Um amor diferente V

Um conto erótico de Clarice
Categoria: Homossexual
Contém 1145 palavras
Data: 08/09/2013 20:27:55
Última revisão: 08/09/2013 20:40:52

Me afastei da Maíla ainda tremula e ela me deu um sorriso tão grande que me deixou um pouco mais calma. Dai em então, tentei relaxa. Afinal, não era um encontro rs

Tinha bastante gente conhecida, e estavam todos conversando enquanto a música alta tocava. Daniela me trouxe uma bebida, olhou para Maíla e me olhou fazendo um sinal de positivo. Olhei raivosa para ela, quando Amanda, uma amiga de saída, se aproximou de mim de surpresa e me deu um longo abraço, ela era muito animada e já devia ter bebido um pouco... Não pude de deixar de olhar para Maíla enquanto a menina me abraçava forte por cima do ombro, ela encarava com uma cara de duvida. Achei engraçado! Me soltei da Amanda, conversamos um pouco e decidi ter coragem para ir na direção da Maíla. A cada passo que eu dava, o coração ameaçava sair, repeti na minha cabeça umas mil vezes “NÃO É UM ENCONTRO, NÃO É UM ENCONTRO”:

- Oi. – falei gaguejando

- olá. Você está linda! – sorriu e completou – na verdade, você é linda!

- sou nada! Para com isso. – minhas bochechas já queimavam.

- é a minha opinião. – ela aumentou o sorriso.

- ok, então. Você também está muito bonita.

- obrigada. Pensei que você não vinha. – ela ficou mais perto, olhando fixamente nos meus olhos. Claro que eu não conseguia encarar.

- é, eu também pensei. – bebi um grande gole daquela coisa que eu nem sabia o nome e que me deu coragem. No impulso, chamei – vamos dançar?

- achei que não iria perguntar. – ela sorriu, segurou no meu braço e fomos.

A pista estava quente e com muita gente, todos dançavam incansavelmente. Daniela e Andressa já estavam se beijando, Túlio bebendo e pulando como um louco, e eu estava dançando em uma distancia suficientemente segura da Maíla quando ela começou a se aproximar. Senti a onda do seu cheiro invadir o meu nariz novamente. Ela ficou de costas para mim e dançava encostando os nossos corpos. Aquilo tudo me causava arrepios por todo o corpo. Coloquei as minhas mãos tremulas e suadas na cintura dela enquanto dançava no mesmo ritmo que seu corpo. Ela colocou a cabeça para traz encostando no meu ombro e eu coloquei o nariz no seu cabelo, e aquele cheiro me incendiava. A luz diminuiu como se aquela momento fosse feito para nós duas (e de fato foi), a virei no impulso de coragem e nossos rostos ficaram colados. Fechei os olhos e tinha certeza que aqueles lindos olhos castanhos claros estavam me olhando. Nossas testas estavam coladas quando sentir a ponta do nariz dela encostar no meu e a sua respiração bater no meu rosto. Eu apertava a cintura dela na esperança de liberar meu nervosismo em alguma coisa quando senti suas duas mãos pousarem no meu ombro e seus lábios encostarem nos meus. Foi a sensação mais perfeita que eu poderia sentir! Seu lábio superior estava entre os meus, sem pressa, sem medo. A puxei mais junto pela cintura, senti sua mão subir para minha nuca e a beijei. UM BEIJO INCRIVEL! Mesmo com toda a agitação ao redor, o beijo era calmo, parecia que o mundo tinha parado e as únicas coisas que se movimentavam era eu e ela. Nossas línguas se tocavam em perfeita sintonia, foi o melhor beijo que dei em toda minha vida. Não sei dizer precisamente quanto tempo ficamos nos beijando, mas não me importava com nada. Eu estava com quem queria, a onde queria e fazendo o que queria.

