Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 13 - "Doppelganger" - Parte 8

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 8130 palavras
Data: 02/06/2022 11:14:14

[...]

Ficamos deitados, nos olhando pelo celular por um tempo e logo depois ela avisou que precisava tomar um banho, com o que concordei porque eu próprio precisava também. Nos despedimos então com beijos e juras de amor, e como não amar uma criatura dessas? “Denise que me desculpe, mas Nanda é fundamental!”, pensei enquanto me banhava. Dormi naquela noite como um anjo, sem qualquer peso na consciência por ter rejeitado aquela loira escultural.

No outro dia de manhã, nem oito horas eram, recebo uma animada mensagem de “Bom dia!” no WhatsApp, da Denise. Praticando o “politicamente correto” e sem nenhum outro interesse, também lhe desejei “Bom dia” e ela se sentiu no direito de iniciar uma nova conversa:

Ela - “O dia amanheceu tão bonito hoje, não acha?”

Eu - “Sim. Bastante.”

Ela - “Dormiu bem à noite?”

Eu - “Sim. Muito.”

Ela - “Porque você está tão monossilábico? Está bravo comigo?”

Eu - “Denise, desculpe a sinceridade e objetividade, mas talvez você deva procurar uma ajuda profissional para poder se reencontrar. Acredito que tudo o que aconteceu na sua vida mexeu com seu equilíbrio. Por mais que eu confie no meu taco, não existe lógica alguma você querer uma aproximação comigo da forma como tentou. Eu nunca te dei nenhuma abertura pessoal para isso! E como você mesma disse ontem, sou casado, amo minha esposa e não quero abandonar minha família.”

Ela - “Nossa, Mark! É tão ruim assim eu querer te conhecer melhor?”

Eu - “Considerando que eu fui seu advogado, acabei de formalizar seu divórcio e nunca tivemos nenhum envolvimento pessoal!? Sim, eu acredito que não seja exatamente adequado ou oportuno. Me desculpe a sinceridade.”

Ela - “Poxa! Me desculpa, então. Pelo menos, deixa eu me redimir. Vem tomar café da manhã comigo. Só como amigos, sem nenhum interesse.”

É óbvio que ela tinha algum interesse e por mais que meu lado macho dissesse “vai lá”, meu lado analítico gritou um grande “Foge, Bino, que é cilada!”. Ainda fui polido:

Eu - “Desculpa, Denise, mas realmente preciso ir embora. Só vou tomar um café rápido e volto para casa. Aliás, acho que direto para meu escritório.”

Quase que no mesmo instante ela me chamou numa chamada de vídeo. Decidi atendê-la para colocar um ponto final na sua insistência. Ela agora estava vestida condizentemente e arrumada como uma moça sem aparentes terceiras intenções:

- Mark, eu queria me explicar sobre o que aconteceu ontem? - Pediu.

- Diga, Denise.

- Ontem, eu acabei bebendo um pouco de vinho a mais que estou acostumada. Acho que você estava certo, eu estava tentando afogar minha mágoa e acabei descontando em você. Por favor, não me interprete mal.

- Esquece. Entendo perfeitamente sua situação. Então, vamos fazer de conta que nada aconteceu. - Falei.

- Ótimo! Obrigada, mas eu acho que seria no mínimo justo te oferecer um café da manhã para provar minhas boas intenções. Por favor, aceita, vai!? - Insistiu.

- Eu agradeço, Denise, mas realmente não vou aceitar. Só vou tomar um café rápido e voltar para minha cidade.

- Ah, Mark… - Lamentou: - Só um cafezinho. Eu juro.

- Obrigado, Denise, mas não. Um outro dia, quem sabe…

Seu semblante era uma incógnita para mim, mas tive a impressão de que não ficara satisfeita com minha negativa, talvez herança de uma menina mimada não acostumada a ouvir “nãos”. Ainda assim neguei e logo me despedi dela, desligando a chamada. Desci até o restaurante do hotel, tomei um café preto com uma simpática fatia de um bolo de Aipim, fiz meu checkout e, aproveitando o bom tempo, saí rumo a minha cidade. Coisa de três horas eu chegava e como já era quase a hora do almoço, fui direto para casa.

Lá fui recebido em festa pelas filhas, mas Nanda me olhava com uma cara de interrogação, transitando entre a zombaria e a raiva. Fui até ela e lhe dei um beijo na boca e depois cochichei em seu ouvido “Dinho, é!?”, então ela se rendeu às risadas próprias de uma criança que havia feito arte. Nos sentamos, almoçamos e ela quis saber detalhes do encontro entre Marcos e Denise. Contei tudo o que havia acontecido e ela concluiu que aconteceu o melhor. Depois que almoçamos, as meninas foram para seus quartos se arrumar para a escola e eu pedi que sentasse:

- Nanda, quero falar outra coisa com você. - Pedi.

- O que aconteceu? Já sei a biscate oxigenada! - Falou, me encarando.

- Como você sabe? - Perguntei, assustado.

- É óbvio que ela ia dar em cima de você! Só você não enxergou ou não quis enxergar. - Insistiu.

A encarei realmente assombrado, porque até então eu não havia visto nenhum sinal que indicasse que a Denise fosse dar em cima de mim como fez, mas como ela já estava “meio ciente” de tudo, abri o jogo:

- Então… Ela deu mesmo em cima de mim, mas não rolou nada! - Falei.

- Eu sei, “Mor”. Confio em você. - Falou e me deu um selinho.

- Ela até foi bem insistente... - Falei e peguei meu celular, abrindo o aplicativo de mensagens: - Então, quero ser totalmente transparente com você. Quer ler a conversa?

- Pode ser…

Ela começou a ler as mensagens trocadas e estava bastante tranquila. Depois viu o aviso de chamada de vídeo e continuou passando para baixo. Quando viu as fotos que ela havia me mandado sua feição mudou: me encarou e vi sangue em seus olhos. Sua boca ficou branca e ela cerrou os dentes, pronta para atacar:

- Mark!! - Disse, com a mão fechada sobre a mesa: - O que é isso aqui?

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, num ímpeto de puro ódio, ela bateu meu celular na mesa e com a mão fechada bateu na tela do pobrezinho. Resultado: a tela trincou nas quatro, oito direções possíveis:

- Nanda, meu celular! - Falei, indicando o aparelho.

Ela olhou assustada para o aparelho e só aí se deu conta do excesso. Seus olhos se encheram de lágrimas e eu respirei fundo para não brigar feio com ela. Apesar de ainda funcionar, sua tela já era. Ainda hoje não sei como ela fez aquilo, porque sempre uso película de vidro 3D para proteção do aparelho, mas enfim…

Depois de me acalmar um pouco, olhando para o inocente aparelho abatido, passei a explicar tudo o que aconteceu na chamada de vídeo e disse que ela havia me mandado as fotos depois que eu neguei ir até seu apartamento. Expliquei também que nem teria como ter ido, porque logo depois ela própria me ligou e ficamos “brincando” na chamada de vídeo. Ela se acalmou, mas nem tanto:

- Biscate, filha da puta! Ah, se eu pego essa mulher… Sou capaz de pintar o cabelo dela com a sola do meu sapato. - Falou, com os olhos marejados de ódio e dentes à mostra.

- Deixa disso, sua boba! - Falei, tentando minimizar o acontecido: - Eu não trocaria uma Nanda por dez Denises.

- Mas se fosse onze, você topava?

- Então, né!? Ninguém é de ferro…

Para que eu fui falar isso. Ela fechou a cara e veio para cima de mim, me pegando pela lapela do paletó. Mas, inesperada e mais que de repente, se controlou e me pegou pela nuca num beijo forte e intenso. Ao final, mordeu meu lábio inferior e o puxou sem dó:

- Ai, ai, ai, Nanda!... - Tentei falar, na medida do possível.

Ela me soltou e já foi ameaçando:

- Você é meu! Todo meu! Inteirinho meu! Não faz isso comigo, “Mor”.

- Isso, o quê? - Perguntei.

- Me trair. Por favor, nunca faça isso comigo. Eu não sei o que… - Disse e me encarou: - Ah, eu só não sei!

