ela foi comigo e o Osvaldo no shopping tentar comprar o seu presente.

-Marciele?

-Isso! A namorada do Osvaldo! Aliás, quando deixei ele na faculdade na terça feira ela estava sentada no banco de trás. Ela passou pra frente pelo meio dos bancos quando o Osvaldo desceu. Eu a deixei no metrô. Mas não precisa acreditar. Pode confirmar com ela se quiser.

Eu não sabia o que dizer. Estava envergonhado. E estava aliviado. Mas era a maior gafe que eu havia cometido em toda minha vida! Tinha sido um moleque, indigno de uma pessoa como a Helga. Estava com medo dela pensar igual.

-Helga, eu ...

-Não fale nada agora! Pense muito bem no que vai dizer.

Concordei com a cabeça.

-Se quiser dormir aqui hoje pode, mas vai dormir no sofá- Ela gracejou e o gracejo me acalmou quanto ao futuro, mas não tive coragem de ir abraçá-la. Depois tomei coragem, enxuguei o rosto na manga da minha surrada jaqueta jeans e fui até onde ela estava, abraçando-a, mas sem coragem de tentar beijá-la.

-Pensei que tinha te perdido! - falei.

-Você está obcecado por mim, Jota! Isso não é bom!

Eu a olhei e temí pelo tratamento da obsessão. Fiquei em silêncio de novo.

-Não tenha medo de mim! Sempre te respeitarei!

Era exatamente isso que eu precisava ouvir.

-Me desculpe.

-Estou com raiva pelo juízo que você fez de mim. Você deve ter pensado tanta coisa ruim de mim nessas vinte e quatro horas!

Eu olhei pra baixo... Se ela soubesse tudo que pensei ela não seria capaz de me perdoar nem com todo o amor do mundo. Mas ela era inteligente o suficiente para deduzir meus pensamentos.

-Mas eu entendo suas conclusões. Eu não devia ter rejeitado sua companhia no domingo porque acho que foi isso que deixou você pensativo – Ela disse.

-Você não tinha alternativa para montar minha surpresa. Me desculpe.

Nos beijamos.

-Posso te pedir um favor? – ela disse ao final do beijo - Pode fingir surpresa amanhã?

Eu estava na defensiva. Achei que ela tinha me perdoado fácil demais. Não que eu achasse que ela tivesse feito algo de errado, mas aquele perdão parecia de certa forma ser clemência. Eu era inexperiente da vida, mas sabia o suficiente das mulheres para esperar um longo molho depois de ter dado tamanha mancada. Eu fui pra cozinha terminar o jantar que ela tinha começado e ela foi tomar banho. Quando ela voltou, usando um hobby eu a agarrei e encostei na parede num beijo alucinado. Abri o zíper de minha calça, retirando minha benga que estava enorme e pulsante, levantei uma das pernas dela com meu antebraço direito e a penetrei ali mesmo. Ela ficou sem ação diante da minha iniciativa. Simplesmente se entregou, me abraçando e facilitando minha entrada. Eu subia e descia dentro dela de forma ritmada e sabia que eu ia demorar gozar porque, apesar da atitude externa, eu estava temeroso. Mantive o ritmo cadenciado sempre a observando e vi que ela estava relaxada, me curtindo dentro dela. Acelerei o ritmo um pouco e a vi entreabrir os lábios, olhos fechados, o suspiro ritmado foi sendo trocado por um gemido ritmado e crescente. Ela começou gemer forte e eu sentia meu membro totalmente molhado e lambuzado dentro dela. Soquei com força, cada vez mais rápido e gozei fundo e com força dentro dela.

-Eu te amo Helga! Me desculpe!

Ela não respondeu e me beijou. Depois disse “Te amo também, meninão!”

Depois do jantar, limpei a cozinha ouvindo-a, sentada à mesa, ler alguns dos contos sensacionais que ela escrevia e só não citarei trechos aqui porque esse texto já começa a ficar longo e ainda falta muito para contar.

A noite fizemos amor dos mais gostosos. Eu a chupei por séculos... Queria gratificá-la por ter pensado mal dela. Meu pedido de desculpa tinha a forma da minha língua, macia, suave, lambendo-a nos grandes lábios como se tentasse limpá-la. Às vezes eu usava o meu lábio inferior no processo e concentrava a língua no clitóris, sempre suave, ora rodeando a região, ora num ataque frontal. Introduzi dois dedos na vagina e os posicionei naquela região sob o clitóris, massageando tendo a língua do lado de fora a contra-pesar. Nesses momentos ela urrava e me chamava de “meu amor”, de “meu meninão”, “meu homem”. Eu sabia a hora de parar pela quantidade caudalosa de secreção que jorrava pela pepéca dela, mas eu não parava. Estava disposto a ficar todo o sempre naquela posição para retribui-la pelos meus pensamentos caluniosos. Quando ela se disse exausta e não conseguia mais aguentar ser tocada eu a abracei e a penetrei com minha rola grossa e intumescida de tesão. Ela cravava as unhas nas minhas costas e pedia pra não parar, e eu não parava, apesar da dor lancinante que as unhas dela me provocavam. Gozamos quase juntos, ela começou gritar e puxar ar com a boca fechada um pouco antes e eu logo depois. Eu a beijei na boca enquanto injetava minha porra quente bem fundo em sua buceta. Virei de lado puxando a comigo e ficamos encaixados.

-Te amo Helga. Me desculpe!

-Te desculpo, Meninão. Te amo.

No outro dia, no final do expediente peguei carona com ela para minha “festa surpresa”. O pessoal tinha se dedicado então, eu precisava pelo menos fingir surpresa, era o mínimo. No caminho perguntei pra Helga se não era arriscado fazer uma festinha pra mim na casa dela.

- O Hugo não vai voltar.

-O quê??? Perguntei em choque

-Ele não vai voltar agora... A viagem vai se estender mais um pouco – Ela falou, mas tive a impressão de que ela tentou consertar um deslize, como se tivesse falado algo que não podia me falar. Me recusei a pensar mais no assunto porque andava duvidando da minha capacidade de dedução.

Chegamos na casa por volta das 20h00. Quando a porta da garagem se abriu parecia uma cena de “Walking Dead” misturado com "Crepúsculo" porque estava entulhado de gótico!

Eu não era da tribo, eu não era um gótico, apesar de gostar de algumas bandas que eles endeusavam, mas conhecia todas aquelas pessoas que estavam ali das diversas idas ao Madame Satã. Alguns eu conhecia de poucas frases trocadas, outros eram mais chegados e tinha até uma que eu conhecia de cama, a Moira, a vampira do conto "A Vampira que veio pro Natal". Como combinado fingi surpresa. Não sou bom ator, mas a cena era tão inusitada que não foi difícil. Helga ficou em pé na porta aberta do carro, sorrindo, enquanto eu cumprimentava todo mundo e agradecia. Para meu amigo Osvaldo o cumprimento foi mais afetivo. Dei um abraço longo e de certa forma emocionado e disse obrigado.

