Os Verões Roubados de Nós/ CAPÍTULO3

Um conto erótico de D. Marks
Categoria: Homossexual
Contém 4075 palavras
Data: 09/07/2018 11:51:47

Oi pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim!!

Quero agradecer a leitura em primeiro lugar e mandar um recado a um leitor da casa.

**VALTERSÓ** - Obrigado por ler meu conto. Sou leitor assíduo da casa e amo seus comentários. São viscerais!!! Não é crítica, ok, apenas que eu amei o fato de vc ter lido meu conto. E só pra constar: o destino de Gabe e do Eno já estão cruzados além da vida. Bjs meu querido!

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CAPÍTULO 3

PARATY – O VERÃO DOS SONHOS – 2ª PARTE

Após o almoço e de um bom cochilo, resolvemos passear pelas ruas de Paraty. Peguei a mochila junto com minha máquina fotográfica e saímos. Eu queria andar de mãos dadas com ele, mas as pessoas poderiam encrencar. No geral, casais homossexuais sofriam preconceitos de todos os lados e em qualquer lugar. Passeamos por locais que amamos até chegarmos ao Centro Histórico. Fotografei tudo o que via pela frente, principalmente Enzo que fazia caras e bocas para a câmera. Eu adorava fotografa-lo, pois ele tinha um ar sedutor que lhe é natural, espontâneo, sorria com facilidade, é extrovertido, brincalhão (até demais) e tinha um dom natural de envolver as pessoas e cativa-las. Eu que o diga, pois morria de ciúmes quando via alguns otários querendo tirar vantagem dele por isso.

- Quero tirar algumas fotos juntos Eno. – disse para ele.

- Claro amor! – o percebi olhando em volta. – Vamos pedir àquele casal hippie, o que acha?

Olhei para onde ele indicava e assenti. Aproximamo-nos e a moça logo disparou:

- Vocês ficam lindos juntos! – diz ela com um sorriso enorme.

Enzo devolve o sorriso e eu fico encabulado por estar sendo observado.

- Eu também acho. – diz Enzo. – Será que algum de vocês pode tirar uma foto nossa? Aaahhh... Meu nome é Enzo e esse moço lindo do meu lado é o Gabriel.

- Prazer, Enzo, Gabriel, meu nome é Tânia e esse é meu companheiro de vida, Zaion. – ela vem até Enzo e aperta sua mão em cumprimento.

O rapaz nos cumprimenta alegremente também.

- Quantas fotos vocês querem? – pergunta Zaion se aproximando de mim.

- Quantas você conseguir tirar, Zaion! – Enzo pede. – Vem, amor...

- Enzo... – eu fico encabulado pela forma como ele me chama na frente deles. “Eu sou um enrustido filho da puta mesmo!” penso.

- Aaahhh... Relaxa Gabriel! Nós somos de paz e não temos preconceito nenhum, podem ficar tranquilos. – Zaion fala. Relaxo um pouco, mas só porque percebi que ele olha demais para o meu Eno e decido mostrar o ‘macho alfa’ em mim.

- Vem, amor... – repito o chamamento de Enzo. – Quero um monte de fotos nossas juntinhos!

E surpreendo até mesmo Enzo beijando sua boca.

- É isso aí, meninos! – diz Tânia alegremente. – Viva o amor!!! - E bate palmas.

Zaion faz várias fotos nossas e ainda ficamos conversando com o casal por mais um tempo até ouvirmos um trovão ao longe. Já era hora de ir para casa.

Começamos a nos despedir quando Tânia se aproxima de Enzo e segura sua mão com a palma voltada para cima. Ela olha para mim e estende sua mão em minha direção. Sinto um arrepio correr por meu corpo e meus pêlos da nuca eriçarem. Continuo no mesmo lugar e ela pede:

- Deixa eu ver... – e me olha profundamente. – Por favor.

Estendo minha mão e ela pega fico lado a lado com Enzo enquanto ela analisa não sei o quê.

- Vida longa aos dois... Sucesso profissional... Amor reciproco... União com benção familiar... – ela olha para Enzo – por parte da sua família. Você é intuitivo também.