Quando nos afastamos, ainda demorei um tempo para abrir os olhos, mas teria aberto antes se soubesse que ganharia aquele sorriso lindo.

- Tive vontade de fazer isso na primeira vez que te vi. Tanto que não voltei para a sua mesa naquele dia. – Foi à primeira coisa que ela falou. Sorri a abraçando e colocando meu rosto no seu pescoço. Estava com muita vergonha!

- Ainda é tudo tão confuso. – fui sincera.

A música tocava agitada, mas dançávamos lento. Subi minhas mãos para os seus ombros e ela desceu para a minha cintura. Ficamos assim por um bom tempo, sem falar nada, só sentindo as batidas do coração uma da outra.

Decidimos sair da pista e encontrar os outros que estavam em uma espécie de bar. Chegamos de mãos dadas e não pude deixar de olhar para Daniela. Ela estava com aquele sorriso ridículo no rosto e movimentou os lábios um “ENCONTRO”. Se eu não estive anestesiada pelo momento, teria mostrando o dedo do meio para ela.

Sentei ao lado da Maíla, ainda de mãos dadas, ela ficou fazendo carinho na minha mão por um bom tempo, enquanto conversávamos e bebíamos com os outros. Me sentia tão nervosa e ao mesmo tempo tão a vontade com ela. Era tudo tão novo, mas tão normal. O novo sempre nos trás medo, mas aquele novo era confortável.

No decorrer da noite, fiquei sabendo que aquela festa começava na sexta à noite e acabaria no domingo à tarde. Todos queriam saber quem iria ficar até o domingo ou quem iria para casa, e voltaria, enfim essas coisas. Falei com Daniela e Túlio e decidimos ir para casa, tomar banho, comer alguma coisa e voltar para festa. Afinal, ninguém é de ferro. Maíla e Andressa falaram que fariam o mesmo, assim ficariam mais confortáveis e os meninos falaram que ficariam direto, sem tomar banho, nem nada. Olha... rs

Com tudo resolvido, voltamos para pista. Eu estava menos nervosa e mais a vontade que antes, consegui me soltar mais. Dançamos engraçado, pulamos, bebemos foi tudo muito legal aquela noite. Maíla e eu não nos beijamos mais, só estávamos juntas, perto uma da outra, aquilo parecia que bastava. Ela não tentou forçar nada e eu não tentei fazer nada. Ainda estava digerindo tudo.

Já tinha amanhecido quando decidimos ir para casa. Andressa acompanhou Daniela, Maíla me acompanhou e a bebida acompanhou Túlio até o taxi (ele foi com o copo até poder entrar rs). Maíla segurou nas minhas mãos e com aquele sorriso incrivelmente lindo e a voz doce que estava um pouco rouca, por ter cantado e bebido coisas geladas durante a madrugada toda me perguntou:

- você vai voltar, né?!

- vou sim. Você também vai, né?!– como eu poderia resistir àquela carinha linda?

- vou sim, quero te ver. Me liga para tiver chegado em casa e quando tiver voltando?

- ligo sim. Pode deixar, senhorita. – sorri a puxando para um abraço apertado.

- adorei a noite. – ela disse durante o abraço.

- também adorei.

Dei um beijo na sua bochecha, mas quando olhei para aqueles olhos, eles me pediam mais. Eu queria dar mais! Ficamos nos olhando por um tempo, até eu aproximar a minha boca na dela e depositar um selinho demorado.

- até mais tarde.

- até.

Daniela conseguiu se desgrudar de Andressa e nos duas entramos no taxi. A primeira coisa que escutei foi um coro de “era um encontro”.

Continua...

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Comentários

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Otimo conto meu anjo, naum consigo tirar o sorriiso do rosto lendo, minha amiga perguntou s eu estava doida rsrs' bju:*

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Cada vez melhor,ñ vejo a hora de ler o proximo

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Vicioooo, mulher, sou tua fã. kkkkkkkkk. Continuaaa /0/

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