Pedi Um Casamento Aberto e Meu Marido Me Surpreendeu 4.

Um conto erótico de Lukinha e Id@.
Categoria: Heterossexual
Contém 4044 palavras
Data: 20/11/2023 19:17:16

4. Esse tal de mundo liberal.

Laine:

O domingo começou cheio de expectativas e depois da sexta e do sábado que tivemos, Beto e eu estávamos numa sintonia muito gostosa, em clima de lua de mel. Sinceramente, eu já avaliava as possibilidades de forma mais consciente: o risco de uma relação liberal valia a aposta, arriscar tudo o que conquistamos? Ou era justamente essa nova possibilidade que tinha trazido de volta o fogo da nossa paixão?

Primeiro, pedi à minha mãe que ficasse com o pequeno, o que não foi difícil, pois todos os outros netos já estavam lá. Por já estar arrumado, e muito charmoso, com uma camisa de botões de manga curta, bermuda jeans e mocassins, a roupa perfeita para um churrasco diurno, Beto o levou. Ele não demorou a voltar. Estávamos ambos ansiosos, Beto mais calado, mas muito carinhoso e receptivo. Eu perguntei:

– O que você acha que vai acontecer? Além de pedir ajuda, o que mais você conversou com Alex e Carina?

Beto estava até um pouco tenso:

– Foi basicamente o que eu te disse. Se você tem essa curiosidade, precisamos conhecer, entender e só então decidir. Uma conversa com algumas dessas pessoas liberais pode ser o que precisamos.

Eu entendi, mas não achei que ele estava sendo justo:

– A curiosidade pode ter começado comigo, mas vai dizer que você também não está interessado em saber mais?

Honesto como sempre, Beto me surpreendeu:

– Não vou mentir, pois até pouco tempo atrás, eu jamais consideraria tal situação. Só que, ser um tirano, impor a você o que penso ser correto, seria o mesmo que obrigá-la a continuar comigo. Fidelidade, para mim, é uma escolha, não uma imposição. E eu escolhi conhecer e entender, antes de julgar. Se isso é ou não, para você, só você pode tomar essa decisão.

Antes que eu dissesse alguma coisa, enquanto me preparava para responder, ele concluiu:

– O mesmo vale pra mim. Por mais que eu ainda seja cético sobre esse negócio de vida liberal, casamento aberto, não custa nada ver com meus próprios olhos.

Senti um pressentimento ruim, como se Beto estivesse me testando, esperando para ver minha postura diante da situação. Cheguei a sentir um frio na barriga. Me vendo calada, pensativa, ele disse:

– De qualquer forma, precisamos ir. O Alex e a Carina estão nos esperando.

{…}

Beto:

Para mim, o belo reside na simplicidade e Laine sabia muito bem como me deixar satisfeito, se produzindo de forma respeitosa, como uma mulher casada, na ausência do marido, deve sempre fazer. Ela estava simplesmente linda com sua bata florida, short jeans mais largo e uma sandália rasteira. Por baixo, um maiô de corte tradicional.

Antes que perguntem, a resposta é não. Eu não tenho problemas com roupas curtas ou cavadas, biquínis menores e sensuais, mas contando que ela esteja ao meu lado, para que eu possa protegê-la de qualquer situação desagradável ou sujeito abusado. Por ser a única mulher, a caçula, de três irmãos, ela entende e respeita minha posição. Isso sempre foi uma coisa natural em sua vida.

Não demoramos a chegar na casa do Alex e da Carina e após os cumprimentos, eles logo entraram no carro. Alex me informou o endereço, eu programei o GPS e voltamos a rodar. Foi só então que eu descobri que tanto a reunião dos homens como a das mulheres, ocorreria bem próximas uma da outra, em chácaras vizinhas, de propriedade da mesma pessoa. Alex explicou:

– São chácaras que o dono aluga para eventos como casamentos ou aniversários. Foi a esposa dele que deu a ideia. Se tudo correr como o planejado, talvez possamos reunir todos mais para o final do dia. Tudo bem pra vocês?

Laine, mais quieta do que o normal, esperou eu responder:

– Tranquilo! Acho até melhor assim, saber que estamos todos pertos um do outro.

