Um amor diferente IV

Um conto erótico de Clarice
Categoria: Homossexual
Contém 1101 palavras
Data: 07/09/2013 21:48:39
Última revisão: 08/09/2013 10:35:39

Acordei mais cansada do que fui dormir, mas pensei “é hoje”.

Levantei, tomei um banho, peguei minhas coisas e fui tomar café da manhã. Minha família estava toda reunida na mesa conversando, sentei rápido e falei que iria sair à noite com os meninos que eles tanto conheciam, meu pai soltou um “vai encontrar o gatinho, filha?”. Meus irmãos começaram a rir e minha mãe também rindo falou para ele não ser tão invasivo. Depois, me apressou para sairmos logo, porque estava chovendo muito, e ela não me deixaria ir andando como todos os dias (não gostava de chegar no colégio com a minha mãe, mas em dias necessários iria).

Cheguei na sala e a primeira coisa que Daniela me perguntou foi:

- ansiosa para o seu encontro de hoje?

- já falei que não é um encontro, Daniela. – falei ignorando - Bom dia, Túlio.

- Bom dia! E é um encontro.

- No fim da noite saberemos quem está certo.

Olhei para Daniela como se meus olhos fossem uma arma, que só de piscar estariam a fuzilando e ela me respondeu com um risinho ridículo.

As aulas foram passando e a minha ansiedade aumentando. Tinha visto a Maíla na segunda e desde então, só tínhamos trocando SMS de formalidade como “Bom dia” ou “Boa noite” e nada mais. Queria vê- lá! Como sempre nada de diferente aconteceu naquele dia, matamos as duas ultimas aulas para ficar no pé de manga ouvindo música e conversando. Só saímos de lá quando as turmas da tarde já estavam entrando.

O tempo estava muito nublado, mas mesmo assim demos uma volta na praça, comemos na lanchonete do pai da Maíla (a primeira coisa que meus olhos procuraram foi ela, mas infelizmente, ela não estava) e enfim, fui para casa. Marquei com Daniela que ela passaria na minha casa as 20h30 e de lá iriamos para festa que começaria de 20h00 (odeio chegar muito cedo nos lugares) e Túlio encontraríamos lá.

Cheguei por volta das 16h30, passei no quarto da minha irmã e ela estava estudando. Perguntei para Marina se ela poderia levar a gente para festa no carro de quem dos nossos pais chegasse primeiro, porque tinha chovido o dia todo e a noite não seria diferente. Minha irmã sempre foi muito doce e muito calma, nos dávamos/damos super bem. Ela falou que não seria problema como eu imaginava. Agradeci e fui para o meu quarto. E ai que começou o dilema. Com que roupa eu vou? Nunca liguei para como me vestia, sempre fui muito simples e básica, mas essa não era uma festa comum. Ou era? Enfim... coloquei várias roupas e nenhuma caia bem. Tentei calça, shorts, saia, blusa de manga, regata, leg, all star, sapatilha, rasteira, vans e nada me agradava. Decidi tomar um banho, demorei horrores no banheiro e sai muito relaxada, mas tinha um problema: eu ainda não sabia o que usar. Sequei o meu cabelo e deixei solto para o lado. Pelo menos alguma coisa em mim estava bonita. Fiquei desfilando de calcinha e sutiã pelo quarto, experimentando roupas e parecia que NADA me satisfazia. Olhei para o relógio e já eram quase 19h30 e eu não sabia o que usar.

Daniela chegou e Marina a mandou subir para o meu quarto, afinal ela era da casa. Quando ela entrou, ainda me encontrou de calcinha e sutiã.

- o que? Você ainda ta assim, Clarice?

- eu não sei o que usar. – Daniela estava incrivelmente linda em um vestido preto folgado, sapatilha e cabelo solto. – quer me dar a sua roupa, não?

- Clarice, já são quase 20h15 e você ainda ta assim. Ta louca? Vem, vamos procurar alguma coisa para você.

Quem está de fora é muito mais fácil, então foi rápido para Daniela escolher uma roupa que também me agradou. Me olhei no espelho, e estava linda. Saia creme, blusa branca, uma jaqueta e bota. Sim, eu estava linda e muito cheirosa. Daniela não poderia deixar de falar alguma coisa, não é?

- se você não fosse minha amiga ha tanto tempo, te pegaria.

- cala boca, Daniela.

Dei uma retocada na maquiagem básica (isso nunca eu iria mudar) e saímos. Chamei Marina e o primeiro que chegou em casa foi meu pai. Pedi com a maior cara de mendigo pedindo dinheiro, as chaves do carro, e ele deu. Dei um beijo de boa noite no meu pai e falei que voltaria de taxi que não era para e preocupar. Quando já estávamos saindo, ele pediu para Daniela não deixar “os gatinhos” não se aproximarem muito. Ela sorriu e falou que não deixaria nenhum “gatinho” se aproximar, já saindo ela falou baixinho “isso não se implica a gatinha, né?”, sorri achando o jeito engraçado que ela falou e fomos. Marina era rápida e apesar da chuva, não tinha transito. 21h20 chegamos à festa. Era do tipo aberta, mas com coberta, tinha uma pista com um DJ tocando e muitos universitários bebendo. Marina me olhou e falou automaticamente com os olhos e com a boca “JUIZOOO”. Balancei a cabeça e dei um beijo no seu rosto e descemos. Nessas alturas, meus estomago já estava embrulhado, o que me fez lembrar que com a loucura da roupa, não tinha comido nada. Liguei para Túlio e ele já tinha chegado e veio nos encontrar. Ele chegou todo suado e um pouco alegre:

- meninas, vocês estão lindas.

- Eu sei! Onde você estava? – falou Daniela mais convencia que tudo.

- com as meninas. Cheguei faz um tempo e fiquei aqui na frente esperando alguém dar sinal de vida. Dai, vi Andressa, Maíla e mais alguns amigos chegando e fiquei com eles.

- a Maíla já chegou? – foi inevitável não perguntar.

- já sim, Clarice. – ele me respondeu com um sorriso no rosto.

- ela ta ansiosa para o encontro, Túlio. – Túlio não segurou a gargalhada.

- não é um encontro, Daniela. PARA!

- Ta desculpa. – ela era uma idiota mesmo.

Túlio levantou os dois braços colocando por cima dos nossos ombros e nos levou até onde o pessoal estava. Minhas pernas começando a ficar bambas foi o menor que aconteceu nesse caminho. Assim que chegamos, os meus olhos se fixaram diretamente nela. Ela estava incrível! Um vestidinho branco de alça e sandália rasteira. Seus cabelos ruivos e ondulados caiam sobre destaque no vestido. SIMPLESMENTE LINDA! Abraçamos os que conhecíamos, muitos eram nossos amigos e os que não conhecíamos tratamos formalmente. Quando fui cumprimentar a Maíla, meu coração acelerou e minhas mãos gelaram de imediato. Dei um abraço e um beijo na sua bochecha, o seu perfume percorria o meu nariz, e agora podia ver que ela tinha mais sardinhas lindas próximo aos seios. Estava encantada!

Continua...

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Comentários

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ta muito legal o seu conto. vou ficar esperando "ansiosamente" o proximo cap. bjs..!

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Ta Perfeito..Muito Bom..to aguardando o proximo..!Bjs..!!!

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Esse nervosismo todo é por causa do encontro é? há desculpa ñ é um encontro kkkk muito bom viu ,bjs

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