Praga - o novo mundo - Capítulo 10 - Maldita bebida, bendita bebida.

Um conto erótico de T.B
Categoria: Homossexual
Contém 2282 palavras
Data: 21/12/2017 10:00:43

Olá "conteiros". Mais um capítulo dessa incrível história. ;D

Lembrando que a narrativa aborda duas linhas temporais, então é necessário acompanhar desde o começo.

Comentem no final, eu agradeceria (Bob e Thommy também kkkkkk

Capítulo 10 - Maldita bebida, bendita bebida.

Mesmo sobre o efeito da bebida Bob percebe que aquilo fazia parte de mais um dos meus episódios de recordação, mesmo assim ele não se aventurou em questionar.

Provavelmente ele achava que eu ainda estava bravo por ele não ter respondido as minhas perguntas, sendo assim eu teria o direito de não respondê-lo.

-Vamos lá pessoal, - disse Amanda agarrada ao seu copo e cortando meus pensamentos, -...quem se atreve a fazer a primeira pergunta?

-Eu tenho uma pergunta, - respondeu Deb com voz arrastada e sorridente, -...meninos, se vocês curtissem mulheres… eu seria um bom partido.

Aquela era realmente a Deb que eu conhecia? Não que ela fosse uma amiga de décadas, mas aquilo não fazia seu estilo. Ainda atordoado pelas lembranças que caíram sobre mim como um balde de água fria, eu faço uma cara de dúvida… como se eu tivesse ouvido errado, ou descrente pela pergunta.

-Puta merda… ela sim está bêbada, - exclamou Amanda surpresa pela coragem da irmã. -... manda vê garota.

Involuntariamente abri um sorriso com a situação constrangedora, definitivamente aquela parecia uma pergunta que saíra da boca da Amanda, não dela.

-Com certeza… - respondo bravamente e causando espanto nas duas.

Senti alguma dificuldade em pronunciar aquelas duas palavras, não deveria ter bebido tanto.

-Você é forte, esperta, sabe preparar uma deliciosa refeição com apenas algumas batatas… - continuei falando e ainda descrente pelo que sai da minha boca, -... e seu corpo é realmente sexy.

-Puta merda, - disse Amanda boquiaberta enquanto olhava para mim, -... esse é o dia mais feliz da minha vida.

Não me pergunte o porque eu disse que o corpo dela era ‘sexy’. Eu pensava aquilo, e sem dúvidas era um corpo atrativo… mas eu não deveria ter dito.

Bob, que antes estava sentado no chão entre as minhas pernas, se mexe mostrando desconforto pela situação.

Por um momento todos na sala percebem que o ruivo não havia ficado feliz, não pela pergunta, mas sim pela resposta exageradamente detalhada.

-Isso se eu gostasse de garotas e se Bob não fosse o grande amor da minha vida. - completo a fim de corrigir a minha gafe, enquanto acaricio os cabelos do ruivo.

-Sim, qualquer um teria sorte em ter uma mulher como você. - respondeu Bob de forma objetiva mas ainda sim dando um sorriso para a moça.

-Clichê. - acrescentou Amanda ao ouvir a resposta.

Eu posso jurar que eu consegui sentir a raiva de Bob pela Amanda apenas por tocar nos seus fios de cabelo.

-Agradeço a vocês… - disse Deb envergonhada, -...e me desculpem.

-Nada de desculpas, esse é o propósito… - respondeu Amanda com animação, -... minha vez de perguntar. Bob...

Sabe quando você sente que algo pode ‘não prestar’? Então, sempre que os dois estabelecem contato eu prevejo uma aniquilação mundial. Sem exagero, faz apenas alguns dias que estavamos juntos e nunca Bob e Amanda haviam se suportado, pra dizer no mínimo.

-Merda. - Bob sussurrou.

-Porque você é tão protetor com o Thommas? Digo, obcecadamente protetor.

Aquilo foi assustadoramente delicado. Por mais que ‘obcecadamente’ parecesse uma ofensa, a pergunta como um todo era pessoal e respeitosa. Acho que até Bob entendeu como algo amigável.

-Em um mundo como Praga é difícil conservar um ponto seguro, um lar ou um bem precioso. Eu sou um dos sortudos, se não o único. Thommy é o meu bem mais precioso e sem ele eu não aguentaria sobreviver dia após dia nesse inferno. Não é por egoísmo que eu sou tão protetor… é por amor. Me sinto obrigado a protegê-lo. - respondeu o ruivo olhando diretamente para Amanda. -... e você, já amou alguém ao ponto de se tornar obcecadamente protetora?

Todos na sala sorriram felizes com a pergunta, uma colocação perfeita. Bob não fazia o tipo romântico apaixonado. E eu não o culpo, olha onde estamos vivendo.

-Aiiii que bonitinho. - sem querer eu deixo escapar essa observação em voz alta, fazendo com que todos, menos Bob, riam de forma absurda.

Maldita bebida, porque eu falava aquelas coisa sem o menor controle.