Fiquei a encarando e ela a mim. Comecei a acariciar e arrumar seu cabelo, e aquele contato a acalmou, porque ela viu que carinho, comprometimento e amor é o que nos unia. Ela própria então perguntou:

- Você ficou excitado com ela, não ficou?

- Nanda, ela é uma mulher muito bonita, mas eu nunca te trairia por ninguém, porque você, além de bonita, tem meu coração, sua boba. - Respondi.

- Mas e se a gente fosse “mais liberal” ainda? Você teria ficado com ela? - Insistiu.

- SEGUNDA REGRA: Sem te contar e sem ter sua aprovação para uma aventura solo, eu não faria. - E agora frisei: - Além disso, tem a QUINTA REGRA: Nossa vida liberal é exceção, não regra, e não pode prejudicar nunca nossa família. Você é minha mulher, minha vida e te respeito demais para te trair.

- Eu me sinto um lixo quando você fala assim. - Resmungou.

- Porque, caramba!?

- Porque eu não agi assim com você. A impressão que tenho é que não sou boa o bastante para você. - Disse, se aninhando em meu peito.

Ficamos um tempinho ali abraçados. Logo, ela se afastou para me encarar e voltou a conversar. Dessa vez disse algo que nunca imaginei que ela teria coragem de me falar em sã consciência:

- Se um dia algo desse tipo voltar a acontecer, promete me ligar na mesma hora? - Pediu.

- Posso fazer isso, mas porquê? - Perguntei, sem entender onde ela queria chegar.

- Prometo que não vou brigar com você. É que daí eu vou analisar, tentar entender o seu lado, e aí eu… eu… - Disse e engoliu a seco: - Eu vou tentar por meu ciúme de lado e talvez te liberar. Eu preciso confiar em você.

Seus olhos se encheram de lágrimas nessa hora e vi o tamanho da batalha que travava consigo mesma para tentar se mostrar forte o suficiente para tomar uma decisão como aquela. Eu fiquei assombrado, boquiaberto, devia estar com os olhos arregalados e as palavras sumiram. Só consegui abraçá-la novamente e apenas depois de algum tempo falei:

- Eu não vou fazer isso com você, bichinho ciumento. Fica tranquila.

- Não, não! Eu quero isso. - Falou, enxugou uma lágrima e me encarou: - Só promete que volta pra mim depois, pra gente, pra nossa família. Eu vou te entender.

Nesse momento, Maryeva chegava na área social e nos flagrou naquela situação:

- Não acredito! Já estão brigando de novo? - Disse.

- Muito ao contrário, “Amorzinho”. - Falei, a encarando: - Acho que nunca estivemos tão bem como agora.

- Então porque ela está chorando? - Insistiu.

- Porque sua mãe, ela… ela… - As palavras certas sumiram, mas acabei usando um chavão clássico: - Ela acabou de me dar uma demonstração de amor que me emocionou e acho que a ela própria. Só isso!

- Vocês são muito esquisitos… - Disse e foi se sentar no sofá da sala.

Logo, a caçula chegou e não tínhamos mais como conversar. Nanda se soltou de meus braços e pegou novamente meu combalido celular. Olhou envergonhada para mim e novamente para o aparelho. Voltou, então, a ler a conversa e a olhar as fotos da Denise, balançando negativamente a cabeça:

- Se eu não te conhecesse intimamente, na cama mesmo, diria que você é viado. Olha pra essa mulher! - Cochichou e apontou para a foto de corpo: - Eu não sou bi e fiquei com vontade de dar uns esfregas nela.

- Uai! Eu posso ligar para ela e agendar um programinha. Que tal? - Brinquei.

Ela me encarou, olhou para meu celular e voltou a passar pelas fotos dela. Depois me encarou novamente, soltando um zombeteiro e sonoro:

- Não! Melhor não. Vou dar sorte pro azar. - Riu e voltou a falar baixinho: - Vai que eu aprendo a gostar mais de chupar essa “manguinha” que a sua “banana”. Melhor não arriscar, né!?

Rimos e, na hora de costume, levei as meninas para a escola. Nanda ficou cuidando de seus afazeres. Fui ao meu escritório e me ocupei com meus processos. No final da tarde, busquei as meninas e voltamos para casa. Não houve nenhuma novidade nessa noite, nem nos dias seguintes.

Dias após, Bia ligou para Nanda para informar que Bernardo já havia chegado em casa. No final de semana fomos visitá-los e, para sair da rotina óbvia, levamos nossas filhas juntas para passearem um pouco. Como soubemos pela Bia que sua recuperação seria plena, apenas questão de tempo, me vesti como um jogador de futebol society, levando uma bola inclusive, tudo para sacaneá-lo. Assim que nos recebeu na porta, Bia já começou a rir e entendeu, de cara, que eu iria aprontar. Bati na porta de seu quarto e já “entrei, entrando”:

- E aí, Bernardo? A galera está precisando de um “zagueirão de roça”. Vamo lá!? - Disse e já joguei a bola em cima dele.

- Mark!? Ah, vai tomar no cu, seu viado! - Disse e já caiu na gargalhada.

- Vambora, meu! Levanta daí, sua mula manca. - Insisti, também rindo.

- Vai se foder, caralho! E esconde esses cambitinhos brancos aí que eu não sou chegado. - Rebateu, também rindo.

Fui até ele e lhe dei um abraço, e Nanda chegou com a Bia logo atrás às risadas. Maryeva e Mirian as seguiam em silêncio:

- Mas quem são essas duas lindas moças, Mark? Cê tá montando um harém na sua casa? - Perguntou Bernardo.

- Minhas filhas, Maryeva, a mais velha e Mirian, a caçula. - As apresentei.

Ficamos conversando, papeando e as “mulheres” foram para a cozinha. Logo, trouxeram uns petiscos para nós e cerveja para mim, mas recusei por estar dirigindo. Sei que acabamos jantando lá e só conseguimos sair no início da noite porque eu disse que havia prometido levar minhas filhas ao shopping. Na saída do apartamento, obviamente elas me cobraram o argumento utilizado:

- Vocês tão brincando que terei que ir vestido desse jeito no shopping? - Falei.

- Prometeu, tem que cumprir! - Gritou minha caçula e, num raro momento da vida, minha primogênita concordou.

Olhei para Nanda e ela deu de ombros. Fui voto vencido e acabei as levando. Descontando os olhares curiosos para aquele jogador “fake” de futebol, passamos novamente bons momentos em família que, no final, é o que realmente importa.

Em casa, já em nosso quarto, Nanda veio me falar que Bia reclamou com ela estar “subindo pelas paredes”, pois, desde o acidente do Bernardo, eles não tiveram mais nenhuma atividade sexual. Estranhei e ela me disse que, além do acidente em si, parece que um remédio havia afetado sua condição física. Raciocinei, logicamente, que se o remédio não fosse de uso permanente, assim que ele cessasse seu uso, certamente os efeitos também cessariam e eles resolveriam essa questão. Ela concordou e, no final, me disse que a Bia havia perguntado se ela não me emprestaria para ela um dia para “descarregar a tensão”:

- Olha! E o que você respondeu, Nanda? - Perguntei, a encarando com um sorriso sarcástico no rosto.

- Mandei ela à merda, uai! - Respondeu, rindo: - O pior é que senti uma pontinha de verdade nas palavras dela, “Mor”.

- Eu acho que você, como madrinha, aliás, madrinha não, dama de honra, deve fazer de tudo para resolver os problemas dela. - Falei, esfregando minhas mãos: - E eu estou à disposição…

- Acho que terei que te mandar à merda também. - Falou, sorrindo, mas logo depois emendou séria: - Você tem algum tesão na Bia?

- Ah, Nanda, ela é uma mulher bonita, mas não chega aos seus pés. Aliás, nenhuma mulher chega aos seus pés. Se você, hipoteticamente falando, autorizasse uma brincadeira dessas, seria somente por esporte mesmo. - Falei sem querer qualquer empolgação: - Mas eu não faria nada se fosse colocar em risco o relacionamento deles ou a nossa amizade.

Nanda me olhou por um instante e até parecia estar aceitando a possibilidade daquilo acontecer. Eu preferi não dar sequência no assunto, porque imaginei ser muito improvável. Era só uma carência de momento. Logo, o Bernardo estaria bem e mataria a vontade da Bia:

- Porque você disse que nenhuma mulher chega aos meus pés? Nem sou tão bonita assim. - Ela insistiu.

