Corpo e Alma VIII

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 1545 palavras
Data: 03/02/2015 18:38:24

Passando das tres horas da manha, a maioria das pessoas jà tinha ido embora da festa, restando bem poucas. Outra vez na biblioteca do Quin, porem sem os beijos, Fabinho e eu nos refugiamos da barulheira. Ele estava cansado e sonolento, deitou-se todo encolhido no sofà de dois lugares que havia ali, adormecendo em seguida, friorento, esperando Luan se decidir a ir embora e levà-lo. Puxei as cortinas e o cobri com minha jaqueta, permanecendo de camisa de manga comprida. Cerca de meia hora depois Luan apareceu nos procurando, um tanto "tocado" pela bebida.

- Todos jà foram embora _ disse, vendo o primo adormecido no sofà _ Coitadinho, ele nao esta acostumado. Dorme cedo là na casa dele.

- Faz tempo que ele esta assim, com sono.

Apesar de um pouco embriagado, Luan nao estava de todo emburrecido pela bebida. Fitou -me com um olhar intrigado, longo.

- Esta acontecendo algo entre voces dois? _ indagou _ De uns tempos pra cà nao se largam mais...

Esbocei um sorriso sem graça, nisso jà me revelando.

- Nao exatamente... _ hesitei, sem saber mesmo, no final, o que Fabinho e eu tinhamos _ Estou começando a ter um carinho diferente por ele... por enquanto.

- Se apaixonando aos pouquinhos, lady? _ ele insinuou um sorriso de quem entendeu tudo _ Bem, nao os recrimino. Ele jà tem dezessete anos, em outubro farà dezoito, sabe bem o que quer, o que faz... e voce tem juizo. Talvez ele seja bastante sensivel, Nathan, uma porcelana delicada... Entao, toma cuidado com a bichinha, ok?

- Estamos indo devagar. Nao se esqueça que ainda estou machucado... _ falei, lembrando de Mauricio com amargura.

- Eu sei, eu sei... _ Luan suspirou, e depois sorriu me olhando _ Mas ainda nao entendo o que voce e ele vao fazer na cama. Sao duas dondocas! Serà um tipo de sexo lesbico.

- Luana, voce nao sabe de nada! _ dei risada, empurrando-o por brincadeira.

Enfim Fabinho foi acordado pelo primo. Resmungou algo que nao entendemos, coçando os olhos feito uma criança despertada antes da hora; levantou-se pronto para seguir Luan, mas antes de sair da biblioteca se lembrou de algo, de repente, voltando e me abraçando, beijando-me o rosto numa caricia sonolenta.

- Depressa com isso, senhoras! _ disse Luan _ Estou caindo de sono.

Partiram no frio de quatro graus, com o Audi pulverizado de orvalho gelado. Fechei o portao para eles, voltando com os dedos duros de frio para dentro. Julgava que Quin e Oliver jà estivessem dormindo, contudo passando pelo salao esvaziado os vi dançando juntos de rosto colado, ao som baixo de Diana Ross, "When You Tell Me That You Love Me". Era um momento intimo deles, mas mesmo assim nao me furtei de observà-los, escondido atras duma pilastra. Percebi que sussurravam frases ao ouvido um do outro, e Quin tinha um olhar encantado quando fitava o namorado. Oliver beijou-o por longo tempo, acariciando-o nos cabelos, na nuca; falou algo que fez Quin rir, soltà -lo e pegar na mesa do buffet dentro do balde suado uma champanhe. Riram um para o outro, se beijando com vigor, desligaram o som e subiram correndo a escada, levando a garrafa. Sorri sozinho, os observando, e depois olhando para o que restou daquela festa acabada e vazia.

O "presentinho" de Oliver foi entregue no inicio da tarde do dia seguinte, quando Quin tirou-o da cama ainda sonolento e o arrastou para baixo onde na garagem imensa ao lado da BMW e das duas Mercedes, o Porsche vermelho faiscava para seu novo dono. Oliver enlouqueceu de alegria, quase derrubou o Quin num abraço arrebatado, rindo e beijando-o; depois olhou o automovel por dentro e por fora, sorrindo feito criança, e afinal entrou assim mesmo como estava, em pijama de flanela cinza. Arriou a capota preta e ligou o motor que emitiu um ruido suave, como o sussurro satisfeito de um objeto milionario e feliz.

- Vem, amor! Vem dar uma volta! _ chamou Oliver, buzinando _ Venha tambem, Nathan!

Declinei do convite, deixando que Quin aproveitasse com ele aquele momento: um loiro espetacular dirigindo um Porsche vermelho numa tarde de sol. O sonho americano.

