Doze horas – Parte 5 – A Kombi de Florianópolis

Um conto erótico de Himerus.40
Categoria: Heterossexual
Contém 3623 palavras
Data: 21/11/2022 15:34:10
Última revisão: 21/11/2022 15:41:22

Para melhor compreensão da história sugiro a leitura dos capítulos anteriores

Geni, com lágrimas nos olhos, interrompe sua narrativa. Ao perceber a tristeza que cai sobre ela, paro de bolinar sua boceta. Suas pernas saem do meu colo, com um pequeno movimento dos quadris, sua saia volta a cobri-las. O clima de tesão desapareceu. Tento conversar, mas ela não responde. Respeito seu silêncio.

Me levanto para ir até o caixa pedir mais dois cafés. Sou atendido pela garota que observou as dedadas que dei na buceta de Geni enquanto ela contava a história. Com um sorriso cúmplice ela me pergunta o que desejo, enquanto que, delicadamente, morde o canto superior do lábio. Normalmente eu não deixaria passar em branco uma declaração de interesse explícita por parte de uma mulher interessante, mas a história que Geni estava me contando mexeu comigo. Ao mesmo tempo em que a descrição do defloramento de Bella me deixou indignado, me excitou. Assa ambivalência me confundia, ao ir buscar o café me sentia um pervertido, principalmente por saber que, quando a garota do caixa sensualmente mordeu seus lábios, ela olhava para minha rola, dura desde que Geni partilhou as desventuras de sua irmã.

Ao invés de uma tirada inteligente que levaria o número do telefone da garota para a minha lista de contratinho, eu fingi que não entendi e pedi dois cafés. Paguei, agradeci e fui para o balcão de espera. Rapidinho chegou os cafés, peguei e voltei para mesa.

Geni agradeceu, pegou seu café e começou a bebericar lentamente. Quando vou beber o café quase engasgo. O protocolo de atendimento da Starbuck exige que o copo de café seja identificado com o nome do cliente. Meu copo tinha dois nomes, o meu e o da garota do caixa. Abaixo o número do seu telefone e uma frase: Gostei de como você brinca, eu também quero brincar! Me liga.

Mostrei para Geni, ela leu e abriu um sorriso,

- Safada! A piriguete quer dar para você!

Saquei o celular e anotei o número enquanto respondia,

- Quem sabe ela não consegue o que quer, é gostosinha, parece gostar de brincar. Mas hoje eu não tenho tempo, prometi ouvir uma história e ajudar uma nova amiga...

- Obrigada, eu preciso acabar de te contar a história. Bella precisa de mim e eu preciso que você me ajude.

- Você ainda não me falou no que precisa da minha ajuda...

- Vou falar, mas primeiro tenho que terminar a história, ou você vai achar meu pedido sem pé nem cabeça...

- Tudo bem, continua. Você parou na parte que sua família se une para cuidar de Bella.

Ela bebeu o que restava do café e reiniciou a historia.

Minha mãe sabia que as pessoas da cidade não esqueceriam e não deixaram Bella esquecer do acontecido. O que ela não imaginava é que todos nós seríamos julgados e difamados. Em poucos dias a história já era conhecida por todos, ganhou até nome: "A orgia da cachoeira". Cada vez que era repetida ganhava novos elementos, novas testemunhas, novos participantes. Uma das versões dizia que Bella transou com onze homens, outras falavam em dupla penetração, participação de uma solteirona que as “pessoas de bem” desconfiava ser lésbica, uso de drogas e até que a "orgia" fazia parte de um ritual de magia. Muita besteira foi dita, mas uma, em especial, abalou meu pai. Em algumas versões ele teria participado, trepando com sua filha.

Meu pai se afastou das pessoas da cidade, concentrando sua atenção no trabalho. Sempre que, por conta do trabalho, ele tinha que ir à cidade, ele voltava triste.

