Solar - 13

Um conto erótico de Thonny
Categoria: Homossexual
Contém 1215 palavras
Data: 01/06/2016 00:46:18
Última revisão: 01/06/2016 01:03:49

[Lucas narrando]

- A casa está um pouco bagunçada, não acha?

- Ainda preciso me estabelecer aqui. Cheguei hoje. Pedi a moça que está me ajudando que terminasse de arrumar apenas o meu quarto e o meu estúdio.

- O estúdio já ficou pronto?

- Sim, e lindo por sinal.

- Posso ver?

- Vem... É aqui! - O Ítalo abriu a porta.

- Lindo mesmo! Que foto é essa que está coberta?

- Uma surpresa.

- Adoro surpresas.

- Se delicie com essa.

Quando eu retirei o papel que cobria o quadro, quase não acreditei no que eu vi. O Ítalo tinha emoldurado uma foto minha. Tinha tirado aquela foto no dia da viagem a Ilha dos Contrastes.

Ele tinha tirado a foto quando eu estava sentado em uma pedra bem próxima a Cachoeira dos Amantes. O pano de fundo da imagem era lindo. Eu estava olhando o rio, sorrindo, com a cabeça baixa, e atrás de mim, estava a bela queda d'água da cachoeira.

- Como você fez isso?

- Quando voltamos do passeio, editei essa foto e encomendei o quadro. Eu consigo imprimir as fotos aqui mesmo.

- Que lindo! Amei a surpresa! Foi por isso que me trouxe aqui?

- Não só por isso... Eu te amo, Lucas. É difícil passar muito tempo longe de você. Eu já errei muito nessa vida. Pensei melhor sobre tudo e resolvi que não preciso me sentir traído. Me aceita de volta?

- Como eu te falei anteriormente: eu não te mereço. Sabe o que é o melhor de tudo isso?

- O quê?

- Não vou te deixar nunca mais escapar. Esse bobo aqui te ama muito.

- Vem aqui que estou louco de desejo.

- Nem precisa pedir.

Nós saímos do estúdio nos beijando e derrubando tudo pela frente. A casa nem tinha sido arrumada direito e nós já estávamos destruindo-a.

O quarto do Ítalo também estava lindo. O papel de parede estava em um tom de azul bem suave. A cama king estava arrumada. Já tinha alguns porta-retratos em um dos criados mudos. E mais fotos minhas no quarto dele. Tinha uma nossa em que estávamos dando um beijo de esquimó. A Clara tinha tirado essa.

Mais uma vez, nós fizemos amor de maneira calma e suave. Eu sempre gostei de um sexo mais fora do comum, mas até nisso o Ítalo sabia fazer diferente.

Dormimos abraçados após uma intensa noite de amor e entrega mútua.

[Álvaro narrando]

- Aqui está o valor do hotel... - Entreguei o valor ao Alexandre.

- Você luxou bastante, não?

- Eu mereço o que há de melhor. Pensei que você levaria os dois dias para me ligar.

- Quanto antes me livrar de você melhor!

- Esse é o DVD da minha noite de amor com o Lucas.

- Quem me garante que você não tem nenhuma cópia?

- Quem me garante que você vai continuar contribuindo para que eu tenha uma vida melhor?

- Eu aceito, mas já deixo claro que se você pisar na bola, te coloco na cadeia.

- Fica tranquilo, sogrão. Eu tenho mais a perder nessa história do que todos vocês.

- Vai embora por quanto tempo?

- Isso só a necessidade dirá. Por hora, adianto que fico umas duas semanas em Sampa.

- Não procure o Lucas durante esse tempo. Não quero que ele tenha qualquer tipo de contato com você.

- Isso não posso evitar. Ele pode sentir saudade da minha pegada.

O Alexandre segurou-me pela gola da camisa.

- Eu só não quebro a sua cara para não chamar atenção.

Levantei-me e arrumei a camisa.

- Tenho um voo para pegar. Como sabia do que se tratava o seu telefonema, suei para comprar uma passagem para hoje ainda. Até mais. Foi muito bom fazer negócios com você. - Estendi a mão para o Alexandre, mas ele não retribuiu.