Carina quebrou o silêncio constrangedor entre ela e Laine:

– Vai ficar de bico mesmo? Não me arrependo de nada do que disse a você. E só disse por que quero o seu bem.

Numa atitude de muita humildade, Laine surpreendeu a todos:

– Eu sei, amiga. Me desculpa, tá? Beto me contou o que vocês estão fazendo por nós e eu me sinto até envergonhada por ter sido tão babaca com você. Prometo que vou melhorar, ouvir mais e aprender.

Carina sorriu satisfeita e Alex aproveitou para fazer uma confissão:

– Eu entrei nesse mundo liberal meio que de supetão, praticamente obrigado. Vocês acreditam?

Laine e eu nos olhamos, surpresos e curiosos. Alex continuou:

– Foi com uma ex. Eu ainda era muito novo e ela praticamente me chantageou a aceitar dormir com outras pessoas. Ela era uma ninfomaníaca, sério mesmo. Ela tinha sérios problemas de compulsão sexual. Para não a perder, acabei aceitando.

Carina, rindo, o encorajou:

– Conta tudo agora.

Alex deu um beijo na noiva e voltou a contar:

– Foi assim que conheci a Carina. Ela estava numa situação parecida, numa relação tóxica, e o namorado dela era um cuckold muito passivo, que cismou comigo. Ele praticamente me deu a Carina de presente. Louco isso, né? O amor da minha vida foi praticamente jogado nos meus braços.

Tentando entender, perguntei:

– Cuckold eu sei o que é, mas passivo? Como assim?

Laine estava curiosa também:

– Eu não sei. O que é Cuckold?

Carina explicou:

– Cuckold é o homem que gosta de ver a mulher com outro, o corno. Mas a grande maioria gosta de participar também. O passivo é aquele que apenas gosta de assistir, uma espécie de voyeur da própria companheira.

E completou:

– Se invertemos os papéis, temos a Cuckqueen, a mulher que gosta de ver seu homem com outra. E para terminar o básico, temos a hotwife, a esposa do Cuckold, a que garante o prazer do corno.

Ela brincou com Alex:

– Algo a acrescentar, corninho?

Laine parecia deslocada:

– Você chama seu noivo de corno?

Carina deu risada:

– É tudo fetiche, mulher. Não é pejorativo ou feito para denegrir. É apenas uma brincadeira.

Alex complementou:

– Na verdade, Carina não me chama assim, ela mesmo não gosta. Ela só está provocando vocês. Eu não ligo, mas muitos homens não gostam. Entre nossos amigos liberais, é uma coisa bem meio a meio. Uns não ligam, outros detestam e outros adoram. Vai de cada um.

Finalmente chegamos ao destino e alguns poucos casais já nos esperavam. Preciso dizer que a primeira impressão foi estranha. Alex e Carina desceram e foram cumprimentar os amigos. Sozinhos no carro, Laine perguntou:

– Temos mesmo certeza disso? Ainda dá tempo de desistir.

Fui direto:

– Desistir agora é perda de tempo. Eu não quero uma esposa frustrada no futuro, em dúvida se fez ou não a coisa certa. Estamos aqui, vamos em frente. Nós viemos conhecer e entender, nada além disso.

Descemos do carro e Alex nos apresentou ao pessoal. Eram três casais, ainda faltavam outros dois. As chácaras eram de frente uma para a outra e cada grupo seguiu seu caminho.

Dos três casais, um era mais velho do que eu, por volta dos quarenta anos. A mulher, muito bonita, uma morena de cabelos negros brilhantes, corpo e rosto perfeito, me comia com os olhos, deixando Laine emburrada. O marido, o dono das chácaras, um homem calvo, com uma leve barriguinha, mas muito simpático.

O segundo casal era da minha idade, talvez um pouco além dos trinta, um homem alto, em forma, mas não tão bonito. A mulher, uma loira tradicional, olhos claros e cabelo liso. Mas com o corpo muito malhado, mais musculosa do que eu, o que não me atrai nem um pouco.

O terceiro era mais jovem, um casal bonito, mas a mulher tinha cara de adolescente e o homem era franzino, meio tímido, quase não falava.

Me lembrei da cortesia e perguntei aos rapazes:

– E esse churrasco? Ninguém falou se precisava trazer alguma coisa? Como é feito o rateio?

