Humilhada e dominada pelo desafeto do meu marido - Final (Parte IV)

Um conto erótico de Alê
Categoria: Heterossexual
Contém 3662 palavras
Data: 28/03/2023 12:08:00

Eu mal podia acreditar no que estava vendo. Fiquei encarando o teste de gravidez por horas, com meu coração acelerado e a mente em um turbilhão de pensamentos. Como isso tinha acontecido? Nas últimas semanas, estive com meu marido e também com o Ricardo, o chefe dele, e agora era impossível saber de quem era o bebê.

O tempo era uma bomba relógio. Eu sabia que precisava contar a novidade para o meu marido, mas não podia dizer a ele toda a verdade. Não queria magoá-lo ou destruir o nosso casamento. Embora acreditasse estar fazendo a coisa certa ao manter o segredo sobre minha traição com o chefe dele, isso não tornava as coisas mais fáceis. Eu só esperava que tudo desse certo e que pudesse manter esse segredo pelo bem de todos.

Esperei meu marido voltar do trabalho e, com as mãos trêmulas, mostrei o teste de gravidez. "Amor, estou grávida", disse, antes de começar a proferir o discurso que havia planejado. "Eu sei que isso é uma surpresa, mas quero que saiba que eu te amo muito e que esse bebê chegou antes do que planejamos. Mas o que mais quero é ter uma família com você."

Eu esperava muitas coisas da reação dele. Talvez ele ficasse chocado, afinal era algo que ia mudar nossa vida para sempre. Talvez ele ficasse em êxtase, já que ele desejava muito ser pai. Mas eu nunca seria capaz de prever a reação real que ele teve. Ele começou a gritar comigo, furioso. Eu fiquei confusa, tentando acalmá-lo, perguntando o que estava acontecendo. Com um olhar cheio de raiva, ele confessou que era infértil e nunca poderia ter filhos.

Eu fiquei em choque. Como era possível que ele tivesse guardado esse segredo por tanto tempo, quando tínhamos conversado tantas vezes sobre família e nosso futuro juntos? Apesar de eu implorar para que ele ficar e conversar, meu marido saiu imediatamente de casa, batendo a porta com força. Eu ouvi seus passos ecoando pela rua enquanto eu, parada na porta, fiquei sem saber o que fazer a seguir. Eu tentei ligar para ele, mas ele não atendeu. Depois desesperada eu comecei a mandar mensagens, mas não recebi nenhuma resposta.

Eu mal consegui dormir aquela noite. Quando acordei, eu estava um bagaço. Parecia que eu tinha lutado contra o Mike Tyson por 8 rounds seguidos. Eu me sentei na cama, olhando para o celular. Finalmente, recebi uma mensagem dele extremamente lacônica: "Quem?". Minha mente começou a divagar em várias possibilidades, enquanto eu tentava pensar em uma resposta adequada sabendo que revelar a verdade da minha traição acabaria com qualquer chance de receber o perdão do homem da minha vida.

Meu primeiro instinto foi mentir. Eu sabia que, ao revelar que tinha transado diversas vezes com o chefe dele, a pessoa que ele mais odiava na Terra, eu apenas o atormentaria. No entanto, eu havia jurado lealdade a esse homem perante Deus, continuar mentindo seria mais uma traição. Sentia-me dividida entre contar a verdade completa e aceitar as consequências, ou inventar uma história. Por fim, decidi deixar o destino decidir por mim com uma moeda. Cara eu contaria a verdade, coroa eu inventaria uma história.

Joguei a moeda uma vez, cara. A contragosto peguei o celular para contar para meu marido a verdade, mas meus dedos não digitavam a mensagem. A moeda deveria estar errada, tentei de novo, e novamente deu cara. Peguei o celular, escrevi e apaguei trezentas vezes a mesma mensagem. Mesmo se eu quisesse não conseguia fazer isso. Fui para minha tentativa final, não era possível o destino querer tanto que eu mandasse aquela mensagem. Joguei pela terceira vez a moeda, e pela terceira vez a moeda caiu mostrando a face da senhora Liberdade. O destino realmente queria que eu mandasse a mensagem com a verdade completa para Pedro.