-Talvez minha irmã seja o meu bem mais precioso em Praga, mas quem sabe um dia eu chegue a me apaixonar… como você dois. - respondeu Amanda de forma respeitosa.

Agora eu posso dizer que realmente estamos no fim dos tempos. Era um evento épico, raro e quase impossível de se acreditar. Se isso for um sonho, não me acorde. Seria possível, Bob e Amanda se entenderem?

-Deb… Deb… você está vendo isso? - disse apontando para os dois.

-Talvez um milagre? - respondeu Deb entendendo a piada.

-Vocês precisam urgentemente de um colar dizendo ‘melhores amigos”. - continuei a zombar dos dois.

-Ou uma tatuagem com seus nomes e o símbolo do infinito. - disse Deb.

Apesar de achar graça da situação e acabar me divertindo com a cara dos dois, me senti feliz por finalmente os dois concordarem com alguma coisa. Não que aquilo significasse uma forte amizade, mas que pelo menos eles haviam feito o primeiro contato… achado algo em comum.

-Vai se ferrar Thommy, - disse Bob se levantando meio cambaleante.

Antes que o ruivo conseguisse sair do meu alcance eu o puxo pelo braço fazendo cair em meu colo.

-Me solte… não quero falar com você, - resmungou o ruivo tentando se levantar.

Envolvo aquele grande homem com meus braços impedindo que se levantasse. Sentir o seu toque, seu cheiro e ouvir a sua voz era recompensador.

Os raios de sol já estava quase escassos apesar de existir luz o suficiente para que a visão da floresta fosse perfeitamente nítida.

-Acho que chega por hoje, o dia já está ficando escuro… - disse Deb interrompida por um soluço, - … e ainda temos que trancar tudo. Você querem comer alguma coisa?

Consegui sentir a diferença das realidades em que já vivi. A alguns dias atrás Bob e eu caminhávamos sem rumo pelas estradas de Praga.

O ruivo sempre conseguia algo para comer, pelo menos a cada dois dias tínhamos algo que desse energia para as longas jornada a pé. Claro que o cardápio era limitado.

Pequenos animais que se esgueirava pela floresta, alguns frutos e até insetos já fizeram parte das minhas refeições. É claro que nem todos os dias foram tranquilos e previsíveis.

Certa vez a vida animal resolveu se esconder de nossos olhos e passamos três dias comendo folhas e três frutas intragáveis.

Havíamos decidido não andar longas distâncias para economizar energia. Eu conseguia ver a decepção em Bob, o ruivo se culpava por não ter o básico para nós… e comigo não era diferente.

Porém, agora tínhamos mais que o suficiente para sobreviver e ouvir Deb perguntar se queríamos comer alguma coisa me trouxe uma felicidade inexplicável. Na verdade poder sentar, beber e conversar já era um luxo que eu jamais havia imaginado.

-Não, obrigado… - respondi, -... acho que se eu comer alguma coisa vou acabar vomitando.

-Além do mais, você já comeu o suficiente por hoje, não é mesmo. - disse Amanda dando uma pequena piscada para mim, -... pois bem, vou te ajudar a trancar tudo irmãzinha.

Como ela poderia saber o que Bob e eu havíamos feito? Foi quase impossível esconder o meu constrangimento pela situação.

-Sabe que muitas vezes ela apenas joga verde… da maneira que você reage, ela conclui a verdade. - disse Bob que ainda estava em meu colo, se jogando para trás e me esmagando.

-Que tal nós subirmos rapidinho… - Bob propos, -... tomamos um banho de água gelada, você precisa acalmar os seu ânimos.

Quando me dou conta percebo que já estava começando a ficar excitado com aquele homem musculoso sobre o meu corpo.

Aproveitando a distração das meninas, empurro Bob para frente e caminho em direção as escadas o mais rápido possível. Minha pressa se justifica mais pela ideia de poder ver aquele homem nú, do que pela ereção… na verdade, isso também.

-Só não vai desperdiçar a água… - gritou Deb antes que eu trancasse a porta.

Agora, sozinho naquele quarto.

-O que aconteceu? - perguntou Bob parado diante de mim.

Neste momento eu tentava tirar a sua camisa, mas parece que o homem queria dificultar a minha tarefa. Está se fazendo de difícil, aquilo era excitante.

-Bom, a sua bundinha sexy me deixou excit… - tento responder a pergunta mas sou interrompido.

-Não sobre isso. Sobre os seus episódios de hoje atarde. Primeiro você não falou nada até entrar na casa. Depois ficou um bom tempo… paralisado, eu acho. - disse o ruivo me segurando para que eu parasse de tentar beijá-lo.

Que a bebida nos deixa desinibido, isso é fato. Mas daquela vez o álcool havia feito um belo trabalho. Primeiro as memórias haviam sido relembrada com maior facilidade e intensidade, depois a libido parecia estar a mil.

-Agente pode falar disso depois, agora eu quero beijar o seu corpo inteiro… - sussurrava enquanto tentava desabotoar o seu shorts.

-Para… eu preciso saber se você está bem Thommy.