Alex se aproximou:

– Geralmente é dividido, mas dessa vez um amigo resolveu pagar tudo. Ele deve chegar em breve. Não esquenta.

A chácara era bonita, um local totalmente preparado para eventos. Um salão coberto enorme e outro menor. Até a área da piscina tinha sua própria cozinha com churrasqueira coberta. Campo de futebol, espaço kids … era um ótimo local para entretenimento.

Nos instalamos na área da piscina e o homem mais velho, o Júlio, o dono do local, começou a preparar as carnes para o churrasco. Charles, o alto, marido da marombeira, iniciou o preparo de arroz e farofa. Lúcio, o novinho tímido e Alex, arrumavam as cervejas no freezer e já nos serviam.

Júlio iniciou a prosa:

– Alex nos contou sobre você, não se acanhe, pergunte o que tiver vontade.

Eu ainda não tinha uma pergunta específica em mente e Júlio percebeu. Ele disse:

– Antes de tudo, é bom você saber mais sobre o básico, os tipos de pessoas e casais que vai encontrar nesse meio. Aqui entre nós temos bons exemplos.

Ele apontou para o Lúcio:

– Assim como você, Lúcio pode ser classificado como curioso. Muitos casais têm curiosidade sobre o meio liberal e acabam investindo em algumas pesquisas e tentativas antes de necessariamente começarem a se divertir nesse estilo de vida. Alguns procuram o meio liberal para apimentar a relação, para realizar fantasias e fetiches ou porque amadureceram a relação a um ponto que querem experimentar coisas totalmente novas. Mas alguns deles ainda são curiosos e não partiram para prática do ménage ou swing, entre outras coisas, por não se sentirem seguros.

Júlio ajeitou o carvão na churrasqueira, colocou fogo e tomou um gole de sua cerveja. Ele voltou a falar:

– Em seguida, temos o Alex, o Charles e suas respectivas parceiras. Conhecem o meio, mas ainda são relativamente novos, apesar da boa experiência. São casais que já praticam o ménage e o swing há algum tempo e frequentam casas ou reuniões propícias para isso. Conhecem bem o meio liberal e estão dispostos a ter mais encontros e a ajudar casais iniciantes a evoluírem na fantasia com eles, ao mesmo tempo em que também anseiam sair com casais mais experientes para trocarem experiências.

Alex, Charles e Lúcio se sentaram ao meu lado. Júlio, esperando a churrasqueira atingir o ponto certo para colocar as carnes, também se uniu a nós:

– Por fim, eu e minha esposa. Nós já adotamos o meio de vida liberal há tempos, somos veteranos. Já passamos da fase da curiosidade, da adaptação e hoje vivemos tranquilamente com nossas escolhas. Temos uma vida social comum até para os padrões, nossas profissões e compromissos de família, mas sempre que podemos, separamos um tempo para nos divertir com outros casais ou com solteiros e sempre frequentamos casas de swing. Os mais experientes, como nós, costumam frequentar destinos turísticos que são específicos para as práticas liberais. Viajamos, nos divertimos e realizamos festas entre grupos de casais que fomos conhecendo no meio ao longo dos anos. Alguns, mais experientes como nós, estarão dispostos a apresentar as delícias e responsabilidades do mundo liberal aos iniciantes. Já outros, preferirão se relacionar apenas com outros casais que também sejam experientes. Nós já temos nossas regras definidas e não abrimos mãos delas, já que temos ideia do que cada um dos envolvidos pode ou não pode fazer e o que agrada a um e ao outro.

Júlio me deu uma verdadeira aula, esclarecendo minhas dúvidas de forma a não deixar nada passar.

Os dois que faltavam chegaram e para a minha surpresa, um deles, o Paulo, era um antigo parceiro de negócios. Ele veio direto até mim:

– Porra, Betão! Tu sumiu, cara! Tentei te ligar quando fiquei sabendo da situação na sua empresa, mas até o telefone você mudou.

Fiquei um pouco constrangido por encontrar um conhecido naquela situação e ele percebeu:

– Estamos entre amigos, pessoas de confiança. O que acontece aqui, fica aqui. Essa é a regra mais importante.