Minha mãe era pragmática, ela não se importava com a língua alheia. No primeiro mês suas maiores preocupações eram a possibilidade de uma gravidez e a saúde de Bella. Para evitar uma gravidez Bella bebeu litros de um certo chá de ervas preparado por uma índia que vivia na redondeza. Dez dias depois de beber a garrafada, sua menstruação desceu. Um problema a menos. Restava averiguar sua saúde. Minha mãe exigia que ela fosse ao médico, entretanto, ir a um clínico geral na cidade estava fora de questão, ela precisava de um ginecologista. Meu pai não gostava da ideia de um homem examinar "as partes" de sua filha, mas minha mãe não cedeu. Ainda na primeira quinzena de janeiro, eu, Bella e minha mãe fomos para Florianópolis, meu pai ficou no sítio.

Hoje seria uma viagem rápida, mas no fim dos anos setenta, com estradas precárias e uma linha de ônibus que parava em todas as vilas, não era. Levamos oito horas para chegar à capital.

Para minha mãe não era novidade, por duas vezes ela estivera em Florianópolis, mas para mim e minha irmã tudo era novidade. Acostumadas ao microcosmo no sítio ficamos encantadas com a cidade grande.

Ficaríamos hospedadas na casa da minha tia, irmã mais velha de minha mãe. Tia Joana nasceu e foi criada no interior, como minha mãe, mas com dezenove anos mudou-se para capital e nunca mais voltou, nem para visitar. Minha mãe não gostava de falar da irmã. Uma vez, depois de abusar do vinho em um almoço, comentou com meu pai que se sentia traída pela irmã. Não sabíamos o porquê.

Na cidade ficamos sabendo que várias histórias circulavam sobre o motivo da mudança, nenhuma favorável à minha tia, mas a língua do povo perdeu força com a notícia do seu casamento com um caminhoneiro. A primeira visita de minha mãe a capital foi justamente para as bodas.

Entretanto, tudo aconteceu antes do nosso nascimento, eu e minha irmã não conhecíamos minha tia e seu esposo.

Descemos na rodoviária de Florianópolis. Segundo orientações de minha tia, andamos por umas quatro quadras até chegar ao ponto de ônibus urbano que nos levaria para próximo da sua casa.

Em pouco mais de meia hora estávamos na frente de um prédio amarelo. Tocamos a campainha e falamos com o porteiro, ele já tinha sido instruído a nos deixar entrar. Dentro do prédio, fomos até o hall e, pela primeira vez na vida, usamos um elevador. Quando chegamos ao quinto andar a porta do elevador foi aberta por minha tia. Eu e Bella ficamos de queixo caídos, nossa tia era idêntica à nossa mãe. Claro que, olhando com mais atenção, diferenças eram notadas, mas em um primeiro olhar, pareciam gêmeas.

As duas se abraçaram e, entre muitas lágrimas, fomos apresentadas, abraçadas e beijadas pela tia.

Tia Joana nos serviu um lanche, a conversa entre ela e mamãe parecia não ter fim. Na sequência fomos levadas ao quarto de costuras adaptado para nos acomodar, arrumamos nossas coisas e perguntamos se podíamos tomar um banho, afinal, oito horas dentro de um ônibus exigia um bom banho. Minha mãe foi a primeira, depois foi para sala conversar com minha tia, enquanto eu e Bella, as caipiras do interior, fomos para o banheiro.

Ficamos intrigadas com as diferenças, nunca tínhamos visto um box, na nossa casa uma cortina separava à área de banho do resto do banheiro, demoramos para descobrir que a ausência do chuveiro não implicava em um banho frio, quase nos queimamos até descobrir como regular a água fria e a quente. Mas o que mais estranhamos foi o bidê, não sabíamos para que servia aquilo. Já no quarto, quando nossa mãe voltou avisando que a janta estava pronta, perguntamos qual a utilidade daquela "privada" estranha, rindo ela explicou que não era uma "privada", que se chamava bidê e servia para lavar as partes íntimas. Quase choramos de rir!