Enzo sorri. Isso é fato. A família dele é super unida. Já a minha... Tirando minha irmã, meu pai eu não tinha certeza se aprovaria nossa relação e minha mãe preferiria ver o filho morto ao ter que passar vergonha perante as amigas. “Inferno!” pensei com o rumo dos meus pensamentos.

Tânia me olha parecendo ler meus pensamentos.

- Você deve se decidir, Gabriel! Ou ata ou desata de vez os nós formados em sua cabeça. O amor de vocês foi feito para durar a eternidade, mas vejo um medo da sua parte. Vou te dar um conselho: Não tenha medo desse amor! Confie mais em si mesmo da mesma forma que confia no Enzo e ninguém irá separa-los!

Ela volta o olhar para nossas mãos e solta uma exclamação;

- Meu Deus! Não pode ser... – Zaion se aproxima dela

- O que foi Tânia? O que você vê? – ele pergunta.

Tânia olha para ele e depois para nós dois. Depois de segundos pensando finalmente fala:

- O amor de vocês será colocado à prova. Vejo uma interrupção aqui. – e nos mostra uma falha nas nossas linhas da mão. Falhas idênticas. – Algo ou alguém poderá separa-los, mas as linhas se unem novamente depois. Cuidado, meninos! Há um inimigo à espreita de vocês esperando para dar o bote. Lágrimas de tristeza e desespero serão derramadas... Mas vejo lágrimas de alegria também. Enzo, sua intuição estará pra lá de aguçada, então a use. A falha que os separa aqui volta a uni-los futuramente. – ela sorri – Um dia voltaremos a nos encontrar.

Aquilo me assusta e resolvo puxar minha mão.

- Nunca! – digo a ela. – Nada irá me separar do Enzo.

- Tentarão... – ela diz – Mas com o destino não se brinca! O que é para estar junto permanecerá.

Zaion resolve falar:

- Tudo bem, pessoal! Vamos lá, Tânia, deixa os meninos terminarem o passeio deles. Até porque irá chover daqui a pouco.

Olho para o céu e estava cada vez mais escuro e os trovões mais fortes e próximos.

- Sim... Vai chover e muito! – digo e olho para Enzo que parecia uma estátua. – Vamos, Eno?

Ele continua como esta, apenas olhando para Tânia fixamente. Ela também devolvia o olhar para ele.

- Eno... – chamo e nada dele olhar para mim. – Que porra... Enzooo! – resolvo berrar.

Ele sai do transe e me olha confuso.

- Oi Gabe...

- Vamos embora! – digo firme. - Vai chover.

Ele olha lentamente para o céu e concorda.

- Sim, vamos embora. – ele segura minhas mãos e olha para o casal a nossa frente. – Obrigado Zaion pelas fotos e Tânia...

- Tudo bem, Enzo. Eu acho que fui meio longe demais – diz ela envergonhada. – Eu e essa minha boca grande.

Enzo solta minhas mãos e a abraça:

- Foi esclarecedor, Tânia! Obrigado pelos conselhos indiretos. Tomaremos cuidado. – e sorri para ela – Não se desculpe. Há pessoas que não aprovariam nosso relacionamento.

- É... Eu imagino Enzo. Mas fiquem juntos e confiem um no outro... – e ela segura as mãos dele. – confie no seu instinto. Ele não vai falhar nunca. Você sempre vai sentir o seu amor quando ele precisar de você!

Enzo assenti e se separa dela. Partimos para casa.

Chegamos a casa e percebo que Enzo está silencioso. Eu só olhava com canto dos olhos e percebi seu semblante fechado.

- Eno... – chamo com cuidado. Ele nem se vira. – Amor... Olha pra mim, por favor.

Nada. Suspirei e sai do carro dando a volta e abri a porta para ele sair.

- Eno... Vem!

Ele continuou sentado olhando para frente. Percebo lágrimas rolando pelo seu rosto.

- Porra... – o puxei para os meus braços. Seu choro silencioso torna-se compulsivo. – Shiii... Calma... Eu estou aqui!

Meu coração se aperta e sinto algumas lágrimas rolarem dos meus olhos também. Nesse momento todo meu medo de assumir minha homossexualidade some quando o vejo chorar. Enzo chorava por nós. Por medo. A partir daí decido que a primeira atitude ao voltarmos será me assumir e tornar nosso relacionamento conhecido para todos.