- Estela, pegue a carteira de motorista dele _ disse Quin, entrando no carro _ Nao vai querer ter o veiculo apreendido pela policia no primeiro dia, nao?

Estela correu e em seguida voltou com a carteira. Perguntou se nao tomariam cafe da manha, mesmo sendo quase uma hora da tarde. Quin recomendou que seria melhor preparar o almoço ao inves do cafe.

- Quero frango frito quando chegar! _ gritou Oliver, deixando o R imenso na sua boca; manobrou com destreza o carro, tirando-o da garagem, e Estela saiu na frente para abrir o portao para eles.

Na ausencia dos dois, telefonei para Fabinho, que tinha acabado de acordar. Perguntei se ele nao queria dar um passeio comigo, tomar um sorvete ou fazer o que ele quisesse.

- O que eu quero talvez seja cedo demais para se fazer, nao? _ ele riu ao telefone, me deixando sem jeito _ Mas aceito o sorvete, ok? Se for de pistache, que fique bem claro.

Quando Oliver e Quin voltaram do passeio que durou uma hora, o almoço estava quase pronto, porem o americano trazia sonhos açucarados e carolinas de chocolate num saco de papel, comprados na padaria. Entrou na sala comendo um sonho, sujando-se todo de açucar fino. Quin mandou-o largar o doce e tomar um banho pois logo almoçariam.

- Estava reparando em meu jardim agora, à luz do sol, e que horror ele esta! _ disse Quin sentando-se à poltrona e pegando uma ediçao da revista OUT que estava na mesa de centro _ O Luan conhece duas bichas paisagistas, diz que sao otimas.

Nao aguentei e contei para ele toda minha situaçao com Fabinho, estabelecida na noite passada. Ele me ouviu em silencio, batendo devagar a ponta dos dedos sobre a capa da revista, num olhar analitico, ironico.

- E entao? Como ficaram, minha santa? _ disse afinal.

- Ficamos... Bem, eu nao sei _ respondi, franco _ Como falei ao Luan, estou tendo um carinho especial pelo garoto, algo gradativo, inesperado... Vamos indo devagar, na verdade. Prefiro assim. A gente vai vendo no que dà isso tudo.

- Mauricio virou pagina virada?

- Ainda nao, infelizmente _ falei aborrecido _ Mas creio que logo...

- Assim espero _ ele sorriu, caçoando _ Mas me explique algo, querida: como duas passivas feito voces vao namorar? Beijinhos e maos dadas?

- Voce tambem? _ joguei uma almofada nele, rindo _ O Luan falou o mesmo, seu trouxa! Voce sabe muito bem que Mauricio e eu revezavamos... Nao sou das suas "capivaras" nao!

- Revezavam sim, mas Vossa Majestade nunca gostou muito, nao? _ ele riu, me deixando envergonhado _ Bem, que a ciencia estude esse fenomeno da natureza que sao voces dois... Ei! Capivara, nao! Nos brejos da vida voce sempre foi uma garça linda, voando altiva acima de todos...

No horario combinado, Fabinho me esperava em frente ao predio onde morava. Estava todo montadinho no estilo grunge, uma tendencia, trajando jeans rasgado, camiseta preta com a caveira topetuda dos Misfits, e camisa aberta de flaneja quadriculada em vermelho. Mesmo com os oculos de sol, aquele visual lhe dava uma aparencia fragil, como a de um menino desamparado; porem estava lindo e sensual, causando em mim uma fisgada subita de desejo. Para disfarçar isso, entreguei a ele o capacete sobressalente e o garoto, tomando assento na garupa da moto, antes de vestir o capacete me beijou na nuca, me arrepiando. Um coroa que passava num Santana viu a cena e nos encarou, chocado. Nao deixamos de rir daquilo.

Nos empanturramos de sorvete numa nova e moderna sorveteria do centro, rindo e falando da festa, das "capivaras", do strip-tease do Oliver, e sobre programas da TV. Fomos depois dar um giro no shopping, sem comprar nada, ate dar seis horas: o horario em que o maluquinho prometeu aos pais estar de volta, pois receberiam parentes para o jantar. Eu estava louco por um beijo dele, porem nao havia ocasiao, nem local adequado.

