Solar - 20

Um conto erótico de Thonny
Categoria: Homossexual
Contém 2650 palavras
Data: 26/10/2016 16:23:40
Última revisão: 27/10/2016 01:00:16

[Ítalo narrando]

A surpresa do seu Alexandre foi tão grande que ele não conseguiu dizer mais nada após a pergunta. Seu semblante se manteve o mesmo por bastante tempo.

- Sim, o seu pai. Eu soube o que aconteceu com o meu neto. Não queria conhecê-lo nessa circunstância, mas não podíamos adivinhar que isso fosse acontecer. Alê, meu filho, não me tira essa oportunidade. Pode ser uma das últimas da minha maldita vida - o senhor se ajoelhou diante do seu Alexandre.

- Pai, levanta - seu Alexandre levantou o seu pai -, não precisa fazer isso. O senhor sabe que eu o amo apesar de tudo. Nesse momento eu só preciso de um abraço - ele abraçou seu pai.

- Perdoe-me por ter sido tão duro, tão intransigente, tão cego pela minha soberba. A Lígia era uma mulher admirável. Quando você me contou que ela preferiu morrer a ter que fazer um aborto devido ao risco de vida, eu fiquei ainda mais tocado com tamanha grandeza. Eu acho que o meu orgulho, minha vontade de mantê-lo longe de alguém de uma classe inferior, me fez perder dezoito longos anos da sua companhia e do meu neto. E olha como eu estou hoje... Resta-me pouco tempo de vida... Minha triste vida.

Lágrimas começaram a cair dos olhos do avô do Lucas. Eu enxergava nele arrependimento e dor por ter feito tudo errado. Quem sabe essa não seria a oportunidade de recuperar o tempo perdido.

- Pai - o seu Alexandre segurava o rosto do seu pai e olhava dentro dos seus olhos -, só de saber que o senhor veio até aqui, que isso fez o senhor mudar, se tornar alguém melhor e passar sinceridade em suas palavras, eu fico muito feliz. Nunca é tarde para evoluir. Mas, antes de qualquer coisa, como o senhor soube do que aconteceu?

- Soube pelo Álvaro. Ele veio comigo.

- Pelo Álvaro?! Mas como esse desgraçado soube disso?

- Não me pergunte como eu soube, seu Alexandre. O importante é que o doutor César está aqui. Ele tem direito de se relacionar com o neto - o Álvaro falou se aproximando.

- Qual a sua intenção nisso tudo, seu crápula? - Alexandre segurou-o pela gola.

- Intenção de ajudar um avô desesperado a conhecer seu único neto. Seu Alexandre, eu sei que temos nossas desavenças, mas eu estou aqui pelo Lucas, pelo o que ele representa para mim\

- (Cortou-o) E o que ele representa para você? Alguém que você pode usar e abusar, trocar por algumas centenas de reais e depois voltar como se nada tivesse acontecido? Sinto muito, não quero o meu filho perto de você. – Alexandre soltou-o – Acho bom você se afastar da minha família.

- Doutor César, para evitar qualquer atrito com o seu filho e o atual namorado do Lucas, eu vou para o hotel. Tenho um quarto reservado lá. Outra hora a gente se vê, e o senhor pode me encontrar no celular. – Apertou a mão do doutor César e foi embora.

- O que foi isso, filho? Você parecia um animal raivoso... Ele é um rapaz tão bom.

- Você não sabe o motivo desse rapaz ter ido para São Paulo, pai. Ele é garoto de programa. Quando ele foi embora o Lucas ficou de coração partido, e só bastou ele voltar, tudo começou a dar errado na vida do meu filho.

- Isso é um grande mal entendido. Esse rapaz é assessor pessoal do meu sócio, Otávio Corinje. Você lembra dele, não é?

- Pouco. Ele trabalha com o Otávio agora? Então, ele mudou mesmo.

- Se isso for verdade, ele deve ter mudado de vida. Ele é competente. Não julgarei o seu passado, porque ele me ajudou bastante me trazendo até aqui.

- Desculpem atrapalhar, mas o senhor dizia que é compatível com o Lucas? – perguntou o médico chegando próximo de nós.

- Tenho o mesmo tipo sanguíneo da minha nora. O Alexandre tem o sangue da mãe, e parece que o Lucas também.