Contei para meu marido tudo sem poupar nos detalhes. Quem era o meu amante, quantas vezes nós saímos, quando tudo começou. Eu pensei que ele me bloquearia para sempre, e essa seria a nossa última conversa. Mas, surpreendentemente, ele me pediu para encontrá-lo pessoalmente na noite seguinte, em um endereço que eu não conhecia.

Eu estava apreensiva. Havia um medo latente de que o encontro fosse uma emboscada. Quando finalmente cheguei ao local marcado, um motel esdrúxulo no centro da cidade, Pedro não estava lá. O lugar parecia ter saído de um filme de terror, com paredes sujas, móveis velhos e um cheiro de mofo insuportável. Esperei por quase uma hora, ansiosa, sem saber o que iria acontecer ali. O tempo parecia não passar e a minha mente não parava de imaginar o pior.

Quando finalmente ele apareceu, ele estava totalmente diferente do que eu lembrava. Suas roupas estavam amassadas, sua barba estava por fazer e ele parecia estar embriagado. Ele começou a conversa me humilhando e me xingando, deixando claro que eu era para ele a pessoa mais nojenta do mundo. Doía como uma faca cada palavra que vinha da boca dele, mesmo sendo tudo verdade.

Ele começou a se acalmar, parecia que tinha colocado tudo que tinha para fora. Ficamos em silêncio por um longo período, até que Pedro me encarou e disse: "Você vai marcar um encontro com Ricardo e obedecer a tudo o que eu disser a partir de agora." Fiquei chocada com a demanda do meu marido. O que isso significava? Seria algum tipo de fetiche? Ele queria que eu saísse novamente com o chefe dele? Pedro não parecia estar brincando e a sua expressão indicava que ele não estava aberto para explicar o que ele queria.

Eu ainda tentava entender o que estava acontecendo, quando ele começou a me empurrar para a cama com força. Seu olhar estava distante e gelado, nada daquele olhar carinhoso e apaixonado que eu conhecia. Ele começou a levantar minha saia, eu até fiquei feliz acreditando que poderia ser uma forma de recomeçarmos. Mas a situação estava muito estranha. Quando tentei beijá-lo, ele me deu um tapa forte no rosto. Enquanto ele me comia, eu era xingada e enforcada, não existia nenhum cuidado com meu bem-estar.

Na manhã seguinte, antes de ir embora Pedro pegou meu celular e escreveu uma a mensagem para o Ricardo, dizendo que precisava desesperadamente vê-lo e que não conseguia parar de pensar nele. Fiquei com medo do Ricardo desconfiar da mensagem, já que o tom era muito diferente do que eu costumava usar com ele, estava apaixonado demais. Depois ele simplesmente virou as costas e saiu dali. Será que agora era essa minha vida? Teria que fazer coisas cada vez mais estranhas para salvar meu casamento?

Foram semanas para que Ricardo respondesse, e quando finalmente o fez, foi por meio de uma caixa enviada diretamente para o meu apartamento. Na caixa havia apenas uma coleira e um cartão com um endereço e um horário. Eu avisei o meu marido. Queria que ele acabasse com aquela insanidade, cancelasse o encontro e tinha até esperança de que ele me perdoasse, vendo quão leal eu tinha sido a ele. Mas, ao invés disso, ele apenas ordenou que quando eu chegasse lá eu deixasse a porta da frente destrancada.

Estava bem perto do horário marcado pelo bilhete, e eu tremia tanto que parecia que meus pés iriam involuntariamente cavar um buraco no chão. Eu escolhi roupas casuais para a ocasião, um vestidinho vermelho mais soltinho e um salto preto. Quem me visse na rua poderia acreditar que eu estava indo para um barzinho de tarde com minhas amigas, mas a realidade era mais sinistra, eu estava indo para casa do meu amante a mando do meu marido.

Assim que Ricardo abriu a porta, pude sentir um arrepio percorrer meu corpo. Eu sabia que estava me colocando em uma situação arriscada, mas, ao mesmo tempo, eu sempre ficava sem chão ao ver aquele homem. Ele me cumprimentou com um sorriso discreto, e eu pude ver o brilho em seus olhos quando ele me olhou de cima a baixo.

Assim que entrei na casa, fiquei impressionada com a sua grandiosidade. A sala de estar era ampla, com janelas enormes que permitiam a entrada de luz natural. Os móveis eram luxuosos e pareciam ser de alta qualidade. Eu sentia como se estivesse em uma casa de revista de decoração. Tudo parecia infinitamente mais caro que o meu apartamento.