-De nada irmão! - Ele respondeu pensando que eu me referia à organização da festa.

Ele tinha colocado uma fita tape com uma sequência de músicas para tocar e havia uma geladeira com bebidas do tipo favorito daquela turma: Grátis! A maioria eram uns fodidos sem grana, como eu. Acho que por isso que foi tão fácil lotar a garagem, a bebida grátis.

Helga sumiu. Entrou para trocar de roupa. Aproveitei pra falar entre os dentes com o Osvaldo

-Seu filho de uma puta! você trouxe a Moira!

Ele riu

-Eu não trouxe. Ela ficou sabendo e veio! KKK! Parece que ela precisa reabastecer o banco de sangue da casa dela. Kkk!

Helga voltou. E voltou fantasiada. Pensa numa vampira gostosa! Ela colocou uma roupa preta, decote vasto, E o vestido parecia um vestido de noiva estilizado mas era curto. As coxas à mostra. Ela tinha se maquiado de um jeito gótico também, mas sem exagero. Nós notamos que ela tinha chegado porquê de repente sumiu todo o murmurinho e ficou só a música que estava tocando. Olhamos pra ver o que tinha causado o silêncio e era ela chegando. Com todo respeito a todas as menininhas que estavam lá naquela noite, mas a Helga roubava a cena!

-Ca-ra-lho meu irmão! Que coroa é essa!!! - Falou o Osvaldo, mexendo no pau por cima da calça e soube que ele lutava contra seus instintos para não ter atacado a Helga.

-Larga esse pinto aí que essa já tem dono, ô filho da puta!

Ele riu e percebendo que estava mexendo no pinto tirou a mão.

-Me apresenta o demônio que você pactuou pra ter essa mulher, véio! – Ele disse

O murmurinho voltou. As meninas cercaram a Helga parabenizando-a pelo visual e fui lá tirar uma casquinha, mas ela sinalizou de longe e me lembrei que tínhamos combinado não ficar demonstrando afeto. A ideia era parecer que ela era uma amiga de trabalho que tinha emprestado a casa para a festa. Isso não convencia ninguém, mas pelo menos deixava uma linha de defesa caso a festa viesse ao conhecimento de alguém conhecido. Uma estratégia arriscada que você, leitor, só vai entender totalmente mais à frente.

Não sou de dançar. Não sei dançar, melhor dizer, mas a Helga gostava e tentou imitar os passos das mini-vampiras. A festinha foi legal. Em certo momento puxaram um bolo de dentro de uma caixa de isopor. E a todo momento tinha nego puxando bebida de dentro da geladeira. A cambada encheu a cara, e inacreditavelmente não houve nenhum incidente que pudesse criar problemas com a vizinhança, coisas como nego mijar na rua ou ficar se pegando nos portões. Galerinha bacana aquela. Infelizmente perdi contato com todos hoje em dia.

A festa acabou por volta da uma hora, pouco depois de acabar a bebida. Além disso o dia seguinte era dia de trabalho.

A galerinha foi saindo e no final um grupinho fez um mutirão e deixamos tudo limpo. Digamos que se o Hugo tivesse chegado na manhã seguinte não saberia que rolou uma festa na garagem dele.

A Galera foi embora e eu agarrei a Helga sem pedir permissão. Eu a abracei por trás e lhe mordi de leve o pescoço. Aquela fantasia preta naquele corpão de mulher madura me causou um tesão enorme. Eu praticamente a carreguei até o sofá da sala, ela dando risinhos e gritando que ia cair, e forcei-a se abaixar sobre o braço do sofá expondo a bunda e aquela bucetona gostosa, volumosa por baixo da calcinha ainda. Puxei a calcinha de lado, me abaixei e dei algumas lambidas, não foram muitas, reconheço, aquela posição era muito difícil para uma boca-a-buça. Removi a calcinha e penetrei de uma vez, num movimento contínuo, fazendo a dar um gemido longo de prazer. Me lembrei que tinha prometido para mim mesmo, quando estava rachando lenha lá no chalé, que ia alternar umas fodas mais brutas com minha loira angelical, e achei que era a hora. Eu a segurei pelo cabelo, não dei arranco, não causei dor, mas segurei firme, minha rola atolada até o cabo naquela buceta deliciosa e comecei bombear, entrar e sair sem fazer cerimonia, indo até o fundo e tirando quase tudo. Ela gemia alto e eu via os lábios da buceta acompanharem meu pau quando ele saia e afundarem junto quando eu o empurrava. Helga gritava alto, de um jeito alucinado e estava totalmente receptiva, a buceta escorrendo melado, o rosto borrando a maquiagem e eu socando cada vez mais até ela gritar de forma descontrolada, mordendo os próprios lábios e seguida deixar o corpo cair ficando inerte às minhas estocadas. Ela havia gozado e estava entregue. Soltei o cabelo dela, tirei a rola da buceta e encostei na porta do cuzinho.

-Não Jota! Hoje não!

-Hoje sim! Me aguenta!

E empurrei a rola com força nos primeiros centímetros. Depois, dei a pequena pausa para relaxamento e me deitei sobre ela, mordiscando a orelha e jurando amor, elogiando a gostosura daquela bundinha e ela não esboçava qualquer reação para me tirar de dentro. Ela fez um pequeno movimento com as nádegas, tentando se empalar mais um pouco e eu soube que ela estava afim.

-Eu te amo, Helga! – E empurrei minha rola até o fundo fazendo a se esticar para acomodar minha rolona em seu interior.

Comecei socar com força, sempre jurando amor, falando que ela era muito quente, falando que bundinha gostosa e o rosto dela era puro prazer. Ela era uma fêmea confiante, que tinha escolhido o macho certo, que lhe dava amor, dava dor e a submetia na medida certa. Ela estava ali deitada no sofá, de bruços, a bunda suspensa sobre o braço do sofá, suas pernas abertas e seus pés apoiando no chão, eu no meio, com minha pica cravada em sua bunda e eu só pensava em duas coisas: Sentir e dar prazer para aquela fêmea. Mostrar que ela tinha feito a coisa certa em optar por mim. E foi pensando nisso que a puxei pra cima, deixando-a quase de pé para receber minha porra em seu rabo, lá no fundo, o cu apertando a base do meu pau, a cabeça do pau latejando e cuspindo pra todo lado, lá dentro, o meu gozo. Ficamos um bom tempo encaixados depois de eu gozar, eu a beijando no pescoço, na orelha na boca. Depois fomos para o chuveiro. Helga era grande, mas eu consegui carregá-la e sem grande esforço, para o banheiro, para tomarmos banho. E eu a lavei com água, sabonete e também com minha língua naquele dia. Eu estava mais apaixonado do que nunca.