Durante a refeição ficamos sabendo que nosso tio estava viajando a trabalho, foi para o Pará com uma carga de carvão.

Assistimos um pouco de TV, a primeira vez que vimos TV colorida. Apesar da empolgação, o cansaço bateu, fomos dormir. O médico da minha irmã era bem cedo.

No dia seguinte, apesar de estarmos acostumadas a acordar cedo, perdemos a hora. Talvez pela agitação da viagem, não sei. Mas foi uma correria, não tomamos café da manhã e fomos obrigadas a pegar um táxi. Chegamos a tempo. Cinco minutos depois que entramos na clínica minha irmã foi chamada. Eu não entrei, só permitiram a entrada da mãe como acompanhante por conta da idade de minha irmã.

Esperei por quarenta minutos. Finalmente sai minha mãe com vários papéis na mão e minha irmã com a cara emburrada.

Enquanto minha mãe conversava com a atendente, Bella me contou como foi a consulta. Falou que o médico foi muito gentil, mas que o exame foi horrível. Que se deitou em uma maca com as pernas apoiadas em suportes enquanto o médico mexia em sua pepeka, estava morrendo de vergonha. Quando argumentei que nunca mais precisaria ver o médico, ela me fala que tinha que voltar no outro dia.

Saímos da clínica e fomos para um laboratório, como Bella estava em jejum, aliás, nós três estávamos, ela poderia fazer os exames de sangue pedido pelo médico.

Exames feitos, paramos em uma padaria para matar a fome. Bella continuava de cara fechada, nenhum assunto a animava. Foi aí que minha mãe teve uma ideia:

- Filhas, ao invés de voltarmos para almoçar com sua tia vamos passear pela praia?

Pela primeira vez no dia Bella sorriu! Pegamos um ônibus para orla animadas, apesar de morarmos perto do litoral, poucas vezes fomos a praia.

Chegando na orla ficamos chocadas, nunca imaginamos ver tanta gente praticamente sem roupa. Até minha mãe, normalmente discreta, reparava nos minúsculos biquínis e no volume das sungas dos rapazes. Eu e minha irmã estávamos encantadas com a quantidade de rapazes bonitos e envergonhadas com nossas roupas impróprias para praia.

Como não podíamos ir para areia e, muito menos entrar no mar, andamos pelo calçadão apreciando a paisagem e, principalmente, a fauna praiana. Confesso que, pela primeira vez depois do incidente com minha irmã, fiquei com tesão. E eu não era a única, ao passar por um loiro de meia idade, alto, musculoso e com uma rola enorme desenhada em alto relevo na sua sunga, percebi os pelinhos do braço de minha mãe se arrepiarem e seus mamilos marcarem sua blusa, mesmo estando de sutiã. Bella não falava nada, mas sua respiração estava diferente, quando paramos para comprar sorvete notei que, discretamente, ela tocava seu sexo e fechava os olhos.

Mas o dia traria outras surpresas. Por volta das onze horas minha mãe lembrou que tia Joana nos esperava para o almoço. Resolveu procurar um orelhão para ligar e avisar que só voltaríamos no final da tarde. Lembramos que passamos por um a pouco tempo, voltamos em sua direção e, para nossa decepção, tinha uma fila enorme de pessoas esperando para ligar. Resignada, minha mãe foi para fila, enquanto isso eu e Bella encontramos um banco com sombra e ficamos olhando para praia as pessoas que caminhavam pela praia.

Vinte minutos depois, olhei para o orelhão e ainda faltavam quatro pessoas para vez da minha mãe, a fila não parava de crescer, atrás dela já tinham umas cinco pessoas.

Impacientes com a demora, com sede, resolvemos comprar refrigerantes. Bella ficou guardando nosso lugar assombreado enquanto fui pedir dinheiro para mãe.