Ricardo não me ofereceu um tour pela casa, ele apenas trancou a porta e disse num tom de voz sério: “Essa não é a roupa que eu mandei para sua casa.” Era sério isso? Ele queria que eu andasse na rua até a casa dele só de coleira? Ele não esperou minha resposta, foi para cima de mim, enquanto me beijava e roçava seu corpo no meu, foi tirando meu vestido, calcinha e sutiã.

“Cadê a coleira?”, Ricardo perguntou. Eu respondi sem falar nada, apenas olhando para minha bolsa. Ele virou a bolsa deixando tudo que estava dentro cair, pegou a coleira e disse: “Vamos passear garota, ajoelha para eu colocar em você.” Eu deveria ter parado logo ali, ele ia me tratar a noite inteira como um animal de estimação? Mas, mesmo naquela situação humilhante, eu estava totalmente entregue, meu corpo adorou a ideia de dar um passeio com aquele homem. Ajoelhada, eu me sentia uma princesa sendo coroada enquanto ele passava a coleira pelo meu pescoço.

Minha ilusão de nobreza durou pouco. Eu acordei da fantasia com Ricardo gritando: “Marcos! Rodrigo! Vem cá.”. Meu coração gelou quando vi os dois homens que trabalhavam com meu marido entrarem na sala. Pior era que eu conhecia bem aqueles dois por causa dos diversos happy hours da empresa do Pedro que eu tinha ido. Marcos trabalhava no RH da empresa, e meu marido sempre reclamava que ele parecia um animador de festas infantil. Já Rodrigo era do mesmo setor de Pedro, embora fosse bem mais velho que meu marido, ele era um dos colegas que meu marido mais gostava. Eles ficavam horas conversando nos eventos como se fossem amigos de infância.

Eu, vestindo apenas uma a coleira e meu saltos, estava completamente exposta e vulnerável diante daqueles homens. Eu adoraria que existisse um buraco naquela casa onde eu pudesse enfiar minha cara. Não sabia o que mais poderia acontecer comigo naquela noite, mas além de toda vergonha que eu sentia, existia um medo real do que eles fariam caso eu negasse algum desejo deles.

Enquanto minha mente freneticamente buscava por alternativas, Ricardo começou seu show. Me puxando pela coleira me fez dar várias voltas pela sala. Ele estava entusiasmado a mostrar seu poder na frente dos seus colegas. Depois como se eu estivesse numa competição de obediência canina, ele me pedia para sentar, dar a pata e latir. Marcos e Rodrigo estavam se divertindo como nunca com o meu constrangimento.

Era a cena mais degradante que já tinha vivido, e tudo o que eu conseguia pensar era em encontrar uma oportunidade para destrancar a porta, como meu marido havia me instruído. Será que Pedro estava assistindo a toda aquela barbaridade? Eu tinha a esperança de que, a qualquer momento, ele entraria pela porta como um super-herói e impediria que a humilhação continuasse.

Ricardo amarrou minha coleira em um móvel próximo ao hall de entrada e os três ficaram bebendo na sala. Aquela era minha chance. Com muito medo de ser pega, tirei a coleira e fui andando em direção a porta, tentando não fazer nenhum barulho. Eu consegui, mas quando estava voltando para minha posição e recolocar a coleira, eu fiquei tão nervosa que tropecei. Eu suava feito louca e rezava para que os homens na sala não me ouvissem.

Parecia uma cena de um filme de ação, Ricardo voltou para me buscar no hall e no último segundo eu consegui fechar novamente a coleira no meu pescoço. Meu coração palpitava e eu devia estar ridícula, usando toda minha força para disfarçar que eu acabará de fazer. Por sorte, Ricardo não estava prestando muita atenção nos sinais. "Vamos, Totó, hora de ir para a caminha", ele disse, enquanto me puxava pela coleira em direção ao quarto no andar de cima, me forçando a engatinhar atrás dele.

Os três comentavam subiam as escadas comentando todas as coisas que desejavam fazer comigo quando chegassem no quarto. Marcos parou atrás de mim e começou a dizer aos berros para os dois companheiros: “Nossa senhora nunca vi uma bunda tão maravilhosa que nem dessa cachorra!” Ele dava tapas fortes e simulava que estava me enrabando enquanto os outros dois riam da travessura do amigo. Meu corpo ia reagindo a dor e a sensação de impotência naquela situação, eu estava ficando molhada ao ser tratada como o bichinho de estimação do Ricardo.