E se alguém dissesse que aquela era uma das últimas vezes que faríamos amor, eu riria na cara desse alguém.

De fato, ainda tivemos mais duas semanas de sexo intenso, até a revelação, e depois mais algumas semanas com sabor de despedida, sempre.

Cerca de duas semanas depois, Helga convocou todos na empresa para a sala grande do presidente, que não estava lá, onde havia uma mesa que comportava todo mundo no entorno e nos comunicou.

A viagem do Hugo havia sido expandida por um motivo e ela pediu desculpas por não ter nos informado antes – ela disse isso olhando especialmente para mim - apesar de todos sermos amigos, mas que os donos da empresa tinha pedido sigilo pra ela e ela não nos tinha contado em respeito ao profissionalismo. A empresa ia encerrar suas atividades no Brasil. Todos receberíamos nossos direitos trabalhistas, mas estávamos livres para procurar emprego. Isso já seria bem ruim, mas eu desconfiava que havia mais. A empresa havia se cansado da corrupção sem fim e pagamento de pedágios cada vez maiores para não ficar de fora das concorrências. A empresa continuaria sendo tocada do exterior e participaria eventualmente de alguma concorrência, mas que cargas do Brasil não seriam foco. Hugo era o homem escolhido para cuidar do núcleo Brasil, mas ficaria sediado na costa leste americana.

Entre os funcionários, eu era o mais triste. Houve quem comentasse depois que eu parecia arrasado com a notícia e nunca tinha imaginado que eu gostasse tanto de trabalhar lá. Não desconfiavam que minha tristeza tinha outro motivo. Helga teria que escolher ir viver com o marido, ou ficar comigo, o garoto apaixonado, sem dinheiro e instável. Eu achava que eu não teria muitas chances.

E de fato, aquela noite, na casa dela, conversamos longamente. Muitos foram os “você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida” ou “nunca pensei que pudesse ser tão feliz” mas a frase sempre terminava com um “mas”. E nesse “mas” havia a idade como principal impeditivo. Eu respeitei a escolha dela. Que mais podia fazer? Insisti, pedi muito que ela ficasse no Brasil, arranjasse um outro emprego ou quem sabe convencesse os mandachuvas que era importante ter pelo menos um emissário no Brasil, alguém que conhecesse o negócio e pudesse eventualmente desatar nós. Ela disse que eles achavam isso importante e que tinham escolhido a mim e ela não tinha comunicado isso na reunião, mas que os gringos me ligariam nos próximos dias. Fiquei surpreso pois não sabia que eles tinham tanta confiança em mim. Eventualmente acabei não ficando com o cargo, por opção minha, que escolhi outro caminho. Não vou entrar nos detalhes para não alongar. Cada escolha uma renúncia.

No dia que Helga ia partir fui levá-la ao aeroporto. E não pude deixar de chorar. Ela também chorou. Mas disse que não ia me fazer gastar toda minha juventude ao lado dela. Como eu queria gastar minha juventude com ela! Se eu for enumerar todos os meus argumentos e tudo que falei e foi refutado, esse conto viraria um romance de 600 páginas.

Quem ama deixa ir.

E eu a vi ir pelo corredor de embarque, puxando uma mala de rodinhas, seu cabelo em tranças tirolesas. E chorei.

Cerca de 12 anos depois eu estava bem diferente.

Não só na aparência... agora meus cabelos eram grisalhos, bastante grisalhos para a minha idade e eu havia "encorpado" um pouco. Tinha um físico de homem adulto e não mais de garotão. Minha correria agora era por outros motivos e não mais aquela loucura de cursos em cima de cursos. Como no xadrez, eu havia feito movimentos corretos no início do jogo e agora oportunidades surgiam vez ou outra me permitindo fortalecer minha posição no tabuleiro. Ganhei um bom dinheiro montando e vendendo hardware, programando e dando consultoria em segurança de sites e agora tentava a grande tacada da minha vida.

Eu estava no pavilhão do Anhembi na condição de expositor na FENASOFT, uma feira de tecnologia e softwares. Eu era sócio fundador de uma empresa de internet voltada para comunidade médica. Tinha me tornado um profissional de TI bastante respeitado. Se eu não podia dizer que era rico também não podia dizer que dinheiro fizesse falta.

Tínhamos trabalhado duro na madrugada montando a infraestrutura e nosso sistema para demonstração. As moças que atenderiam os visitantes tinham chegado e recebiam as últimas instruções do treinamento pelo qual tinham passado e eu e um dos sócios resolvemos dar uma volta pelo salão naquele momento que poucas visitas circulavam. E foi aí que a vi. Ela não tinha mudado nada em 12 anos. Talvez alguma ruguinha, algo na expressão... talvez. Mas era o mesmo corpo magro, 0% de gordura, bumbum durinho sob um vestido longo e justo no corpo. Vestido sem mangas, salto alto, um colar de pérola e um copo de cristal, com um suco provavelmente, na mão e sorrindo. Marlene. Se alguém tem dúvida que praticar esportes intensamente evita envelhecimento ali estava a prova. Parei congelado com imagens de uma década atrás passando aceleradas na minha mente. Helga ressuscitou com força nas minhas recordações. Winston, o meu sócio, olhou pra mim visto que eu não tinha respondido sua última indagação e passou a mão devagar em frente dos meus olhos como se perguntasse "tem alguém aí?"

-I know that woman (eu conheco aquela mulher) - falei para ele.

-In a biblical sense? (em um sentido bíblico?) - ele sacaneou. Na bíblia, "conhecer" significa "ter dormido com".

-Also. But a long time ago... she is married now, you see? (Também. Mas muito tempo atrás... ela agora é casada, vê?) - eu disse apontando discretamente para o homem que segurava na mão dela. Mas eu não sabia se ele era marido dela ou não... era só pra prevenir o gringo, que era um dos sujeitos mais safados que já conheci, e parecia pensar que toda brasileira sempre estava afim, o que não estava totalmente errado no caso da Marlene, caso ela não tivesse mudado nesse anos, mas era bom refrear o ímpeto do americano...

-Vai falar com ela? Ele me perguntou

Nisso ela se virou e me viu olhando pra ela.

