Um Homem Sensato V

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 1016 palavras
Data: 05/12/2014 18:07:20

Aquele meu estado de alheamento, de vago torpor, foi uma situaçao prolongada que começou a me atrapalhar no trabalho. Varias pessoas comentavam sobre o quanto eu estava "distraido", e Guto julgava que isso era ainda por causa do Leandro.

- Nada disso - eu respondia, confuso - Estou cansado, apenas isso. Preciso de ferias.

Isso seria muito bem-vindo, claro, porem deixar de ir à casa velha dos granfinos, deixar de ver o novinho... Talvez nao agora. Esse merecido descanso poderia esperar.

Era uma tarde de quarta-feira abafada, encoberta com seu ceu pardacento que prometia chuva, principiando a escurecer para o leste. Cheguei à uma hora da tarde e o fedelho nao estava na piscina, como eu esperava, mas no quarto, com um "colega", conforme me informou a mae dele.

Subi, pois jà sabia o caminho. Outra vez vinha um som alto là de dentro do quarto dele, e era Beatles, que eu particularmente nao gostava. Bati na porta, nao responderam, tornei a bater e girei a maçaneta polida: trancada. Bati mais forte.

- Guilherme! - chamei mais alto.

O som foi desligado abruptamente e houve um dialogo baixo, do qual apenas compreendi palavras soltas e pedaços de frases ditas pelo Gui e uma outra voz mais grossa do que a dele.

- Ele chegou - dizia o Guilherme, parecendo cansado.

- Me deixe ficar... - o outro garoto sussurrou algo mais que nao compreendi.

Continuaram discutindo em voz baixa e bati outra vez na porta, chamando. Levaram mais um tempo ate abrir, e entao passou por mim, bufando de raiva, um garoto da idade do Gui, porem um pouco mais forte e moreno, com olhos pequenos e ferozes que se pudessem teriam me assassinado na hora. Entrei no quarto e o Gui parecia atarantado, um pouco vermelho no rosto e na boca, os cabelos em desalinho, as roupas claramente amarrotadas. O odor de cigarro, de suor, de pele nua e quente era evidente no aposento. Na verdade a situaçao toda era evidente, e isso me causou uma sensaçao estranha, misto de desagrado com excitaçao.

- Tudo bem? - fingi que nada tinha visto.

- Sim, sim - respondeu ele depressa, trancando a porta e abrindo a janela para arejar o ambiente.

- Seu amigo? - meus olhos deram com a cama revirada, o lençol branco caindo feito uma onda de espuma pelo chao de madeira lustrosa; parecia que ali tinha ocorrido uma luta corporal violenta, espalhando ate mesmo aquelas bonitas almofadas indianas, jogadas pelo quarto.

- Sim, o Flavio... Meu amigo là da escola - ele mordeu os labios, contariado, vendo que nao podia esconder de mim toda a "cena do crime" - Mas isso nao lhe interessa!

- Com certeza, nao - respondi, frio.

Guilherme nada disse, entrou no banheiro contíguo ao quarto e saiu depois de alguns minutos, de cabelo penteado e rosto lavado, pois recendia a sabonete de rosas quando se sentou perto de mim para a liçao. Perguntei se tinha estudado a matéria que passei e me respondeu que "mais ou menos". Pacientemente, comecei a lhe explicar os pontos principais daquela disciplina, passando para a Geografia. Pedi que anotasse no caderno o que eu ia dizendo e, irritado, ele o fez. As vezes, contudo, enquanto eu falava, ele esquecia as anotaçoes e com a caneta cutucando o queixo, ficava me olhando com aquele jeito analítico dele, penetrando-me até à medula com aqueles belos olhos claros, onde dançava tudo junto, como em uma quadrilha estranha: a malícia, a curiosidade, o divertimento e o desejo. Os dentes brancos e separadinhos na frente mordiam devagar o canto dos seus lábios rosados.

- Acho voce tão bonito, professor _ disparou ele de súbito, em voz baixa.

Se eu pudesse, teria me enfiado num buraco ou fugido correndo dali. Mas meu rosto apenas esquentou como uma chapa no fogão e meus olhos nao conseguiam desviar dos dele.

- Bem... _ gaguejei_ Obrigado... eu acho.

Era ridículo. Parecia que quem tinha quinze anos ali era eu. Ele agora ria de mim, sem o menor constrangimento. Arrastou a cadeira mais para perto e seu cheiro quente e doce me invadiu como o ondear de um vento de verão passando por ramagens de madressilvas.

- Eu sou bicha, Edu _ disse ele baixinho, agora sério, me olhando de muito perto.

O que eu poderia responder? Que eu também era? Que aquele nao era o termo correto, porém homossexual seria a melhor colocação? Fiquei calado, respiraçao curta, esperando.

- E então? _ indagou ele, segurando minha mão devagarinho, num toque morno, leve como a pata de um pombo.

- Então o quê? _ sussurrei.