- Eu estou aqui pra você, amor! – digo acariciando seus cabelos. – Vamos ficar bem, acredite em mim.

Ele se afasta e me olha.

- Até quando?- sua voz embargada corta meu coração. – Até quando, Gabriel? – e sai.

Fiquei parado sentindo minhas lágrimas caírem silenciosas. Odiei ter que concordar com ele, mas vê-lo chorar diante da possibilidade de nos separarmos fez algo despertar em mim. O medo de que isso pudesse acontecer. Ninguém nos separaria e mesmo que tentassem e conseguissem eu lutaria até o fim por nós!

Segui atrás dele o encontrei na cozinha tomando água.

- Quero falar com você!

Ele se virou. As lágrimas haviam diminuído, seus olhos estavam vermelhos e seu semblante estava muito sério.

- Sobre? – perguntou com certo cinismo.

- Nós...

- Gabriel...

- Cala a boca! – agora minhas lágrimas rolam livremente. – Eu amo você! Demais, Eno! Não interessa se vamos brigar, sair no tapa, discutir, ficar com raiva um do outro... Eu jamais vou deixar de lutar por nós! Por nosso amor. Quando eu te vi chorando algo em mim despertou. Eu não posso correr o risco de te perder por causa dos meus medos ou por conta da opinião dos outros. Foda-se. Eu quero o que temos hoje e muito mais. – tomo fôlego. – Quero uma vida ao seu lado, nossa casa e quem sabe no futuro filhos. Eu te amo! Entendeu?

- Gabe... Eu...

- Entendeu? – cheguei bem perto respirando em cima de seu rosto e olhando em seus olhos. – Responde!

Enzo acaricia meu rosto e sorri.

- Eu te amo... – ele responde num sussurro e abre um sorriso – E eu entendi perfeitamente, meu amor!

Ficamos abraçados por um tempo quando Enzo solta:

- Ainda faremos amor?

Eu me afastei e soltei uma gargalhada. Nem parecia que ele tinha chorado há poucos minutos atrás.

- Seu safado! – respondi dando lhe um beijo. – Sim... Nós faremos.

- Ok. – ele se afasta rindo.

- Aonde você vai?

Ele para na saída da cozinha e responde com uma cara safada.

- Hmmm... Deixe me ver... – bate o indicador no queixo. – Ah sim! Vou me preparar para nossa noite e também preparar sua surpresa. – da uma piscada e sai.

- Gabeee... – ouço ele gritar.

- O quê?? – grito de volta.

- Prepara algo bem gostoso para comermos e bem nutritivo.

Juro que não entendi a parte do nutritivo.

- Por quê?

- Por quê? Primeiro: eu estou com fome e segundo porque vamos precisar de energia extra para mais tarde.

Ai. Porra. Meu pau deu sinal de vida e soltei um gemido. Ele ainda vai me matar de tanto tesão.

- Tudo bem, amor. Você manda. – respondo.

- Eu sei bebê! E amooo isso... – ouvi sua risada enquanto ele subia s escadas.

Olho para cozinha pensando no que fazer para nosso jantar. Opto por fazer algo simples, porém saboroso e nutritivo como ele quer. Coloco uma música (adoro baladas dos anos 80) e preparo nossa refeição.

Não demora muito e Enzo retorna todo misterioso indo até a despensa procurar por algo. Passa um bom tempo por lá, pois escuto coisas caírem, ele xinga (kkkk).

- Tudo bem por aí, amor? – pergunto curioso.

Ele retorna com algumas coisas nas mãos enroladas em panos, passa por mim e me beija.

- Sim, bebê!

Preparei nossa refeição e subi para tomar um banho e chama-lo para comer. Entrei no nosso quarto e ele não estava.

- Eno. – chamei. Olhei no banheiro e nada dele. Sai para o corredor. – Enzo? Amor? Mas...

- Oi, amor... Estava me chamando? – ele sai de um dos quartos.

- Sim... O que esta fazendo no quarto dos tios?

- Meu bebê lindo... – ele bate levemente o indicador em meu nariz. – É surpresa, lembra? O jantar está pronto? Nossa... Estou morrendo de fome.

- Sim, mas antes precisamos de um banho. Vamos? – digo já o puxando.

Ele se solta.

