Paixão e Luxúria - Capítulo 1

Um conto erótico de LustBi
Categoria: Homossexual
Contém 1338 palavras
Data: 09/04/2017 02:03:54

O maldito despertador me tirou dos sonhos, dando a má notícia de que devo ir pra escola. Fiz minhas higienes, amarrei o cabelo, coloquei o óculos e peguei a mochila para mais um dia naquele inferninho. A sorte é que estou no último ano, é algo bom e ao mesmo tempo ruim. Quem está ou esteve no último ano sabe do que estou falando... Bate aquele desespero, a sede de adrenalina, o medo de se arrepender de vez das coisas que deixou de fazer.

Ah, a propósito, sou Sabrina. Tenho dezessete anos, pele branca, cabelos negros e lisos, poucas espinhas e o meu corpo não é o mais desejável do mundo. Mas ainda assim possuo certa porcentagem de amor próprio.

Chegando na escola, encontrei minhas amigas. No grupinho eu sou a desbocada, a grosseira e a bobona, etc. E no meio desse grupinho existe ela... a Marisa. Menina linda de cabelos loiros, olhos claros, o sorriso perfeito e o corpo que muitos desejam. Somos amigas desde o primeiro dia que entrei na escola, sempre tão gentil, maravilhosa. O que eu não faria com aquela boca colada na minha?

Desde os quinze anos eu sabia da minha bissexualidade, a pouca experiência com o as meninas me desperta o desejo de ir além, estou disposta a entregar a alma e o corpo para a ocasião. É claro que nunca falei disso pra ela e posso me arrepender amargamente por isso.

A aula começou e eu só olhava para ela, que de vez em quando me dava sorrisinhos em resposta.

- Pode voltar para o planeta terra, okay? – murmurou Matheus, que estava na carteira do lado.

O dedo do meio o fez rir. Matheus nada mais é do que meu confidente e melhor amigo da vida. Ele sabe da minha paixão por Marisa e super torce para darmos certo.

- Certo classe, como estamos no meio do bimestre vamos entrar na fase de trabalhos e as provas. – disse a professora Érica, da matéria de Biologia

Uma moça ruiva, de sardas no rosto, olhos azuis e de pernas torneadas. Não tinha como não reparar porque sempre vinha de saia. Metade de mim sentia inveja daquelas pernas e outra tinha o desejo de ter aquelas pernas em torno da cintura para o contato maior do corpo a corpo. Isso é apenas paixão platônica. Todos da escola fazem questão de dizer o quanto ela é gostosa. Puberdade é foda, pode nem ver o decote que já é motivo de surto. E a professora Érica parece gostar da boa fama.

Assim que passou os trabalhos do bimestre a aula acaba e é hora do intervalo.

- Podemos conversar, Sabrina? – o tom severo da professora ecoou na sala quase vazia.

- Pois não? – me aproximei com certo receio, não fiz nada para levar bronca.

- Vou ser direta: suas notas estão péssimas. - A não ser por isso... – Tem idéia de que está no ultimo ano e que isso pode te prejudicar futuramente? Tudo bem que Biologia não é uma matéria necessária, mas eu aposto que você quer sair daqui com as notas azuis, correto?

A severidade assustava e isso, de forma esquisita, me seduzia. O modo que franzia a testa, semi cerrava os olhos para mostrar compreensão, e olha que nem comentei do decote “pequeno”. Aquela mulher é sexy. Tava indo além, pouco ligando para aquela baboseira toda.

- Acho melhor você pedir ajuda para Marisa. – foi a única coisa que digeri.

- A senhora bem que podia me dar aulas particulares. – soltei sem querer. Para esconder a vergonha, sorri de canto, deixando o choque dela maior.

Foi um minuto de silêncio revezando os olhares entre a maré azul e o abismo proibido do decote. Que tentação...

A professora abaixou a cabeça dando um risinho fofo. Era díficil ver ela sorrir durantes as aulas por ter a compustura séria e que momento glorioso foi esse para ver seu sorriso.

- Só tome gosto pela minha aula. Você é uma boa aluna, Sabrina, me doi o coração ter que usar a caneta vermelha no diário. – disse recolhendo suas coisas.

Resolvi fazer outra ousadia.

