O NOVO NORMAL - REVELAÇÕES DE UMA LOBA (PARTE 3)

Um conto erótico de Alvaro Campos
Categoria: Heterossexual
Contém 1900 palavras
Data: 09/01/2021 00:04:01
Última revisão: 09/01/2021 17:49:54

Depois da primeira relação intima com minha filha, procurei preservar o pouco que restava da minha vida anterior e resolvi que dormiríamos em camas separadas naquela noite. Eu continuaria no meu quarto, na cama de casal, e ela permaneceria resguardada no seu recinto. Precisava digerir o que estava acontecendo e isso exigia uma certa privacidade. Se minha filha dormisse ao meu lado, a sua presença, a sua sedução, o seu corpo, tudo acabaria por me roubar a força dos pensamentos e qualquer capacidade de resistência, de individualidade, de autonomia. A sua presença jovem me dominaria por completo e eu ficaria preso para sempre numa ilha de ninfas e prazeres. Então, num arroubo de lucidez, tentei afastá-la, fisicamente, da minha presença.

Sozinho na cama, tentei pensar o que fazer. Permanecia desnudo, fazendo cumprir o nosso acordo. A minha palavra de aceitar o nosso nudismo integral, na ausência de obrigações sociais, mantinha-se. Dessa forma, manteria a felicidade da minha pequena. Gostava de pensar que, com o nudismo, não só os nossos corpos permaneceriam desnudos, mas também nossos corações e mentes.

Eu precisava, urgentemente, de justificativas para aquele novo normal. Estava com medo. Medo de perder tudo o que me restava. Medo por não saber o que ainda sobrava do fio tênue da nossa relação de pai e filha. Se eu fosse integralmente o seu amante, qual autoridade ainda teria sobre a minha pequena? Ela precisava de um rumo, de um norte, tinha que manter o foco nos estudos, mesmo com o seu curso universitário estando paralisado. Poderia estudar uma língua estrangeira, fazer um curso à distância, e eu precisava ajudá-la. Não poderia, por um prazer vão e fugaz, perder a minha autoridade de pai.

Enquanto eu estava nesses pensamentos, a minha filha entrou no quarto. Ela me viu sério, carrancudo, e perguntou se havia acontecido alguma coisa. Pensei, então, que deveríamos estar desnudos de corpo e de alma e externei para ela todas as minhas aflições. Ela pensou um pouco e disse que eu não estava enxergando as coisas corretamente:

– Pai, as coisas não são assim como você está pensando. Você pensa como se todos nós fossemos uma coisa só, tivéssemos uma identidade só, e fossemos sempre iguais. Na sua cabeça, você deveria ser sempre o pai responsável e consciente e eu a filha obediente e bem educada. Pai, não é assim que as coisas funcionam. O mundo não é assim, cor de rosa ou preto no branco. Assumimos identidades múltiplas. Eu posso guardar, na essência do meu ser, um torvelinho de identidades: posso ser uma pequena libertina na cama; uma aluna disciplinada e responsável; uma amiga descolada e divertida; e uma menina que tem seus momentos de tristeza e de carência afetiva. Eu sou tudo isso, pai. Jamais deixaria de estudar e de me preocupar com a universidade apenas porque nos tornamos mais íntimos. Jamais deixaria de te respeitar. Você sempre me ensinou a agir com gratidão e sempre me mostrou que o respeito é uma via de mão dupla. Você não fez nada de errado, pai. Muito pelo contrário, a nossa libertinagem partiu sempre de mim. Você apenas aceitou. Por isso, não precisa assumir uma culpa que não é a sua. Fui eu que queria, eu que precisava, e eu acredito que com a sua ajuda conseguirei a motivação de que preciso para encontrar um rumo melhor nessa quarentena. É você, pai, mais do que qualquer antidepressivo, que vai me ajudar a sair da fossa em que me encontro. Eu estava “down” e você me estendeu a mão. Eu preciso de você. Preciso de você de corpo e de alma. A solidão tem me castigado, pai, e eu preciso muito da sua presença.

Depois das palavras da minha filha, tudo que eu havia pensando antes se desvanecia como chuva. Tudo que antes eu considerava sólido se desmanchava no ar. A minha Bia aninhou-se no meu corpo e percebi que pequenas lágrimas caiam dos nossos olhos. Lágrimas de alívio, como pequenos orvalhos de reluzente amanhecer. Como era linda a minha menina, como conseguia me desnudar por completo, convencer-me, retirando de mim toda a culpa, todo o peso e severidade do mundo, da vida. Tudo ficava mais leve e compreensível quando ela começava a falar.

