Em busca pelo orgasmo

Um conto erótico de Ignotus
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1060 palavras
Data: 12/09/2009 10:10:28

Chego um pouco cansada. Documentos, audiências, atendimento a clientes. Ser advogada é uma profissão que eu adoro. Sempre me dediquei a seguir carreira no mundo jurídico e com o sonho de alcançar cargos de alto escalão.

Mas sentia que parte do meu sonho estava incompleta. Às vezes, achava que eu era diferente e que, por isso, nunca contava sobre meus desejos.

Desde pequena, percebi que despertava atenção das pessoas. Na universidade, já não suportava mais aqueles meninos dizendo que eu era muito bonita. Eu retribuía com um sorriso bem amarelo. De fato, os homens que eu conhecia faziam de tudo para chamar minha atenção. Manobras radicais de carro e moto, roupas da moda, corpos bem definidos. Eu sempre gostei dessas coisas. Mas o homem dos meus pensamentos não estava em ninguém que havia conhecido.

Tive alguns namorados, mas nunca cheguei ao orgasmo com nenhum deles.

Na verdade, nunca contei o que precisava para um gozo profundo, porque eu tinha vergonha. Pensava comigo mesma que os homens gostam de sair contando suas aventuras sexuais. E que no final de tudo, acabaria me trocando por outra, por me considerar ruim de cama.

Procurei um homem emotivo, para quem eu pudesse revelar meus mais íntimos segredos. Apareceu o Túnio. Gostava do jeito irreverente dele. Muito audacioso e afetivo. O Túnio era muito cobiçado pelas minhas amigas.

Mas meu namorado não conseguia me fazer gozar como nos meus sonhos. Eu tinha receio de contar minhas fantasias.

Estava confusa. Será que nunca eu poderia ter um gozo!

Queria um homem que entendesse o meu lado. Um homem que pudesse me levar ao orgasmo.

Estava decidida! Fui à procura em portal na internet. Identifiquei com um nickname SADES. Procurei saber tudo sobre esse homem que parecia não ter o menor constrangimento em se assumir um sádico.

Mandei uma mensagem dizendo que queria conhecê-lo e passamos a teclar em salas de bate papo. Em poucos dias, já tínhamos muita intimidade. Sades transmitia tanta confiança que eu me sentia segura para me abrir sobre assuntos pessoais, de tal forma que Sades já me tratava como se fosse propriedade dele. Pelas nossas conversas, percebi que Sades era sério e dominador.

Marcamos um encontro no meu apartamento.

Tocou a campainha. Meu coraçãozinho estava a mil. Nunca tinha transado com um sádico, não sabia como era ser dominada.

Abro a porta. Sades era jovem, não tinha corpo atlético, nem usava roupas da moda.

Encarei-o, tentando não demonstrar o nervosismo.

Ele fica observando o apartamento.

- Muito bonito. Bem moderno.

- Pois é. Gosto do bom e do melhor. Respondi meio sem jeito.

- Ele fez um olhar de indiferença e reprovador. Aquele olhar sério e gelado me deixou muito confusa.

Para cortar o clima, ofereço um pouco de bebida.

- Já está pronta Tatiane?

- Pra que? Fiz que não tava entendendo.

- Para ser dominada por mim, afinal é por isso que vim. Para dominar você do meu jeito.

A maneira como ele falava era a mesma dos nossos papos pela net, mas na realidade, a voz de Sades penetrava até na alma.

Pediu, quase mandando, mais um pouco de bebida.

- Você está tensa, Tatiane.

Engoli a seco e respondi, em tom de desafio.

- Não. Não estou. Apenas queria ficar só. Você poderia vir outro dia. Já ia ligar pra dizer, mas não deu tempo.

- Certo. Mas diga por que você quer assim.

- Não sei... Por favor... Depois a gente se fala...

Olhando profundamente:

Você quer isso, Tatiane?

Sim.

Quer dizer... não sei... Vá embora...Por favor...

Sem dizer uma palavra, Sades retirou-se com espontaneidade, como se não houvesse nada.

O que eu fiz!!!Deixei ir embora o homem capaz de me realizar.

Sades ainda aguardava o elevador. Atirei-me aos pés dele.

- Senhor...!

Ele me olhou com a mesma frieza.

- Por favor... Senhor... Eu nunca fiz isso antes... Eu sou queria saber se posso confiar...

- Sades me pegou nos braços. Fiquei como se estivesse anestesiada.

Logo, eu já estava toda amarrada nos quatro cantos da cama. Não podia me mexer pra nada. A sensação de estar presa já me dava uma excitação que eu nunca tinha sentido. Eu estava completamente sob o domínio DELE.

- Tatiane, quero que você tente se livrar.

- Ufa!!! Fiz toda a força. Não consigo. Você me amarrou mesmo.

Senti uma tapa no rosto. Nunca levei uma antes. Como ardia!

- Você?! Vagabunda, agora sou seu Dono.

- Sim senhor, respondi. O tesão subiu mais ainda. A minha vagininha já tava toda molhada.

ELE vedou meus olhos. O líquido escorria mais na minha vagina.

- Agora você está excitada, vadia.

Soltei um cálido gemido.

- Tem café na cozinha, fêmea?

- Tem sim, senhor. Mas o senhor não vai me deixar aqui assim. Não é?

Só ouço o barulho da porta batendo e da fechadura. Parece que ele apagou a luz, pois, mesmo vedada, notei que ficou tudo escuro. Estava me sentido como se estivesse em um cativeiro. E o pior. Estava gostando daquilo tudo.

De repente, senti um objeto metálico cortando minha roupa.

- O que está fazendo, meu senhor?

Não tive resposta. Pela primeira vez, estava sentindo medo de verdade. Pensei em gritar, mas acho que só iria piorar as coisas. ELE estava no controle da situação.

Sinto algo queimando dentro de mim. Apesar da dor, eu estava ficando cada vez mais excitada.

- Que é isso, meu amor?

Senti um líquido gelado escorrendo na minha vagina. Era gelo.

-Meu dono empurrou um objeto lubrificado no meu anus. Depois colocou os dedos na minha vagina e ficou fazendo movimentos circulares, enquanto beliscavas os lábios vaginais. Com a outra mão ele puxava uma cordinha que tinha amarrado nos bicos dos seios. A dor era terrível. Chorei tanto que as lágrimas tiraram a maquiagem.

Nem sei qual era pior. A dor física ou a situação humilhante. A verdade é que a essa altura não me importava mais para orgulho ou qualquer coisa desse mundo. Eu estava em outro mundo. As pernas endureceram. Meus gritos eram de dor misturada com intenso prazer. Quando já tava gozando. Parou tudo.

- Não pára meu amor. Por favor. Quero gozar.

- Por favor, por favor, por favor...

Meu dono amordaçou a minha boca e começou a me penetrar.

- Pode berrar a vontade, cadela. Ninguém vai te ouvir.

Foi o que eu fiz, comecei a berrar. Mas não saia som. Somente gemidos.

- Me fode toda gostoso!!!!!!!

Mas só saiu um grunhido abafado.

Gozamos.

Obrigada Sades, meu Dono.

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