A Proposta (Quarta Parte)

Um conto erótico de GTFreire
Categoria: Heterossexual
Contém 2204 palavras
Data: 28/12/2023 10:47:14

Relação sexual... “ato que se refere a uma ampla variedade de comportamentos entre indivíduos voltados para a obtenção de prazer erótico de pelo menos um dos membros envolvidos independentemente de haver penetração, orgasmo e fins reprodutivos. Para isso é feita a estimulação de uma ou mais zonas erógenas como seios, vagina e pênis.”

Me lembrei da definição fria sobre relação sexual que aprendi na escola e me peguei pensando, dentro dos limites de meu mundo monogâmico e do que vivi até hoje. Desde quando esse ato prazeroso se transformou de complemento para uma vida saudável e feliz em fonte primordial de vida para alguns. Pensei que como tudo que gera prazer pode viciar, gerando uma necessidade cada vez maior de relações, de variedades e de intensidade. O sexo na sua forma mais animal, poderia também transformar pessoas. Pensei também que o habitat, criação, ambiente familiar, amizades, entre outras coisas, influenciavam a forma com que as pessoas viam e viviam o sexo. Existem lados certos e errados? Claro que não! Apenas um somatório de fatores vividos e experimentados por cada um, que nos moldavam. Todos esses pensamentos só comprovavam que eu não fazia a menor ideia do que fazer e do que pensar. Eu tinha uma bola de gude e queria ganhar uma partida de boliche.

Mas não era essa a minha vida, minha história. Eu nunca dei qualquer deixa para que ela pudesse imaginar que aceitaria algo do gênero. E nem ela, em nenhum momento, me fez desconfiar sobre essa sua vontade. Isso me levou a lembrar que seu comportamento mudou da água para o vinho após sua doença. Isso me fez ter a certeza de que ela fora manipulada ou algo parecido, por alguém de muita confiança. Essa pessoa a instigou, tentando mostrar que era algo natural. Que fazia parte da natureza humana.

Eu sabia quem era, e sabia que era natural para ela. Mas com que objetivo alguém manipula uma mulher frágil e psicologicamente ainda instável, (afinal o psicológico não se cura ao mesmo tempo que o físico), a ser como ela, a pensar como ela, a agir como ela? Eu precisava obter essas respostas, e sendo assim, tinha que agir com calma, com estratégia. A pressa nos faz tropeçar e perder vantagens. O tsunami já tinha passado, agora era deixar a água baixar e ver o que sobrou. Reconstruir é sempre pior do que construir.

Cheguei em casa triste, mas determinado a seguir o que já tinha planejado. Aproveitando que, o dia seguinte seria sábado e que minha filha estaria na casa dos avós durante o fim de semana. Entrei em casa o comecei a relacionar meus próximos passos no bloco de notas de meu celular.

Peguei o que tinha de essencial para passar alguns dias, coloquei em uma mala e levei para o carro. Peguei algumas roupas de cama e arrumei a cama no quarto de hospedes. Me tranquei na suíte do casal e fui dormir. Era evidente que não iria conseguir dormir no mesmo quarto que ela.

Poderia ter saído naquela mesma noite, mas preferi olhar dentro dos olhos dela no dia seguinte e ver se perceberia algum sinal de remorso ou culpa.

Dormi pesado e tive um sonho, ou melhor, um pesadelo com ela e o Pinguim.

No sonho, eles chegavam no quarto do hotel e não perdiam tempo com assuntos frívolos ou conversas banais de sedução e conquista. Eles tinham um único objetivo. Sexo puro e sem comprometimentos. Partiram para um beijo apresado e cheio de tesão e expectativas. Sem desgrudarem suas bocas, as roupas iam caindo, sendo tiradas por mãos impacientes. Peças por peças iam sendo depositadas no chão e corpos nus iam aparecendo na mesma proporção. Seios estavam sendo sugados, pescoços e orelhas beijados, mãos se aprofundando em locais inéditos para os dois. Bocas buscando prazer em áreas sensíveis e genitálias se fundindo em uma seção de gemidos e sussurros.