- Já tomei amor. – responde todo doce. – Já arrumou a mesa?

Fiz que não com a cabeça

- Ok... Vou arrumar então! – me da um selinho e sorri. – Vai tomar seu banho e fica bem cheiroso pra mim, ok?

Sorrio.

- Vou ficar. Amo você.

- Também amo, bebê! Agora... Já pro banho! – dá um leve tapa na minha bunda e sai todo apressado. Antes de fechar a porta o ouço cantarolando.

Separei a roupa e me encaminhei para o banho. Durante este tempo fico pensando sobre a surpresa que ele preparou. Estou controlando minha excitação ao máximo, mas já estou no limite.

O banho foi caprichado, me perfumei e coloquei minha roupa. Resolvi ficar sem cueca, afinal não queria nada me apertando (rsrs). Dei uma última olhada no espelho e gostei do resultado. Eu sou um cara alto, magro de olhos castanhos e cabelos castanhos claros (quase loiros). Meus braços, pernas e peito são peludos. Gosto disso, pois contrasta com Enzo que tem cabelos pretos, olhos verdes incríveis, quase nada de pêlos e também é magro.

Desci até a sala de jantar e vi a mesa posta. Ele arrumou de um jeito romântico. Sorri porque ele é todo romântico. Procurei por ele e o encontrei a beira da piscina junto com uma garrafa de dentro de um balde com gelo e duas taças. Ele havia trocado de roupa e estava lindo numa camisa azul marinho e bermuda branca. Fiquei um tempo admirando meu amor e sua beleza que ao mesmo tempo era suave e forte.

Ele percebe que está sendo observado e vira pra mim com os olhos brilhando. Sim. Eu o amo. E é para sempre.

- Amor... Você está lindo! – me elogia.

Caminho até ele e o tomo em meus braços.

- Não, minha vida... Você que é lindo. – dou um cálido beijo em sua testa e nos abraçamos curtindo nosso momento.

Ele se afasta primeiro e me puxa até a mesa.

- Vem, vamos começar oficialmente nossa noite, Gabe!

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Longe dali.

O detetive Antunes prepara-se para viajar, mas não sem antes escutar um sermão de sua ex-mulher, Fabíola ao passar em sua casa para se despedir da filha.

- Como assim, André? – ela pergunta furiosa – Eu já tinha compromisso, sabia?

- Fabíola...

- Para com Fabíola!!! – ela infantiliza a voz – É sempre assim, André, parece que você gosta de infernizar minha vida. Você vai ficar um mês sem ver a Julia, pode apostar.

- Cala a boca, Fabíola! – ele diz num tom muito baixo e ela se encolhe. Por experiências anteriores sabe que é melhor calar quando André usa um tom de voz mais baixo. – É você quem inferniza a minha vida, sua vadia. E pode se preparar porque eu ainda vou tirar a Julia de você e sua vida boa em cima da grana que DEVE SER PARA MINHA FILHA VAI ACABAR (ele grita).

Ela ri debochada. Filha da puta.

- Tente! Nenhum juiz tira a guarda da mãe para dar ao pai.

Ele cola o rosto no dela e diz num sussurro:

- Continue dizendo isso para si mesma. Quem sabe uma hora você acaba acreditando? Esqueceu que sou um detetive, querida?

Fabíola fica pálida diante da ameaça, mas resolve blefar:

- Idiota... – começou a xingar.

- Chama a Julia – ele corta com voz pausada – AGORA!

E sua ex-mulher sai gritando pelo corredor o nome do seu maior tesouro na vida. Não demora muito e sua garotinha aparece.

- Pai! Pai! – ela grita pulando em seus braços.

- Oi meu amor, como você está? – pergunta beijando suas bochechas.

- Eu to bem, papai! Nós vamos pra sua casa já? Ela pergunta com os olhinhos brilhando.

O sorriso de Antunes se apaga.

- Meu amorzinho... – ele se abaixa para ficar na altura dos olhos da filha. – O papai tem que viajar a trabalho, então esse final de semana não poderemos ficar juntos.

A tristeza que toma conta de sua filha é palpável. Julia já havia dito que odiava morar com mãe e sempre reclamava do modo como era tratada pelo padrasto e pela própria mãe que tinha a obrigação de defendê-la.

