PARTE 2
"Parada técnica, pessoal!" Tio Cláudio anunciou, apontando para o posto de gasolina "O Rei da Pamonha" que surgia no horizonte da BR.
O alívio foi coletivo. Duas horas espremidos naquela cabine tinham transformado nossos corpos numa massa suada e dolorida. Quando a Hilux parou, as portas se abriram quase instantaneamente.
Eu estava do lado direito do banco de trás. Tia Marina deslizou do meu colo primeiro. Ela saiu do carro com aquele jeito de gata preguiçosa, esticando os braços para cima e gemendo alto, fazendo a camiseta subir e mostrar uma faixa de barriga bronzeada. Ela olhou para mim e piscou, ajeitando o shortinho que tinha entrado perigosamente na virilha durante a viagem.
"Obrigada pelo assento, Fernando," ela disse, alto o suficiente para minha mãe ouvir do outro lado. "Foi... revigorante."
Do lado esquerdo, a cena era menos graciosa. Minha mãe, Ana, saiu do colo do Matheus com uma expressão fechada. Ela estava amassada, suada e, pude perceber, com uma aura de irritação que irradiava dela como calor do asfalto. Ela olhou para a irmã, depois olhou para o volume indisfarçável na minha calça jeans – um presente de despedida da bunda da Tia Marina.
Os olhos da minha mãe estreitaram. Aquela velha rivalidade, a mesma que fez elas disputarem namorados na adolescência, acendeu como pólvora.
Fomos ao banheiro, compramos água e esticamos as pernas. Quando voltamos para o carro, meu pai já estava no volante. Tio Cláudio, que tinha ido na frente na ida, abriu a porta do carona de novo.
"Vamos manter a formação?" Tio Cláudio perguntou, rindo.
"Não," minha mãe cortou, seca. Ela estava parada ao lado da porta traseira direita, a minha porta. "Vamos trocar. Marina vai com o Matheus dessa vez. Eu vou com o Fernando."
Tia Marina sorriu, aquele sorrisinho de quem sabe que incomodou. "Tudo bem por mim, mana. O Matheusinho também tem um colo ótimo."
Entramos. A configuração mudou, mas o aperto era o mesmo. Matheus foi para a esquerda, puxando a mãe dele para o colo. Eu fui para a direita. Minha mãe entrou logo em seguida, de costas para mim, e se acomodou.
A diferença foi imediata.
Tia Marina tinha sido brincalhona, provocativa, mas relaxada. Minha mãe estava tensa. Ela era mais pesada que a irmã, mas de um jeito bom – quadris mais largos, coxas mais grossas. Ela se ajeitou, rebolando levemente para encontrar espaço entre minhas pernas abertas, e senti a bunda dela pressionar contra o meu pau, que ainda estava meio acordado.
Papai ligou o carro e voltamos para a estrada. O sol já estava se pondo, deixando a cabine na penumbra.
"Então," mamãe sussurrou, virando o rosto para trás para falar no meu ouvido. O hálito dela cheirava a chiclete de menta e a cerveja que eles beberam mais cedo. "Aproveitou a viagem com a sua tia?"
"Foi... normal, mãe," respondi, tentando manter a voz neutra.
"Normal?" Ela riu, um som baixo e sem humor. A mão dela deslizou pela minha coxa, apertando com força. "Eu vi como você saiu do carro, Fernando. Tava difícil de andar, né?"
Engoli seco. "Mãe, a gente tava apertado. É o balanço do carro."
"Não minta pra mim." A mão dela subiu mais um pouco, roçando a costura do meu jeans, perigosamente perto da virilha. "Ela te tocou? Aquela vaca te provocou, não foi?"
"Mãe, não fala assim..."
"Ela sempre faz isso," mamãe sibilou, a voz carregada de veneno e algo mais... excitação? "Desde que éramos jovens. Se eu tenho algo, ela quer. Se eu gosto de alguém, ela quer testar. Ela fez você gozar?"
"O quê? Não!"
"Tem certeza?" A mão dela cobriu meu pau por cima da calça. Eu dei um pulo, mas não tinha para onde ir. "Porque parece que você ainda tá bem animado pra quem não fez nada."
Ela não esperou resposta. Com um movimento rápido, ela cobriu as nossas pernas com a manta de viagem que estava no banco. Sob a proteção do tecido, no escuro do banco de trás, a mão dela foi direto para o meu zíper.
"Mãe, o pai tá vendo..." sussurrei, em pânico. Olhei para frente. Papai e Tio Cláudio conversavam baixo sobre a caçada. O retrovisor central refletia apenas sombras.
"Ele tá dirigindo," ela retrucou, abrindo meu botão. "E a sua tia tá ocupada demais se esfregando no seu primo pra notar a gente."
Ela tinha razão. Do outro lado, ouvia risinhos abafados da Tia Marina e do Matheus. Aquilo foi o gatilho final para ela.
A mão da minha mãe entrou na minha cueca. A pele dela era macia, mas o toque era firme, possessivo. Ela agarrou meu pau e começou a bater uma punheta ritmada, usando o próprio cuspe que ela passou na mão discretamente.
"Ela tem as tetas maiores," mamãe murmurou, como se falasse sozinha, enquanto olhava para frente, fingindo normalidade. "Mas eu conheço os homens dessa família. Vocês gostam de quem cuida de vocês."
Eu fechei os olhos, a cabeça encostada no vidro vibrante da janela. A sensação era insana. Minha mãe, ali, no meio de uma viagem de família, me masturbando agressivamente para provar um ponto.