Acordei enojado suando frio e com ânsia de vomito no meio da noite. A raiva me consumiu e amaldiçoei meu subconsciente por ter me dado essa visão dos infernos que eu julgava não ser merecedor. Eu não estava pronto para entender e muito menos para aceitar tudo o que passei nestes dias, e de acordo com minha reação a este sonho, dificilmente estaria um dia.

Segundos depois estava rindo. Imaginando quanto tempo o Pinguim aguentaria minha leoa. Mas percebi que este sorriso era pura farsa para esconder minha derrota, minha angustia, meu sofrimento. Comecei a imaginar a cena dela abraçada a outro, caminhando como dois namorados. E lembrei da sensação que senti quando ela entrou no hotel. Um sentimento de impotência de fragilidade, que me congelou e me deixou atônito, a ponto de bloquear qualquer reação, me impossibilitando também de pensar em formas de tirar minha esposa, e porque não, meu casamento, daquela situação.

Dormi novamente e só acordei com as batidas na porta, seguidas de pedidos para que fosse aberta. Do outro lado da porta uma voz cansada, aparentemente embebedada e melosa, dizia para deixá-la entra pois precisava dormir. Eram 7 hs da manhã. Me fiz de surdo mudo. Ela desistiu e foi para o quarto de hospedes. Ouvi o chuveiro daquele quarto sendo ligado e imaginei ela nua, cansada e possivelmente satisfeita, tentando tirar as digitais, o cheiro e o gosto do outro homem de seu corpo. O cansaço e o desanimo me abateram e voltei a dormir.

Acordei definitivamente as 11h. Fiz minha higiene, Sentia a boca seca e amarga, o estomago roncando de fome. Mesmo com tudo isso só pensava uma coisa: “Era a hora da verdade”. Abri a porta e dei de cara com minha esposa me esperando na saída do nosso quarto com cara de poucos amigos, mas com uma certa aflição no olhar. Não sei quanto tempo ela estava parada ali, mas isso pouco me importava. Eu olhei bem nos olhos dela e notei certa condescendência, mas nenhum sinal de arrependimento. Quando eu comecei a pensar como iniciaria aquela conversa ela se antecipou:

-- Precisamos conversar... continuar a nossa vida. Você é o homem da minha vida, a pessoa que não pode faltar em todos os meus dias. O que preciso fazer para que me entenda, supere e me perdoe?

Tudo o que eu queria ouvir dela era o porquê e não uma tentativa de simplesmente minimizar o problema. Tudo o que eu planejei, tudo que eu ensaiei para nossa conversa caiu por terra. Eu olhei bem dentro dos olhos dela e de forma firme e com uma voz assustadoramente calma com um leve sotaque de deboche, falei:

-- Você tem tomado decisões sozinhas ultimamente, faz o seguinte, continua a fazer assim. Não vai precisar de minha presença ou opinião agora, vai? Tenho plena convicção de que possas resolver tudo isso sozinha. Só não garanto estar aqui para ouvir.

Peguei a chave do carro, abri a porta da sala, deixando minha esposa para trás, estática e agora com os olhos marejados. Sai em direção a garagem, entrei no carro, desliguei meu celular e fui em direção a um apart hotel bem distante de minha casa. Cheguei após duas horas de viagem. Me estabeleci, e comecei a pensar nos passos já completados. Ainda faltavam muitos e eu tinha pressa nenhuma para conclui-los.

Após algumas horas percebi que meu telefone desligado poderia causar preocupações em pessoas que não mereciam, como filha e sogros, já que eu os considerava como pais. Liguei o telefone e na hora recebi uma enxurrada de mensagens e avisos de ligações perdidas. Minha filha estava preocupada e meus sogros também. Mas a grande maioria eram de minha esposa. Respondi minha filha e sogros com uma mensagem única de que estava bem e em breve lhes daria explicações sobre o que estava acontecendo. Mas as mensagens e ligações da esposa, simplesmente desconsiderei. Bloqueei seu número. As imagens do sonho e dela abraçada ao homem ainda me torturavam e não ajudavam em minha recuperação.