Em momentos sóbrios eu jamais iria insistir enquanto ele estivesse preocupado, mas aquele não era o caso.

-Vamos fazer assim...- disse sussurrando perto do seu ouvido, -...uma peça de roupa por uma pergunta. Mas a resposta será ‘sim ou não’, posso estar bêbado mas não sou ingênuo. - conclui dando risada.

-O que? Claro que não, esquece. - disse Bob se afastando.

-Não finja que você não quer… - respondi apertando suas nádegas com vontade e ferocidade.

Me encaminhei em direção a cama e me pus sentado na beirada, como um observado. Era realmente o que eu desejava fazer, e sem qualquer receio eu estava buscando o meu objetivo. Bendita bebida.

-Você só tem duas peças de roupa, então seja criativo Bob. - disse me acomodando com a visão do ruivo em pé na minha frente.

Mesmo tentando disfarçar, Bob achava aquilo interessante… mais até do que eu. Ele iria conseguir aquilo que desejava e eu também.

O ruivo se movimentou e tirou a sua camisa, sua agilidade era assustadoramente excitante. Aqueles poucos pêlos distribuídos pelo tórax e abdome bem definido. Seus braços eram grossos e com alguns vasos que se dilatam na superfície, como pequenos trechos de riachos que percorrerem o campo.

Suas mãos eram grandes e fortes, ao toque dava para sentir alguns calos na palma da mão.

-Depois de todos esses episódios… você está bem? Digo, não só fisicamente. - Bob discorreu a sua primeira pergunta com feição séria.

-Sim eu estou bem, eu prometo… - respondi olhando em seus olhos, -... e sim, você parece um anjo.

Nesse momento Bob desvia o olhar e começa a rir, dava até para sentir a timidez. O ruivo se recompõe e se concentra em mim.

Seus dedos deslizam até o botão e o desprende, abre o ziper e deixa o shorts cair. Sem muito esforço o homem usa o pé para joga-lo para o lado.

Uma visão completa da perfeição… da minha perfeição. Os músculos do seu abdomem, assim como seus pelos, desciam em direção á sua virilha. Seu membro não estava ereto, mas ainda volumoso sob os poucos pelos. O símbolo da sua virilidade.

Suas pernas torneadas exibiam uma musculatura definida sem o menor esforço.

-Pelos Deuses, como eu tenho sorte… - disse com excitação e sem a menor preocupação, -... dê uma volta, por favor.

Surpreendentemente o ruivo acata ao meu pedido, revelando aos poucos suas costas largas e definidas. Seus glúteos eram redondos, perfeitos e com poucos pelos… quase ausentes.

Todo o conjunto da obra era um esplendor, não limitado só a beleza física… mas também porque pertencia ao homem que eu amava.

-Você poderia me contar algo sobre essas lembranças? - disse Bob se virando e arriscando a segunda pergunta.

-Eu vou te contar tudo… - respondi ainda hipnotizado pela cena, -... ma não hoje.

Bob então sorri, grato pela confiança. O ruivo então caminha na minha direção, me levanta e tira as minhas roupas… peça por peça enquanto deslumbra a cena do meu corpo.

-Talvez eu também tenha sorte, - disse Bob enquanto me observava, nú.

Ele então me envolve em um abraço apertado e com pequenos beijos ele faz com que meu membro se enrijeça sem que fosse necessário o toque.

-Pera lá soldado, não faremos nada hoje… - o ruivo sussurrou em meu ouvido, -...você esta bêbado e eu não quero ninguém vomitando em cima de mim.

-Então, o que eu faço com isso? - disse acariciando seus glúteos macios.

-Guarde, quem sabe outro dia.

Bob então me direciona ao chuveiro sem interromper os beijos quentes. A água gelada incomodou no começo mas o aquele abraço apertado era mais que o suficiente para me aquecer. Seguindo o conselho de Deb tomamos um banho rápido mas eficiente.

Depois de nos secarmos fomos para a cama e desmoronamos pelo cansaço e rendição ao álcool. Que cama macia.

Bob me deixou deitar de bruço sobre seu peito enquanto ele acariciava meus cabelos, o som da sua respiração, do seu coração era reconfortante.

Minhas pálpebras já estava pesadas e eu mal consegui elaborar pequenas frases.

-Tem certeza que você não quer transar, - disse com voz sonolenta, -... eu ainda consigo tirar bons gemid…

-Vai dormir Thommy.

-Ta legal, vou tentar ignorar o seu pênis espetando a minha barriga.

-Pelos céus, você não pode beber nunca mais.

-Entendi senhor mandão. Eu… eu te amo. - disse antes de me render ao cansaço e cair no sono.

-Também te amo… pequeno CésarE ai... o que acharam?

Existe um conflito interno quando estou escrevendo. Será que eu mantenho a verdade ou floreio como um conto de fadas? Mas a vida em Praga é dura.

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Comentários

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Pelo amor dos deuses continua esse conto to amando cada segundo!!!

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Quero muito saber sobre esses memórias que vem e voltam e o que o Bob sabe sobre o destino de Sara. Continue, como sempre ótimo conto.

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