- Então a senhora tem coração? É engraçado pensar assim porque você não pensa duas vezes em zerar a sala toda.

Outra vez meu deboche a atingiu. Ela não riu, apenas arqueou a sobrancelha sabendo que estava a enfrentando pelo olhar. Érica se aproximou, o suficiente para sentir o seu hálito de menta, não tinhamos diferença de altura, ela só era mais velha

- Espero não ter que dar aulas particulares. – foi o que disse antes de ir embora.

Permaneci congelada na sala, sentindo o bendito arrepio dançar na espinha. Como aquela moça tinha a coragem de me deixar assim?

Fui para a casa da Marisa como a professora recomendou, e a mesma tinha a verdadeira intenção de me explicar a matéria. Em qualquer conto, filme ou sei lá mais o quê contariam que estudar na casa de quem gosta é a desculpa perfeita para se pegarem. Mas o que empaca é o medo da rejeição, a amizade mudar depois...

- Sabrina? – aquela voz tranquila me puxa para a realidade.

- Estou prestando a atenção! – digo meio enrolada.

- Então me diga a diferença da célula eucarionte e procarionte.

Foi apenas provocação. E com aquela bandeira verde eu teria empurrado o livro da mesa e a colocaria naquele mármore frio para distribuir os beijos mais quentes que eu tanto desejo dar. Mas acabei por não fazer nada, voltei para casa completamente frustrada.

De noite eu estava na cama revoltada comigo mesma por não ter feito absolutamente nada. Que oportunidade perfeita! E eu a perdi! Sou uma anta mesmo! De tanta revolta, acabei dormindo.

O arrepio na espinha dançou, cega pela escuridão a mercê de qualquer ameaça. O calor de lábios desconhecidos me acendeu, logo empurrei o corpo longe e pela fraca luz da rua a figura loira se revelou. Seios pequenos, os lábios finos, as curvas desenhadas. Angelical como sempre. Desta vez eu que a puxo para outro beijo, ardente, com sua língua enroscando na minha.

As mãos passam de pedacinho em pedacinho daquela pele lisa e pálida, sentindo mordidas no ombro. Não pude evitar o

gemido. Marisa me cala com o dedo nos lábios. Arranhando as costas, chego nas nádegas macias, apertando-as com força enquanto ela investia nos beijos no meu pescoço.

Fez a linha reta de beijos e chupões até a minha calcinha, que obviamente estava úmida. Marisa me fez de presa e eu estava em defesa como tal, praticamente implorando por mais. Uma linguada no tecido me fez estremecer, o movimento do dedo me levou a beira da loucura.

- Por favor... me come! – imploro, gastando o último fôlego no tesão.

O sorriso safado tomou-lhe os lábios

- Seu desejo é uma ordem.

A calcinha foi para o lado, mostrando a minha intimidade molhada. O dedo alisou exatamente no clitóris, dando-me choques. A danada chupou o dedo melado.

- Apetitosa... – sussurra, penetrando lentamente.

Os movimentos começaram lentos e aceleraram, assim como o tesão que tomava conta do corpo ardente. Ela sugou meus peitos, enquanto eu apertava os biquinhos dos dela. O orgasmo se aproximava...

- Eu... eu... vou... – as palavras se perdiam nas sensações de excitação, os dedos iam cada mais habilidosos.

Fechar os olhos é a entrega total da luxúria. Eu queria ver o céu no calor do inferno. Queria tudo e mais um pouco. Podia sentir a respiração dela no meu ouvido, provocando movimentos involuntários das pernas que encurralavam a mão ágil dela.

- Isso... goza pra mim.

A voz me era familiar, o susto foi grande pois não era a voz doce de Marisa e sim a voz severa da professora ruiva. A voz, os cabelos soltos. Os olhos penetrantes no colo, ela mexia o quadril conforme a penetração.

- Goza pra mim, Sabrina. – disse mordendo minha orelha.

Foi o golpe final. Nunca tive um orgasmo tão avassalador quanto aquele. Cheguei a envergar no colchão. Os espasmos se apoderou do corpo, enfraquecendo as pernas e libertando o grito de excitação da garganta.

O relógio marcava meia-noite e quarenta e meus dedos estavam melados por dentro da calcinha.

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