Antes que fossemos embora, entretanto, paramos perto da praça de alimentaçao do shopping onde um velho tocava piano, rodeado por pessoas curiosas, atentas e comovidas. Como na noite passada, Fabinho apoiou-se atras de mim, com o queixo em meu ombro, roendo a unha do polegar; dessa vez nao ria, mas prestava atençao, ouvindo o velhinho desfiar maravilhosamente um Chopin lento e sentimental. Fabinho me apertou nos braços, pela cintura, e nesse momento algumas pessoas ficaram olhando e cochichando; dois moleques riram, nos apontando o dedo, contudo o garoto nao pareceu ter prestado atençao nisso.

- A musica parece vento suave sobre o capim, lentamente... _ sussurrou ele em meu ouvido, me deixando perplexo com a lembrança de Mauricio _ Um vento vespertino, de outono, sacudindo com brandura o capim rosa-chà das pastagens sem fim...

Se eu fechasse os olhos e imaginasse que era Mauricio me dizendo aquilo... "Eu te amo", pensei em dizer, porem sentindo-o me soltar do abraço e pegar-me pela mao, nos afastando dali pois algumas pessoas começaram a nos xingar com termos ofensivos. A musica foi ficando para tras, junto daqueles segundos de minha dolorosa e envergonhada fantasia com o outro.

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Bom, obrigada por seguirem curtindo!

Um forte abraço e ate a proxima!! :)

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Comentários

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Nossa, estou amando, cada capítulo me deixa numa expectativa que meu Deus..

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Olá Rainha Irish. Respondi suas perguntas por e-mail, mas nem perguntei como você está, fui mal educado, então pergunto por aqui mesmo: está tudo bem contigo? Ah... você vai ver o meu rostinho pela foto do Go0gle + finalmente saberá como o Quin é! - Depois me diz se vc acha que eu combino com o Caio (Steven Krueger kkkk, alok sei que vc é #LuQuin). Ei, o Nathan nem comentou nada sobre o piu piu do Fabinho :O senti falta disso! Mas de resto foi tudo ótimo! Amo suas cenas eróticas ^-^ Tem gente que escreve, mas que não consegue passar a emoção e nem o tesão, mas você consegue. Quero minha transa com o OLIVER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! rsrsrsrs desculpa o exagero rsrsrs ah, esqueci de dizer no e-mail: atende sim o meu pedido de fazer um strip para o meu strip, quero mostrar a ele que aprendi e que sei até mesmo superar o mestre e fazer um strip tease bem sexy ao som de Erótica ^^ Esperarei meu strip e minha transa com o Oliver até o último capítulo se for necessário rsrssrsrs BEIJOSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!

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Irish esqueci de agradecer por ter tocado Madonna na minha festa rsrs OBRIGADO!!! Ei, eu amei li ouvindo Diana Ross, claro que gosto dela!!! Eu sou tão feliz na ficção *-* rsrsrss amo meu personagem. Mas amiga, sinceramente, duas passivas não dá! O Fabinho é afeminado, mas pode ser que seja ativo - afinal já encontrei vários afeminados ativos e bem dotados kkkkk Acho que o Nathan tem o pinto pequeno pq ele me lembra um amigo meu q tem o pinto pequeno rsrsrsrs Ficamos juntos por um tempo, mas eu era ativo o tempo todo com ele, ai cansei rsrs Bjs!!!! Quero uma coisa: eu quero fazer strip tease para o Oliver ao som de Erotica!! <3 Beijos ^-^

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Poxa! Pelo visto a paixão pelo Maurício ainda não passou! E acho sim que eles podem dar certo, acredito que nem sempre precisa ter um dominante na relação. mas vamos ver no que vai dar

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Boa noite! :) •Ru/Ruanito, •M/A, obrigada guris! , •C.T.Akino, eu que agradeço cara! , •nane borges, eles estao juntos, mas darao certo? Valeu! , •Docinho 21, o Nathan eh aquele versati que curte mais ser passivo. rs,Acha que passivos nao podem se apaixonar? ,•May Lee, dà um alo pro Quin! Ah, voce tambem esta gostando do casal? Sao meio afeminadinhos,,mas fofinhos :) Acho que esse eh o conto mais colorido que jà escrevi, rs. Adorei faze -lo! Ah, espero mesmo por teu conto, ta? Beijo diva! , •Quin, fiquei tao feliz, seu coment foi entusiasmo puro! Bom que tenha curtido. E esse agora, gosta da Diana Ross? Eu achei a letra linda, perfeita para o casal. Espero que goste! Ah, me escreva sim, cara. Meu email : aline.lopez844@gmail.com. Terei muita alegria em falar contigo :D Ei, porque acha que Nathan tem pint* pequeno? Ele eh uma dama discreta, meu caro, rs. Falou, moço!!! ,•Anonimos, beijo, galera!

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