O primo do meu Marido
Uma série de Inocente LuizaO sol já tinha começado a descer no horizonte, tingindo a paisagem com tons dourados. A fazenda estava silenciosa, longe de tudo, só o som dos grilos e do vento cortando entre as árvores. Eu tinha ido passar o fim de semana com a família do meu marido, mas não imaginava o que me esperava ali. Felipe, o primo dele, estava desde o primeiro dia me olhando de um jeito que me desestabilizava. Brincadeiras sutis, toques rápidos, aquele sorriso torto que parecia saber mais do que dizia. Até que, naquele fim de tarde, ele me pegou sozinha perto do celeiro. — “Vem comigo. Agora.” — falou baixo, direto. — “Não posso...” — comecei a dizer, mas ele se aproximou, os olhos cravados nos meus. — “Não pedi sua permissão.” — disse, já me virando pelo pulso. Me levou por trás do celeiro, atravessando um campo estreito até um galpão velho, escondido entre as árvores. As tábuas da construção eram antigas, o ar denso, cheiro de madeira, terra seca e calor. Felipe fechou a porta atrás de nós com um estrondo seco. Me encostou na parede e ficou parado, me olhando de cima a baixo. — “Tira essa roupa. Devagar.” Havia um tom na voz dele que não permitia dúvida. Obedeci, mãos trêmulas, sentindo o ar pesado, a tensão pulsando entre nós. Quando parei, sem saber o que ele faria em seguida, ele se aproximou de novo e segurou meu queixo. — “Agora você é minha. E eu vou fazer do meu jeito.” Seu beijo veio como um ataque — quente, urgente. Suas mãos me puxaram com força pela cintura, colando meu corpo ao dele. Eu não conseguia pensar. Só sentir. Me virou de costas, empurrou com firmeza meu corpo contra uma mesa de madeira. O calor da pele dele queimava atrás de mim. — “Não se mexe. Não fala. Só sente.” As ordens me atravessavam como corrente elétrica. Cada toque era firme, direto, como se ele soubesse exatamente onde e como me acender. Suas mãos deslizavam pelas minhas costas, descendo, agarrando, dominando. Os movimentos eram intensos, ritmados. O som do nosso fôlego misturado ao ranger da madeira era tudo que existia ali. — “Você gosta de ser minha, não gosta?” — murmurou, a boca colada ao meu ouvido. Eu mal conseguia responder. Ele não precisava da resposta. Já sentia. Quando veio o clímax, foi como uma onda violenta, arrebatadora. Ele me segurava firme, o corpo colado no meu, como se estivesse marcando território. Como se não me deixasse esquecer de quem era o controle. Depois, ainda ofegante, me virou de frente e passou os dedos pela lateral do meu rosto. — “Você vai voltar pra dentro como se nada tivesse acontecido. Mas eu sei… vai sentir cada segundo disso até a próxima vez que eu te chamar.” Abriu a porta, deixando entrar o vento do entardecer. E eu fiquei ali por um instante, com a pele em chamas e o gosto dele marcado em mim.