O que ninguém te diz sobre o sebo

Um conto erótico de July
Categoria: Heterossexual
Contém 4652 palavras
Data: 02/12/2025 13:03:14

O sino da porta do sebo tilintou quando eu entrei, como sempre, como um furacão ruivo. Meus cabelos negros até a cintura enroscaram-se na maçaneta – de novo! – enquanto meus quadris generosos derrubavam uma pilha de livros usados com um baque sonoro.

— July... — Quando me virei, ele estava com um dicionário pesado nas mãos, segurando muito firme contra o corpo. Seus olhos escuros percorreram meu vestido amarelo antes de se fixarem no teto.

— Foi sem querer! — protestei, me abaixando para recolher os livros. Meu vestido amarelo clarinho e levemente transparente subiu só um pouquinho nas minhas coxas torneadas, meu vestido não era muito comprido mas não era curto e era rodado o tipo de vestido que se você rodar mostra a calcinha. Rick engoliu seco e virou de costas abruptamente, o que me fez rir. Ah, Rick! Era sempre tão fácil deixá-lo bravo, e eu adorava a previsibilidade de suas reações.

Eu sempre ia naquele sebo, desde que eu era garotinha e Rick herdou esse sebo a uns 10 anos atrás, mas ele sempre foi muito na dele e calado, mas para mim isso não era importante, a frequência que eu via ele era igual a que eu via a minha família toda manhã, então para mim ele era praticamente da família.

Foi quando eu vi. O Jardim Proibido. O livro estava meio escondido atrás de um volume empoeirado de Machado de Assis, mas a lombada dourada, traiçoeira e brilhante, chamou minha atenção sob a luz do abajur. Peguei-o como quem encontra um tesouro, abrindo numa página aleatória: "Ele a tomou contra as estantes, seus dedos explorando…".

— O que você está lendo?

O livro voou das minhas mãos quando Rick apareceu a meu lado, mais rápido que um gato assustado.

— Nada! — menti, com a transparência de um vidro de janela. Rick me olhou como se fosse desmaiar, os óculos agora escorregando pelo nariz.

Ele limpou a capa do livro com a manga, avermelhado.

— Isso não é... apropriado.

— Por quê? — franzi a testa. — Tem palavrão?

Rick olhou para mim como se buscasse sinais de deboche. Encontrou apenas genuína curiosidade, como sempre. Seus olhos castanhos, geralmente tão focados em lombo de livro, agora pareciam... confusos, mas também curiosos, fixos nos meus.

— July... quantos anos você tem?

— Vinte! — respondi, orgulhosa, antes de apontar para o livro. — Esse aí é bom?

Foi ai que eu vi, ele não me julgaria por ler essas coisas, e então decidi que ele seria a pessoa que não teria medo de ser eu mesma.

Na semana seguinte, para o desespero velado de Rick, comecei a "trabalhar" no sebo, eu sempre amei ler e já estava começando a faculdade de letras, qual é o melhor lugar para uma experiência se não o sebo?

— É voluntariado! — anunciei, pendurando um avental que inexplicavelmente apertava meus seios médios-pequenos-perfeitos. Eu podia ver Rick se contorcer por dentro, um nó invisível se formando em sua testa quando ele desviava o olhar. Ele não teve coragem de recusar, o que me fez pensar que talvez ele gostasse da minha companhia, mesmo que eu o deixasse constrangido.

Foi assim que eu descobri A Coleção. Dois metros de prateleira escondidos atrás de uma cortina velha, com títulos como: "O Bibliotecário e a Donzela", "O Prazer das Palavras", "50 Tons de Vinil" (edição especial para colecionadores). Eu já havia percebido o quão estudioso e dedicado ele era com cada volume do sebo, e me pegava observando a paixão com que ele manuseava os livros antigos.

— Rick, você lê essas coisas? — perguntei alto, no exato momento em que Dona Marta, a cliente mais discreta do sebo, entrava.

O silêncio foi tão cortante que até o gato da rua parou de miar. Rick estava tão vermelho que parecia competir com meus cabelos ruivos.