- Essa é uma ótima notícia. Mas, infelizmente, eu tenho outra: o Lucas precisa ficar na UTI. Não temos como garantir a vaga dele nesse momento, porque nossa UTI está fechada. Infelizmente, nenhuma das cidades vizinhas, dispõe de vaga para ele. O jeito é transferir para São Paulo. Só não sei se terão condição de fazer isso.

- Prepare o meu neto. Vou solicitar uma UTI móvel para o transporte.

- O senhor aceita doar sangue agora?

- Nem precisa perguntar.

[Bruno narrando]

Estava na recepção da pousada quando o celular tocou.

- Fala, cara.

- Bruno, acabei de sair hospital e deu tudo certo. O Alexandre quase me bateu na frente do pai dele e eu acabei saindo por cima. Só lamento que o Lucas esteja nessa situação, apesar de ter interesses maiores por ele, eu ainda gosto muito dele.

- A gente precisa conversar pessoalmente. Tenho uma coisa para te falar.

- Vem aqui no hotel.

- Não posso deixar a pousada sozinha. Pior que está tudo parado por aqui, porque seu Alexandre pediu para fecharmos o bar. A maioria dos hóspedes está dormindo já. Eu fico de vigia, aí você dá um pulo aqui.

- Não tem perigo?

- Vou desligar as câmeras da recepção e dos corredores. Perigo nenhum.

- Chego em dez minutos.

Desligou.

[Íris narrando]

- Eu nunca pensei que fosse tão bom ir para a cama com o sen... Quer dizer, com você.

- Você é insaciável, menina. Uma verdadeira deusa do sexo na cama. Como o meu filho te troca por um garoto? Só pode ser doença! Sinceramente, não sei a quem o Ítalo puxou. Ele é uma aberração. Por falar em aberração, a essa hora o outro deve ter ido para o inferno sambando de salto quinze.

- Eu não teria tanta certeza... Você deveria ter ficado para constatar o real estado de saúde dele. Uma batida pode não ter sido suficiente para matá-lo. Eu estou com medo – Estava sentada de frente para o Humberto.

- De quê? – Ele me olha nos olhos e segura minha mão direita.

- Alguns dias atrás um funcionário da pousada me procurou. O nome dele é Bruno. Ele me falou que o ex-namorado do Lucas queria falar comigo, fazer uma espécie de aliança, um pacto... O mais estranho é que ele falou que o interesse deles no fim do relacionamento do Lucas com o Ítalo envolvia dinheiro. Ao que me consta, e pelo que já falei com o Álvaro pelo telefone, ele está disposto a tudo também. Se, por um acaso, ele descobre que foi você quem atropelou o Lucas, você pode se dar mal.

- Não podemos pensar nisso agora, minha querida. Eu me certifiquei de que não havia ninguém na rua, nenhuma testemunha... O destino conspirou ao nosso favor. Lugar certo na hora certa.

- Será que ele soube sobre o acontecido? E se ele tiver vindo até aqui? É a minha chance de encontrá-lo para que a gente converse sobre tudo.

- Você tem o telefone dele? Poderia entrar em contato.

- Tenho, sim, só preciso procurar nos meus contatos...- Estava procurando no celular. – Achei.

Apertei na tela e o celular começou a chamar.

- Alô? – Falou ele ao atender.

- Boa noite! Álvaro?

- Sim, o próprio. Quem deseja?

- Íris, a noiva do Ítalo. O Bruno me deu o seu número. Gostaria de falar com você.

- Pode ser amanhã no restaurante do Solar Resort?

- Sim, estou hospedada aqui.

- Eu também. Às oito horas eu te mando uma mensagem.

- Ok. Beijo.

- Beijo.

Desliguei.

- Amanhã, aqui no restaurante do hotel.

- Ótimo. Vou com você.

[Ítalo narrando]

O doutor César já tinha entrado em contato com o hospital e a empresa responsável pelo transporte do Lucas até São Paulo. Eles chegariam, no máximo, em duas horas. Enquanto isso o Lucas era mantido na UTI móvel do hospital.

- Como uma cidade tão rica dessa é negligente com a saúde dos munícipes? – Falou o doutor César.

- Não sei, pai, e o pior é que estamos de mãos atadas. E eu nem sei como agradecer por tudo que o senhor tem feito.

- Só o seu perdão já me paga, filho. Tudo que tenho é seu e do Lucas. Em breve estou de partida.

- Pai, não fala assim. Infelizmente nós dois erramos muito. A vida está nos dando à oportunidade de reparar nossos erros.