Chegando no quarto, Ricardo começou preparar o clima colocando uma música, enquanto os outros dois se despiam. A música que começou era um funk, onde tinha alguns momentos calmos onde o cantor pedia para as mulheres do baile se alongarem e depois começava a repetir “senta, senta, senta” milhares de vezes. Ricardo começou sentado numa cadeira, me puxando pela coleira ainda me fazia se esfregar nele quando a música estava mais lenta, e quicar loucamente no seu colo quando a música aumenta o ritmo. Marcos e Rodrigo aplaudiam e assobiavam como se estivessem assistindo de camarote um show de strip-tease.

Mas eles não ficaram apenas como meros espectadores. Ricardo, como um rei benevolente, ofereceu o trono dele para os outros também poderem apreciar o tratamento real que eu dava, embora nenhum momento ele largou a minha coleira, deixando claro que ele era o dono do brinquedo que dividia.

Rodrigo foi primeiro, ele ficou bem calmo na cadeira deixando eu fazer todo o trabalho naquela dança, mas quando tinha oportunidade ele chegava no meu ouvido e sussurrava como meu marido era corno e que ele estava comendo a novinha dele. Eu pensava naquele momento por que meu marido tinha pedido para eu abrir a porta. Será que ele estava assistindo eu ser usada por três colegas de trabalho como um corno manso?

Marcos estava agitado, aproveitando qualquer oportunidade para se exibir para os dois companheiros. Enquanto eu sentava no colo dele, ele usava as pernas e os braços para me fazer pular freneticamente, me obrigando segurar firme no braço da cadeira para não ser lançada para fora.

Quando a música parou, Ricardo me puxou pela coleira para eu ficar ajoelhada no chão. Os três fizeram uma rodinha em volta de mim e enquanto eu mamava o Ricardo, eu tentava ao máximo masturbar os outros dois de forma coordenada. Eles iam se revezando e eu era passada como uma bola de futebol entre eles. Eu entrei em desespero. Eu tinha trocada minha vida simples, mas perfeita, por uma onde eu estava de quatro sendo comida por um colega do meu marido enquanto outro fodia minha boca com extrema violência.

Fui ficando exausta e meio zonza, eu nunca tinha trabalhado tão duro na vida, era impossível satisfazer aqueles homens. Percebendo minha falta de energia eles me colocaram na cama, e começaram me usar, embora não houvesse muita reação do meu corpo extenuado. Todas as minhas partes eram aproveitadas, peito, boca, buceta, o que era possível fazer com uma mulher naquela posição eles fizeram.

Ricardo foi o primeiro a gozar. Ele me afastou de perto dos outros dois, e começou um papai e mamãe, que para o contexto daquela orgia, foi até romântico. Meus dedos afundaram nas costas dele enquanto eu sentia o seu líquido me completando e me preenchendo. Tudo naquela noite era escroto, mas ainda assim, era inexplicável o que eu sentia quando estava sendo possuída por aquele homem.

O prazer me fez reviver um pouco. Rodrigo seguiu a deixa do chefe, subiu em cima de mim colocando os joelhos nos meus braços. Nessa posição ele se masturbou por algum tempo, as vezes puxando minha cabeça para eu beijar seu pau, outras horas passando o membro no meu peito, fazendo uma espanhola. Eu fui surpreendida quando, sem aviso, um jato forte atingiu meu rosto, chegando muito perto do meu olho. Eu me senti magoada naquele momento pensando que meu marido poderia estar vendo o colega que ele considerava um grande amigo fazendo aquilo com a sua mulher, mas não tive muito tempo para reflexão, logo fui atingida por outros jatos que acertaram minha boca e meus peitos.

Faltava somente um, estava perto do meu objetivo de terminar aquele pesadelo. Marcos disse para os outros que queria a especialidade da cachorra. Me virou de barriga para baixo na cama, me puxou até meu bumbum ficar na beirada da cama e sem deixar eu me preparar começou a me enrabar. Ele elogiava, falava que o Ricardo tinha razão, era o cuzinho mais apertado que ele tinha comido na vida. Ele ia controlando o ritmo, provavelmente percebendo quão impaciente eu estava esperando-o terminar. Ele pediu um cigarro para os amigos que riam enquanto ele colocava um cinzeiro nas minhas costas. Com seu pau totalmente enfiado no meu cu, ele fumava e conversava casualmente com os amigos sobre coisas do trabalho.