[Ítalo narrando]

- Acorda, meu amor.

- Acho que dormimos demais... Que horas são?

- É bastante tarde. Seu pai deve estar uma fera.

- Vamos tomar café na pousada?

- Como você quiser. Vamos tomar um banho?

- Precisa perguntar?

[Lucas narrando]

O banho foi rápido, mas bem gostoso. Não sei como, mas o Ítalo tinha uma das minhas camisas minhas entre as roupas dele.

- Como ela veio parar aqui?

- Peguei para ficar sentindo o seu cheiro.

- Pode sentir mais de perto, se quiser.

- Desse jeito, chegaremos na pousada na hora do jantar.

Quando chegamos na pousada, foi um sacríficio acalmar o meu pai por conta do meu sumiço. Ainda bem que consegui domá-lo.

- Sou maior de idade\

- (cortou-me) Mas só faz besteira.

- Precisava reconquistar meu namorado. Deu trabalho, mas eu consegui.

- Namorado?! Quer que eu seja o seu namorado?!

- E porquê não iria querer?

- Estou surpreso. Pelo visto não sou eu que sei surpreender.

- Quero saber de todos os detalhes. Para quem era sua melhor amiga, Lucas, estou sem saber de muita coisa. Alguém me dá um F5, por favor.

- Calma, Clarinha, que teremos muito tempo.

[Íris narrando]

Tinha acabado de ligar para o Humberto, o pai do Ítalo precisava saber de tudo o que estava acontecendo. Como ele pôde me trocar por um moleque qualquer?

De repente, recebo um telefonema da recepção me falando de um tal Bruno. Ele pediu autorização para subir.

- Quem...? Pousada Luz Solar...?

Deduzi ser um dos funcionários da espelunca em que ele estava hospedado.

- Pode deixar ele subir, por favor.

Uns três minutos depois, eu escuto batidas na porta.

- Não sei o motivo da visita, afinal a gente nem se conhece, mas acredito que tenha algo a ver com o Ítalo.

- Sim, me chamo Bruno. Íris Brunchel, certo?

- Entre.

- Vou ser rápido e direto: você quer o Ítalo de volta, não é?

- O que mais quero é isso. Tenho meus interesses pessoais e eles estão sendo prejudicados por essa separação.

- Meu amigo, o Álvaro, é ex-namorado do Lucas. O primeiro, na verdade. Ele também possui muitos interesses no fim desse romance. Você aceitaria se juntar a nós para pôr um fim em tudo?

- Antes eu preciso saber o que você ganha com isso?

- Grana, Íris! Há muito mais coisas nessa história do que você imagina.

- Eu quero falar com ele. Preciso entender melhor tudo.

- Ele foi fazer uma viagem. Deve retornar daqui duas semanas.

- Até lá eu já tenho dado um jeito em tudo.

- Eu te garanto que sozinha é bem mais difícil. Minha namorada é a melhor amiga do Lucas e ela nem imagina que estou ajudando o Álvaro nisso. Podemos contar com você?

- Sim, você deve ter razão: sozinha é mais difícil.

- Vou te dar o contato dele. Anota aí...

Continua...

Gente, voltei. Sei que tenho demorado para postar esse capítulo, mas estou numa correria só. O período está chegando ao fim e a faculdade está a todo vapor. Tenham calma que minhas férias estão chegando.

A partir do próximo capítulo, tudo o que tenho planejado será colocado em prática. Conheceremos a verdade por trás da briga de família do pai do Lucas com seu avô paterno. Vamos conhecer cada personagem da maneira que são de verdade. Máscaras cairão. Sem contar um assassinato, que em breve, vai criar um suspense sobre quem é o assassino e qual a motivação do crime.

Tentei postar esse capítulo desde ontem, mas infelizmente não consegui. Acredito que o site estava com problemas, pois não fui o único que não conseguiu postar.

Voltarei no fim de semana, caso consiga. As provas tomarão conta da minha semana.

Obrigado por tudo. Amo vocês!

Meu email: thonny_noroes@hotmail.com

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