Guilherme chegou mais perto, se inclinando e sussurrando em meu ouvido uma breve rajada de ar úmido.

- Estou com vontade de te beijar.

O contato quente, molhado e suave da boca dele no meu pescoço deve ter produzido o efeito de uma explosão atômica em mim. Perdi totalmente a cabeça, segurando-o pelos braços magros, puxando-o para meu colo que doía de tão duro, e no qual ele se sentou deliciado. Fechou os olhinhos, mordendo os lábios, se remexendo e eu o segurei, louco, afundando minha lingua furiosa na boca tenra dele, doido por seu cheiro de coisa nova, macia, seu gosto brando, a saliva limpa como a seiva de um broto.

Feito um ladino experimentado, sua mao abriu o fecho de minha calça enquanto nos beijavamos, numa voracidade ensandecida, e quando me dei conta ele jà "tocava" com a maestria tipica do apogeu de sua puberdade. Olhava para baixo, entre os beijos, maravilhado, sorrindo.

- Pare... eu vou te sujar todo - murmurei num tom sofrido, apos alguns minutos.

- Espera - disse ele, saindo do meu colo e empurrando um pouco a mesa; se agachou diante de mim, pegando o membro inchado e o levando à boca numa avidez de faminto.

Agarrei os cabelos macios dele, e o suor escorreu por meu rosto quando sufoquei o gemido. Em guerrilha nenhuma do mundo existiam disparos mais prazerosos do que aqueles, e eu pensei que o mundo seria um lugar melhor se ao inves de os homens atirarem estupidamente uns contra os outros, optassem por atirar em bocas alheias, mas daquele jeito.

*

*

*

Obrigadinho, espero que estejam curtindo!

Beijao em todos. Respondo vcs nos coments, tà?

Ate! :D

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Comentários

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Oo Nossa... hot... kkkk Sempre perfeito :*****

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Amei. O Gui é muito safadinho e Edu está doidinho por ele. Ansiosa pelo próximo. :)

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Aaaii que capitulo quente, meu Deus.. Eu mereço?? Kkkkk nossa.. Uiii... Sabia que esse Gui ia aprontar kkkk "Eu sou bixa" kkkk morri, aiin tô amando o conto, ah comparado ao Marcos o Edu, tem mais cabeça no lugar kkk a não ser que ele vire psicopata kkkkk ta mil seu conto minha diva.. Espero que tudo se resolva cmg.. Xeirooooo bejs

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Irish em choque com a audacia do Gui. Acho que o Edu aceitou muito facil a provocação do Gui, parecia até um sonho. Ei naum sei se o boy do meu trabalho curte, eu tenho gaydar tb, mas ultimamente eu to meio fora de sintonia rsrsrs eu to carente esses dias rsrsrs por isso me interessei por ele, mas eu nem to com tempo para pensar em estratégias. Olha se o cara é ptofessor ou faz ingles, tem muita chance de ser gay rsrsrs aqui chamamos os estudantes do curso de inglês de BorboLetras rsrsrs To carente, eu tb quero ter um homem dentro de mim kkkk brincando :**** Minha amiga Lia e a minha amiga Karen também tem um Gaydar, elas também são homens gays no corpo de uma mulher kkkk Queria te conhecer Irish :***** Vc é minha amiga!!!! \o/

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Nossa, foi tudo muito rápido! Fiquei com medo pelo o Edu se envolver emocionalmente com esse garoto, pois ele parece que não leva nada a sério! Ou até mesmo o contrário, o Guilherme pode se apaixonar pelo Edu e desenvolver alguma espécie de obsessão!! Doidinho aqui, espero que continue logo Irish, teu conto ta perfeito como sempre! Bjos ^^

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Hum, isso foi rápido, so quero ver o que vai acontecer depois, continua.

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Parabéns Irish...

Sou seu fã... te acompanho desde de "Antes das Seis".

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Olà! :) • Geomateus, obrigada por acompanhar! • Mah Valerio, se o garoto trarà problemas ao professor? Vamos ver, rs • prireis822, que bom que esta curtindo, moça! Muito obrigada pelo apoio *-* • Quin, acho que vc eh meio vidente e nao sabe! rs Bem, sera que o boy do teu trabalho curte? Seu gaydar eh bom? Voce acredita que eu tenho gaydar?!? Que nem se eu fosse um menino gay! Coisa de louco. E acerto 90% das vezes. Com o meu professor de ingles foi imediato : assim que ele entrou na sala eu soube que ele era. Ele nao dava pinta, mas soh depois me contaram que ele era mesmo. Enfim, tem um homem gay em mim, rsrs. Serio, meu elo com a comunidade gay nao eh à toa. Valeu, cara! :D • Learsi :D, meu divo, que bom te-lo de volta aqui. Olha,confie que tudo vai ficar bem,ok? Força ai! Torço por ti. O Edu, cabeça no lugar? Nao sei, nao... Beijo, fofo! • Um abraçao, anonimos!

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