O coração de Antunes se aperta ante o olhar de desespero da filha.

- Posso ficar com a vovó Hilda, pai?!? – veio a pergunta esperançosa.

- Sinto muito, filhota, a vovó Hilda está viajando, lembra? – sua intenção era realmente deixar a filha com os pais, porém os mesmos resolveram passar uns dias na praia. – Mas, olha só, meu amor, assim que o papai voltar vamos passar uns dias juntos. Só nós dois. O que você acha?

Julia abraça o pai e concorda sem muito ânimo. É difícil para Antunes ver sua filha triste e não poder fazer nada a respeito. O detetive olha a hora e percebeu que deveria ir, pois não gostava de dirigir noite adentro.

- Julia, o papai tem que ir, mas eu prometo te ligar todos os dias, tá bem?

Ela assenti.

- Agora entre e obedeça a sua mãe, ok? – ele a pega no colo e a faz olhar em seus olhos. – Assim que o papai voltar eu prometo que vamos resolver isso e ficar juntos, meu amor! Eu te amo, filha.

- Te amo, papai. – ela me dá um abraço apertado junto com um beijo.

Antunes leva a filha até a porta quando vê Fabíola jogada no sofá.

- Eu vou ligar todos os dias, princesa. Prometo.

- Eu sei papai. Vou esperar.

Eles se abraçam uma última vez e Antunes parte sem se despedir de Fabíola. Ao entrar no carro solta um suspiro benzendo e faz uma oração. Sua intuição desde que pegou esse trabalho estava incomodando-o, parecia errado, mas a grana que recebeu iria servir para terminar a reforma em seu apartamento e esperar a briga judicial que enfrentaria pela guarda de Julia.

Por ser detetive sua intuição era elevada e a pessoa que encomendou esse trabalho fazia sentir calafrios de medo.

- Que sensação estranha. Por que isso agora, meu Deus? – e outro calafrio percorreu sua coluna.

Tratou logo de dispersar essa sensação e focou no trabalho que tinha que fazer.

Deu a partida no carro e rumou para Paraty.

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Paraty.

Enzo e Gabriel estavam tendo uma noite agradável. Tomaram vinho, jantaram e riram muito. Estavam sentados no tapete da sala com Enzo sentado entre as pernas de Gabriel conversando amenidades e sobre o futuro.

- Gabe... Onde você se vê daqui a dez anos?

Pensei alguns segundos:

- Eu me vejo chegando do trabalho com uma morena linda me esperando nua... Aaaaiiiii – Enzo me estapeia. – Calma amor... (kkkk) eu só estou brincando.

- Palhaço! Não vai achando que vou dividir meu homem porque não vou, Gabriel! E se você pensar em me trair eu corto seu brinquedo fora, ouviu bem? – falou cheio de ciúmes.

Eu o agarrei e beijei sua boca intensamente.

- Meu amorzinho nervoso! Nem eu quero mais ninguém, Eno! Eu sou seu! – sorrio – E respondendo sua pergunta: eu nos vejo juntos, casados, em nossa casa, vida profissional estabilizada e talvez um ou dois filhos. – eu o viro em meus braços – Mas nos vejo sempre juntos, Eno. Não pode e nem quero que seja de outra forma. Eu te amo desde que eu tinha 10 anos de idade e se você ainda tiver dúvidas, pode perguntar pra Tati. Ela sabe de tudo.

Ele se afasta e me olha intensamente:

- Eu também nos vejo juntos, mas você sabe que não podemos nos casar. A lei não permite. – ele sorri – Mas quero a ter nossa casa e nossos filhos. Seremos felizes, amor.

- Sim... Já somos e seremos mais. – solto um suspiro e resolvo confessar – Estive pensando, Eno. Quando voltarmos, vamos reunir a família e contar sobre nós. Vou me assumir para meus pais e amigos. Você merece isso. Eu mereço.

- Minha maior preocupação é sua mãe, Gabe. Você sabe, a tia Vera pode e terá uma reação nada favorável. – ele faz uma careta – Ela pode ser a bruxa má da história.

Rimos.

- É amor, ela pode e será, mas estaremos juntos dando força um para o outro. – nos damos às mãos.

- Eu te amo para todo sempre, Gabe. – ele me dá um selinho.