- Antes tarde do que nunca, meu filho. Então você é o novo namorado do meu neto? – Falou olhando para mim.

- Sou sim. Nem me apresentei. Sou Ítalo Allende. Muito prazer conhecê-lo. – Estendi-lhe a mão e ele apertou-a.

- Ao que vejo, você é um excelente rapaz. Você falou “Allende”? Esse é o seu sobrenome?

- Sim, é.

- Então você deve ser o filho de Humberto e Esther Allende, acertei?

- O senhor conhece meu pai? Minha mãe faleceu quando era pequeno.

- Sim, seu pai é um grande homem. Um falcão no ramo imobiliário. Que mundo pequeno esse nosso... Você deve estar feliz por ele estar entrando na política. Um homem honrado como ele vai longe.

- Eu não teria tanta certeza da honra do meu pai, conhecendo-o do jeito que eu o conheço.

[Bruno narrando]

Desliguei as câmeras da recepção e dos corredores como havia prometido ao Álvaro. Não podíamos correr o risco de sermos pegos por ninguém. Se alguém perguntar sobre as imagens, eu dou uma desculpa qualquer.

- A barra está limpa. Entra.

- Cara, que sufoco!

- Sobe com cuidado. Vou pedir para o Tiago ficar na recepção. O quarto treze não tem ninguém.

- Não demora.

Pedi para o Tiago, um dos bartenders da pousada, para ficar na recepção, já que não teria luau hoje.

Subi para o quarto onde o Álvaro estava. Ele estava olhando para a praia de uma das janelas do quarto.

- Que bela vista. Muitas vezes eu sinto saudades de Solar. Era muito mais feliz aqui. Bons tempos. A melhor coisa de hoje é que sou rico. Consigo viver confortavelmente até minha velhice. – Ele virou-se para mim. – O que você queria falar comigo, Brunão?

- Álvaro, não sei se quero mais participar do seu plano para reconquistar o Lucas.

- Como é que é? Vai dar para trás agora, seu animal? – Via raiva em seus olhos.

- Não tenho mais estômago para aguentar ver o homem que amo se distanciando cada vez mais de mim. Espero que o Lucas morra, quem sabe assim você me enxerga!

O Álvaro veio em minha direção e me pressionou contra a parede segurando o meu pescoço com uma das mãos.

- O que foi que você falou? – Seu olhar penetrante me queimava por dentro.

[Clara narrando]

- Seu Alexandre, o senhor vai com o seu pai para São Paulo, não é?

- Sim, vou ter que acompanhar meu filho e meu pai. Clarinha, sei que você ama muito o Lucas, e por mais que confie no Bruno, você administra a pousada melhor do que qualquer outra pessoa. Você se preocupa em ficar?

- Não, eu sabia que o senhor me pediria isso. Vou ficar segurando as pontas até o retorno de vocês, para dar aquela festa de comemoração. O senhor vai precisar de roupas e o Lucas também. Vou até a pousada buscar. Vou mais rápido que o flash da câmera do Ítalo.

- Obrigado por tudo, minha filha. O Ítalo podia ir com você para te ajudar com as malas.

- Não precisa, eu peço ajuda ao Bruno, ao Victor ou a qualquer um que esteja lá.

- Sendo assim, só me resta agradecer.

- Fique bem. Volto logo.

Despedi-me de todos com um abraço e fui para a pousada arrumar as malas do Lucas e do seu Alexandre.

[Bruno narrando]

- Eu sou apaixonado por você. Sempre fui. Satisfeito agora? – Empurrei o Álvaro.

- Estou surpreso. Como você quer que eu reaja?

- Não sei, Álvaro. Não precisa dizer nada, só vai embora.

- Não antes de te dar o que você quer e merece.

O Álvaro me pegou pelo cabelo e começou a beijar minha boca. Coloquei meus braços em volta do corpo dele e comecei a unhar suas costas. Ele soltou meu cabelo e tirou minha camisa. Fiz o mesmo com a dele. Lentamente fui passando minha mão pelo seu peitoral, abdômen, até chegar ao seu pau. Pau esse que pulsava a cada toque meu.

Ele me jogou na cama e subiu em cima de mim. Começou a desabotoar sua calça e a minha e ambos estávamos de cueca. Após isso ele me levanta, lentamente tiro sua cueca e vejo em minha frente aquilo que desejei por anos: o pau do meu garoto de programa.