Ficou na dúvida se me conhecia e me encarou por uns instantes, inclinando levemente o rosto. Homem de programação que sou, eu imaginei os algoritmos biológicos dentro do cérebro dela comparando milhares de padrões e situações, vasculhando o gigantesco banco de dados de suas memórias em busca do meu rosto, da minha pose, ou do meu físico, algo que indicasse onde ela tinha me visto antes. Padrões seriam comparados de forma precisa e depois seriam comparados de forma parcial até que um sinal de "match" fosse emitido. De repente fez aquela expressão de reconhecimento e eu sabia que o algoritmo tinha aflorado em suas memórias eu primeiramente como uma ideia abstrata e, pouco depois, eu como pessoa. Provavelmente, pelo que eu sabia de lógica, nesse momento as situações que vivemos ainda não teriam chegado na interface com o mundo, interface que chamamos de consciência. Ela sorriu e veio em minha direção e eu também sorri e fui encontrá-la.

-Meninão... Jota... - ela se corrigiu lembrando se subitamente de meu nome. Nesse momento as informações fluíam como uma torrente de suas memórias, passando pelos filtros do superego, a pré-censura de nossa consciência, mas ela já tinha uma ideia em segundo plano de que já tínhamos pecado juntos, embora essa ideia não fizesse a menor diferença nessa fase.

- Meu deus, Jota! como você está diferente! - e nos abraçamos

- Você não mudou nada, Marlene! Quanto tempo! - Apertei o abraço

Ela afastou o rosto mantendo o abraço e parecia analisar minhas feições tentando lembrar como era e como ficou.

-Já te falaram que você se parece com o Richard Gere? - eu ri. Hoje em dia, minha filha, que não era nascida naquela época, fez até um meme com essa frase que vez ou outra escuto em alguns eventos que participo, na rua, em padarias, mercados, essas coisas. Eu não sou tão parecido, mas me divirto sempre que acontece. Tenho uma explicação algorítmica pra isso também, mas não vem ao caso.

-Já falaram sim. Vivem falando isso desde que meus cabelos branquearam. - Respondi

-Esse é o Mr. Winston Smith. Trabalhamos num projeto juntos. - Apresentei meu sócio pra ela.

-I am not the one from “1984” (não sou aquele do livro “1984”) - Ele arriscou um gracejo, dado ser xará do personagem da famosa obra de George Orwel.

-But I am some kind of Julia! (mas eu sou um tipo de Julia!) - Ela flertou, se comparando à complicada e “devassa” amante de Winston na obra. Nosso Winston não entendeu, então eu imagino que ele não tenha lido o livro e por isso talvez tenha perdido uma chance. Marlene não mudara, pensei.

O marido dela se aproximou e fomos apresentados. Eles eram "Angels" de uma “Start Up” que se apresentava ao público na feira. “Start Up” são empresas recém nascidas e "Angels" são investidores que financiam uma ideia sem exigir retorno do valor investido. Se a ideia vinga, ganham dinheiro. Se não dá certo, perdem o valor investido. O marido dela devia ter algo próximo de 60 anos e não sei se era o mesmo homem com quem ela era casada na época que vivemos nossas aventuras. Ele e Winston se entenderam muito bem e ele chamou um dos demonstradores da empresa que ele patrocinava para mostrar o que o soft deles fazia e eu saí andando com Marlene. Fomos ao meu stand e apresentei pra ela o que fazíamos. Ficamos lá um bom tempo e depois circulamos de mãos dadas. Era o jeito dela. E o assunto inevitável veio à tona:

-Você a têm visto?

-Já faz quase dois anos que a vi pela última vez.

-Como ela está?

-Está bem. Muito bem. No momento estão morando na Suíça.

Queria pedir mais. O telefone dela, o endereço de e-mail, qualquer coisa que me fizesse voltar no tempo, mas fui tomado de uma estranha calma de aceitar que o passado devia ficar onde estava. Tinha sido muito doloroso nos primeiros meses e tinha medo de reiniciar aquela dor.

-Vamos ficar aqui mais uns dias para acompanhar a exposição. Depois voltamos para Santa Catarina.

-Podemos almoçar juntos se arranjarmos tempo nessa correria – Sugeri.

-Podemos jantar. Não hoje. Amanhã pode ser? - Ela sugeriu

-Pra mim está ótimo. Tem muita coisa para atualizarmos nesses anos todos.

Jantamos no restaurante do hotel que ela estava hospedada. Tínhamos muito o que conversar. Eu não tinha coragem de perguntar sobre a Helga e ela parecia evitar o assunto para que eu não sofresse no futuro. Mais ou menos como evitar mostrar o narcótico para alguém que já foi viciado e passou por um longo processo de recuperação. Ela esticou a perna por baixo da mesa e passou o pé na minha perna, se divertindo com meu susto. Me lembrei da livraria em Curitiba mas afastei o pensamento.

-Podíamos sair por aí e lembrar os velhos tempos? – Sugeri

-Podíamos ficar por aqui e lembrar os velhos tempos – ela respondeu

-E o seu marido?

-Ele está em outro hotel. Ele prefere assim para farrear com as “acompanhantes” que ficam distribuindo cartões na saída da feira.

Me lembrei de quando Helga me disse que Marlene tinha um casamento de fachada e tanto ela quanto o marido viviam aventuras extraconjugais.

-Qual o sentido de vocês manterem um casamento desse jeito?

-A gente transa as vezes e é divertido. Mas vivemos nossas aventuras cada um de um lado, sem que um se incomode com o que o outro faz. Quando nada mais dá certo, tenho ele em casa e ele têm a mim.

Sorri pra ela.

-Então podemos ficar por aqui mesmo.

Depois do jantar pegamos o elevador e subimos para o quarto dela. Eu a abracei assim que fechou a porta e a beijei no pescoço. Ela, que estava com um vestido que ia até próximo do joelho e um salto alto, inclinou a bundinha e ficou bailando se esfregando em mim e se segurando em minhas mãos. Eu levantei a saia dela devagar e me lembrei da primeira transa que tive com a Helga no chalé, pouco antes de irmos ao teatro. Minha mão procurou o triangulo da perdição e a descobri sem calcinha. Claro! Para não marcar o vestido! Senti a pepequinha dela, que lembrava a pepéca imberbe de uma adolescente, pequenininha, com pouca carne nos lábios. Já estava toda meladinha. Marlene era uma assanhada incorrigível. Eu ainda a abraçava por trás e lhe beijava o pescoço e orelhas. Introduzi dois dedos na pepéca e a siririquei por alguns instantes. Depois fiz como se a fosse beijar, avançando meu rosto sobre seu ombro, mas trouxe meus dedos gelatinosos até meus lábios e lambi, só depois a beijando.