- Você só é insegura, sua boba. Você é linda! Além disso, você e as meninas são tudo o que eu preciso para ser feliz. - Falei enquanto a encarava: - Nós temos sentimento, química, tesão, objetivos em comum, liberdade um com o outro… Precisa de mais o quê?

Ela me olhou e sorriu, acariciando meu rosto. Ficamos deitados e dada a hora e o cansaço, comecei a cochilar, sendo acordado por uma boquinha inquieta, cujos lábios já roçavam descaradamente meu pau. Ela nem se preocupou em me encarar, pois estava muito concentrada no que fazia. Ficou lambendo-o e logo o enfiou todo na boca. Ele ainda estava de mole para meia bomba, mas aquele contato, aquele calor, fez com que se animasse rapidinho. Aliás, o senti crescendo dentro de sua boquinha macia, sendo massageado por aquela língua ágil.

Depois de um tempo ali, só depois é que ela me encarou com um sorriso pra lá de malicioso, mas não trocou uma única palavra sequer. Continuou chupando, lambendo, masturbando, alternando entre meu pau e saco. Depois de um tempo ali naquela pressão, anunciei que iria gozar e então ela colocou sua boca e com ela passou a masturbá-lo até eu explodir num gozo fenomenal. Ela não deu conta de recebê-lo todo na boca e acabou vazando um pouco sobre mim. Assim que meus espasmos cessaram, ela, satisfeita, me encarou mostrando o resultado daquela gozada e o engoliu, dando um sorriso. Voltou e lambeu o restante do que havia deixado escapar e então subiu para me cobrar um beijo, o que fiz sem qualquer receio:

- Credo, “Mor”. Não consigo acreditar até hoje que você não tem nojo? - Falou, rindo.

- E porque eu teria nojo de meu próprio sêmen? - Respondi: - Se você não tem, porque eu teria?

- Ah, sei lá… Só acho esquisito.

Ficamos nos curtindo um pouco e depois fomos escovar os dentes. Namoramos um pouco mais e dormimos, enfim.

A vida seguia normalmente, sem nenhuma ocorrência relevante. Trabalhávamos, cuidávamos das meninas, transávamos, às vezes normalmente, às vezes com mais empolgação… Já havia passado um ou dois meses, estávamos em meados de setembro, quando Marcos voltou a nos chamar naquele nosso grupo de WhatsApp, surpreendendo-nos, afinal desde o divórcio havíamos trocado pouquíssimas palavras:

Ele - “Boa noite, meu casal favorito. Estão podendo teclar?”

Nanda me olhou surpresa e não teríamos como ter muita liberdade naquele momento, pois estávamos na sala e eu estava jogando Banco Imobiliário com as meninas. Pedi que ela respondesse e depois, quando possível, eu conversaria também. Ela então se levantou e foi até a área da cozinha, se sentando na ilha e ficou teclando com ele. Continuei brincando com as meninas e até me esqueci deles. Aliás, a brincadeira estava tão legal que elas perderam a hora de dormir, indo se deitar por volta das dez e meia. Depois da rotina de sempre, elas foram se deitar e então fui pegar meu celular para ver o que haviam conversado.

A conversa já estava longa e eu, sem paciência para lê-la toda, pedi que Nanda me resumisse a “prosa”. Ela então me disse que ele voltou a fazer gracejos para ela e que nos convidou para um evento de formatura de uma turma de direito de um curso em que ele lecionava. De acordo com ela, eles havia reservado uma pousada próxima à São Paulo para os alunos e professores para fazerem um churrasco e cervejada de sexta para sábado, sem hora para acabar, e um social jantar e baile de sábado para domingo:

- Olha! Gostei do convite. Vai ser legal a gente poder comer, beber e ainda dançar de graça. Por mim, eu topo. - Falei, empolgado com a chance de passar memoráveis momentos com minha patroa.

Ela me olhou séria e não tão empolgada, o que estranhei, porque normalmente ela é que bota fogo no casal e, a conhecendo, sei que adoraria aproveitar uma chance daquelas comigo:

- “Mor”, acho que você não vai gostar tanto assim… - Falou com um semblante que demonstrava estar chateada com o convite: - Tem um detalhe que ainda não contei.

- Uai. Então, fala.

- O Marcos me contou que dá aula nessa faculdade e que a Denise é aluna do curso de direito desta turma que vai formar. Daí ele perguntou se eu não poderia acompanhá-lo, ser sua namorada de mentirinha nesse dia. - Falou, me olhando incomodada e já sabendo que eu não gostaria.

Não gostei mesmo! Fechei a cara na hora porque aquele filho da puta, depois de tudo o que tentei fazer para ele ser feliz, agora tentava me dar uma rasteira novamente. Acabei ficando sem palavras, mas certamente fechei a cara:

- Pode ficar tranquilo que eu já neguei. Se fosse para irmos juntos, eu adoraria, mas te deixar para ir junto dele, está fora de cogitação. - Nanda falou logo na sequência, acariciando meu rosto.

- Mas que filho da puta, hein!? Tentando me dar uma rasteira novamente.

- Não foi, não. Ele fez um convite no grupo em que você também está. Não foi nada escondido. - Ela tentava amenizar.

Nisso ouvimos aquele característico som de notificação em ambos nossos aparelhos e vimos que o Marcos mandou outra mensagem:

Ele - “Nanda, acho que eu não me expliquei direito. Não quero deixar o Mark de lado: ele também é convidado. Só que ele ficaria na nossa mesa como se fosse um amigo meu, digo, nosso. Eu só não queria ir nesse evento desacompanhado e correndo o risco da Denise chegar lá com aquele filho da puta do Antunes. Só isso.”

Ao lermos aquela mensagem, nos olhamos, mas ainda não estávamos exatamente convencidos de que seria uma boa oportunidade. Resolvi entrar na conversa:

Eu - “Marcos, é o Mark. Tudo joia? Olha só, a gente agradece o convite, mas acho que ficaria uma situação estranha entre eu e a Nanda. Afinal, nós que somos casados, não poderíamos aproveitar a companhia um do outro num momento que poderia ser muito legal. Sinceramente, acho que não vai rolar.”

Ele - “Mark, eu já pensei em tudo. Nessa pensão há alguns quartos conjugados. Nós podemos pegar dois desses e a Nanda fica com você, mas ela entra e sai comigo, entendeu? Só quero ela do meu lado para não dar a impressão que ainda estou de fossa.”

Ela - “Marcos, porque você não leva uma namorada? Seria mais lógico que levar uma ‘de mentira’.”

Ele - “Eu até estava conhecendo uma moça, Nanda, mas acabamos nos separando e prefiro levar uma amiga de confiança do que ir sozinho. Por isso pensei em você.”

Ele - “Em vocês, desculpe!”

Ela - “Marcos, você vai me desculpar, mas, se eu topar, não iria curtir gostoso porque não estaria com o meu marido.”

Eu - “Porque você não contrata uma “escort girl”? Daí vai ter uma acompanhante profissional e ainda poderá curtir a sós com ela no quarto.”

- “Escort girl”? Que é isso? - Nanda me perguntou.

- Puta, piranha, prostituta… - E agora frisei, brincando, fazendo com que risse: - Mas… de… luxo!

Ele - “Ah, qual é, Mark? Convido vocês para curtirem um evento legal e você quer me empurrar um piranha? Mui amigo, hein!?”

Eu - “Você convidou a gente, mas, no fundo, a tua intenção é curtir a minha mulher, Marcos. Não tenta me enrolar!”

Ele - “Ué! Vocês não são liberais? Se ela me desse chance, eu curtia mesmo, e te garanto que você também conseguiria curtir fácil, fácil umas formandas…”

Nanda já começou a teclar algum xingamento, mas ele se adiantou:

Ele - “Brincadeira, gente!? Convidei vocês porque queria reencontrá-los, mas se acham que não dá, tudo bem. Pensem aí e me respondam até a próxima segunda para eu fazer as reservas, ok?”

Nanda apagou seu xingamento:

Ela - “Vou conversar com o Mark, mas, por mim, só aceito se eu puder ir com ele e como você mesmo disse, ‘você também conseguiria curtir fácil, fácil umas formandas…’.”