Paulo é um sujeito fora de série, poderíamos até ser mais amigos, mas a oportunidade nunca surgiu. Sua esposa, Patrícia, é uma mulher linda, uma deusa de ébano, uma preta de beleza marcante, talvez a mulher mais bonita que eu conheço. Uma ex modelo que fez muito sucesso antes de se casar. O único defeito do Paulo, para mim, era a proximidade que ele sempre tentou criar com Laine e todas as outras mulheres do nosso grupo social. Agora eu entendo o porquê.

O outro homem era um sujeito normal, nem bonito e nem feio, nem alto e nem baixo. Eduardo era o seu nome. Paulo sempre foi um sujeito direto, sem meias palavras. Ele falava o que vinha a mente:

– Fiquei sabendo que você está num puta emprego chinfrim, meia boca. Porra, meu irmão, por que não me procurou? Conversamos várias vezes sobre uma nova parceira e você me apronta uma dessa? Não aceito! Pode sair fora daquela merda e vir trabalhar comigo.

Me puxando de lado, para que os outros não ouvissem, ele disse:

– Fiquei sabendo o que aconteceu. Se quiser, a gente vai atrás daquele rato do seu ex-sócio. Ele manchou a sua reputação, mas eu te conheço, sei quem você é de verdade. Falo sério, largue aquele emprego de bosta e vem trabalhar comigo. Eu preciso de você.

Fiquei feliz pelo reconhecimento, eu precisava muito daquilo, me fez bem. Mas aquele não era o lugar e nem a hora para falar de negócios. Voltamos para perto do pessoal. Lúcio, o novato, mantinha o copo de todos abastecidos e o cheiro da carne assando já tomava conta do ambiente. Alex fez as honras:

– Agora que estamos todos aqui, e como todos temos fetiches diferentes, e como combinado, eu gostaria que cada um contasse um pouco da sua experiência para o Beto. Assim, ele pode entender melhor o nosso meio. Júlio já deu uma boa explicação geral sobre como funciona, mas cada um tem suas próprias preferências.

Todos pareciam respeitar muito o Júlio e ele foi o primeiro a falar:

– Eu sou o Cuckold, ou corno, tradicional. Eu sinto prazer em ver minha mulher tendo prazer. Posso participar ou não, depende dela. Não faço feio, mas não sou um homem tão bem-dotado, por isso tenho um fetiche mais exclusivo, gosto de vê-la se divertindo com homens, como posso dizer, de grosso calibre. – Todos demos risada. – Nesse mundo, são elas que dão o tom, elas que escolhem geralmente. Para o homem é mais fácil, a gente se diverte com qualquer buraco. Elas são mais seletivas.

Em seguida, Paulo falou:

– Minha mulher é bissexual, como uma boa parte de todas as mulheres do nosso grupo. Geralmente, por escolha dela, praticamos mais o ménage, sempre com outra mulher. Alex foi o único com quem ela já esteve, além de mim, e foi apenas uma vez. Pessoalmente, eu até curto a troca de casais, mas ela é do jeito que é, então, no nosso caso, ela é a Cuckqueen, a versão feminina do Cuckold.

Eu interrompi:

– Entendo! O Alex e a Carina me explicaram essa parte, esse negócio de Cuckold e Cuckqueen.

Paulo continuou:

– Ela gosta de me ver com outras e participar. Eu até a incentivo a se soltar mais, mas ela tem as próprias preferências e eu respeito. Se ela está feliz, para mim é o suficiente.

Em seguida, Charles:

– Eu sou o corno total. Meu prazer é ver minha mulher se divertindo. Não importa se junto comigo ou não. Ela tem total liberdade para suas aventuras. Se ela pedir, até participo, mas prefiro apenas assistir. Se é um parceiro que temos confiança, ou como dizemos, um comedor, ela gosta de me provocar e, dependendo do dia, e do comedor, rola até uma humilhação, mas de leve.

Eu arregalei os olhos, surpreso pela revelação. Charles se explicou:

– É tudo parte do fetiche e só acontece naquele momento. No dia a dia, minha esposa é uma parceira incrível, até um pouco submissa na verdade. Acho que ela faz isso pra compensar, pra se sentir melhor.