-Ah, você é cheio de truques, Meninão!

-Estou com saudade dos seus truques Marlene...

Eu a peguei no colo e a carreguei até a cama. Eu a deitei e desci até sua vagina, expondo a sob o vestidinho que estava levantado e beijei com carinho. Lembrei de doze anos atrás, quando fiquei surpreso com o formato daquela bucetinha e vi que ali também não tinha havido envelhecimento. Eu a beijei com carinho, depois lambi as bordas, os lábios e o grelinho. Era uma buceta pequenininha, que cabia na minha boca e eu conseguia massagear a região superior do clitóris com meus lábios superiores e enfiar minha língua na cavidade vaginal e lamber aquela região meio rugosa, mantendo contato dos lábios inferiores com a parte de baixo da buceta. Era uma delícia pra mim. E pra ela também. Eu a fiz gemer de prazer e cada gemido me levava de volta no tempo. Quis penetrá-la. Ela não deixou. Desceu e começou uma mamada espetacular, que só ela sabia fazer. Eu não queria gozar na boca dela, mas estava difícil.

-Se você não parar agora vou gozar... E não sou mais tão automático quanto 12 anos atrás... A recarga demora um pouco mais.

-Quero beber sua porra, Meninão! Goza pra titia! Temos a noite toda!

E afundou a boca na rola e sentia a chapeleta na garganta dela, forçada a se curvar. Ela punhetava de leve a base e comecei a segurar a nuca dela, fazendo-a se sufocar. Marlene curtia uma putaria e era uma das mulheres mais habilitadas nas artes do sexo que eu encontrei na minha vida. Ela respirava fazendo um vácuo na cabeça da rola e depois deixava a rola escorrer para fora de sua boca, como se a boca fosse um canal de carne macia pois a rola não ficava intocada em nenhum momento do percurso. Comecei gemer alto e ela não fez o truque de fechar a passagem da porra, como relatei no outro conto, pressionando com os dedos o canal por onde meu gozo passaria. Me deixou fluir pra dentro da boca, me encarando, sorrindo... eu via meu pau pulsar e jorrar a porra pra dentro da boca quente e receptiva.

Acabou de beber e subiu para me beijar.

-É exatamente o gosto que eu me lembrava. Sua porra é deliciosa! – Disse depois

-Não é tudo igual? Perguntei divertido

-Não. Não existe uma pica igual a outra, uma buceta igual a outra nem uma porra igual a outra. Cada uma têm seu “blend” específico. Além disso eu não saio por aí chupando picas a torto e a direito, vê se me respeita! – Ela falou zombeteira

Ri e dei um tapa forte na bunda dela.

-Você é fantástica Marlene!

Ela riu e começou esfregar minhas bolas com força e a palma de sua mão pressionava o corpo da minha rola semi endurecida contra minha pele.

-Se sou então demonstra seu amor... Endurece ela pra mim.... - E a rola começou a ficar dura...

Já fazia algum tempo que eu não conseguia uma segunda ereção de forma tão imediata.

-Você é algum tipo de bruxa, Marlene! Um tipo gostoso de Bruxa!

Ela desceu e chupou o pau mais um pouco acabando de endurecê-lo e depois veio me cavalgar. Era minha vez de dar prazer a ela. Ela tinha tido picos de orgasmo com minha chupada, mas eu já tinha tido um orgasmo pleno com a mamada dela. Minha rola dilatava completamente aquela vagina apertadinha e eu achava que ia demorar gozar agora que já tinha dado uma. Mas era a Marlene. A cabeça do pau se acomodou com certa dificuldade depois de passar pelos lábios da buceta, mas ela parou e começou a espremer minha glande com seus músculos vaginais e mexer pra lá e pra cá, como se meu pau fosse uma alavanca de câmbio e ela trocasse marchas com a vagina.

-Pára sua filha da mãe! Senta nessa vara!

-Meninão não aguenta nada! Tem ejaculação precoce, é?

Eu gemia e estava muito gostoso. Em poucos segundos eu já estava no estado que planejava estar daí uns 5 ou 10 minutos. Eu peguei e suas ancas e a forcei pra baixo, cravando sem dó minha rola até o talo. Ela deu um grito que pareceu ser dor, mas eu nem liguei. Comecei fodê-la forte de baixo pra cima e ela começou fazer caras e bocas que estava curtindo ter sido arrombada de uma só vez e mais ainda de estar sendo impiedosamente empalada no meu pau.

-Hummmm! Meninão! Seu filho da puta! Quanta atitude! Ah seu viado filho da puta! Você conseguiu ficar ainda mais gostoso com o tempo!

Ahhh, estava gostoso foder aquela titia. Tantas recordações, tantas sensações perdidas no tempo. Ela se abaixou e me beijou a boca. Pude sentir o gosto da minha própria porra na boca dela quando nossas línguas se esfregaram. Comecei foder mais forte e ela começou urrar de prazer, xingar tudo quanto era palavrão que eu conhecia e talvez alguns inéditos e fazer movimentos desarticulados com a cintura. Ela estava tendo o curto circuito interno que chamamos de orgasmo. Enfiei um dedo no rabicó dela e ela gemeu ainda mais forte quando comecei massagear o anel. Lembrei de quando fodi aquele cuzinho, doze anos atrás, e de como ele era gostoso e apertado e de como ela sofreu no processo. Eu queria fazê-la sofrer de novo. E faria. Mas seria na próxima foda. Nessa eu já estava quase gozando. Quando fosse naquele cu queria ficar muito tempo dentro dele, para esfolar ele como tinha feito da outra vez e ver ela andando pela FENASOFT com dificuldade. Eu olharia pra ela e só nós dois saberíamos que eu havia arrombado aquele rabo e feito ela andar torto.

-Para meninão! Deixa a titia controlar agora! - Ela me disse quando se recuperou da gozada.