Ao me aproximar notei algo estranho. Minha mãe estava de costas para fila, conversando animadamente com o loiro pirocudo que cruzou nosso caminho. Parei e fiquei observando.

Como se fossem velhos amigos, ele se aproximou de sua orelha sussurrando algo, ela ouviu atenta, abriu um sorriso, fez sinal de negativo com a mão e, na sequência, foi sua vez de sussurrar ao pé de ouvido do desconhecido.

Fiquei sem chão, minha mãe, apaixonada por meu pai, se esfregava em um homem praticamente nu. Sim, se esfregava, como ele era bem mais alto, ela estava nas pontas dos pés, com as duas mãos apoiadas no seu peitoral, seus rostos estavam colados, como namorados trocando segredos. Ela não parava de falar, teve um momento que ela desequilibrou, colando seu corpo no dele. Ela parou de falar, se afastou um pouquinho, olhou para baixo, apontou o dedo para sunga, fez um comentário e os dois gargalharam. Minha mãe abriu sua bolsa, pegou uma caneta e o caderninho onde ela fazia anotações e entregou para o loiro. Ele escreveu algo, devolveu e apontou para o orelhão. Finalmente era sua vez.

A ligação foi rápida. Provavelmente ela avisou que não iríamos almoçar lá e que chegaríamos no final da tarde.

Eu já estava voltando para o junto de minha irmã quando percebo que minha mãe e o loiro voltaram a conversar. O descarado deu sua vez para quem estava atrás para ter mais tempo com minha mãe. Trocam algumas palavras, entremeadas por sorrisos. Ele aponta para uma banca de jornal, ela confirma com a cabeça, olha para os lados e se aproxima do pirocudo, ele a enlaça e beija sua boca com volúpia. Minha mãe, com a bunda empinada por estar nas pontas dos pés para facilitar o beijo, corresponde com tanta ou mais volúpia. O tarado apalpa sua bunda, chamando a atenção das pessoas próximas, ela interrompe o beijo, segura suas mãos e faz cara de brava. Ele sussurra algo em seu ouvido, ela confirma com a cabeça, trocam um selinho e ela se vira e começa a andar em direção ao banco.

Saio como uma louca para chegar antes. Sento no banco e peço para Bella não falar que eu fui atrás da mãe. Ela não entende, me questiona, eu falo que depois explico. Obviamente ela percebeu que algo havia acontecido, eu não tenho o hábito de mentir ou esconder coisas da minha mãe. Mas, apesar da curiosidade, nossa cumplicidade falou mais alto.

Minha mãe, que com o loiro pirocudo fora toda sorrisos, chega com cara de brava. Bella pergunta o que aconteceu e ela explica:

- Cidade grande é um inferno, fiquei todo esse tempo na fila e quando fui ligar o orelhão engoliu todas as minhas fichas sem completar a ligação. Vou ter que comprar mais para ligar. Vamos fazer o seguinte, vocês ficam naquele quiosque que vende sorvete enquanto eu compro fichas e procuro outro orelhão.

Eu não acreditava no que ouvia. Ou minha mãe era uma atriz ou, o mais provável, fazia uma máscara de óleo de peroba todo santo dia. Sua cara de pau da minha era absurda, inventou toda uma história para poder continuar sua conversa com o pirocudo. Pensei nas inúmeras vezes que vi minha mãe e meu pai trocando juras de amor, trepando como dois bichos e depois dormindo abraçados. Tudo fingimento. Minha mãe era uma vadia e meu pai um corno. Tive que me segurar para não chorar.

Ela nos levou até o quiosque, deixou dinheiro e foi comprar as fichas...

Logo que minha mãe se foi contei para Bella o que vi. Ela não acreditou:

- Geni, você confundiu as coisas, entendeu errado ou foi muito maliciosa, nossa mãe nunca colocaria chifres na cabeça do nosso pai.

- Maliciosa? Eu sei o que vi! Se você não acredita vamos atrás dela, tenho certeza de que ela foi se encontrar com o loiro.

