Em nome da lei - Capítulo 07

Um conto erótico de th1ag0-
Categoria: Gay
Contém 1330 palavras
Data: 18/08/2022 21:27:44

Narrado por Rick.

-Detetive Lucas - falou uma voz ao outro lado da linha.

-Lucas, é Rick, eu não tenho muito tempo.

-Rick? Onde você está?

-Eles podem voltar a qualquer momento, eu não sei onde estou ainda, eu vim vendado em um carro mas eu tentei organizar as direções que vim.

-Me passa a coordenada - ele falou.

-Eu posso estar errado e ser um tiro no escuro, mas seria mais ou menos 2° 55' 44'' 44° 5...

Desliguei o telefone correndo pois ouvi alguns passos entrando na casa novamente. Olhei em volta para ver se tinha algo que pudesse me ajudar mas não havia nada. Em um impulso peguei um papel e uma caneta que tinha ao lado do telefone e enfiei no bolso.

Segui em direção a porta novamente e olhei para o corredor tentando ver se tinha alguém, mas aparentemente ainda não havia ninguém. Corri de volta para a sala em que estava preso e rapidamente tranquei a porta com o mesmo arame que eu usei para abrir.

Após alguns minutos a porta se abriu e dois homens entraram na sala chutando uma bandeja com um pão e um copo de água.

-Você tem até a noite para falar, mas agora vai ser direto com o chefe - disse um dos homens.

"Era isso, Lucas tinha até a noite para entender o recado e me encontrar" - pensei.

Esperei eles saírem e comi aquele pedaço de pão e tomei um pouco da água. Jogando o restante em minhas mãos que estavam sangrando por conta do arame que usei para sair daquele quarto.

Era muito arriscado eu tentar fugir sozinho, eu não sabia em quantos homens eles eram, a melhor tática era esperar que Lucas conseguisse encontrar minha localização, isso é, se eu estivesse certo também.

Dizem que quando você acha que está prestes a morrer toda a sua vida passa diante dos seus olhos. Se eu ia morrer eu não sabia, mas que eu estava lembrando dos melhores momentos da minha vida ali, isso eu estava.

De certa maneira, acho que os melhores momentos da minha vida aconteceram com Lucas. Eu me arrependo tanto de ter ido embora, e eu só queria uma chance para dizer a ele o quanto eu me arrependia.

Quando conheci Lucas na academia de polícia eu já sabia que ele teria um grande futuro pela frente. Ele sempre foi um menino com sede de justiça. Me lembro até hoje da nossa primeira missão juntos como detetives. Foi um caso bem simples, mas ficamos tão felizes por ter conseguido que aquilo criou um laço de amizade muito forte entre nós dois.

Lucas foi o meu primeiro e único homem em minha vida. Foi simplesmente estranho começar sentir algo por ele, e isso fez com que eu me cobrasse demais.

Como eu, um homem que sempre ficou com mulheres a vida toda estava me sentindo estranho perto de outro homem?

Fiquei por diversos meses tentando esconder meus sentimentos de mim mesmo, até que um dia, em um caso que parecia extremamente impossível de resolver, eu consegui uma confissão de crime da esposa de uma vítima. Lucas ficou tão empolgado com aquilo que me deu um beijo dentro da delegacia. Por sorte ninguém tinha visto.

Após algumas semanas acabei me rendendo aos meus sentimos e me lembro perfeitamente da noite perfeita que tivemos. Eu realmente amava Lucas. Amava não, ainda o amo. Mas quando recebi o convite da FBI eu não podia deixar passar, era a chance da minha vida.

O treinamento da FBI foi totalmente intenso, mas no começo ainda conseguíamos manter o contato. Mas chegou uma hora que não dava mais, assim, acabei o perdendo. Mas eu sei que agora eu estou disposto a tê-lo de volta, e eu não vou deixar minha chance passar.

...

Narrado por Lucas.

Chegamos correndo na delegacia e passei os números que Rick havia dito no telefone para Kate.

-Sem as coordenadas completas fica completamente difícil saber onde ele está - disse Kate - já vai ser difícil pois ele deu uma localização que ele tentou montar através dos movimentos dele. Nem ele sabe exatamente onde ele está.