"Mãe... isso é loucura..."
"Loucura é deixar ela achar que ganha de mim," ela respondeu.
De repente, ela parou a mão.
"Isso não vai ser suficiente," ela disse.
Antes que eu pudesse perguntar o que ela ia fazer, ela se curvou para frente.
"Vou pegar uma água no isopor do chão," ela anunciou em voz alta, para o pai e o tio ouvirem.
Mas ela não pegou água. Ela se dobrou sobre o próprio colo, enfiando a cabeça debaixo da manta que cobria nossas pernas.
Senti o hálito quente dela na minha pele exposta. E então, a boca dela.
Mordi o lábio para não gritar. Não foi um beijinho tímido. Ela engoliu a cabeça do meu pau de uma vez, com fome, com raiva. A língua dela trabalhava rápido, circulando, sugando. A mão dela segurava a base, e a outra apertava minha coxa com força.
Era uma mamada técnica, experiente. Nada a ver com as garotas da faculdade. Ela sabia exatamente onde pressionar, quanto vácuo fazer.
O carro passou num buraco e a cabeça dela balançou, fazendo ela ir mais fundo na garganta. Ela não parou. Usou o movimento do carro a favor dela.
Abri os olhos, ofegante, e olhei instintivamente para o retrovisor.
E gelei.
Os olhos do meu pai estavam lá. No espelho. Fixos em mim.
Ele não estava olhando para a estrada. Ele estava olhando para o banco de trás. Para o movimento suspeito debaixo da manta. Para a minha cara de prazer e agonia. Para a esposa dele, que tinha "sumido" no meu colo.
Ele sabia.
Meu coração parou. Esperei ele gritar, frear o carro, jogar a gente para fora.
Mas ele não fez nada disso.
Os olhos dele se estreitaram um pouco, e vi um canto da boca dele subir num meio sorriso. Ele voltou os olhos para a estrada, mas continuou checando o retrovisor a cada dez segundos. Ele estava *assistindo*.
Aquilo foi o fim para mim. A vergonha, o medo e o tesão absurdo de ser pego pelo meu pai enquanto minha mãe me chupava me empurraram para o precipício.
"Mãe... eu vou..."
Apertei a cabeça dela por cima da manta. Ela entendeu. Ela não recuou. Ela sugou com mais força, fazendo um vácuo que parecia querer arrancar minha alma.
Gozei. Forte. Ondas de prazer que fizeram meus pés se contraírem no chão do carro.
Ela continuou lá, bebendo cada gota, limpando tudo, garantindo que não sobrasse nenhuma prova do crime, exceto o sorriso vitorioso dela quando finalmente emergiu debaixo da coberta, limpando o canto da boca com o polegar.
"Achou a água, Ana?" meu pai perguntou da frente, a voz calma, carregada de ironia.
Minha mãe olhou para o retrovisor, cruzou o olhar com ele e sorriu.
"Achei, Ricardo. Tava bem no fundo. Mas matei a sede."
Chegamos em casa vinte minutos depois, num silêncio elétrico.
Assim que a caminhonete parou na garagem, Tia Marina e Matheus pularam para fora. Marina olhou para a cara corada da minha mãe e o jeito relaxado que eu estava sentado e fechou a cara. Ela sabia que tinha perdido o segundo round.
"A gente se vê amanhã," Tio Cláudio disse, pegando as coisas deles. Eles foram para a casa de hóspedes.
Ficamos só nós três. Pai, mãe e eu.
Entramos na sala. Meu pai trancou a porta da frente e jogou as chaves na mesa de centro. O barulho do metal batendo na madeira ecoou na sala silenciosa.
"Então," ele começou, virando para nós dois, os braços cruzados, ainda sujo da caçada, exalando autoridade. "Alguém quer me explicar o que foi aquele showzinho na estrada?"
Minha mãe levantou o queixo, desafiadora, mas vi a mão dela tremer. "Eu estava cuidando do que é meu, Ricardo. A Marina acha que pode brincar com a nossa família..."
"E sua forma de proteger a família é chupar o pau do seu filho a oitenta por hora na minha caminhonete?" Ele perguntou, direto. Sem rodeios.
Eu queria morrer. "Pai, eu..."
"Cala a boca, Fernando," ele disse, mas sem raiva. Ele olhou para a minha mãe. Olhou para a boca dela, que ainda estava vermelha. Depois olhou para o volume na minha calça.
"Vocês duas..." Ele balançou a cabeça, rindo incrédulo. "Sempre competindo. Sempre medindo forças. E agora usam os garotos como troféus."
Ele se aproximou da minha mãe. Pegou ela pela cintura e a puxou para perto, possessivo.
"Você gostou, Ana? De ganhar da sua irmã?"
"Gostei," ela admitiu, a voz falhando.
"E você, garoto?" Ele olhou para mim. "Gostou da boca da sua mãe?"
Não consegui responder. Só assenti, hipnotizado.
"Ótimo," meu pai disse, a voz ficando rouca. "Porque o que aconteceu no carro foi só um lanche. Se você quer ganhar da sua irmã de verdade, Ana... se você quer provar que é a fêmea alfa dessa casa..."
Ele apontou para a escada.
"Vamos subir. Quero ver você fazer o serviço completo. Quero ver você aguentar ele inteiro, na minha cama, enquanto eu assisto. Vamos ver se você é mulher suficiente para terminar o que começou."
Minha mãe olhou para ele, depois para mim. O medo sumiu dos olhos dela, substituído por pura luxúria e determinação.
"Vamos," ela disse.
E subimos os três as escadas.