Depois, Eduardo:

– Eu entrei nesse meio após várias decepções amorosas e traições. Cheguei a perder a confiança na relação tradicional e desiludido, acabei conhecendo o meio e me encontrando. Conheci minha esposa numa casa de swing e antes de ficarmos juntos, fui um dos seus comedores. O marido não valia nada e sempre a traía, me usando para dar suas escapadas. Éramos amigos, mas depois de anos sentindo na pele o que ele estava fazendo com ela, contei tudo e eles se separaram. Ele acabou sendo excluído por todos que souberam da situação. Nunca mais o vimos, ele sumiu no mundo.

Só faltava o Lúcio. Enquanto Júlio servia a primeira leva de carne, ele disse:

– Eu e minha esposa estamos na mesma situação que você, conhecendo e aprendendo. Vou ser honesto, a verdade é que eu não consigo dar conta de todo o fogo que ela tem. Eu gostaria, mas realmente não consigo. Prefiro dividir a perder. Fui eu quem sugeriu que entrássemos para o mundo liberal. Nós nos amamos e eu prefiro correr o risco. Não imagino minha vida sem ela.

Paulo perguntou:

– Mas qual é o seu fetiche? Tem algum?

Lúcio não correu:

– Pensando bem, acho que estou mais para o lado do Júlio. Hoje já me imagino tranquilo ao pensar nela com outro, assistindo ou participando, tanto faz. Se ela estiver feliz e satisfeita, eu também estarei.

Para descontrair, Júlio implicou com Alex:

– Acho que você vai perder o posto de comedor principal. A mulherada ficou doida ao ver a foto do Beto. Estávamos todos juntos ontem e Carina não perdeu tempo na propaganda.

Alex não deixou barato:

– Como diz o ditado: se organizar direitinho, todo mundo se diverte.

Meu ego agradeceu, mas eu precisava diminuir o ímpeto do pessoal:

– Eu não sei se essa vida é pra mim, mas estou surpreso por vocês serem tão abertos e dispostos a me ajudar. Obrigado a todos, saibam que eu agora tenho as informações necessárias para tomar a melhor …

Paulo me interrompeu:

– Não! Ainda não. Falta a parte mais importante. Você só vai entender de verdade após uma visita ao swing. Sem entrar numa casa de swing e ver como tudo funciona na prática, o ambiente, as pessoas, você não viu nada ainda. Espere e confie.

{…}

Laine:

Fiquei apreensiva em me separar do Beto, mas Carina logo me acalmou:

– Venha! Temos muito o que conversar.

As três outras mulheres me receberam muito bem. Silvana, a mais velha, uma mulher madura, mas muito bonita. Tendo quase o dobro da minha idade, eu seria uma felizarda de chegar a sua idade em tão boa forma. Ela e seu marido eram os proprietários da chácara.

Daniela era uma loira de belos traços, aquela mulher grande e malhada que os homens costumam chamar de cavala. Tudo nela era ão: bundão, peitão, coxão, bocão … com certeza, uma aficionada por academia. Foi ela que despertou a minha curiosidade semanas atrás, revelando o “segredo” do Alex e da Carina.

Amanda tinha jeito de adolescente, uma verdadeira ninfeta: carinha de menina, corpo de mulher. Mas assim como todas as outras, muito bonita também.

A surpresa ficou por conta da chegada de Patrícia, que eu já conhecia e até me surpreendi ao saber que ela era uma mulher liberal:

– Você, hein? Quem diria?

Patrícia me deu um abraço carinhoso:

– Desculpe querida, mas isso não é o tipo de coisa que a gente sai falando por aí. Principalmente naquelas festas e coquetéis de negócios que frequentamos.

Carina se aproximou de nós:

– Vocês já se conhecem? Nossa, como esse mundo é pequeno.

Patrícia explicou:

– Nossos maridos são colegas, diria até amigos. Laine e eu sempre nos encontrávamos naqueles jantares e reuniões enfadonhas. Éramos a companhia uma da outra. Eu até gostaria que ficássemos mais próximas, mas como viajávamos muito, acabou não acontecendo.

Patrícia é incrivelmente linda. Tudo em seu corpo é perfeito. Esbelta, de pernas longas, e por ter sido modelo, sua postura é impecável. Ela é a mulher que toda mulher sonha em ser. Eu também gostaria que tivéssemos nos aproximado mais, mas acabou não acontecendo.