Para não me contrariar, ela concordou em seguir mamãe. Contei que vi o loiro apontando para a banca de jornal, fomos atrás dela.

Passamos pelo orelhão, que continuava com uma fila enorme, e não a vimos. Perguntei para uma moça que usou o telefone se ele estava funcionando normalmente, se não estava engolindo as fichas sem completar a ligação. Sorrindo, ela me respondeu que o aparelho estava perfeito ou não teria uma fila enorme para utilizá-lo. Vi a primeira rusga de preocupação surgir no rosto de Bella.

Fomos para banca, entramos, observamos, circulamos pelos arredores e nada da nossa mãe. Perguntamos ao pipoqueiro onde tinha outro orelhão, ele nos indicou os dois mais próximos, fomos até eles. Os dois tinham filas e mamãe não estava em nenhuma delas. Bella começou a se acreditar na minha história, e a se desesperar:

- E se esse loiro for um maníaco, como os que me enganaram? A mãe pode estar em perigo. Não é melhor avisar a polícia?

Eu não tinha esse receio, sabia o que tinha visto e, principalmente, sabia que mamãe mentiu sobre a ligação. Não era caso de polícia, era safadeza. Acalmei minha irmã e propus voltar para a banca de jornal.

O sol estava forte. Resolvemos não voltar pelo calçadão, do outro lado da rua os toldos do comércio faziam sombra, diminuindo nosso desconforto com o calor.

Quando chegamos na altura da banca de jornal atravessamos a rua e, mais uma vez procuramos nossa mãe. Novamente não encontramos. Desanimadas, resolvemos beber um refrigerante. Fomos até um ambulante que vendia seu produto protegido pela sombra de uma árvore frondosa, compramos e bebemos sentadas na guia aproveitando a sombra. Do nada ouvimos um gemido. O vendedor ambulante abre um sorriso e comenta que tem um casal namorando dentro da Kombi estacionada bem próxima de onde estávamos.

Não trocamos uma palavra, fomos em direção da Kombi que parecia viva, emitia gemidos e balançava.

Tudo aconteceu muito rápido, identificamos os gemidos, com certeza era nossa mãe, tentávamos ver o que acontecia, mas era impossível, todas as janelas da Kombi estavam tampadas por cortinas, como aquelas que caminhoneiros usam para preservar sua privacidade na boleia do caminhão. Bella, impaciente, não pensou duas vezes, abriu a porta traseira e vimos o que terminamos.

O loiro estava sentado no banco traseiro da Kombi, no seu colo, de frente para ele, ajoelhada no banco da Kombi com as pernas bem abertas, nossa mãe rebolava.

Sua blusa estava aberta e os seios expostos sendo chupados, sua saia enrolada na cintura. Ela alternava rebolados e sentadas, subia e descia agasalhando a rola do desconhecido.

Como uma desvairada, mamãe puxava a cabeça de seu amante, forçando um maior contato de sua boca com seu mamilo. Enquanto isso, ele alternava tapas na sua bunda e tentativas, as vezes bem-sucedidas, de dedadas no seu cu.

Ao lado, reproduzindo o enlace dos amantes, repousava a sunga do pirocudo entrelaçada a calcinha de mamãe.

Eles estavam tão entretidos em se devorarem, que demoraram alguns segundos para perceber o flagra. Quando olhou para o lado e viu suas filhas ela se desesperou. Tentou desengatar ficando de pé, não deu certo, mas a rola era longa e o teto da kombi baixo, bateu a cabeça no teto. Teve de inclinar o corpo em direção ao amante para conseguir o desengate e o desmonte. Fechou a blusa, arrumou o vestido e, para pegar a calcinha, novamente se esfregou na piroca do loiro. Vestida, saiu andando rápido, sem virar o rosto nos chamou para ir embora.