Parei e ela começou se mexer para frente e pra trás e rebolando com a vagina espetada no meu pau. Ela me observava como se se atentasse para cada expressão no meu rosto, tentando prever a hora que eu ia gozar. Quando comecei contorcer o rosto numa máscara de prazer, ela deslocou o corpo um pouco mais pra frente, dobrando meu pau de certa forma ao deixar uma parte dele pra fora e a outra dentro do canal vertical de sua vulva naquela posição, forçando a parte das costas do meu pau contra minha pélvis. Ela depositava seu peso sobre o pau deitado, de forma que estrangulava a passagem da porra pela minha uretra com seu próprio peso. E quando veio o gozo, ele não tinha por onde passar. Era menos eficiente do que quando ela fez com os dedos no outro conto, mas minha gala não tinha como sair das minhas bolas porque a safada estava sentada com seu peso bloqueando minha uretra. E se esfregando pra frente e pra trás. A porra passava, mas era muito devagar... E eu me retorcia de dor ou prazer, não sei nem separar, e ela curtia cada expressão retorcida que arrancava do meu rosto. Gritei muito! Gemi alto! Apertei os seios dela com minhas mãos! Parece ter demorado uma eternidade para terminar, ela sempre me olhando como uma cientista que observa um experimento e quando terminei, ela se desencaixou de mim, e trouxe sua vagina mais para cima, deixando a porra escorrer de volta sobre minha barriga e peito e se esfregou por cima, fazendo uma grande lambança. Eu estava com as pernas dormentes, o corpo relaxado, exausto e imobilizado de prazer. Ela se deixou cair e começou me lamber e sorver a “sujeira” que tinha feito sobre meu corpo. Dormi no processo e sonhei com o dia que Helga se enfiou sob o edredom e me lambeu o peito, a barriga e chupou meu pau, numa madrugada fria em Curitiba, doze anos antes.

Acordamos de madrugada, Marlene gostosamente aninhada no meu peito, dia já começando a clarear e fomos tomar banho. Ela ligou pra recepção e pediu para trocarem os lençóis. Quando a arrumadeira chegou era uma mulatinha muito bonita e com cara de inocente. Marlene resolveu provocar a menina e começou chupar meu pau, não totalmente a vista, mas a menina conseguia perceber o que estava acontecendo atrás do balcão do bar, já que ela via a bunda gostosa da Marlene, de joelhos e eu em pé tentando não fazer caretas de prazer. A moça tentava não demonstrar, mas as pupilas delas iam e voltavam tentando ver melhor o que acontecia. Quando ela ia sair eu a chamei e ofereci uma cédula de 20 de gorjeta. Ela aceitou, agradeceu e tentou não olhar pra baixo do balcão, mas acabou olhando, embora não deva ter conseguido ver nada.

Tinha que punir a Marlene por causar esse constrangimento à moça. Eu levantei e a levei para a cama. Ela ria. Eu a deitei da cama e dei uma bela lambida na buceta, correndo a língua pelo rabinho também, que a fez estremecer de prazer. Eu a virei de bruços e ela arrebitou o bumbum oferecendo a xaninha. Demorei um pouco. Ela pensou que era pra criar expectativa, mas eu estava lubrificando meu pau com um gel que eu tinha trazido para o encontro imaginando que uma chance poderia surgir. Pau besuntado, encostei ele na bucetinha e ela deu um risinho sacana imaginando as sensações que viriam. Mas desviei a cabeçona e o alojei na entradinha do cu.

-Não! Não! Nada disso!

-Sim! Sim! Nossa recordação tem que ser completa!

Ela não retrucou. Concluí que ela só tinha feito cu doce como quase toda mulher faz na hora de dar a bunda. Ela até levou as mãos pra trás e abriu as nádegas para me receber. Comecei empurrar e era difícil entrar. Ela quase não dava aquele cuzinho e ele era apertadíssimo. Demorou um pouco e precisei esguichar um pouquinho de gel a mais no reguinho, mas a cabeça entrou e ela deu um gritinho fino e longo:

-Ai meu cuzinhoooo!

Ouvi um barulhinho atrás da porta e tive certeza que a camareira estava lá ouvindo.

-Me aguenta! Vou entrar inteiro nesse cuzinho apertado! – narrei para camareira ouvir.

Empurrei mais um pouco e comecei escorregar pra dentro dela, devagar e sempre, até que senti o fundo do reto tocar na minha glande. Puxei devagar e ela urrou como uma lobinha. Ela estava deitada de bruços, mas quase de quatro. Quando saiu tudo empurrei de novo e ela guinchou fininho de novo. Quando eu puxava, vinha a beiradinha do cu se esticando como um bico e quando eu empurrava era com dificuldade que eu entrava. Mas ela não parecia sofrer como daquela primeira vez. Comecei ir mais rápido e ela foi ficando mais à vontade. Eu socava ela gania, eu puxava ela gemia.

-Ai meu cuzinho! – Ela gritava de vez em quando e eu considerava isso um incentivo pra foder mais e com mais força. Em certo momento ela já não ficava mais usando a mão para abrir as nádegas e ensaiava umas reboladas. Eu comecei socar cada vez com mais força vendo que não havia mais dor e demorei horrores para gozar, afinal era a terceira da noite. Quando gozei ela gemeu alto de prazer sentindo meu leite morno nas entranhas. Que noite gostosa!

Ela levantou e reclamou que ia ficar esfolada.

-Bem feito pra você para de constranger a camareira!

Ela me deu um tapa forte na bunda e disse:

-Você tá afim daquela mulatinha é?

-Sinceramente? To afim é de você!

Fomos abraçados para o banheiro. Ficamos juntos quase todas as noites até ela voltar para Santa Catarina. Sobra saudades dela e da minha amada Helga. Não tenho mais esperança de retomar nosso caso pois hoje estou casado com uma mulher que amo muito, mas gostaria, quem sabe, de vê-la mais uma vez. Helga gostava de contos, embora não fosse eróticos... Quem sabe um dia ela esbarre nesses e se identifique com as situações...

Peço desculpas ao leitor, pois vejo que o conto acabou ficando muito longo. Acredite que suprimi muita coisa, mas é difícil contar em poucas palavras uma estória tão intensa. O leitor muito atento talvez encontre alguma incoerência das datas/idades. É que, em verdade, a minha suspeita de traição de Helga, e o esclarecimento que veio nesse conto, aconteceu cerca de um ano após a viagem pra Curitiba, quando voltávamos de uma outra viagem. Mas eu achava importante contar a viagem de Curitiba para apresentar a Marlene e se fosse contar também a outra viagem ficaria cansativo. Também omiti algumas vezes que “brigamos” e ficamos separados. Isso aconteceu três vezes e foram separações que duraram um ou dois meses. Eventualmente, talvez eu conte algumas dessas estórias de forma avulsa.

Obrigado se você leu até aqui. Espero que a leitura possa ter sido tão boa para você como foi para mim recordar e contar essa estória.

Da Helga, guardo uma saudade que não passa e a imagem dela ficando cada vez mais distante naquele corredor de embarque, puxando uma mala de rodinhas, seus cabelos arrumados em tranças tirolesas, e provavelmente chorando como eu chorava, mas não vi seu rosto de novo, pois ela não se virou para trás para me ver uma última vez.