Ele - “Eu não posso, Nanda. Sou professor. Acabaria ficando estranho para mim.”

Ela - “Tá. Sei que você não deve pegar umas alunas aí.”

Ele - “Verdade! Não peguei. Estou me guardando só para você. Dois meses, só no acumulado!”

Ela - “Vá à merda, Marcos!!!”

Ele - “Brincadeira! Ô mulher brava, Mark.”

Eu - “Pois é… Vamos conversar e depois te respondemos, Marcos, mas também acho difícil nesses seus termos.”

Ele - “Pensem direitinho aí e depois me falem. Forte abraço e beijo na Nanda.”

Ela - “Tchau!”

Eu - “Até.”

Nanda realmente parecia não ter gostado e logo foi se deitar sem mim, o que não é muito normal. Decidi ler toda a conversa que eles haviam trocado antes de eu entrar e, fora alguns gracejos, não vi nada de estranho mesmo. Somente uma passagem me intrigou um pouco, quando ele propôs para ela me pedir e me dar um “Vale Weekend”, ou seja, pedir e me dar um final de semana para curtimos a sós. Naturalmente ele a ela e eu a alguma formanda, caso conseguisse alguma. O estranho foi ela não ter aceitado nem negado. Fui me deitar pouco depois e minha motosserra já começava a roncar no canto da cama. “Na alegria e na tristeza, disse o padre.”, pensei e sorri. Deitei e dormi quase de imediato.

No outro dia de manhã, Nanda me acordou antes do horário de nos levantarmos. Disse que não havia dormido direito e queria conversar:

- Você quer ir? - Me perguntou.

- Com você, eu adoraria! Iríamos curtir muito. - Falei, mas conclui: - Mas separados, como amigos, acho que nenhum dos dois iria curtir direito.

- É. Também acho.

- E para comer e beber, não precisamos ir até lá, né!?

- É.

- Mas você parece querer ir.

- Eu queria. Com você, eu queria. Até pensei no que o Marcos falou, da gente pegar quartos conjugados e eu só sair e voltar com ele, e ficar com você, mas sei lá… - Falou e logo já perguntou: - E se alguma menina chegasse em você? Como ia ser?

- Pois é! Ele estaria acompanhado, então ninguém iria chegar nele ou em você; mas comigo poderia acontecer. Também não sei como faria.

Ficamos ali deitados, ela sobre meu peito, arranhando-o levemente com as unhas:

- Você chegou a ler toda a conversa? - Me perguntou.

- Porque? Alguma coisa que eu deva saber?

- Leu ou não leu? - Insistiu e agora frisou: - Ele chegou a falar porque eu não pedia e não te dava um “Vale Weekend”...

- Eu li, sim, e vi que você não negou… - Acabei soltando sem querer.

Ela se levantou de meu peito e se sentou na cama de meu lado, me encarando:

- Você ficou chateado, né? Desculpa. Eu só não soube o que responder naquela hora, mesmo porque a gente tinha conversado, depois daquela história da Denise dando em cima de você, sobre a possibilidade de liberar, caso acontecesse novamente. - Falou, numa posição de defesa.

- Não estou te culpando de nada, Nanda. Fica tranquila. - Respondi, me sentando e conclui: - Eu não sei o que pensar sobre esse tal “Vale Weekend”. O que você acha? Você toparia um negócio desse?

- Eu não sei. Se você quisesse, eu poderia até tentar, mas só se não houver risco para nossa relação.

- Vamos fazer o seguinte: a gente pensa nesse final de semana e, se a gente concordar sem dúvidas, a gente fala com ele na segunda. - Propus.

- Então, tá, “Mor”, mas olha, na dúvida, é não, ok?

- Claro.

Nos levantamos, pois já era quase nossa hora e fomos cuidar dos afazeres domésticos. Era uma quarta-feira e desse dia até domingo, nunca vi dias tão longos ou demorados em minha vida. Estávamos em um impasse, que significaria dar ou não um passo para uma maior liberdade em nosso relacionamento. Se concordássemos, eu a estaria liberando de bandeja para ele e, apesar dela dizer que havia perdido o encanto por ele, eu sabia que seu lado fêmea ainda ansiava confirmar se ele era realmente tão parecido comigo. Ela, por sua vez, se concordasse, estaria me liberando para ter contato com outra mulher, inclusive sexuais, por óbvio e sem sua presença. Nosso envolvimento com a Laura havia acontecido num momento em que ela já estava envolvida, então rolou o que já havia começado. Agora, ela tinha a chance de raciocinar, pensar a respeito e sei que, por seu perfil um pouco inseguro, certamente a angustiava.

No domingo, após as meninas se deitarem, eu degustava um salaminho, queijo e cerveja, assistindo a televisão e ela veio me cobrar uma posição:

- Você pensou? - Me perguntou enquanto pegava minha cerveja para tomar um longo gole.

- Se acabar com a lata, vai buscar outra. - A adverti e já respondi: - Estou pensando desde quarta.

Ela me olhou, tomou o restante da lata, aliás, latão, e foi buscar outra na geladeira, me entregando:

- E o que você decidiu? - Insistiu.

- Eu não decido nada sozinho, Nanda. Ou decidimos os dois, de comum acordo, ou na dúvida, ficamos onde estamos.

Sabendo que ela não tomaria uma decisão, fui falando meu ponto de vista sobre a possibilidade de darmos esse novo passo em nosso relacionamento, mas deixando bem claro que isso só daria certo se estivéssemos bem certos das consequências e prontos para enfrentá-las juntos:

- Além disso, é óbvio, tenho certeza absoluta, que o Marcos quer você. A questão que fica pendente é: você também o quer? - Perguntei, escancarando o óbvio.

Ela parou por um momento com que escolhendo as melhores palavras para me dizer, talvez com receio de me constranger ou perturbar, mas acabou preferindo ser objetiva e direta, o que prefiro sempre em tais circunstâncias:

- Olha, “Mor”, ele é bonito, cheiroso, educado, inteligente, você sabe que eu me interessei nele num primeiro momento…

- Porque ele me lembrava para você. - A interrompi quando notei que ela estava titubeando: - Pode falar francamente, Nanda. Eu prefiro.

- Então… É isso mesmo. Me interessei por ele me lembrar você. Daí teve aquele seu momento de insegurança, sem nenhuma justificativa, e eu não quero ficar com ele se for pra você se sentir mal.

- Esquece daquilo. Já passou. - Tentei tranquilizá-la e, ao mesmo tempo, me convencer de algo que eu ainda não tinha plena certeza.

- Depois rolou toda aquela história dele com a Denise, traição de um lado e depois do outro, e no final a gente ficou sem saber quem era culpado… - Tomou uma generosa golada em minha cerveja: - Bem… Ele nunca me tratou mal…

- Nanda, você quer ou não quer dar pra ele? - Interrompi novamente, porque ela não concluía nada.

- Se tiver clima, eu até topo, mas só se você estiver à vontade com a experiência, senão deixamos como está. Daí, no futuro, podemos encontrar outro alguém, talvez até um casal, sei lá… - Ela respondeu, até me surpreendendo com a sugestão.

Vi que ela estava aberta e se abrindo para uma nova experiência. Agora competia a mim decidir dar esse passo. Eu nunca fui um “empata foda” e não gostaria se começar a sê-lo agora:

- Certo. Você está disposta a se fingir de namoradinha dele e, se rolar um clima, deixar rolar até mesmo sexo com ele, certo? - Tei ser o mais claro possível, com o que ela concordou com a cabeça e continuei: - E você está disposta a assistir eu me envolver com outra mulher e quem sabe até saber que vou transar com ela, se também rolar um clima legal?

Ela me encarou, meio que angustiada nesse momento. Parecia ainda estar em dúvida, mas firmou o pé e quis demonstrar uma maturidade necessária para evoluirmos ainda mais nossa relação:

- Eu tenho que aceitar que isso vai acontecer um dia e eu prefiro saber com quem você está, e que essa seja uma pessoa legal, do que viver me angustiando na dúvida ou pelos cantos. - Falou, enquanto fingia escolher uma fatia de salame: - Só me promete que vai voltar pra mim depois, por favor!?

