Escola de Escândalo - A Barbie

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2290 palavras
Data: 16/05/2023 13:11:52
Última revisão: 17/05/2023 21:13:32

Eu levava uma vida boa, muito boa.

Não me faltavam convites e agitos, sempre havia uma balada para ir ou um encontro entre amigos marcado e minha agenda vivia cheia.

Quanto aos estudos, bem, o cursinho supletivo não é lá muito exigente, é basicamente decorar coisas e passar nas provas, o que eu fazia sem maiores dificuldades.

Desta maneira até sobrava algum tempo para os garotos. Sim, eu diria que havia menos tempo que interessados, assim que eu era razoavelmente seletiva neste campo.

Não importava que uma horda de garotos andasse atrás de mim com pedidos, presentes ou propostas, sempre valorizei mais a qualidade que a quantidade - e não podia reclamar das opções de namoradinhos que possuía.

O fato é que ser bonita e gostosa foi extraordinário nos últimos anos. Reconheço que, à parte do assédio constante, isso me ajudou muito e abriu as portas da alta sociedade estudantil para mim.

Mas agora, já no último ano, confesso que estava ficando meio chato. Não é que eu estivesse cuspindo no prato em que comi, nada disso, mas tudo era tão fácil e tão óbvio que eu me vi desanimada dos programas sociais, do estudo e, principalmente, dos garotos.

Eu já nem tinha vontade de sair com os amigos, dava desculpas cada vez menos convincentes, dizia que tinha que estudar para alguma prova ou fazer algum trabalho, quando na verdade eu fazia cada vez menos esforço e minhas notas se limitavam a ser suficientes para não reprovar.

Acho que é isso o que chamam de depressão, mas eu jamais confessaria este sentimento a ninguém.

Chegou então aquela tarde em que estava aérea esperando a aula começar, quando o vi entrando na sala para ocupar um lugar na primeira fila.

Era bem desajeitado, deixou o estojo cair, se abaixou para pegar e terminou derrubando os livros, foi recolher e derrubou o estojo novamente.

Achei um pouquinho fofo.

Ele era magrelo, branco como um papel e tinha espinhas na cara. Céus, porque os meninos não fazem tratamento de pele?

Seu jeito tímido e introspectivo lhe conferia um ar misterioso. Ninguém percebia isso, é claro, afinal ele era só mais um em meio a tantos.

É mais, eu mesma nem sabia que ele fazia parte da turma, em mais de seis meses de aulas e sequer havia notado sua presença até então. Só reconheci o garoto quando ele quis responder alguma pergunta da professora, e uma chuva de bolinhas de papel caiu sobre ele.

Sim, aquela voz eu reconhecia, era o CDF da turma, o cara chato que sempre respondia tudo - e que sempre recebia a chuva de bolinhas por isso. Normalmente eu nem daria bola, se o cara é chato a turma não perdoa e o problema é dele.

Ademais, o meu status de musa suprema e mais gostosa de todas se veria comprometido se eu começasse a levantar bandeiras de respeito e igualdade entre um bando de adolescentes.

Para ser sincera, eu nem havia notado, mas a aula acabou e eu passei o tempo todo prestando atenção nele.

Os dedos longos e nervosos tentando anotar tudo, a roupa feia e fora de moda, meias com desenhos do Dragon-Ball Z, o cabelo meio ensebadinho e mal cortado…

O garoto era um desastre, mas parecia não estar nem aí para tudo. Sim, ele parecia estar acostumado a ser motivo de chacota, mas não dava a menor bola. De certa forma, ele aparentava ser…

Superior!

Quando ele levantou-se para sair, já não restava quase ninguém e eu ainda estava ali, sentada, observando. Disse um “tchau” e ele nem notou.

Caralho, ele nem notou que eu falei com ele!

Como assim? Ninguém me ignora!

Mas afinal, quem esse merdinha pensava que era?

Saí do cursinho pisando duro, puta da vida. Mal cheguei em casa e já estava determinada: O sangue voltara a correr em minhas veias e eu faria aquele moleque comer o pão que o diabo amassou!

No dia seguinte, eu caprichei como poucas vezes o fizera.

Minha beleza é natural, nem preciso me emperequetar, mas mesmo assim coloquei meu batom preferido, cílios postiços e um pouco de rouge para ressaltar os cabelos loiros.

Uma mini saia bem justinha que me deixava com uma bunda ainda mais gostosa e uma blusinha de flores meio simples, mas que possuía um decote enorme, ressaltando o belo par de seios que a mamãe natureza me deu.

Cheguei cedo e sentei logo na primeira fila, bem ao lado de onde o bostinha do CDF costumava ficar. O tempo passava lentamente e o garoto não aparecia.

Eu queria ver só, ah, se queria!

Ele ia ficar babando em mim, nem iria conseguir prestar atenção na aula. Eu esperaria pacientemente, até que ele não aguentasse mais e puxasse algum assunto idiota, provavelmente sobre a matéria.