[-x-]

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Comentários

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Li toda a saga, o suposto 'lance' de Osvaldo de inicio me deixou irritada, muita braba mesmo, mas foi excelente o desfecho, agora, Marlene, no fim, pode parecer que não tem papel importante no desfecho.mas têm sim. Não falo do sexo, mas eu vi como uma forma de recorda coisas que são lembranças algumas triste outra não do coração. Mega, super votadssmo em todos os texto.

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Sou novo no site, menos de 3 meses e tive a sorte de encontrar essa série. FANTASTICA. Um dos melhores, senão o melhor conto que li aqui. Parabéns.

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Obrigado Dario

Muito satisfatório receber uma opinião assim. Da uma olhada nos outros contos que talvez goste tbm

Obrigado!

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Entro nesse site esporadicamente há bastante tempo quando o descobri ainda na puberdade - na época, muito mais para um ocasional estímulo sensorial do que, propriamente, pelo texto ou narrativa que, em regra, eram muito pobres tanto em conteúdo quanto na forma.

Ao voltar a acessá-lo com mais atenção, notei que a qualidade das narrativas melhoraram muito: adquiriram profundidade, coesão e algumas viraram séries ou sagas imperdíveis. Tive acesso ao seu texto ao ler um comentário seu em algum conto. Curiosa que sou, cheguei à esta história. E que história!

Você possui uma maneira direta e objetiva que impactam muito bem na narrativa, sobretudo nas cenas sexuais. Parece ser bastante metódico também. Dá para perceber o autor pelo estilo de escrita, independente da verossimilhança do texto.

Quanto à história: muito interessante. Pelo o que eu entendi, além de real, deve ter, atualmente, uns vinte anos que ocorreu, sendo relatada pelo viés de sua memória de menino com toda a maturidade de um homem adulto, já globalmente articulado. E é isso que faz ser tão interessante.

Confesso que a sua situação com a Marlene me causou certa curiosidade em uma parte do texto anterior: nada relativo a você ter tido relações sexuais com ela propriamente, mas o trecho em que você se levanta da cama em que estava com o seu maior afeto, Helga, - situação costumeiramente não possível fora daquela viagem - para ir ao quarto da Marlene, após ser rechaçado pela amada por ter transado com a amiga; mesmo sendo esse o motivo da chateação da Helga ao ponto de você, no texto, ter possuído receio de perdê-la ou de sua relação com ela, dotada de magia, não ser mais a mesma, você voltou lá.

Me pareceu uma quebra de narrativa, um plot twist ou, ainda que paradoxal a esses adjetivos, uma explicação. Achei ali que a Marlene poderia tê-lo atingido emocionalmente como a própria Helga e que eu havia perdido algo importante. Você, inclusive, deixou claro que ela o impactou, mas que o menino da época não poderia amar duas mulheres ao mesmo tempo.

Sendo a sua história real (claro, com alguma liberdade literária que o transcorrer do tempo e sua estilística exigem), eu me coloquei no lugar em que estive diversas vezes apaixonada pelo roteiro que norteava minha situação fática, o que incluía tudo ou todos que irradiassem dela. Pensei: será que o meninão, suscetível e inexperiente, não havia se apaixonado, sobretudo, pela irreverência de se relacionar com uma pessoa mais velha, indisponível emocionalmente, mas altiva, confiante e madura? Qualidades, enfim, inerentes a ambas? Inerentes a várias outras que ele poderia ter conhecido nessa época?

De qualquer forma, seu afeto pela Helga foi claramente bem real. Ela foi a primeira com aquelas qualidades a detê-lo. Depois dela, apenas gatilhos. Marlene foi um gatilho da própria: irradiou dela e você agarrou mesmo após 12 anos. Talvez em tributo à amada.

Quanto à partida da Helga no aeroporto, eu percebi que você não se deteve muito, mas se foi um pouco daquele jeito mesmo, foi de partir o coração!

Por favor, volte a escrever. Eu adorei. Fiquei curiosa em saber como foi se enamorar de uma mulher e casar, como disse que fez. Espero que tenha conseguido se apaixonar novamente tanto quanto e com a mesma pureza. Abraços!

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Olá Db

Primeiramente te agradeço. É muito satisfatório ver que uma pessoa gostou da leitura e dedicou seu tempo para escrever algo tão bacana sobre o que acabou de ler.

Saciando sua curiosidade, a Marlene de fato mexeu com a minha cabeça. Não coloco no conto, mas fantasiei que se Helga me chutasse naquela viagem eu ficaria com a Marlene. Não deixei de amar a Helga, nada disso. Só que a Marlene era uma mulher fantástica, e que parecia estar "caída" por mim. Não foi algo sistemático esse pensamento, apenas um pensamento que me passou pela cabeça algumas vezes... Eu estava confuso, percebo mais claramente hoje em dia.

Nessa viagem com a Helga eu vivi um turbilhão de emoções. Nunca me passou pela cabeça que ela poderia estar planejando me entregar pra uma amiga. E em algum momento da viagem eu comecei ficar com um pouco de raiva da Helga por não dar um pé na bunda do Hugo. No conto eu coloco isso aflorando naquele café da manhã em que a Marlene está se insinuando e a Helga finge me incentivar enquanto deixa transparecer que está com ciúme, mas não tenho certeza de que foi naquele momento... Pode ter sido em algum momento que antecedeu o café da manhã mas a causa, isso eu tenho certeza, foi essa atitude antagônica da Helga, dizendo que eu podia ir, mas com medo que eu fosse. Acho que me caiu uma ficha que não era socialmente normal eu aceitar ela ficar com outro homem, o marido no caso, se ela não aceitava eu com outra mulher. Realmente é complicado descrever sentimentos tão intensos. Tentei transmitir essa confusão de sentimentos na escrita.

Fiquei "boladasso" com a Marlene. Ela era uma mulher sofisticada, bonita e decidida. Então, me sentir desejado por ela já era lisonjeador. E ficou mais intenso quando percebi durante e após as transas que eu tinha sido muito bem "cotado" por ela. De novo isso mexeu com meu ego porque ela era de fato uma mulher do tipo que costuma escolher seus homens e esnobar pretendentes que não agradem. Como eu disse no conto, ela teve muitos homens em sua vida liberal e inevitavelmente me comparou com eles e eu fui bem cotado. Pense como fica a cabeça de um "menino" nessa situação...

E eu sei que ela me aprovou por causa da forma que ela agiu durante e depois da transa... Talvez, na cabeça dela, antes de transar comigo, ela me visse só como "um pau pra provocar sensações" e um "garoto pra impressionar", mas depois isso mudou. Quando ia ao quarto dela ficava claro o conflito que ela vivia, me desejando mas não querendo magoar a amiga. E acho, sinceramente, que fiquei "apaixonado" por ela por esse conjunto da obra.