- E eu te amo para toda eternidade, Eno! – e nos beijamos.

Enzo se afasta de mim e vai até o aparelho de som. Ambos somos apaixonados por músicas dos anos 80/90, principalmente as românticas. Ele coloca More Than Words – Extreme( https://www.youtube.com/watch?v=0R-FGchhwLw ). Ele ama essa música, pois ela fala que o amor está além das palavras... E está mesmo. Eu sei disso.

Ele volta e me puxa pelas mãos.

- Vem amor. Dança comigo? – ele me pede com um sorriso lindo.

- Claro! – e passo meus braços em torno de sua cintura enquanto ele passa os braços em torno do meu pescoço. Dançamos com as testas encostadas uma na outra, olhando nos olhos e sorrindo.

A música acaba e continuamos abraçados. Enzo para de sorrir sentindo minha excitação contra sua barriga.

- Eu estou pronto, Gabe. – acaricia meu rosto lentamente – Quero ser seu.

Meu pau que já estava meia bomba ficou duro como uma pedra. Começamos a nos beijar e as carícias tiveram seu início. Meu cérebro está a mil por hora porque quero fazer muitas coisas com ele, porém é sua primeira vez e tenho que me controlar e ir com calma e carinho.

- Eno... – falo ofegante após o beijo – Vem cá...

E num gesto inesperado o pego no colo fazendo com ele enlace as pernas na minha cintura. Sigo para nosso quarto, ou melhor, o quarto dos nossos tios como ele indica. Por todo o caminho ele vai me beijando o rosto e pescoço arrancando gemidos de mim.

Na porta do quarto ele desce do meu colo e abre a porta. O que eu vejo me deixa impressionado.

O quarto estava todo iluminado por mini lanternas, a cama tinha sido coberta por um lençol escuro. Havia um balde com uma garrafa de champanhe no criado mudo. Velas aromáticas com cheiro de capim limão estavam em pontos diferentes para que o cheiro tomasse conta do ambiente.

Mas o que realmente chama a minha atenção é um espelho móvel estava estrategicamente colocado de frente para a cama.

- Eno...

- Gostou amor? – ele estava com um olhar entre ansioso e excitado. – Eu quis deixar de modo que...

- Shiii... – me aproximei e coloquei o dedo em seus lábios. – Está perfeito, amor! Até o espelho... – e dei meu melhor sorriso tarado.

Ele ficou vermelho, mas sorriu safado.

- É estratégico, amor... Você logo vai saber o motivo.

- Safado você! – digo olhando para ele – Está pronto, amor?

Ele caminha até a cama tira a camisa e me chama com um gesto de dedo.

- Sempre, Gabe... Vem...

Eu caminho até ele e começo a beija-lo. Minha excitação está nas alturas e sinto que o pau dele também está duríssimo ao abraça-lo. Vou empurrando até encostá-lo na cama. Ele tira a minha camisa e eu passo a observar os movimentos de seus lábios indo em direção aos meus mamilos aos quais ele dá extrema atenção com beijos, chupadas e mordidinhas enquanto suas mãos correm por minha barriga até atingir meu pau. Sem parar de me beijar ele abre minha bermuda e sua mão vai para dentro. Enzo para de me beijar e sorri de forma safada.

- Sem cueca?

- Sim amor... Para facilitar! – e solto um gemido quando o sinto massagear meu pau – Aaahhh... Eno!

Ele agacha e tira minha bermuda e com o mesmo olhar safado toma meu pau na boca engolindo todo.

- Aiii... Porra! – eu só consigo gemer e fecho os olhos para curtir aquela sensação. Já recebi alguns boquetes de outros caras e algumas mulheres, mas não sei se é porque eu o amo, mas o boquete do Enzo é único.

Ele tira a boca do meu pau e diz:

- Olha pra mim... – meus olhos continuam fechados – Gabe... – eu olho. Seus olhos verdes estão intensos e escurecidos de desejo. – Olha pra mim enquanto eu te chupo.

E com isso ele abocanha novamente meu pau todo lambendo, passando a língua e demorando na cabeça beijando, sugando todo meu pré-gozo. Enzo é safado por natureza, sabe ser sexy naturalmente e sua beleza me deixa aéreo.