A vida ressurgia com a facilidade de uma pequena brisa. Eu agora aceitava, emocionado, o beijo da sua boca, a suavidade das suas mãos, a ternura do seu olhar. Tudo era natural, parte do mesmo processo identitário. A beleza do seu discurso era a explicação de que eu necessitava. Repetia comigo as suas belas e sábias palavras: “Eu posso guardar, na essência do meu ser, um torvelinho de identidades”.

A minha filha, naquele momento, podia ser o que quisesse diante de mim. As suas palavras haviam me vencido. E não só isso. O seu corpo, a cada minuto, parecia-me mais encantador. Os seios eram volumosos e firmes, as nádegas se amoldavam com facilidade aos movimentos das minhas mãos, exigindo as minhas carícias, a sua boca sabia sorver a vida na medida certa, sem pudores, apenas mergulhando cada vez mais fundo no meu ser. Ela me chupava de forma gutural, profunda, grave. Ela me chupava até ficar sem fôlegos. E sempre queria mais. Com o rosto babado de tanto sexo, a minha pequena me confessou:

– Pai, eu faço sexo como se precisasse reencontrar os meus instintos. Eu preciso encontrar o animal selvagem que existe em mim. Eu preciso olhar nos olhos da loba que se encontra escondida no espaço mais profundo do meu ser. Por isso, eu pareço tão puta, tão lasciva, tão entregue. Mas são apenas aparências. Aparências. Nada importa agora. Marido, pai, filha, namorado, amante. Aparências. Roupas que nos obrigaram a vestir. Por isso, eu quero quebrar com todos os tabus. Eu quero adentrar nos olhos da loba selvagem que mora em mim. Eu quero esquecer tudo. Eu, a loba. Só isso, e mais nada. Nada. Eu, a loba.

Depois, as palavras se desvaneceram e viraram atos. Na cama, senti o lado selvagem e forte do corpo que estava ao meu lado. Uma loba, em forma humana, chupava-me em todas as regiões do corpo, sem pudores. A sua boca penetrava-me forte e depois dirigia-se para as minhas bolas e ânus. O seu ardor instintivo e sexual parecia querer anular todos os tabus. A língua daquela loba-mulher não admitiria nenhum nojo que fosse humano. A língua adentrava-me o cu, cheirava-me, como fazem os animais quando se cumprimentam, e eu sentia nisso um inexplicável prazer. Eu sabia que teria que retribui-la e, junto com ela, teria que perder todas as minhas amarras. Percebi que ela estava de quatro e queria que eu repetisse nela a mesma ausência de princípios, os mesmos atos.

Eu precisava esquecer de tudo. Despir-me de tudo. Precisava procurar em mim o que ainda restava de selvagem, de animalesco. Repeti para mim: “Nada importa agora. Marido, pai, filha, namorado, amante. Aparências. Roupas que nos obrigaram a vestir”. Vendo-me como um pequeno animal que tinha apenas fome e sede de sexo, passei a sorver o ânus da minha pequena loba, penetrá-lo com a minha língua, sentir o sabor quente da sua vulva, adentrá-la com os dedos das minhas patas, fazê-la gemer, aceitar o seu lado selvagem, aceitar-me. Enquanto eu a chupava, a pequena loba se contorcia, se agitava, mostrava com o corpo que queria mais, sempre mais. Meus dedos se juntaram e, como uma pequena pata, penetraram o seu pequeno anel, e ela gemeu ainda mais forte, rebolando as ancas, piscando o rabo, pedindo, implorando, gemendo, grunhindo, como um animal que acabara de se descobrir no cio e não tinha nenhum controle sobre os próprios instintos.

Com a boca, fui amaciando com a minha saliva o rabinho ainda virgem da minha pequena loba. Necessitada, sedenta, ela ia ficando mais selvagem, sem limites, instintiva. Imitando-me, a minha pequena loba formou uma pata de dois, três dedos e abriu o próprio rabinho, gemendo para que eu adentrasse com urgência o seu corpo selvagem.

Tudo já havia sido arranjado pela natureza, o meu membro duro e rígido, o anel jovem e sedento daquela loba, e a ferocidade dos nossos desejos. Fiz aquilo que a natureza me pedia. Penetrei, fundo, selvagem, com força, e escutei um grito de dor e prazer. O anel da minha loba não demorou para se amoldar, estava pronto, relaxado, e gemia alto. Eu penetrava ainda mais fundo naquelas cavernas e a minha loba gemia e sorria. A minha loba estava tão feliz que voltou a ser mulher novamente e a falar comigo como se fosse minha filha:

– Vai, papai, come o meu cuzinho. Come o cuzinho da tua filhinha. Enfia com força, tira a virgindade do meu cuzinho, me enraba, bate no meu rabo, nas minhas ancas, me deixa ser o teu animal, a tua cadela, a tua loba, mete forte, selvagem...