Não me lembro de quando e nem como me apaixonei pelo Álvaro, mas tudo o que sempre sonhei estava acontecendo.

Coloco minha boca no pau do Álvaro e lentamente começo sugando a cabeça. Em poucos segundos já estava com ele todo preenchendo minha boca. Só de ver o tamanho do prazer dele com meu boquete, meu pau estava ensopado de tanto pré-gozo.

O Álvaro gemia e fodia minha boca com fúria e prazer. Acredito que tenha dado a ele um dos melhores momentos da sua vida.

Passado alguns minutos, ele não aguentando mais, despejou seu néctar em minha garganta. Eu engoli tudo como se fosse a recompensa por tudo o que fiz por ele.

Ele me virou de bruços, rasgou minha cueca e meteu a língua no meu cu. Não sei quanto tempo durou, mas nunca tive tamanho prazer.

Em seguida ele me penetrou sem cerimônia e começou a me foder com força. A dor se transformou no maior prazer que pude sentir e nem me toquei que aquela era primeira vez que eu estava dando o cu.

Quando ele me colocou de frango assado e olhou em meus olhos, não fomos capazes de dizer uma só palavra, mas a intensidade do sexo, os olhares de desejo e prazer, resumiu o momento mais maravilhoso da minha vida.

Perdemos a noção da hora, do espaço e do tempo, mas chegamos ao êxtase máximo do prazer. Ambos gozamos juntos. Ele

dentro de mim, e eu sobre minha barriga.

[Clara narrando]

- Tiago, você sabe onde o Bruno está?

- Ele falou que daria uma geral nos quartos vazios. Eu fiquei aqui a pedido dele.

- Estou indo lá na casa do seu Alexandre pegar roupas para ele e o Lucas, daqui a pouco eu procuro ele.

- Certo, Clarinha. Como ele está?

- Vai ficar na UTI. Mas dará tudo certo, se Deus quiser.

- Tenho certeza disso.

[Bruno narrando]

- Isso foi o melhor sexo da minha vida. Aliás, isso não foi sexo, foi um encontro de almas.

- Que loucura! Você era virgem?

- Nunca tinha dado para ninguém. Sempre preferi ser ativo, mas sempre tive esse desejo louco de pertencer a você.

- A gente pode continuar isso sempre que você quiser.

- Olha que eu vou querer sempre.

- De onde veio isso? Como surgiu esse desejo?

- Nem eu sei explicar...

Estava terminando de vestir a camisa e beijei o Álvaro. Do nada, a porta do quarto se abriu.

- O que está acontecendo aqui? O que vocês fizeram? – A Clara nos olhava com lágrimas nos olhos.

- Clarinha, eu posso explicar. Vem aqui, por favor...

Ela não me deixou terminar e saiu correndo. Com os olhos fechados e correndo desesperada, ela não viu a escada e saiu rolando por ela.

- CLARAAA! – Gritei do alto da escada.

- O que você fez com ela, Bruno? – Tiago falou chorando da recepção.

Continua...

Olá, meus amores. Mais um capítulo para vocês. Fiz um capítulo extenso, pela primeira vez na minha vida, para poder chegar até essa parte da estória. São chegados os capítulos finais desse conto. Garanto que muita coisa ainda vai acontecer.

Como tinha prometido, nessa reta final teremos um “quem matou?”, restando-me decidir sobre quem será a vítima e o assassino, pois precisa ser alguém com um motivo justificável para tal ato.

Não sei se essa semana escreverei mais algum capítulo, mas acredito que talvez amanhã, tudo dando certo, eu escreva outro. O tamanho não deverá ser muito grande. Acho que cansa o leitor.

Sem mais para o momento, deliciem-se com o capítulo de hoje. Muito obrigado por cada voto, cada comentário e cada e-mail. Vocês são especiais para mim. Beijos.

Para os que quiserem falar comigo, segue o meu email: thonny_noroes@hotmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Thonny Norões a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Só aparece gente podre!!! Deus me livre!!! 😌😓🙎🙅

0 0
Foto de perfil genérica

A Clara não pode morrer!!!! Esses dois merecem sofrer muito e a putiane e o outro FDP também 😠😠👊👊👊👊👊!!!!! Continua!!!!👏👏😢💔🙍

0 0
Foto de perfil genérica

Que isso!? Gostei de tudo no cap, espero que clara não morra. E espero o próximo

0 0