Entre os três, Marcos era o que mais tinha a maior perversão em me humilhar. Ele usava uma mão para distribuir uma saraivada de tapas e a outra usava para fazer um rabo de cavalo no meu cabelo me puxando sempre com violência. Durante toda transa, ele me xingava e contava para os colegas como estava sendo a experiência dele de enrabar a puta do Ricardo. Eu tenho vergonha de admitir, mas toda aquela violência funcionou comigo, eu atingia o clímax naquela situação insana. Marcos também atingiu seu limite naquela posição e terminou dentro de um local que até poucas semanas atrás era meu orgulho dizer que não havia sido tocado nem mesmo pelo meu marido.

Eu era grata por tudo ter acabado. Eu estava tão exausta, que ao invés de ir embora, eu simplesmente deitei ali na cama e dormi. Quando Ricardo me acordou de manhã, Rodrigo e Marcos já tinham ido embora. Como de costume o membro dele estava na minha face, e ele ia forçando minha cabeça para que eu o chupasse. Mas havia algo diferente dessa vez, ele passava de leve os dedos pelo meu pescoço e cabelo, fazendo um carinho. Eu achei que era sua forma de me agradecer pela noite anterior.

Era loucura, mas depois de tudo que havia passado, não era o tesão e nem a lealdade com meu marido que me mantinha ali. Mesmo com todas essas bizarrices, fetiches e humilhações, eu me sentia especial. Ricardo poderia ter qualquer outra mulher do mundo, mas era eu que estava lá vestindo a coleira dele. De uma forma muito estranha, era quase amor o que eu sentia àquela hora.

Ricardo até me deu uma carona para meu prédio. Eu estava feliz de poder tomar um banho e descansar depois de tudo. Mas, ao inserir a chave na fechadura, percebi que algo estava errado. A chave não girou. Tentei novamente, com mais força, mas a fechadura continuou imóvel. Achei muito estranho, deveria haver algum problema com minha chave. Eu procurei debaixo do capacho da porta, onde meu marido guardava uma chave reserva. Mas ao erguer o capacho, notei algo que me deixou ainda mais confusa: havia um bilhete preso nela. "Não tente entrar em casa, querida", dizia a letra do meu marido.

Essa foi a última comunicação que eu tive com Pedro. Nas semanas seguinte, eu voltei a morar no interior com meus pais. Foi na minha casa de infância que eu tive que acompanhar como uma mera espectadora as consequências devastadoras dos meus atos.

A primeira consequência aconteceu algumas semanas depois da orgia. Eu acordei um dia, fui olhar meu celular e tinham milhares de mensagens em todas as minhas redes sociais, ligações perdidas e até SMSs. Eu tinha ficado famosa do dia para noite e não entendia como podia ter acontecido. Fui lendo as mensagens, na sua grande maioria me ameaçando e me xingando, mas deixavam claro o que tinha acontecido. Alguém tinha subido na internet todos os vídeos que estavam em posse do Ricardo, e ainda tinha colocado em cada vídeo todos meus contatos e links para minhas redes sociais.

Eu achava que Ricardo tinha sido responsável. Como era possível que ele tivesse feito algo tão cruel? Depois de eu cooperar com tudo e me entregar como uma escrava, ele ainda sentia que era necessário me destruir? Eu sentia o coração apertado, não só porque sabia que minha vida nunca mais ia voltar ao normal, mas me sentia traída pelo homem que tinha descoberto que estava amando.

Foi na semana seguinte que eu descobri como eu estava errada. Uma amiga me ligou dizendo para eu ligar rápido minha TV e colocar num programa da minha cidade natal que era no estilo do Datena. A repórter estava na frente de uma casa, que eu reconheci imediatamente, preparando o público para o que aconteceria a seguir. Os policiais iriam invadir a casa para prender o chefe de uma rede de pornografia infantil. Eu assisti ao vivo Ricardo, o homem que eu tinha me apaixonado, ser preso.