Daí eu o faria sofrer, ignorando-o completamente. Talvez até comentasse com a turma que havia algum zumbido me incomodando ali.

Ele receberia a usual chuva de papéis e uma vaia de todos, seria humilhante!

Caralho, já repararam como o tempo parece não passar quando se está esperando alguma coisa?

Daí o carinha chegou e sequer olhou para mim.

Durante a aula, ficou falando com a professora, fez várias perguntas que eu nem entendi e levou bolinhas de papel na cabeça, mas fez que nem era com ele.

Ao terminar a aula, as pessoas iam se levantando e saindo, eu ali ainda esperando qualquer comentário da parte dele, mas o carinha só guardava suas coisas e não tomava nenhuma atitude.

Eu queria dar uns tapas nele, xingar uns belos palavrões e esculachar de tal maneira que ele nem voltaria mais ao cursinho, mas na hora em que falei, só consegui dizer: “Nossa, que dedos longos você tem! Eles deixam suas mãos mais… Belas!”

Agora era oficial, eu queria me matar. Que idiotice foi essa de “mãos belas”?

Para piorar, o CDF olhou para mim surpreso, piscou os olhos umas três vezes e olhou em volta, não acreditando que eu estava falando com ele.

Em resposta, só disse um tímido “Obrigado.”

Daí agarrou a mochila e saiu todo apressadinho, como se fugisse de mim. Merda, qualquer cara mataria para chamar minha atenção, mas esse merdinha de CDF tinha medo de mim!

Como alguém podia ser tão fofo?

Naquela noite havia uma festa das boas, o Mau e alguns amigos haviam conseguido birita e um par de baseados, mas eu não senti a menor vontade de ir.

Fiquei em casa, queria estudar a matéria do dia seguinte, só para impressionar o medinha. Eu iria derrotá-lo usando suas próprias armas! O pior era que, quanto mais eu estudava, mais eu pensava no idiota.

Imaginei aquelas mãos de dedos compridos me acariciando, passeando pelo meu corpo, segurando minhas nádegas e apertando meus mamilos rosados, para então se encaminharem até o parquinho de diversões, se introduzirem na calcinha, tocarem meu grelinho já duro como uma pérola, afastarem meus lábios e se introduzirem ne meu sexo.

Aquilo era excitante, eu estava muito molhadinha, sentia um tesão profundo…

Ah não, eu estava fantasiando com o verme de livros da turma!

Estava imaginando como seria seu membro, a julgar pelos dedos deveria ser bem dotado, pelo menos uns vinte e dois centímetros, provavelmente circuncidado, uma delícia de lamber, de correr meus lábios por sua extensão, dar uma chupada no saco…

Os moleques se amarram nisso, ele deveria sentir prazer também, ia pedir para me comer, ia implorar por isso, daí eu faria alguma cera dizendo que não.

Mas terminaria cedendo, sim, eu iria dar para ele, ia ficar de quatro e dizer para o CDF me comer, para meter fundo na minha bucetinha branquinha de pelinhos loiros…

Ele começaria devagar com movimentos lentos e longos, metendo cada vez mais um pouquinho até me empalar com aquele pauzão já grosso de tão inchado, ele me preencheria e alargaria minha bucetinha, eu gemeria sensualmente de tesão até deixar o cara louquinho!

Ele perderia o controle e me comeria com vontade, ia meter o cacetão com gosto, o ar se comprimiria dentro de meu sexo e eu começaria a peidar pela buceta a cada estocada!

Eu iria morder a fronha de tanto prazer, ia xingar ele de filha da puta e dizer que ele estava me arrombando, que eu não prestaria mais para nenhum outro homem, que eu seria dele e somente dele, para sempre!

Juraria que quando ele quisesse me comer eu daria, sim, eu treparia com ele uma e outra vez, sempre que ele quisesse!

Minha mãe entrou na sala e eu tive que me recompor rapidamente, foi difícil para caralho, eu estava justo me masturbando e no auge do prazer, tendo orgasmos múltiplos e com tudo molhado entre as pernas.

Acho que ela sacou, provavelmente sacou tudo - minha mãe não é boba.

Ficou olhando para mim com um ar curioso, uma das sobrancelhas levantada e um meio sorriso no rosto. Quando finalmente resolveu falar, apenas disse: “Filhota, já está tarde. Vai dormir para prestar atenção na aula amanhã!”

Foi uma noite turbulenta.

Creio que minha mente ficou travada na fantasia que construí com o CDF, várias vezes tive sonhos estranhos, me dá um pouco de vergonha confessar.

As imagens são pouco nítidas, até mesmo confusas, acordei tendo flashes dos sonhos misturados que me deixavam arrepiada, tremendo e oscilando entre o puro tesão e o medo absoluto.