Eu levantei seu rosto e coloquei seus olhos em direção aos meus. Vi então que os seus estavam marejados e eu precisava dizer alguma coisa:

- Eu te amo e nada vai mudar isso. Se, e estou dizendo se acontecer, será apenas sexo. Eu sei separar muito bem sexo de amor: sexo posso ter com qualquer uma, mas o meu amor é todo seu! Entendeu? - Disse com meu melhor sorriso: - Só espero que você também saiba separá-los caso role alguma coisa entre você e o Marcos…

- Eu também te amo demais, seu bobo, e nem sei se vai rolar algo…

- Então, vamos combinar assim. Nós, e somente nós, saberemos que estamos liberados para algo mais “caliente” com nossos parceiros, caso exista clima, mas vamos deixar o Marcos na ignorância para ver se ele fará por merecer você. Tudo bem? - Propus.

- Por mim, está ótimo! - Ela concordou, sorrindo: - Assim ele já não vem para cima achando que tem direito a alguma coisa.

- Essa é a ideia. - Tomei uma golada em minha cerveja e perguntei: - Você quer ligar para dar a notícia e os limites para ele?

Ela foi buscar seu celular e logo deu um olá no nosso grupo. Vi quando ela perguntou se o convite estava de pé, confirmado por ele, bem como quando ele ficou exultante quando ela disse que aceitávamos. Ela tomou a iniciativa e fez uma chamada de vídeo para ele, mostrando que estávamos juntos na decisão. Ele agradeceu demais nossa ajuda e disse que iria tratar a Nanda como uma rainha, sempre com o máximo respeito. Por fim, disse que iria confirmar as reservas e depois nos retornaria com mais informações sobre o evento. Nos despedimos e desligamos.

- “Máximo respeito”! Sei? - Resmunguei em voz alta para mim mesmo.

- Se você não estiver confortável, a gente não vai. Eu mesma não sei se gosto da ideia de você com outra… - Ela rebateu.

- Não. A gente vai. Ninguém é obrigado a nada. Se você não tive clima, você não; se eu não tiver, eu não faço. Vamos lá beber, comer e nos divertir. - Falei e depois brinquei me insinuando para ela: - E se o Marcos não for um namorado bom e atencioso, corre o risco de perder você para alguém mais “experiente”.

- Imaginou!? Você me “roubar” dele no meio do evento? Seria um bá-fá-fá tremendo… - Respondeu, rindo.

Acabamos concordando em levar aquela “aventura” adiante, mesmo com alguns possíveis riscos. Afinal, precisávamos amadurecer ainda mais a confiança que já depositávamos um no outro. Apesar de ter ficado um clima estranho entre nós, pois parecia que estávamos nos preparando para trair um ao outro, procuramos levar tudo na maior naturalidade possível.

Durante a semana, Marcos nos chamou no grupo e disse que o evento seria na segunda semana de outubro, o que para seria perfeito para nós, pois a segunda semana de outubro é a chamada “semana do saco cheio” na escola das meninas, uma semana de recesso e elas passariam na chácara de meus pais, dando-nos uma ótima liberdade para quaisquer preparativos. Disse para levarmos roupas confortáveis para o churrasco, bermuda, sunga e biquíni para a piscina durante o dia e roupas sociais e vestido longo para o jantar e baile, algo já esperado por nós.

Ternos, sapatos e camisas sociais, tenho vários. Nanda não tem vestidos sociais longos, porque não gosta de repetir em eventos que exigem tal vestimenta. Então, na última semana de setembro ela foi até uma loja de roupas sociais e alugou um belíssimo vestido longo vermelho, meio bordô. Ele parecia um espartilho com uma saia longa, com um corte que por pouco não alcançava sua boceta.

No início da semana do evento, levamos nossas filhas para a casa de meus pais e já lhes deixei ciente que teríamos um evento social numa faculdade de direito no final de semana. Eventos desse tipo são até comuns em minha área, então eles não se surpreenderam e nossas filhas compreenderam bem. Nanda, durante essa semana, aproveitou para cuidar da aparência: fez cabelo, unhas, limpeza de pele, acertou depilação de corpo e alma, e abusou de minha boa vontade ao fazer um bronzeamento artificial para dar um “up” na autoestima. Na dela, porque a minha foi lá pra baixo quando me dei conta de que estava deixando minha mulher mais linda ainda para provavelmente ser abatida por outro. Ainda assim me resignei e, para não passar novamente a pecha de inseguro, deixei seguir.

Na sexta-feira de manhã, peguei a Nanda sentada na beirada da cama pensativa e alisando a aliança. Ela parecia triste, distante e aquilo me doeu o coração ao ponto de quase desistir de tudo:

- O que foi, Nanda? Quer desistir? - Perguntei.

Me chamou para sentar a seu lado e eu sentei:

- Nós estamos bem, mesmo? Eu não quero que você faça algo só para me agradar. Se você não estiver tranquilo, a gente para. Por favor, me fala de coração se você quer continuar. - Me pediu.

Respirei fundo e falei:

- Não. Nós vamos. Se lá, a gente se arrepender, nós damos alguma desculpa pro Marcos e voltamos embora na mesma hora. Vamos pelo menos tentar.

- Tem uma coisa que está me incomodando? - Ela falou.

- O quê?

- Minha aliança. Como vou ser namorada dele, usando uma aliança na mão esquerda?

- Você pode ser uma alegre viuvinha que ainda não esqueceu seu grande amor… - Falei, sorrindo.

- Ai, credo, “Mor”. Brincadeira mais sem graça…

- E o que você sugere?

- Eu não queria tirar a aliança. Nós prometemos que não faríamos isso quando nos casamos.

- Então, vamos com elas e ele que invente uma desculpa, se precisar. Vamos cumprir nossos votos e ponto. Afinal, nossa vida liberal é exceção, não regra e não pode prejudicar nossa família.

- Isso. Quinta regra.

Decidida essa última questão, embarcamos a bagagem no carro e fomos para São Paulo. Três horas depois, chegávamos na metrópole e éramos recepcionados pelo Marcos em seu apartamento, por volta da hora do almoço. Saímos para um restaurante próximo e, ali, Nanda fez questão de frisar as regras com ele novamente:

- Marcos, serei sua “namorada fake” no final de semana, mas é só isso, ok? Se você abusar da minha confiança ou se o Mark não estiver confortável, a gente vem embora. Tá entendido?

- Fica tranquila, Nanda. Quero apenas aproveitar ótimos momentos com vocês dois. Vamos dar muita risada. Vocês vão ver. - Falou, radiante, parecendo uma criança que ganhou a chance de brincar com um brinquedo novo.

- Só para eu saber: vamos poder trocar uns beijinhos, como namorados normalmente fazem? - Ele insistiu e Nanda me olhou como querendo uma resposta apropriada.

- A Nanda é adulta, Marcos. Se ela achar que é conveniente e você merecedor, não vejo problema algum. - Eu respondi: - Daí para evoluir para um beijo mais quente, eu não vou opinar. Será entre você e ela, porque não sou mais o homem dela.

- Ah, “Mor”. Pode parar. - Resmungou e segurou na minha mão, enquanto eu sorria meio que nervoso.

No meio da tarde, por volta das dezessete horas, saímos em direção à pousada onde se realizaria o evento. Fomos em carros separados, Marcos e Nanda no dele e eu no nosso. Sem trânsito, teríamos chegado em não mais que vinte minutos, mas levamos quase uma hora entre o maravilhoso trânsito de São Paulo e a pousada. Não era uma pousada qualquer, mas um estabelecimento de chique, bem requintado. Marcos pegou a Nanda pela mão e já chegou cumprimentando algumas pessoas no hall do estabelecimento, a apresentando como sua namorada. Por mais que ela disfarçasse, seus olhares para mim era persistentes, e chegavam a demonstrar que ela não estava satisfeita em me ver só. Marcos notou e me chamou para perto deles, me apresentando com um grande amigo do “casal”.