O sábado ficou para trás e o domingo já ia se esgotando. Sabia que precisava retornar pra minha casa. Para minha filha, para o meu trabalho. Assim o fiz. Peguei a estrada de volta. Quando entrei em casa, minha esposa deu um sorriso desconfiado e veio em minha direção para me abraçar. A rejeitei e seu sorriso foi substituído por olhos tristes, prestes a chorar.

Sem perder tempo falei enfaticamente:

-- Você tem uma semana para deixar esta casa. Enquanto isso ficará no quarto de hospedes. Não vou conseguir dormir na mesma cama que você e sua presença não nos ajudará em nada. Não precisa se preocupar comigo nem com nossa filha, eu me viro com comida e roupas limpas.

Ela de forma revoltosa e com alguma mágoa na voz, gritou:

-- Eu não vou deixar esta casa...!!!!!! Você não vai se livrar de mim...!!! Nós não vamos nos separar... nunca...!!!!!

Eu a cortei e confirmai:

-- Vai sim, ela é minha casa, eu herdei de meus pais e em uma separação você não terá direitos sobre ela. Você fez uma escolha onde eu não fui permitido opinar. Nada neste mundo vai me fazer entender como alguém joga fora anos de relacionamento feliz por uma simples “curiosidade”. Nada vai reparar o que estou sentindo por dentro. O que me garante que essa “curiosidade” não vai se manifestar outra vez? Não consigo olhar para você sem te imaginar transando com outro. Isso me enoja, me enfurece e só me faz quere me afastar cada vez mais.

Quando ouviu a palavra separação, ela emudeceu, ficou pálida, se jogou no sofá e com as mãos no rosto começou a chorar de forma intensa.

Diante da raiva que ainda sentia, não me solidarizei imediatamente com seu pranto. Apenas sai e fui para meu quarto, me tranquei lá. Agora poderia chorar também.

Após meia hora de um choro doido, me deitei, e de tão cansado que estava, simplesmente apaguei. Quando acordei, era madrugada de domingo para segunda. O silencio imperava. Observei várias chamadas no meu celular. Eram de minha filha, de meus sogros e até da nefasta amiga Monique. “O que será que esta puta queria comigo?” Pensei. Sabia que precisava encarar a realidade e dar uma resposta a todos, menos, claro, a descomungada da amiga.

Enfim segunda. Me arrumei em silencio, e, mesmo sendo muito cedo, fui para o trabalho. Precisava evitar confronto por enquanto. Nada de bom sai quando se está com a cabeça quente. Eu precisava de um lugar em que ficasse em paz e sozinho para decidir com clareza, o que fazer em seguida... O meu trabalho me permitia isso.

Passei o dia todo recebendo mensagens e ligações. Liguei para minha filha. Precisava dar uma satisfação para ela.

Atendeu uma voz aflita e chorosa:

-- Pai!!!!! Onde você está??? Você está bem??? O que está acontecendo??? Mamãe está estranha demais e não fala coisa com coisa. Me fala, toda a hora, que acha que fez besteira, e que está muito preocupada com você.

Com uma voz calma e tranquilizadora respondi:

-- Calma filha, estou bem. Estou no trabalho. Fique com sua mãe, ela precisa de seu apoio. Só posso te antecipar que ela fez escolhas que me deixaram triste. Não se preocupe. Independentemente do que acontecer daqui pra frente, saiba que nós te amamos mais do que tudo e que você será sempre nossa prioridade. A noite papai vai sentar com calma e te deixar a par de tudo. Mas no momento se tranquilize e procure deixar sua mãe amparada.

Preocupada ela reiterou:

-- Tem certeza que está tudo bem?

-- Sim, garanto a você. Um beijo e até mais tarde. Te amo. Respondi e desliguei.