Hora eu estava amarrada e suspensa no ar, com as pernas afastadas por correntes nos tornozelos. O CDF introduzia coisas vibratórias em mim que me faziam ter orgasmos seguidos, rendida e sem possibilidade de escapar, enquanto ouvia sua voz dizendo num tom malicioso: “Isso, minha putinha, goza para o seu dono!”

Noutra vez, eu me encontrava inclinada, a cabeça e os pulsos presos por correias numa trave de madeira, enquanto o carinha me comia por trás dando tapas em minhas nádegas que as deixavam vermelhas, dizendo que todas as vadias dele davam o cú sem questionar e que comigo não seria diferente.

Havia ainda uma sequência onde eu tinha uma mordaça na boca para não gritar, ele tinha uma máscara de látex negra no rosto mas eu sabia quem era.

Enquanto me fazia inclinar sobre mim mesma puxando-me pela nuca, estava dilacerando minha bucetinha com aquele pauzão grosso dele, cuspindo em minha cara, apertando com força os meus seios, xingando-me de lasciva incontrolável.

Haviam também imagens onde eu estava amarrada de pé, as mãos e os pés afastados em xis, pregadores de clips torturando meus mamilos, ele me açoitando e agarrando minhas partes, trazendo um sorriso sádico no rosto e dizendo que eu havia de ser castigada para aprender a ser obediente.

De onde saíra tudo aquilo?

Eu nem era chegada nessas coisas de sadomasoquismo, achava meio grotesco sentir prazer sendo humilhada, mas o fato é que o medo de não saber o que aconteceria me fazia tremer de desejo por aquele cara estranho e misterioso.

Merda, eu estava completamente dominada, eu precisava ser dele, eu queria que o CDF me usasse, que fizesse comigo tudo o que quisesse.

Não me importava mais o meu status de musa intocável, a opinião dos colegas de classe, a vergonha pública de pertencer a um pária social, nem o vexame de ter que explicar tudo aos meus pais.

O CDF entrou não sei como na minha cabeça e era para ficar, sim, ele jamais iria embora, ele seria o meu mestre e eu sua escrava, eu daria tudo, a buceta, a boca, o cú, eu daria tudo para ele e somente para ele!

Ou não…

Talvez eu estivesse ficando louca, o cara nem falava comigo, sequer sabia de minha existência, me ignorava completamente.

E eu ali, pensando nas piores humilhações que ele poderia fazer comigo, é mais, querendo e desejando que ele fizesse tudo aquilo!

Sim, talvez eu devesse mesmo era pedir para me levarem a um psiquiatra, fazer análise, tomar remédios, virar um vegetal. Nada daquilo fazia o menor sentido e deveria ter algo muito errado comigo.

Foi neste misto de sentimentos contraditórios que eu coloquei umas calças jeans folgadas que eu odiava e uma jaqueta grossa que cobria todo o resto do meu belo corpo, que nem pintei o rosto e prendi os cabelos num rabo-de-cavalo desleixado, que nem sei como cheguei na escola e me sentei na primeira fila.

Eu tinha medo e desejo do que faria quando ele chegasse, mas, intimamente, rezava para que tudo passasse e minha vida voltasse ao normal.

Ele chegou estabanado como sempre e sentou-se ao meu lado. Vendo minhas olheiras profundas pela noite mal dormida, deu um sorriso tímido e contido, dizendo: “Bom dia. Você hoje está linda.”

Eu tremi da cabeça aos pés: ele havia falado comigo! Ele disse que eu era linda!

Não consegui maior reação que retribuir o sorriso e agradecer com uma voz baixa e submissa: “Obrigada.”

Passei a aula toda nervosa, assustando-me a cada ruído que a turma fazia, pensando nos pesadelos que tive à noite e sentindo a presença marcante do CDF na carteira ao lado.

Ao final, quando a sirene da saída tocou, enquanto ele recolhia suas coisas e eu estava paralisada como uma estátua, ele olhou para mim novamente e disse: “Talvez a gente devesse tomar um café qualquer dia desses. Isso é, se você não se incomodar de conversar comigo.”

Fudeu. Fudeu, fudeu e fudeu!

Ele me chamou para sair, foi isso? Ele queria mesmo me conhecer?

Ah, ao caralho com os psiquiatras e os remédios!

O CDF iria me comer, eu iria dar para ele como ninguém jamais havia dado, e ele seria só meu!

Ou não, eu é que seria só dele, sei lá…

Nota: A minissérie “Escola de Escândalos” é um spin-off da 1ª temporada da “Saga Zóio”. Confira os capítulos ilustrados de todos os contos em https://mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Essa é a visão daquela mina q o cdf comeu na sala vazia? Kkkkk

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Kkkk, Anjo, tu vai pirar com isso! Relaxa, segue o flow, o próximo conto é narrado pelo próprio CDF - um CDF de verdade, não o tarado da Saga Zóio, rs.

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🤯🤯🤯🤯

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Dá uma lida lá no meu blog, eu explico essa minissérie numa página chamada “Sobre a Minissérie Escola de Escândalo”.

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