“Filho da puta!”, pensei comigo e vi que Nanda engoliu seco quando notou meu incômodo. Ainda assim preferi ser polido e os cumprimentei, nem haveria que ser diferente. Registrados, subimos a nossos respectivos quartos e qual não foi minha surpresa ao notar que ele não havia reservado quartos conjugados para nós. Estávamos em lados opostos do corredor. Quando Nanda viu aquilo quis voltar para trás na hora e ele teve que rebolar para convencê-la a entrar no quarto, mesmo comigo, para conversar:

- Que canalhice, Marcos. Não foi isso o que a gente combinou. Eu quero ir embora. - Pensou um pouco e completou: - Ou melhor, vou para o quarto do Mark.

- Pelo amor de Deus, Nanda! Eu tentei, só não consegui quarto lado a lado. Mas o quarto do Mark é em frente ao nosso, do outro lado do corredor. A gente chega junto, vê se não tem ninguém no corredor e você vai para o quarto dele. É simples assim. - Ele justificou quase de joelhos.

Ela me encarou e me cobrou uma posição. Eu não gostei dessa inesperada situação, mas concordei com o Marcos: era só cruzar um metro e meio e ela estaria no meu quarto. Quanto a ela ficar comigo ou com ele, deixei que ela decidisse. Ela resmungou mais alguma coisa, abriu a porta do quarto para conferir a distância entre as portas e acabou aceitando. Brava, mas aceitou. Perguntei o que ela queria fazer com as roupas, se preferia deixar no meu quarto ou no dele, e ela disse que “tanto faz”, pois iria apenas pendurar os vestidos, o resto deixaria na mala. Então, fui para meu quarto, idêntico e espelhado ao dele e ela veio atrás de mim:

- Não gostei. - Resmungou.

- Calma! Se quiser ficar aqui comigo é só avisá-lo. - Falei.

- Ele já quer descer para beber alguma coisa. Falou para te chamar.

- Uai! E não viemos para nos divertir. Então, vamos. - Falei.

- Já não tô me divertindo muito, não! - Resmungou uma vez mais.

- Nanda, se você quiser, a gente para tudo e vai embora. É só falar.

Ela me encarou, pensativa, com a testa franzida, por um instante e disparou:

- Não. Vamos beber algo. Acho que é isso que eu tô precisando.

- Se eu beber, a gente fica. Não posso dirigir, senão depois de um bom tempo. - A adverti, obviamente pelo risco de direção e bebida juntos.

- Vamos descer e a gente vê.

Abri a porta e coloquei a cabeça para fora, para sondar se não havia alguém no corredor e saímos em direção ao quarto do Marcos. Ele nos esperava ansioso. Vendo nosso retorno e disposição para beber, se animou. Nanda pediu que esperássemos ela trocar de roupa e depois de uns trinta minutos, saiu do banheiro com uma bermudinha social azul petróleo, um “corset” de manguinhas “tomara que caia” branco, que ajudaram a valorizar ainda mais seus seios e, por fim, uma rasteirinha. Com os cabelos soltos, uma suave maquiagem completava o quadro. Após nos recompormos, fazendo-a sorrir satisfeita pelo efeito causado, descemos para a área onde seria realizado o tal churrasco.

As poucas pessoas que lá estavam eram da faculdade em que Marcos lecionava. Ele nos apresentou aos que ainda não conhecíamos, ela como sua namorada e eu como um amigo advogado, e logo estávamos papeando com eles ao sabor de um chope geladíssimo e uma primeira rodada de linguiça. Sentamos numa mesa: Marcos à esquerda, eu à direita e Nanda no meio. Eu conversava com todos e o assunto eu dominava. Eles pareciam bem interessados em mim, em meus conhecimentos. Chegaram a perguntar porque eu não dava aula e lhes contei que morava em Minas Gerais e a distância inviabilizava. Nanda como de costume, se sentiu ilhada, pois administradora de empresas, não conhecia a fundo os assuntos que conversávamos.

O espaço foi se enchendo pouco a pouco e cada vez mais, e Marcos era sempre cumprimentado pelas pessoas. Nanda recebia elogios e mais elogios pela sua beleza e postura, e ele parabéns pela belíssima mulher “que havia conquistado”. Às vezes, ela conversava comigo, preocupada com o que estivesse pensando, mas eu a tranquilizei e ela com o tempo e o chope relaxou.

Por entre vinte e vinte e uma horas, estávamos conversando animadamente diversos assuntos quando vi uma figura conhecida, de pé bem à minha frente, do outro lado da mesa, com um pratinho de iguarias nas mãos: era Denise! A danada estava belíssima, com os cabelos soltos, uma maquiagem leve, usando um vestido de alcinha florido de material leve e macio sobre seu corpo, pouco acima dos joelhos e uma rasteirinha. Ela me sorriu, feliz, e deu um “tchauzinho”, se virando e seguindo para uma mesa próxima da nossa. Senti uma pressão em meu braço esquerdo e vi Nanda me apertando, com aquele semblante repleto de ciúmes:

- Eu vi a biscate oxigenada! - Ela se aproximou de mim para falar, quase rangendo os dentes: - E vi o sorrisinho e o “tchauzinho” que ela te deu. Juízo, hein!?

Eu a olhei por um momento e, brincando, não resisti em perguntar:

- Afinal, eu estou liberado ou não?

Acho que ela não esperava a brincadeira, ou a levou mais a sério do que eu esperava, pois se calou por um momento, voltando a beber um pouco de seu chope. Confesso que eu não dei o devido valor e até tivesse levado na esportiva, quando ela me chamou novamente a atenção:

- Mas tem que ser com ela?

- Do que você está falando?

- Da loira oxigenada. Tem que ser logo com ela?

Aí me dei conta de que ela tinha levado a sério minha brincadeira e fiquei sem saber o que falar. Nós ficamos nos olhando como bobos por algum tempo até o Marcos intervir, chamando a atenção dela para ele. Achei bom porque teria mais algum tempo para formular uma resposta, mas não achava as palavras. Ela voltou a me encarar, tentando disfarçar seu incômodo, e se adiantou:

- Estamos combinados, eu sei, mas confesso que ainda assim é difícil para mim. Juízo: volta pra mim! - Disse e se virou para o Marcos novamente.

Fiquei sem assunto por um momento, baqueado com aquilo, e decidi já ser hora de ir ao banheiro descarregar o chope consumido. Nanda me olhou preocupada e só a avisei do óbvio. Saí em busca de um banheiro e logo encontrei um do lado oposto do salão. Aliviado para um novo consumo, saio e dou de cara com Denise me esperando:

- Surpresa boa te encontrar aqui, Mark. - Disse e me deu dois beijinhos na bochecha.

- Bom te ver também, Denise. - Respondi e a cumprimentei também: - Então, você está se formando, ou acompanhando alguém?

- Sou formanda. Logo, serei sua colega de profissão. Quem sabe você não pode me dar alguns toques, doutor Mark. - Disse, simulando ajeitar alguma coisa na gola de minha camisa.

- Se puder ajudá-la, será um prazer. Mudando de assunto: e você e o Marcos? Como tem passado?

- Tudo legal. Conversamos só o essencial sobre o Ben, mas temos nos entendido bem. - Respondeu, protocolarmente.

Eu não conseguia encontrar um assunto para desenvolver com ela e disse que precisava voltar para a mesa. Afinal, sabia que o autocontrole da Nanda poderia dar “PT” a qualquer momento se me visse de papo com ela:

- Ah, não. Você não vai ficar de “vela” para o Marcos, vai? - Ela disse.

- “Vela”? - Perguntei, entendendo a indireta.

- Claro! Ou você acha que ele quer você junto dele e da namorada o resto do final de semana? - Disse me indicando a direção deles.

Bem ou mal, ela podia ter razão, porque o Marcos parecia se desdobrar para divertir a Nanda. De longe, eu vi que eles conversavam animadamente entre si e com outras pessoas da mesa. No mínimo, ele havia conseguido encontrar um assunto que a agradava. Denise segurou em um de meus braços e me convidou para sentar em sua mesa um pouco:

- Denise, não sei se devo. Afinal, sou convidado do Marcos. - Falei.

- Garanto que ele não sentirá sua falta e, além disso, você também foi meu advogado e gostaria que também me visse como sua amiga.

- Amiga, não é!? - Falei, a encarando.

- Por enquanto, sim. Depois a gente vê se promove essa relação. - Respondeu com um tímido sorriso e a face levemente ruborizada.