Pornografia infantil? Parecia absurdo demais, até mesmo para o Ricardo. Foi como se meu mundo inteiro tivesse desmoronado em um instante, não entendia o que estava acontecendo. Eu fiquei olhando para parede por horas, até que de repente, como mágica todas as peças do quebra-cabeça se encaixaram na minha cabeça. Meu marido havia armado tudo isso. Ele havia entrado na casa do Ricardo para acessar seu computador e incriminá-lo. Como pude ter sido tão cega? O meu príncipe encantado, homem perfeito da minha vida, no final era tão manipulador quanto seu ex-chefe, que eu acreditava ser o vilão de toda história.

Tudo que restava na minha vida era enfrentar as consequências do caos que tinha virado minha vida por eu ter decido abrir a caixa de Pandora. Grávida, odiada e humilhada em qualquer lugar que eu ia, eu pensava em mais um plano mirabolante para finalmente ter nas minhas mãos o controle da minha vida.

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Comentários

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Mestre! Irá ter continuação? Gostei demais, mas acho que tem muitos assuntos pra resolver!⭐⭐⭐💯

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Qual o nome da protagonista dessa novela hein Paola Bratcho? Kkkkkkk

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Ótima ideia do cachorro, escrever um ou dois capítulos com a perspectiva do marido.

É muito fácil criticar uma vingança mas depois de ser humilhado e traído acho que vingança passa na cabeça de todos.

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Muito bom!!! Excelente história!!! 😃👏👏👏🌟🌟🌟 Continue com seus escritos!!! Sua criatividade é incrível!!! 🤩😍👏👏👏✨

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Muuuito excitante e muuuito foda esta história...embora eu achasse que todos estes filhos da putas deveriam sofrer muuuito mais..rs...porra véi, à mulher foi se envolver desta forma com o pior inimigo do marido, sendo que ela sabia disso e ainda teve coragem de dizer que amava o mesmo e ainda tinha esperança de continuar casada kkkkkkkkkk fala sério !! Parabéns pro escritor(a) por ter nos presenciado com esta puta história...rs...👏👏👏

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Bem descrito demais esse conto,é o mais importante,o quanto o autor passa as sensações amiúde sobre o que se passou. No entanto,concordo com a galera:depois de tudo ainda chamar o marido manipulador foi foda!

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Parabéns um conto perfeito e com um final perfeito

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Tudo isto que aconteceu com esta mulher ainda foi desmedidamente pouco! Afinal, que tipo de criatura,troca um casamento feliz por uma aventura, ainda mais com o tipinho de sujeito completamente vil e desprezível que ela escolheu? O marido(que foi a verdadeira vítima) teve toda e total razão de se vingar! Traição-seja cometida por homem ou mulher- "JAMAIS" deve ser perdoada sob nenhuma circunstância! Não dá mais certo o relacionamento, termina! Simples assim!

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O final pra mim foi perfeito, os outros eram apenas coadjuvantes,

E não acho que o final pra ela tenha sido pouco, para pra pensar, vc destruir sua vida socialmente, pq hj meu caro, é tudo pela rede social,

Além da humilhação de ter que voltar grávida do Bandidão preso por pornografia infantil,

Nunca mais a vida dessa mulher volta ao normal,

Provavelmente ela só não cometerá suicídio por causa da criança, talvez.

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Continuando o raciocínio rs, voltando grávida pra casa dos seus pais, um filho que não só é do seu marido, mas é de um crápula preso por esse tipo de coisa

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finalmente um final digno de uma traição

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Cada um colhe o que planta....

Parabéns pelo conto.

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Bom, pelo menos a vadia se fudeu, e otária que se achava o cumilhão tá preso, um bom final

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Independente se é fantasia ou realidade, uma coisa aprendemos com isso.

A lei do retorno não falha, ela é implacável. Na hora de tomar uma decisão sempre se pergunte:

- Eu gostaria que fizessem isso comigo?

Não se esqueçam nunca, para cada ato existe uma consequência, boa ou não. Depende de vc.

Chamar o marido de vilão é prova do egocentrismo da nossa protagonista. Ele só deu o troco, agindo de forma raivosa depois que descobriu tudo. O chefe era canalha, mas o vilão era ela mesma.

Excelente conto, parabéns.

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Exactamente, no final lixaram-se todos

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