Mas é complicado porque não deixei de amar a Helga. Eu queria a Helga, mas queria ter a Marlene também. E era de um jeito diferente. Amava ternamente a Helga mas não abria mão de foder selvagemente a Marlene...

Enfim, estou aqui me repetindo quanto ao que já escrevi no conto, mas sim. Fiquei caído pela Marlene sem no entanto deixar de amar a Helga. A Marlene era tudo isso que você falou.. altiva, experiente, confiante, madura....

Eu não era exatamente inexperiente como saberá se ler meus outros contos, mas era jovem e suscetível às "magias" da Marlene. Parceiros mais velhos e experientes sempre levam vantagens nesse tipo de situação. Inclusive é curioso que muitas vezes me relacionei com mulheres mais jovens na minha vida e percebia certo fascínio que causava nelas... Me tornei pra algumas delas algo como a Marlene foi pra mim, eu acho.

Sobre o aeroporto, não havia muito o que dizer... O caminho até lá foi muito triste mas parece ter sido terrivelmente rápido. Torci para as coisas darem errado.. O vôo ser cancelado, ela voltar pra casa por mais um dia, e queria implorar pra ela ficar, mas temi que se perdesse toda minha dignidade o amor dela por mim ficasse esvaziado. Passamos algumas horas no aeroporto mas, de novo, passou terrivelmente rápido. Quando chamaram para o voo ela se levantou e eu também. Ela me abraçou rapidamente não me deixando ver seu rosto e ficamos abraçados um bom tempo. Então ela me soltou, se virou e andou apressada para o portão de embarque. Por isso fiquei com a impressão que ela chorava e não queria que eu visse seu rosto e achei mais "poético" descrever daquela maneira que coloquei no conto.

Não sei o que poderia ter feito de diferente pra ela ficar. Penso que a única possibilidade seria eu ser mais velho, para passar mais segurança pra ela, segurança de que ela não ficaria sozinha depois de uns anos.

Enfim, o tempo só fez suavizar possíveis problemas daquele relacionamento e tornar ele perfeito nas minhas lembranças.

Obrigado pelos comentários e pelas estrelinhas no conto.

Um beijo!

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Às vezes eu me pergunto como palavras podem nos trazer sensações tão doces e tão amargas num período tão curto de tempo... Nesses seus contos eu tive o prazer de sentir a alegria de um amor avassalador e a tristeza de uma partida, tudo isso em um período de horas. Obrigado, jota. Sua escrita é muito intensa. Nota 1000. Agora deixa eu ir lá fora porque preciso ver coisas felizes pra me recuperar.

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Obrigado pela opinião emotiva, JMFN. Foi um período muito intenso da minha juventude e se eu falar que superei completamente, estarei mentindo. Mas vida prosseguiu. Sempre prossegue. E vão se acumulando as recordações.

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O melhor conto que já li. Estava com muita raiva da Helga no final do outro capitulo, mas essa virada foi sensacional. Não esperava me emocionar num site de contos de putaria mas me emocionei várias vezes. Parabens!

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Sen-sa-cio-nal! O melhor conto erótico que já lí na vida! Que virada de fatos espetacular! Que reencontro emocionante e tesudo com a Marlene! E que final emocionante! Confesso que quase chorei com o último parágrafo. Deixo uma salva de palmas e espero que você leia esse comentário pois notei que escreveu esse conto já tem mais de 2 anos. Parabéns Jota! E obrigado pela exclente leitura proporcionada

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Valeu Marcos! Obrigado por ler e comentar todas as partes. Muito obrigado!

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Tem dois contos eróticos que me fizeram chorar, o Jota com a Helga e Coração Partido do Cowboy. Chorei de verdade.

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Obrigado pelo comentário Judith

Comentários como o seu são a motivação de escrevermos.

Eu martelei essa cena dela indo embora muito tempo, pensando muito sobre o porquê dela não ter olhado pra trás. Fantasiei que se ela tivesse olhado talvez largasse a mala lá e voltasse correndo pra mim. Sua explicação faz muito sentido. De fato ela era assim. Sempre virava o rosto quando estava muito triste. Guardo saudade daquele tempo mas consigo entender os motivos dela... seria uma aventura muito grande ela largar tudo que tinha pra ficar comigo, sendo eu tão imaturo. Talvez se eu tivesse 10 anos a mais de experiência eu tivesse conseguido passar pra ela a segurança que ela precisava.Obrigado, de novo, pelas suas palavras

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Comento pouquissimos contos que leio. Mas após ler essa sua história me senti na obrigação de logar, comentar, e atribuir as três estrelas a cada uma das partes. Confesso que chorei com esse último parágrafo.

Tenho certeza que ela te amava também.

Escolher ir embora foi tão difícil pra ela como foi pra você ver ela se distanciando naquele corredor de embarque, seus cabelos amarrados em tranças e CERTAMENTE chorando como você chorava. Foi por isso que ela não olhou pra trás. Por estar chorando. Lembra de como ela escondeu o rosto, lá no primeiro conto, quando foi maltratada pelo marido? Ela não gostava de

ser vista chorando. Helga era muito reservada em público como você mesmo disse em um dos contos. Tentava se passar por fria e metódica mas era frágil. Se ela fosse mais espontânea teria olhado pra trás e você teria visto um rosto molhado de lágrimas e os olhos vermelhos pelo amor perdido. Não estou inventando nada, só extraindo informações das entrelinhas do que você nos

contou.

Obrigado por compartilhar essa história conosco. E não sofra pela perda da Helga. Regozije-se por ter tido a oportunidade de viver um amor verdadeiro.

Conte-nos mais dessa história

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Sou leitor de contos eróticos deste e outros sites a bastante tempo, sou admirador de uns 10 autores mais ou menos daqui da Casa... Você está entre eles agora.

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Obrigado Morfeus. Vi que você comentou em todos os contos da Helga e como você não tem contos publicados deixo aqui meu agradecimento

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Vontade de aplaudir de pé esse final, Jota... Que jeito envolvente de contar. Seu filho da puta, você fez cair um cisco no meu olho! Não esperava encontrar algo assim num site de contos eróticos. Quero que conte mais desse período da sua vida quando. Vejo que vai faltar tempo quanto te encontrar de novo. Mil estrelas!

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Obrigado Anjinho! Como você não tem contos publicados estou respondendo por aqui

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Escrevi no primeiro da série e agora escrevo.aki, seus contos são fora do comum, chorei, sorri, senti muito tesão.. vc passa um.sentimento em cada palavra, em cada texto, entrei na cena várias vezes .. cara vc eh incrivel como muitos Aki .. sou seu fã.....

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