O dia de trabalho estava chegando ao fim, mas deu tempo para eu entrar em contato com um amigo que trabalhava no jurídico da empresa e pedir uma indicação para um bom advogado de divórcios. Ainda não tinha me decidido a nada, mas precisava de orientações em um campo que era totalmente novo para mim. Ele de forma profissional, não me perguntou o porquê e me enviou pelo WhatsApp o contato, afirmando que era o melhor que ele conhecia. Agradeci e desliguei. Liguei para o contato e em poucas palavras agendei uma consulta para quarta-feira próxima. Pela primeira vez na minha vida lamentei o fim do expediente. Ainda não tinha estrutura para encarar minha esposa com a calma que o assunto exigia. A todo momento que pensava em tentar um diálogo, vinha, mais uma vez em minha mente o sonho que tive com ela se entregando a outro homem e as imagens dela abraçada ao Pinguim rumando para o abatedouro. Nada fazia aquelas imagens desaparecerem. Isso me torturava e destruía toda a vontade de tentar entender suas razões.

Me direcionei para casa, com o intento de primeiro tomar um banho e depois sentar e conversar com minha filha. Ela merecia e precisava disso. Deixei o carro na garagem e me direcionei para a porta. Assim que girei a maçaneta da porta, ouvi um falatório que denunciava a presença de algumas pessoas dentro da casa. Na hora, devido ao grande falatório, não reconheci nenhuma das vozes. Minha vontade era de dar meia volta, mas seria uma atitude covarde e não adiantaria eu ficar me escondendo do inevitável. Quem estaria em casa? O que me esperava? Pensei e entrei.

Continua....

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Comentários

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Cara sem querer desmerecer, pois o conto está bom, mas essa é uma história do reddit e do tiktok. O cara pegou a história e acrescentou elementos, a deixando melhor. Ou prolongando a história. Ué

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Continua lendo amigo, vais ver que ela vai se distanciar bastante. Vlw pelo comentário.

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Já vi kkkk li tudo. Falei na hora pois havia reconhecido a história, mas ficou muito melhor

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O marido toma atitudes bastante coerentes,até agora ele tem sobriedade das suas ações. A esposa fez uma escolha e pelo menos não omitiu nada do que faria,o que considero ser uma ação digna. Conto muito bem escrito,o que nos leva a várias reflexões.

O que não entendo é como um bom autor,com conto que chama tanta atenção,pôde simplesmente ignorar um conto meu que estava lendo ao notar, pelos comentários, que o final não seria do seu agrado. Essa atitude "Maria vai com as outras",não combinou com alguém que dá plena satisfação e que compreende as nuances da vida,através de seu personagem e das interações que vem construindo com sua história.

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Não é pessoal, as vezes me deixo levar pelas emoções e me coloco no lugar de alguns personagens. Mas nunca critiquei os escritores somente os personagens.

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Moço algum problema comigo? Vc respondeu até hater e eu que contei com tanto carinho vc nem respondeu, magoo.

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Acabei de chegar no destino de.mimha viagem. 8 horas em cima de uma moto cansa bastante.

Até as 14h posto a quinta parte. Vou dar os ultimos retoques.

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Vai gostar de moto assim lá na...😂😂

8 horas não vou nem de carro, só de avião (uma horinha, né?)

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Estou aqui roendo as unhas !!! Posta logo, vai !!!!

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Na primeira parte, não esclare se é fictício ou verdadeiro, mas pra mim ele fez e tá fazendo o correto separação, ela não pensou nas consequências, agora paga o preço que foi alto, o divórcio

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Como eu disse isso já está ruim pra ela e acho difícil ele perdoar até gostaria que ele perdoasse ela mas muita coisa teria que acontecer , mudança de emprego,de cidade , de amizades mesmo assim não haveria garantia dela não fazer outra vez e escondido,ele definitivamente não é um candidato ao meio liberal e nem ela é porque sem cumplicidade não funciona mesmo sempre as pessoas acabam traumatizadas , forçar a barra nessas circunstâncias é a pior coisa possível.

Pars mim esse casamento se fosse na vida real já estaria morto e enterrado

Para ser liberal ou ter um casamento aberto as pessoas precisam ter PERSONALIDADE não podem ir atrás de conversa de ninguém a coisa começa com alguma curiosidade, depois muita pesquisa e informações seguras, muita conversa entre o casal e aí pôde ser eu digo pôde ser que dê certo , pôr esse caminho pode ser até experimentar e se não gostar voltar atrás e ainda ter casamento para ser vivido mas desse jeito só um milagre.