-Pode favor Kate, tenta. - implorei.

Deixamos Kate trabalhar concentrada e fomos até a cozinha do DP pegar um café para cada. Enquanto esperávamos passar o café eu podia perceber que Daniel queria falar alguma coisa, mas estava receoso.

-Fala Daniel - disse eu - tá tudo bem?

-Eu não quero ser invasivo, espero que não me leve a mal - disse ele coçando a cabeça - eu sei que você e Rick tiveram uma história e tudo mais, mas você ainda o ama?

-Daniel...

-Eu sei que não é da minha conta, mas é porque eu realmente estou gostando de ficar com você, só que eu ainda não entendi se pra você foi apenas sexo ou se eu posso ter uma chance.

-Daniel, eu te juro que nesse momento eu só estou preocupado em achar o Rick. - falei confuso - eu gosto de ficar com você, mas se verdade eu não estou conseguindo raciocinar sobre minha vida amorosa enquanto um cara que eu passei anos da minha vida pode estar correndo risco de vida por minha culpa.

-Mil desculpas - disse ele olhando em meus olhos - eu não queria ser um completo babaca em te cobrar nada disso agora, é só que... Sei lá...

-Daniel, eu comecei a estudar o caso do seu pai por conta própria porque me importo com você. Então acho que se sua preocupação é que eu não goste de você, já tem sua resposta para essa pergunta, não é?

Peguei meu café e o de Kate e voltei para minha sala onde ela trabalhava no caso. A sensação de não ter o que fazer era horrível, mas eu realmente não entendia nada do que Kate estava fazendo naquele computador.

-Se ele estiver certo, existe alguns lugares aproximados que ele pode estar. - disse Kate.

-Como assim aproximado? - Daniel perguntou.

-Ele não tem a localização atual, quando falamos em coordenadas falamos em locais aproximados, pelo menos nesse caso em que ele estava tentando adivinhar pelo movimento que o corpo dele fez até chegar no local que ele está.

-Vocês aprenderam isso na academia de polícia? Acho que pulei essa aula - disse Daniel.

-Isso é tática de guerra - respondi - servi o exército antes de entrar para polícia.

-Eu trabalhei para Interpol - disse Kate - mas isso não vem ao caso agora. Se ele estiver certo, existem esses três locais que ele possa estar próximo.

De frente para Kate o monitor marcou três círculos vermelhos em locais ao sul da cidade.

-Sabemos que ele está no Sul né? - falei em voz baixa.

-É aqui - disse Daniel apontando para um dos círculos.

-Como você sabe? - disse Kate?

-Olhem um pouco mais pra cima, o que tem ali.

-A prefeitura? -perguntou Kate.

-Exatamente! Isso se encaixa totalmente com o caso que...

-Seu pai estava trabalhando antes de morrer. - completei - Kate, você consegue localizar casas e prédios abandonados em um raio de 10km da prefeitura?

-É pra já! - disse ela e começou a digitar rapidamente.

Ficamos alguns minutos encarando o monitor até que mais dois círculos vermelhos apareceram marcando dois prédios.

-Algum palpite sobre qual deles? - perguntei a Daniel.

-Nenhum - disse ele encarando o monitor.

-Então vamos fazer o seguinte, vocês dois vão em um e eu no outro. Se alguém achar algo estranho passa uma mensagem na hora para o outro.

-Não é melhor pedirmos ajuda? - disse Kate.

-A única ajuda que Rick precisa é a minha.

Kate seguiu em direção a mesa de canto e pegou sua arma, colocando-a presa na sua cintura.

-Se cuida - sussurrei no ouvido de Daniel.

Instintivamente Daniel se virou e me deu um breve beijo.

-Vamos? - disse Kate nos encarando sem reação.

-Vamos - falei enquanto passava a mão na cintura para me certificar se estava com minha armaAgradeço a todos que comentam no conto e peço desculpa pela demora em postar, fiquei sem celular. Vou liberar vários capítulos para compensar.

Os comentários de vocês motivam bastante!

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Comentários

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Tenso. Estou curioso e aguardando por esse resgate e também por quem o policial vai se decidir. Obrigado.

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