Fui metendo, metendo, mais forte, mais selvagem. Enquanto isso, a minha filha enfiava com força os dedos na xana. Dedos rápidos, frenéticos, velozes... Dedos que formaram no seu corpo um jato de prazer, um esguicho forte, uma multidão de gemidos. Um sorriso de alívio, de prazer, formou-se no rosto da minha pequena e ela começou a pedir:

– Goza, papai, goza comigo, goza como a tua cadela, deixa eu sentir os teus jatos dentro de mim.

Não resisti e gozei. Gozei fundo, lá dentro, no cuzinho da minha menina de 19 anos. Gozei sem culpas, como se fosse um pequeno animal guiado pelos mais instintivos feromônios. Gozei e abracei a minha loba, a minha mulher, a minha cadela, a minha amante, a minha filha. Ela retribuiu o meu abraço e falou:

– Sou tua amante, tua filha, tua loba, tua menina, tua cadela, tua mulher, sou um torvelinho de identidades e de segredos. Por isso, vou dormir contigo e ficaremos abraçados até a chegada do amanhecer.

A minha filha havia ganhado, definitivamente, aquela guerra. A nossa alcova transpirava prazer. Somavam-se, formando um aroma diferenciado, os jatos do seu corpo, o líquido branco que escorria do seu anel desvirginado, e os suores dos nossos corpos exaustos. Do jeito em que estávamos, exaustos e embriagados de prazer, ambos nos estregamos ao sono, como dois animais despudorados e felizes.

Não tardou a surgir um novo dia e antes que eu terminasse de despertar do transe em que me encontrava, ainda com as ressacas da noite anterior, percebi que uma filha estudiosa e aplicada já havia limpado o quarto, trocado os lençóis da cama, preparado o café da manhã e se matriculado num curso de francês à distância. A garota de agora nada lembrava o pequeno animal da noite anterior. Eu até pensaria que tudo não havia passado de um sonho, se não tivesse sido despertado pela realidade das suas palavras:

– Eu te disse, papai. Eu posso guardar, na essência do meu ser, um torvelinho de identidades. Posso ser um animal instintivo e selvagem na cama e, ao mesmo tempo, uma aluna aplicada que acabou de se matricular num curso de francês à distância.

Aquelas frases me deixaram imensamente feliz e surpreso. A noite anterior havia sido estranhamente real. A minha filha era, ao mesmo tempo, um animal instintivo e sexual e uma aluna aplicada e dedicada. A minha filha era muito mais do que eu poderia imaginar ou digerir. Ela tinha uma intensidade que eu não sei se saberia suportar. Mesmo assim, ainda consegui pensar que, naquele momento, não existiria um único pai mais afortunado do que eu

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Comentários

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Nossa alvaro (pai) que delicia eu gravida aqui vc me deixou completamente excitada e olha que minha namorada me fode gostoso. Sei que isso sao apenas contos.mas que delicia .Continue por favor!

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Envolvente.

Desejo ver seus corpos para completar a imagem de vocês se devorando a intensidade desse prazer.

Caiobia7@hotmail.com

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Aí, essa loba... essa loba... bati duas siriricas.

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Melhor parte até agora: uma loba insaciável.

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É preciso ser loba para quebrar tabus e fazer novas descobertas.

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A jovem menina pós maturidade se transforma na loba. Muito bem lembrada a referência Herrman Hesse. As peles, carpaças, armaduras, couraças, vestes e véus se dissolvem na essência animal do instinto e do desejo Essa parte ficou muito boa e a descrição do ato sexual foi de uma elegância ímpar. Neste ponto realmente a mulher leitora fica em brasa. A interpretação do pai contando a atitude e sensação da filha é magistral. Parabéns. O Conto decolou completamente e voa mágico pelo céu das fantasias.

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Huummm A filha-loba ensinou direitinho ao seu pai. Nota 10!

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Nada existe, tudo são aparências, roupas que vestimos. Isso tá me cheirando a filosofia budista. O escritor Herman Hesse é que gostava de se basear nesse tipo de filosofia. E isso da personagem viram uma Loba... O Lobo da Estepe, de Hesse.

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Nossa!! Excelente!! Deixa Paulo Coelho no chinelo... rsrsrs... Isso que é um conto erótico.. Erotismo sem vulgaridade.. Fiquei meladíssima e cheguei a gozar me tocando imaginando a situação incestuosa,, Adorei,, (Manda a foto pro meu filho, que gozou junto comigo.. taniadmara@gmail.com). bj.

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Adoraria ver vocês também Tania.

Caiobia7@hotmail.com

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