Acabei cedendo e fui com ela até sua mesa. Ela agarrou em meu braço e não soltou mais. No trajeto, tivemos que passar em frente à mesa em que eu estava com Nanda e Marcos. Chegamos a sua mesa e não tive como não notar que Nanda me encarava, mas estava branca, parecia ter visto um fantasma. Marcos notou e, pela sua expressão, devia ter pensando que ela estivesse passando mal, pois começou a abaná-la. Ela recusou e, disse alguma coisa para ele. Coincidentemente, ele olhou em minha direção e me viu conversando com sua ex em sua mesa. Ele olhou para Nanda e para mim umas duas vezes, de forma alternada, e então tive a impressão de ver um sorriso em sua face. Não gostei do que vi e fiz menção de me levantar, porque havia decidido pegar a Nanda pelas mãos e voltar para casa, mas Denise me segurou, me implorando com o olhar. Acabei ficando. Disfarçando, olhei em direção a mesa deles e Nanda já conversava novamente, não tão animadamente, mas ativa e já me olhava de forma resignada.

Denise me apresentou a todos os seus convidados. Havia amigos, colegas do curso e uma prima sua, chamada Lúcia. Ela se desdobrava para manter minha atenção e me fazer ficar à vontade, mas claro que eu não fiquei. Eu sabia que a minha situação com ela incomodava a Nanda e a situação da Nanda com o Marcos ainda me incomodava. Decidi que poria um fim naquilo e levaria minha esposa comigo, mas qual não foi minha surpresa ao olhar em direção da mesa da Nanda e vê-la em um beijo com o Marcos. Congelei. Nesse momento eles pararam e Nanda me olhou, arregalando os olhos, por me vê-la encarando. Voltei minha atenção para dentro da mesa da Denise. Estava chateado, confuso. Num estalo, tive a sacada de falar para ela que iria buscar um chope e saí em direção ao serviço do buffet.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 194Seguidores: 536Seguindo: 20Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Importante destacar que na outra vez rolou uma punhetinha pro juiz... Essa vez depois de ter armado no caso dos quartos e ainda dado o sorriso de deboche ao Mark não deveria ter nada pro juiz... Deveriam fazer melhor, Nanda disse que até ela tinha vontade de se esfregar na Denise, baita forma de terminar a noite, Denize, Mark e Nanda no quarto e juiz no dele chupando dedinho, ou se masturbando no corredor ouvindo os gritos

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A Nanda não brinca em servico, vai judiar do Marcos esse final de semana deixando ele maluco de tesão por ela, e vai fazer o mark ficar doído, mas nos finais da noites quem vai desfrutar é mark,e quanto a denice vai ficar a ver navois porque o mark na vai pegar ela, a Nanda não está preparada e nem o casal está, marcos e Denise vão ficar a ver navios😜🙊🙃😏🙄😏🤣🤣🤣🤣

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Eu espero o próximo conto para comentar... Mas ficou bem claro a trama organizada pelo juiz e pela Denize... Marcos não respeitou o Mark e quando se achou dono da situação, deu aquele sorrisinho debochado ao Mark... Ele sempre quis isso. Mentiu na transferência do Bernardo, mentiu no episódio do celular, mentiu no caso dos quartos... Que bom que tudo deve ter terminado bem, porque sinceramente o envolvimento da Nanda com esse juiz não iria ser benéfico... Hoje vejo o porquê do título, de fato é o sósia mau... Eu entendi as razões do Mark, Nanda queria, foi ali dando corda e vendo até onde ela Nanda iria... Creio que tenha sido um bom teste e até o momento nada desabona a conduta da Nanda... Agora na moral, esse juiz aí não merece uma noite com a Nanda... Caio foi um moleque mimado, ok, mas caio em momento algum organizou uma trama como essa como o juiz fez

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caralho Mark vocês já dão sorte pro azar hein, mas graças a isso que temos os relatos dessas aventuras foda de você e a Nanda.

Agora essa Denise hein, vou te falar, nunca me simpatizei com pessoas iguais a ela, que mesmo sabendo que a pessoa e casado e já deu vários fora nela, ela ainda continua insistindo.

E o Marcos tbm e outro, tenho uma sensação que ele tem o mesmo ideia que a maioria tem sobre um casal liberal, q acha que todos topam qualquer maluquice e vivem uma putaria, essa e claro minha impressão sobre ele ate o momento.

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Para o seu deleite (ou não) e para não perder o costume, cenas do “próximo capítulo”:

“Mas eu não estava bem e ela sabia disso. Os anos de convívio lhe davam cacife para me conhecer a fundo. Ali, entre o serviço do buffet e a cozinha do salão, havia um corredor que dava para algum lugar e ela, num ímpeto, me puxou para lá, fazendo-nos passar por entre garçons, até sairmos para um espaço aberto atrás da cozinha, um bom lugar para conversarmos longe de olhos e ouvidos curiosos:”

“Após algum tempo, voltei a beijá-la e ela passou a acariciar meu pau por cima da calça. Ousou mais e a desabotoou. Ousou mais ainda e abriu o zíper, puxando meu pau para fora, que, à esta altura, estava duríssimo. Enquanto nos beijávamos, ela começou a masturbá-lo e, sem eu esperar, se sentou em meu colo, de frente para mim. Olhava para meu pau e mordia o canto inferior de seu lábio, depois olhou fundo nos meus olhos. Levantou um pouco seu vestido, puxou sua calcinha para o lado e se jogou para a frente para encaixá-lo dentro de si. Senti o calor de sua boceta envolvendo a cabeça do meu pau e, num ato de bravura ou loucura, segurei seus quadris, impedindo que ela se sentasse nele:”

“- Não. Para. Você não vai me comer! - Ela lutava.

- Se não vou te comer por bem, vou te comer por mal! - Falei e mordi o lóbulo de sua orelha.”

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esse e seu novo fetiche Mark, tortura seus leitores? chicotear nossa ansiedade.

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Bom, avaliando esse spoiler vamos lá.

Juiz levou 1 chifre da Denise

Agora levará o segundo chifre da Nanda...

Alguém avisa ele que no próximo chifre ele pode pedir música no fantástico domingo kkk

E no mais reafirmo o que eu disse, se ele juiz ficou 1 ano sem comer a mulher e depois ela supostamente já tinha rolo com o tal Antunes, somado ainda a forma como ele viu o Mark comer a Nanda, sustento o que eu já disse, esse Marcos é uma codorninha... Não é o machão que acha que é... Deve ter um desempenho nível monteiro do conto do Lael

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Essa foi boa pedir música no fantástico 🤣🤣🤣 gostei 🤣🤣🤣🤣🤣🤣😂😂😂😂😂😂

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Eita esse casal é erotismo puro tesão a flor da pele mark é mestre no jogo deu cheque mate, o Marcos não é mais problema para o mark parece que o mark está entregando a Nanda de bandeja pro mark ele vai lá e toma de volta, amigo mark agora acabei de vez virei sr fã 😂😂😂😂😂😂😂👍👊🤝

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Seria interessante se ambos saíssem com os parceiros trocados e daí depois avaliassem se de fato fizeram uma boa escolha....ou quem sabe depois repetissem está troca só que em um mesmo ambiente...com o Marcos depois retornando pra Denise...rs

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Cês quer ver o circo pegar fogo, né!?

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Mas me diga qual a graça dela sair com ele porque tem vontade e você não sair com ela?

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Estou ansioso para ler o próximo capítulo

3 estrelas

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A minha namorada está reclamando aqui... Um dia eu estou apaixonado na Nanda, no outro na Sheila, no outro na Renata, no outro na Andréa, no outro na Lívia... No FDS na Helena, na Jen, e na Mariana...Está reclamando que cansou de me dividir com essas mulheres maravilhosas... Assim não dá para competir. Sem falar na Liz, na Miúcha e na Lanna... que eu não deixo de venerar todas as noites. E não acabo as histórias para não provocar o divórcio. O caso ficou sério. Por sorte consegui exorcizar a Amanda...😂😂😂

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Tenho uma dica pra você. Cante pra ela a música de Lenine chamada "Todas elas juntas num só ser". Eis um trecho:

Você pra mim é o sol da minha noite

É como a rosa, luz de Pixinguinha

É como a estrela pura aparecida

A estrela a refulgir, do Poetinha

Você, ó flor, é como a nuvem calma

No céu da alma de Luiz Vieira

Você é como a luz do sol da vida

De Stevie Wonder, ó minha parceira

Você é pra mim e o meu amor

Crescendo como mato em campos vastos

Mais que a gatinha para Erasmo Carlos

Mais que a cigana pra Ronaldo Bastos

Mais que a divina dama pra Cartola

Que a domna pra Ventadorn, Bernart

Que a honey baby pra Waly Salomão

E a funny valentine pra Lorenz Hart.