No mundo real nos sabemos que o psicológico não aguenta isso, o personagem para mim não tem esse perfil de forma alguma.

Muito bem escrito seu conto parabéns.

Eu estou escrevendo um conto sobre minhas vivências nesse meio liberal sou liberal há onze anos , já vi muita coisa até pessoas tentarem contra a própria vida eu já vi .

Leberais que deram certo são muito maduros e posso dizer até muito inteligentes não é para amadores.

Mais uma vez meus parabéns pelo seu conto

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Confesso que estou curioso para saber a continuidade dos fatos. O que me deixa curioso é a certeza dela de que o marido seria capaz de a perdoar por ter saido com outro homem, não importa o biotipo dele, e que o marido dela, no futuro, até iria rir porque ela saiu com outro homem para uma festa da empresa onde ambos trabalham, da festa foram para um motel e treparam atá saciar a vontade. E o pior é que o marido viu a esposa com o colega de trabalho, com ele pondo a mão na cintura dela, e a levou para o hotel que fica vizinho ao local da festa e lá certamente treparam. O marido voltou para casa trancou a porta do quarto do casal, cheio de raiva com o que viu, e com isso fez a esposa ir dormir no quarto de hóspedes. No dia seguinte e nos demais dias ficou guardando toda a raiva pelo fato da esposa ter dado um vale night só para ela, como uma compensação pela doença que enfrentou e que ameaçou a vida dela. O marido não a perdoa por isso e principalmente porque acha que ela foi influenciada pela amiga, que deu ouvidos à amiga e foi trepar com um homem que está na relação de pessoas que trabalham junto com ela. Ele não a perdoa, quer o divórcio, quer contar para a filha o que houve. Eu li e reli o relato e ccontinuo curioso para saber o que poderia fazer o marido aceitar o que houve e rir dessa situação. Uma coisa é certa: ele está com tanta raiva que é incapaz de agir com serenidade e conversar com a mulher sobre o que houve e tomar uma decisão sensata, que ão machuque a filha e não faça ele se arrepender no futuro da decisão ou como ele decidiu.

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Mais uma vez me vejo no personagem, com relação as imagens que ficam em seus pensamentos, relativos a forma com se encontraram e foram para o hotel.

Tive uma namorada, que tínhamos tudo para sermos marido e mulher, casar e tudo.

Ela é até hoje uma pessoa de fácil acesso e maravilhosa de se conviver, muito boa mesmo.

Foi com ela que perdi minha virgindade, e ela também, trabalhávamos na mesma empresa e via como ela era assediada, por outros homens, mas nunca percebi nada de estranho. Sempre fui um cara tranquilo. Até que um dia ela me falou que um dos seguranças havia chegado junto mesmo, e dito na cara de pau, que queria sair com ela não para um romance, mas só para poderem mesmo, só pela putaria.

Nós como casal e amantes não tinhamos frescuras um com o outro, fazíamos oque nos dava vontade e fantasiavamos, mas sempre juntos sem mentiras e nada escondido. Passei a ficar mais atento a ele, pois ela está mais próximo, mas fiquei também de olho nela. Vi investida dele que me deixavam com raiva mas não havia nada de concreto, até que um dia, havia uma festa em família na casa da irmã dela, cheguei depois e só passar pelo ponto de ônibus, vi o cara chegando, ele não me viu, cheguei a casa ela me recebeu de for bem natural, não demonstrando nenhum nervosismo, mas fiquei aí da no portão observando o cara, quando ele se dirigiu a telefone público, no mesmo instante em que o telefone tocou na casa, mandei ela atender, disse que era pra ela, aí sim ela ficou sem entender e quando atendeu ficou nervosa, saí da casa e fui só encontro dele, ele era segurança mas não era daqueles fortões, só que eu na época era um praticamente de capoeira e bem treinado, não seria difícil arrebentar com ele, pela primeira vez ela me viu com raiva, ela correu mas o cunhados me segurando para que eu não brigasse e os cunhados botaram o cara pra correr, pois eram militares.tida essa situação ficou em minha memória. Enta meses depois nos separamos, pois ela criou uma situação de ciúmes pra mim, coisa que sempre detestei, que é outra história. Ela se arrependeu daquilo que fez que nós levou a separação, mas me mantive firme nas minhas convicções. Mais alguns meses depois eu a vi, pensei em voltarmos, mas as lembranças da noite da separação e principalmente as lembranças do dia que citei, não deixaram eu cair na tentação. Nessa época o celular não era popular, como ele tinha o número de telefone da casa da irmã? E porquê ele foi até lá e só de perto ligou. Se fui corno nunca saberei, mas são água passadas...