Junto a Patrícia, chegou também Gabriela. Outra mulher bonita, de formas invejáveis, longos cabelos negros e corpo espetacular. Eu começava a me preocupar, pois o nível das mulheres estava bem acima do nível dos homens. Só uma louca trocaria o Beto por qualquer um deles.

A nossa reunião tinha uma chef exclusiva para nos servir e não era um churrasco como o dos homens. Nossa chef também era uma liberal, mas solteira, uma amiga pessoal do casal dono da chácara e amiga de todas ali. Sua comida era deliciosa, feita em porções, com o vinho certo para harmonizar. Tudo estava ótimo.

Assim como aconteceu com Beto, Silvana me deu uma aula sobre vida liberal e cada uma das meninas falou sobre seus desejos e fetiches. Descobri que a bissexualidade era uma coisa bastante comum entre mulheres liberais e três delas – Patrícia, Carina e Amanda – se relacionavam entre si.

Confesso que na época da faculdade eu tive minha dose de curiosidade bi, chegando a me relacionar com duas colegas, mas há muito eu não pensava nisso. Será que eu agora, depois de casada, e gostando muito de uma rola, teria coragem e desejo de voltar a me relacionar com mulheres? Não era uma coisa que eu poderia descartar tão facilmente, merecendo uma avaliação mais criteriosa. Mas, a primeira pancada veio de onde eu menos esperava. Patrícia, me olhando nos olhos, disse:

– Eu raramente sinto vontade de estar com homens, além do meu marido, lógico. Aqui no nosso grupo, até hoje, eu só estive com o Alex. Mas o Beto é um caso a se pensar.

Eu engoli seco. Ela continuou:

– Me desculpe amiga, mas aqui a sinceridade é obrigatória, não temos segredos entre nós. Somos sempre muito diretas.

A pancada veio sem dó:

– Que puta homem gostoso é o teu marido. Imagina aquela barba roçando a pele, aqueles brações nos pegando … chego a ficar molhada já.

Carina não ficou atrás, brincando com Patrícia:

– Opa, pode parar! Se lembre que a prioridade é minha. É no meu Alex que essa safada da Laine está de olho.

Eu me sentia murchando, acordando para a realidade ao meu redor. Tentei argumentar:

– Calma aí, gente. Não é bem assim. Estou curiosa, não nego, mas Beto e eu ainda não decidimos se é isso que queremos para nós.

Silvana, sempre muito cortês, disse:

– Esse é um espaço sagrado. Tudo que falamos aqui, fica aqui. Relaxe e se solte, querida. Não precisa se preocupar.

Carina enfiou o dedo na ferida de vez:

– Teu homem é um gostoso mesmo, essa é a verdade. Você achou o quê? Que ia brincar com o meu e deixar o seu guardado? Esse caminho é uma via de mão dupla, os direitos são para os dois lados.

Para aliviar a tensão, Daniela entrou na conversa:

– Via de mão dupla dependendo da pessoa. Meu marido não pensa assim.

Todas riram, mas eu ainda estava atordoada pelas palavras de Patrícia e Carina. Até aquele momento, eu não tinha me ligado para a grande verdade. É claro que iriam cair matando em cima do meu Beto. Será que eu estava preparada para isso?

Carina estava realmente a fim de me testar:

– Seja honesta, porque eu também serei. Quando você soube que eu e Alex éramos liberais, você logo pensou bobagens, não é? Um cara bonito, cavalheiro, que cuidou de você … isso desperta mesmo o desejo. Eu entendo, Alex é irresistível mesmo, muito bom amante e mexe com todas aqui

Errada ela não estava, mas eu não poderia dar o braço a torcer tão facilmente. Carina não parou:

– Quando eu conheci o Beto e soube que ele aceitou conhecer nosso estilo de vida, eu vibrei, não vou negar. É uma troca muito justa, o loiro pelo moreno. Ninguém sai perdendo.

Carina estava me levando ao limite:

– Resolvi que vou te ajudar. Eu sei o quanto é difícil para nós mulheres, depois que a curiosidade se instala, pensar em outra coisa. É instintivo, difícil negar os desejos que tomam conta da gente.