Só você

Mais que tudo e todas, é só você

Só você

Que é todas elas juntas num só ser

Só você

Mais que tudo e todas, é só você

Só você

Que é todas elas juntas num só ser

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Fala para ela não se preocupar com a Nanda, Leon. Esta já tem dono!

E a menos que aconteça um imenso terremoto, acompanhado de um tsunami que altere sensivelmente o eixo da terra, você não tem chance com ela.

Pelo menos é o que ela tem me garantido há bons anos.

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Mark, não tenho a menor veleidade de pensar que tenho alguma chance...Mas ela não pode nada contra o fato de eu me apaixonar. hahaha Gostar é um ato voluntário, e amar um verbo intransitivo... Nanda ama o Mark, mas NÓIS todos adoramos ela (a personagem)

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kkkkkkkkkkk

Fica tranquilo, Leon.

Só brincadeira.

Pode se apaixonar à vontade, mas só o papai aqui que papa (ou não, dependendo dela)...

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E esse beijo da Nanda no Marcos? Gosta de provocar, essa mulher. 😂😂😂

E na verdade, o Mark autorizou, não é? Nada de errado até aqui.

Vou seguir o meu Max e aguardar o desfecho dessa trama...

3 estrelas como sempre.

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Vc deveria aproveitar enquanto não sai o desfecho aqui e soltar um capítulozinho pra nós. Kkkkkk Brinks

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ou três capítulos... #brinkstambem

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Amanhã é dia do Max soltar um. Enquanto isso, eu e as meninas aproveitamos o fim de semana para terminar outra parte.

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Vocês escrevem maravilhosamente bem. A gente fica sempre na expectativa do próximo capítulo.

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Parabéns nota mil história maravilhosa,muito bem escrita

e deliciosamente envolvente

Estou mega anciosa para o próximo capítulo

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Olha a Nanda fazendo ciúmes para o mark, podem ver que quando ela acaba de beijar o Marcos ela olha assustada, foi o jeito que ela achou pra mostrar pro mark num ato de defesa ela sabia que ia desconcertar ele pra i casal ganhar tempo e tesolver o que vão resolverdepois, so falo uma coisa o marco abre os olhos , nao faz graça pois o mark e Mestre no jogo e o o contra golpe vai vim pode crer 😂🤣🤔🙄😏🙃😜🙊 olha lá si o mark não fazer le de 🤡 é so um opinião mas gostei teve adrenalia emoção 😛😜😜😜😜

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Eita casal enrolado e complicado, só entram em roubadas,ambos demonstram não ter a maturidade e o domínio psicológico para ingressar no mundo liberal (até o presente momento da história), se suas passagens fossem provas com notas, ambos teriam tirado zero em todas, mais como é uma narrativa real e o casal continua firme e forte creio que evoluíram bastante, só não sei como isso aconteceu, nos próximos capítulos espero ver essa evolução pra um casal maduro e seguro do que querem pra vida, se querem ser um casal liberal mesmo ou vão retroceder a monogâmica, se eu tivesse que apostar eu apostaria que daqui a uns cinquenta anos o casal conseguiria chegar em um estágio apto a entrar no mundo liberal sem medos e amarras rsrs

#pas

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Amigo, ninguém está no meio liberal para viver nas regras da sociedade.

Nós ousamos mesmo. Vivemos meio que no limite. Já aconteceu de errarmos e sofrermos com isso.

A evolução veio com o tempo e estamos bem e juntos até hoje.

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Parabéns como sempre, a história muito bem escrita, envolvente nos leva a estar vivenciando cada detalhe da história. Gosto muito deste conto, um dos melhores que sigo aqui, Parabéns!!!

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Obrigado, amigo.

Aguarde que a próxima parte será ainda melhor.

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Nem imagino como será porque você simplesmente me surpreende a cada história, por isso sou fã do seu trabalho e tantos outros aqui que escrevem muito bem. Quem sabe um dia não tomo coragem e me aventuro.

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Gente eu adoro esses debates, mais me passou pela cabeça um detalhe, na conversa do Mark com a Nanda e falou da Denise antes, mais no pensamento deles ela estaria com o Antunes, eles não pensaram na possibilidade dela estar sozinha aí começa a DR na qual eu falei no meu comentário antes, mais um entrega entre o casal faz parte da rotina deles, é o como sempre no final tudo se resolve kkkk amo esse Casal, eles são Demais, com certeza no mundo liberal situações assim acontecem demais creio eu, Mark e Nanda abraço ao casal.

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Fato!

O convite nasceu justamente porque o Marcos pensou que ela estaria acompanhada e ele não queria sair por baixo.

Daí ela estando sozinha e me encontrar sozinho, só poderia dar nisso: Confusão!

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Eu havia entendido. Mas do jeito que foi feito, também parecia uma crítica forte. Mas é isso mesmo. Só que passou por essas tempestades sabe. E o que mais apaixona na vida liberal é exatamente esse por a prova, todo o tempo, em cada nova situação que se apresenta. Como disse um leitor: Se não sabe jogar, não desce pro Play.

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Acho q Lívia se deixou levar pelo calor do momento, e comentou assim q terminou de ler kkkkkkk

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Palavras, Lívia, palavras.

Quem sabe usá-las, sabe que elas ferem mais que uma faca, porque esta dilacera a carne e uma palavra mal dita (ou maldita) fere a alma.

Cuidado ao usá-las.

Mas aqui, fique tranquila. Entendi sua intenção e não fiquei ofendido.

Forte abraço.

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Foto de perfil de Max Al-Harbi

Vamos combinar:

A história é muito melhor assim, não?

Imagina um conto sem emoção, sem ação, sem mistério, sem treta...

Só eu que acho isso?

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Foto de perfil de Mark da Nanda

Se quiserem ler algo sem emoção, aconselho a "Folha de S. Paulo".

Aqui a gente enfia a faca na carne e espirra sangue nos leitores para ver uma treta pulsar.

Cadê o Dany que não me deixa mentir?

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Foto de perfil de Leon

Acabei de ler agora. 18:37 da noite. Mark uma bela parte bem escrita e bem estruturada, construindo, degrau por degrau, desde a primeira conversa da Nanda ao ver as fotos da Denise no celular do mar, indo ao convite do Marcos, até este ponto de quase ebulição, pré-fissão-nuclear. Do ponto de vista da história está perfeito. Um conto muito bem engendrado. Do ponto de vista dos personagens, muito bem, coerentes com seu perfil até aqui. Mark teve vários parágrafos explicando que não quer passar o papel de inseguro e quer encarar essa. Do ponto de vista da realidade, muito bem "encaixada" cada peça, cada movimento do tabuleiro. Um roteiro perfeito. Alertando a Lívia Pepper, que fez um comentário crítico muito forte, eu digo: Esses comportamentos são necessários, esses erros são necessários, para que o drama da novela aconteça e as crises que representam as viradas na trama, aconteçam. Alerto mais outra: Mesmo baseada na realidade do casal, este é UM CONTO, e não um relatório da vida liberal do casal, e o autor tem todo o direito de manipular os detalhes para que a história tenha o desfecho e provoque o envolvimento necessário. Mark está de parabéns, nos entrega um excelente conto, uma trama envolvente, com emoções à flor da pele, e com personagens que já nos acostumamos a gostar deles. FIM. Dito isso, alerto, os que ficam tecendo grande análises e julgamentos, apenas confirmam o quanto a habilidade do Mark como roteirista os transformou em marionetes envolvidos na história. Leitores, por sorte, a maioria lê com o coração. A cabeça já era... Um monte de estrelas. Mark acho que você está dando um show.

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Foto de perfil de Mark da Nanda

Valeu, mestre.

Muito da evolução foi alcançada com seus conselhos.

Forte abraço.

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Listas em que este conto está presente