- Chupa amor... Aaahhh... Chupa ele todo! – eu só conseguia gemer feito retardado e puxar seu cabelo empurrando sua cabeça até ele engolir todo meu pau engasgando. – Para... Por favor, Eno... Eu não quero gozar assim...

Ele parou de chupar.

- Temos a noite toda, lembra? – e voltou a chupar.

Não aguentei e tirei meu pau da sua boca e o levei para cama. Não o queria no chão e sim na cama, de preferência de quatro com sua bunda voltada para o espelho para que eu pudesse bolina-lo e apreciar meu ‘objeto’ de desejo (rsrs). “Sou um pervertido!” pensei, mas tinha entendido a estratégia do espelho. Meu Eno sempre amou espelhos e nos observar enquanto fazíamos amor era seu maior fetiche e o ápice do momento.

Tirei sua bermuda e sua cueca me surpreendeu. Ele vestia uma jockstrap branca que fazia seu pau parecer maior ainda.

- Gostou? – ele pergunta.

- Meu Deus! Que delícia... – meu olhar se torna predador e me torno faminto. – De quatro, Eno! – ordenei.

- Hmmm... Adoro você mandão! – ele parecia uma putinha assanhada já se posicionando rapidamente sobre a cama.

Subia na cama ficando de joelhos:

- Vem mamar seu macho, amor! – ordenei balançando meu pau para ele.

E novamente ele caiu de boca.

- Nossa... – a sensação era M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!!!

Ele chupava com maestria e eu tive um flashback do que vivemos ao longo dos anos...

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Comentários

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Comecei a ler ontem é logo gostei da forma que foi escrita, já deu pena dos personagens Gabe e Enzo pelo visto vão sofrer muito, já esse detetive ele só está fazendo seu trabalho, mais o cara e bem humano sentido coisas ruins mesmo antes de começar o serviço, é lógico aceitou pelo dinheiro que vai receber pois está sempre pensando no bem da sua filha, que pai que não pensa nos filhos o tempo todo.

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Mais um capítulo fantástico... Esse detetive (que provavelmente foi contratado por dona Vera) entrou de gaiato no navio e vai acabar sendo o precursor dos problemas que eles enfrentarão. Mas ele é apenas um profissional, que tem seus problemas pessoais e precisa resolver.

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é fictício com algum toque de realidade?

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Como eu falei no primeiro capítulo, esse conto é muito bom. A escrita é perfeita. Hj qdo entrei pra ver se tinha algum conto atualizado e vejo dois teu, eu simplesmente abri um sorriso enorme, que quem estava do meu lado não entendeu nada, acharam que eu estava ficando louca...Seu conto realmente me prendeu, mas espero que vc não seja igual esses autores da casa que começam um conto muito bom e param na metade sem nem dar satisfação do porque abandonaram...Agora falando do amor desses dois, eles sabem realmente a barra que vai ser enfrentar a mãe do Gabe, que fará de td pra separar os dois e pelo jeito vai conseguir, começando pela investigação do detetive, q apenas esta fazendo seu serviço pelo dinheiro pra conseguir a guarda de sua filha, q sim, tem q ser tirada da mãe...Ansiosa pelo próximo. Bjs qrdo.

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D. MARKS, MEU AMIGO AGRADEÇO A DEFERÊNCIA NO INÍCIO DO CAPÍTULO. NADA MAIS SOU DO QUE UM LEITOR ASSÍDUO DE BONS CONTOS E ESSE COM CERTEZA ESTÁ NO CAMINHO. NÃO ME PREOCUPO NEM ME ABALO COM CRÍTICAS E CREIO QUE COMO AUTOR VC TB NÃO DEVA SE PREOCUPAR POIS NEM SEMPRE ELAS SERÃO FAVORÁVEIS. MAS NÃO PERCA SEU FOCO POR CAUSA DISSO.

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MAKTUB. QUE ASSIM SEJA. ESTÁ ESCRITO. NO MOMENTO, MELHOR CONTO COM CERTEZA. VEREMOS SE GABE VAI CUMPRIR O PROMETIDO E SE REVELAR PARA TODOS. AQUI DESESPERADO PELO PRÓXIMO CAPÍTULO. E ESSE DETETIVE? QUAL INTUITO? QUEM ESTÁ PAGANDO POR SEUS SERVIÇOS?

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