Senti a pressão, fiquei irritada e saí da mesa, me afastando de todas, tentando me acalmar para não pular em cima da Carina e fazer um estrago naquela cara de sonsa com que ela me encarava. Após alguns minutos, Silvana veio falar comigo:

– Como eu disse, aqui somos todas honestas, doa a quem doer. Se você não aguenta uma simples verdade, talvez essa vida não seja mesmo para você.

Continua.

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Comentários

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Massa Lukinha e Ida, barril, Laine acha que só ela vai se lambuzar.

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Agora a Laine ficou brava! Pois se foi ela mesmo a primeira a tocar nessa ferida de casal liberal. Acontece que todas estão de olho no marido dela né! Ao longo destra trama muito bem articulada , Laine errou muito indo trabalhar e indo para balada com aquelas falsas amizades, e agora fica bravinha porque todos estão de olho no marido dela! ⭐⭐⭐💯 A coisa tá pegando fogo!!tá bom demais , agora e aguardar mais postagens desses dois feras do CDC. Minha ansiedade vai a mil!

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Vou deixar aqui meu obrigado a todos pela leitura, pois não está dando para responder individualmente. Valeu!

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Ola até agora perfeito! E com pouco sexo há mistura! Quando vier ainda melhor vai ficar! Já escrevi alguma coisa mas nem de perto nem de longe chego a ti! Parabéns pela forma como escreves! Muitos de nós homens pensamos nisso as mulheres não sei mas será que é mesmo como dizes ou estudaste o assunto para poderes relatar de forma tão convincente! É que estou a ganhar coragem de pôr a minha mulher a ler este conto pois é um não assunto para ela!! Muitos parabéns e fico a aguardar a continuação!!

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MonstroMedina e Umbelina, se der tempo, amanhã, se não, quinta.

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Eita fedeu kkkkk ela achou mesmo que ia ser facil a mulherada da doidas no marido dela kkkkkkk parabéns o conto e maravilhoso

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Foi bom praostrar pra esposa malandra que quer influenciar o marido, que é uma via de mão dupla, pau que dá em Chico, também da em Francisco

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Hehehe! As mulheres não perdoam mesmo! Jogaram logo foi no ataque, acho que a Laine está "acordando pra vida", mas acho que ela realmente estava pensando que só ela teria "direitos" e que o Beto iria ficar "de escanteio" até que ela se divertisse! Parabéns à dupla pela excelente obra!

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"Se você não aguenta uma simples verdade, talvez essa vida não seja mesmo para você."

Vrau! Eu acho que uma facada ia doer menos...

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Lukinha que parte da saga interessante amei nota mil parabéns

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Essa Laine vai se arrepender amargamente!

Kkkkkkkkkkk

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É, o jogo virou kkk.

Acho que é muito menos difícil pra mulher entrar nessa vida do que o homem. Homem tem aquele negócio de posse ( é minha mulher) sem contar quando a "ferramenta" não é tão grande da aquela impotência no cara e se o outro ainda for um amante melhor que o marido as chances de separação são enormes, há não ser que o marido tenha o tensão em ser cuckold mas se for só liberal mesmo a maioria dos homens não aceitam continuar. Mas se for pra entrar como o outro personagem só pra não perder a companheira pra mim já é dependência psicológica e isso não é saudável.

Tem um outro autor com boas histórias que disse a seguinte frase: prefiro dividir filé mignon do que comer mercado sozinho.

Eu discordo dizendo prefiro comer alcatrão ou colchão mole sozinho do que dividir filé mignon.

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Essa história está a cada capítulo melhor! A coisa ta pegando 🔥 para Laine e ela tá vendo 🌟🌟🌟 do golpe que sofreu kkk.

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Justamente nesse capítulo que eu estava pensando agora a noite e tentando imaginar como seria essa reunião dos Clubes : 1 Do Bolinha ( Homens) 2 Da Luluzinha ( Damas) chagou a notificação desse capítulo. Sensacional,e como disse o leitor AqueleOutro2 " Pimenta nos olhos dos outros. " . Agora a sujeita sentiu o golpe kkk. Parabéns Lukinha !

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Gente, o Mark tinha me falado, mas é muito melhor do que eu pensei.

Parabéns!

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O casal "Manda" também está "mandando" super bem. Estou acompanhando.

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