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GtFreire que conto legal vc escreve muito bem,usa palavras bem aplicadas, parece que me transportei como sendo o marido traído,senti a angústia de que faz o bem e recebi a facada. Pra mim já virou novela ficou ansioso esperando o próximo capítulo.abraços!!!

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Bem, olha eu aqui novamente.rsrsrs..

Tive que ler os capítulos novamente em sequência, primeiro,para ver se deixei passar algo e segundo, para aplacar minha ânsia por um novo capítulo.

Vou viajar nós meus pensamentos agora. Percebi que toda informação que tivemos da amiga, foi sobre oque o marido achava que poderia ter acontecido. Pois bem, já comentei aqui que penso que a esposa já venha tendo um casa com o cara do trabalho ou até com outros e que apenas comunicou ao marido, para poder passar uma noite com o cara, pois ele iria sair do país e não se veriam mais. Mas pode ser só mesmo a curiosidade e a vontade dela de ter outro macho metendo nela. Acho pouco provável, tendo em vista a descrição da intimidade dos dois ao saírem da festa para o hotel, como dois namorados, sem se importarem de serem vistos, e os amigos do traba parecem cientes de tudo. Bom aqui vai o meu devaneio mais uma vez...

E se. A o saber da traição da amiga, se sentiu segura em compartilhar suas aventuras também. E se tornaram confidentes, porém com o passar do tempo, a amiga conhecendo o marido , acompanhando todo o sofrimento dele e da família, se sensibilizou e tentou também fazê-la mudar de ideia, tentando mostrar o erro que estava cometendo. Acho que o maior manipulador foi o cara do trabalho, que pode trazer benefícios profissionais futuro para ela. Isso explicaria um pouco o porquê dela ter ligado para ele. Não estou tentando tirar a amiga do problema, mas todas as informações que temos dela é pela visão do marido que ainda confuso querendo entender o porquê daquilo tudo estar acontecendo, faz com que a amiga seja uma das principais causadoras da mudança.

Eu disse que iria viajar na maionese. Ou não?

É só para aplacar a ansiedade por um. Novo capítulo.

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Eu acredito ser incoerente se a esposa já tivesse um caso com o amigo do trabalho (ou com outros), e ele irá embora do pais, dizer ao marido que queria um Vale Night exatamente com ele. Para mim não faz sentido. Seria somente ela sair com ele novamente e ponto final.

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Também concordo contigo, Id@.

Mas...

Aposto minhas fichas que ela e o P (vou chamá-lo assim por conta do Pinguim) tiveram um caso emocional, um marido do trabalho como alguns dizem. Não fizeram sexo, por isso o vale night, mas com certeza tinham uma ligação bastante próxima e até explica as mãos de ambos nas cinturas naquela fatídica noite.

Se o autor me permite, até imagino as diversas conversas, troca de confidências, chamegos, etc. Imagino um almoço onde ele tenha se declarado a ela:

- Sou apaixonado por vc desde a primeira vez que te vi. Mas sei que é casada, bem casada, e eu jamais teria coragem de desfazer uma coisa tão bonita que vcs têm. Mas daria meu braço direito para ter uma noite com vc.

- Kkkkk, você é um fofo, mas muito bobo... Kkkkkk.