Bella estava possessa, gritava, chorava, dizia que não ia voltar para casa da tia, que tinha vergonha de ter uma mãe puta. Eu, por incrível que pareça, estava calma. Toda minha indignação acabou quando vi a rola sair de dentro da minha mãe. Diferentemente de Bella, que já tinha visto e sentido uma rola, em nunca tinha visto uma de tão perto, nunca tinha sentido o cheiro. Eu estava ardendo de tesão!

A cena era, no mínimo, curiosa. Minha mãe andando com passo apressado, alguns metros atrás Bella gritando e, por fim, eu no mundo da lua. As pessoas estavam reparando. Minha mãe não teve escolha, parou, se virou e mandou Bella calar a boca. Nos levou para uma praça, sentou em um banco e começou a chorar. Chorou tanto que uma senhora que passava perguntou se podia ajudar...

Aos poucos foi parando, secou os olhos e com uma voz firme, que eu não esperava, falou:

- Vocês nunca vão contar isso para ninguém, principalmente para seu pai. Nossa família acabaria, ele nunca me perdoaria.

Bella começou a chorar. Entre lágrimas, perguntou:

- Mas porque você fez isso mãe? Eu e a Geni já vimos você trepando com o pai, sempre achamos que vocês eram felizes, que ele gosta de te comer e você de dar para ele. Você gozava como uma louca, por que dar para outro homem e fazer do pai um corno?

- Filha, eu queria conseguir explicar, mas não consigo. Aconteceu tudo muito rápido, eu não pensei nas consequências. O tesão foi tanto que quando eu percebi já estava sentando na rola de um desconhecido. Me perdoe,

Não acreditava no que estava ouvindo. Interrompi sua explicação bruscamente:

- Papo nada a ver! Quando estávamos caminhando na orla você já deu mole para o pirocudo, depois, na fila do orelhão, ficou de ti-ti-ti com ele, um falando na orelha do outro. Para completar a sacanagem, mentiu que o orelhão estava quebrado só para ir dar para o coroa na kombi. Explica melhor essa história ou eu vou contar tudo para o pai.

Minha mãe arregalou os olhos, ela não esperava tal atitude de sua filha mais comportada e obediente. Seus olhos voltaram a lacrimejar, pensou um pouco e resolveu abrir seu coração:

- Filha, você tem razão, o que aconteceu hoje vai muito além de um repentino surto de tesão. Para você entender Geni, e você também Bella, vou ter que contar algo que aconteceu na minha adolescência e que só sua tia sabe.

- Papai não sabe? Perguntou Bella.

- Não, ele não sabe e não pode nem desconfiar. Eu vou contar para vocês, para entenderem o que aconteceu hoje, mas as duas vão ter que jurar nunca repetir essa história para ninguém e, muito menos contar o que aconteceu hoje. Vai ser nosso segredo.

Não gostei da ideia de ter que manter segredo, mas eu sempre confiei em minha mãe, algo me dizia para continuar confiando. Bella pensou da mesma maneira e prometemos segredo. Mamãe começou a falar.

Continua...

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Comentários

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Absolutamente fantástica sua história! ⭐⭐⭐💯

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Muito bom Himerus. Eu particularmente curto situações assim, envolvendo personagens do cotidiano e com algo a ser descoberto. A familia do interior, vindo de uma realidade distinta, e com o histórico todo da Bella, que agora se desdobrou em um mistério sobre a mãe. E, associado a tudo isso, a história sendo contada pela Geni ao narrador uns 30 anos ou mais depois. Curioso para saber como essas tramas vão se esclarecer.

PS: Narrador que, salvo eu ter perdido algo, seria vc mesmo?

Outra coisa: enviei um email para vc, indicando alguns pontos para correção no texto, que já é excelente! Parabéns mesmo!

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Obrigado por se dar ao trabalho de comunicar que vai parar de ler uma história que não te agradou. Melhor sorte nas escolhas de suas leituras.

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Parabéns. Tomara que não demore muito a continuação!!!

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