Depois da doença, a "amiga" a incentivou a experimentar as "boas" coisas da vida e dar ao P uma chance pois todos sabem dos flertes entre eles. Ela com certeza e por diversas vezes disse que nunca trairia seu marido e a pu, quero dizer "amiga", a convenceu a pedir ao marido, pois se ele a amasse de verdade permitiria, caso contrário mostraria seu lado "tóxico e machista". A "amiga" só não contou que tudo tinha grande chance de dar merda.😂😂😂

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Também acho que houve algum apego emocional para que ela aceitasse o “conselho da amiga” e fosse ter este encontro com o “pinguim”

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Agora voltando a falar sobre o conto em si eu li todas as quatro partes e o que eu posso dizer é que temos aqui uma mulher completamente fraca e manipulável mas assim como no conto o estágio aonde tínhamos ali a dupla Sabrina e Michele, e aqui temos uma outra dupla, deixo claro aqui que mesmo sob influência a maior responsabilidade é da esposa porque ela tem oportunidade para negar isso, ela tem oportunidade para não desejar fazer o que fez com o marido e ainda foi lá e fez. Por mais honesto que ela tenha sido isso não cabe perdão, A não ser que nós tenhamos um arrependimento Genuíno dela o que nós não tivemos até o momento. Já o marido está tendo até o momento para mim um grande papel e também boas escolhas, ansioso pelos próximos capítulos.

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Eu estou aqui na oportunidade de ter lido aqui quatro capítulos desse encontro muito bom do GT Freire e eu posso dizer que foi um melhor do que o outro. Reações completamente coerentes e mesmo um conto que foi baseado em um relato do Reddit tem encontrado o seu próprio toque e para mim está ficando cada vez melhor eu estou ansioso para os próximos capítulos. Já conhecendo as opiniões do autor com relação aos contos que eu mesmo escrevo, e que sempre gosto das opiniões dele, vou adorar acompanhar esse em especial que para mim já está sendo muito bom

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O conto está ficando ótimo a cada capítulo,bem pelo menos restou um pouco de dignidade p ele, agora uma boa conversa com a filha,e recolher os cacos

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Parabéns pela historia. trata de forma muito peculiar o tema. Não deixou o conto descambar para um marido que se conforma com a situaçao criada pela esposa que tomando decisao unilateral, foi curtir a noite com outro. Pode ate haver reconciliação, mas o casamento nunca mais sera o mesmo. Excelente conto e nos faz entrar na historia, como se fosse o personagem principal. Aguardo o proximo capitulo. Parabens!!!!

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Meu caro GtFFreire que capitulo sensacional. Senti a angústia do Jorge tanto nos pesadelos da noite mal dormida quanto no dia seguinte que ele certamente esperava um arrependimento dela mas como não veio, só aumenta a angústia dele. E como ele diz que de cabeça quente é pior , realmente pois eu no lugar dele teria invadido o hotel e arrancado a vagabunda de lá . Parabéns pelo capitulo. Desde já feliz ano novo! Sucesso

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Parabéns!!! A história está intrigante. Vc está indo muito bem. Abraços.

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Seu texto é muito bom e a história deveras interessante. Já percebo muita coisa própria, autoral. Parabéns!

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Ainda bem que ele não esta fugindo da história original

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A história original se encaixa muito bem com os comentários que ele geralmente faz em contos alheios. Isso nos mostra a autenticidade dos valores do autor e inteligência na hora de escolher o conto perfeito para sua estreia no site como autor.

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Concordo, Lukinha. E como vc mesmo comentou em outro lugar aqui, a parte autoral dele está excelente e dá roupagem totalmente nova e inédita em relação ao Reddit. Aliás, ele mesmo disse que vai finalizar de forma diferente da original.

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Toda a atitude do marido já é diferente do relato do Reddit. Lá, no começo, o marido até pensa em dar o tal vale night, o que o destrói a decisão unilateral, a forma como a coisa é conduzida. O autor aqui, em nenhum momento, usa desse expediente, sendo totalmente coerente com suas visões de mundo sempre destacada nos comentários que faz.

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