— Eu... cuido da conservação — Rick mentiu, suando. Coitado. Ele se esforçava para manter a compostura.

— Dona Marta! — eu a chamei, segurando um volume de capa sensual — Acabei de descobrir o livro perfeito pra senhora! "O Conde e a Lavadeira" tem—

BAM!

Rick apareceu como um fantasma e arrancou o livro das minhas mãos com tanta força que soltou um grunhido.

— O que a senhora deseja hoje? — perguntou, escondendo o livro atrás do corpo — Temos os novos romances cristãos! "Amor Casto", edição especial!

Dona Marta ajustou os óculos:

— Na verdade eu queria—

— "Hortas Domésticas"! — Rick interrompeu, empurrando um tijolo de 600 páginas sobre plantação de tomates — Fascinante! Tem fotos de... legumes!

Eu bufei:

— Mas ela quer romance! Esse aqui tem uma cena na coceleira que—

CRASH!

Rick "acidentalmente" derrubou uma pilha inteira de livros no chão. Quando Dona Marta se abaixou para ajudar, eu aproveitei para sussurrar:

— Página 78. O conde e o balde de água quente.

No caixa, enquanto Dona Marta pagava pelo livro (escondido dentro de um exemplar de "Poemas Edificantes"), Rick parecia um homem prestes a chorar.

Depois de limpar o sebo para fechar, precisei perguntar uma coisa para Rick

— Rick, isso aqui é realista?

Apareci de repente no balcão, segurando O Amante Experimental aberto numa página gráfica.

Rick engasgou com seu café, que espirrou um pouco nos seus óculos.

— O quê?

— O tal do movimento circular — apontei para o texto, séria como uma aluna de medicina. — É... anatomicamente possível?

Os óculos de Rick embaçaram. Ele ficou vermelho até a raiz dos cabelos, e eu pude ver a pequena veia pulsando em sua testa. Seus olhos me fitaram com uma intensidade que eu nunca tinha visto, uma mistura de pavor e algo mais, algo que parecia quase... curioso.

— Você... já tentou? — a pergunta escapou antes que pudesse pará-la. E eu percebi o tom de voz dele, um fio de algo que não era apenas choque, mas talvez até um leve ciúme. Isso me fez sorrir por dentro.

Fiquei pensativa:

— Uma vez. Mas o cara era tão ruim que achei que tinha algo errado no livro.

Rick nunca teve uma crise existencial tão rápida. Seus ombros caíram, e ele parecia querer se enterrar no chão. Eu quase chorei de rir da sua reação, mas um pensamento diferente começou a surgir: ele se importava. Se importava com o que eu lia, e, talvez, com o que eu experimentava.

Naquela noite, Rick deixou um livro em cima do balcão, embrulhado em papel pardo: O Prazer das Palavras, edição anotada. Abri na página marcada e encontrei uma nota à mão dele: "Página 142 – o autor exagera, mas o conceito é válido. Experimente com menos velocidade."

Sorri. Não era só um conselho, era um convite silencioso, um reconhecimento da minha curiosidade e um passo em direção a uma cumplicidade única, e uma amizade. Era como se ele estivesse me guiando, me ensinando sobre um mundo que só agora eu estava descobrindo, e ele estava ali, timidamente, me oferecendo a mão. Ah, Rick, você é uma caixinha de surpresas!

— RICK!

Invadi o escritório traseiro, onde Rick organizava estoque.

— Você viu meu marcador? Era a foto da sua formatura!

Rick ficou branco, o pavor se espalhando pelo rosto.

— Você usou MINHA FOTO como marcador em...

— O Amante Experimental, capítulo 12! — completei, segurando o livro que havia trazido para ele. — Eu rabisquei corações no seu rosto!

— JULY, O FREIRE VIU! — A voz dele saiu em um chiado, as mãos cobrindo o rosto em desespero.

— O bibliófilo? Nossa, ele deve ter adorado! Ele sempre me recomenda livros picantes! — eu disse, rindo da situação absurda, mas também amando o quão transparente ele era comigo, mesmo em seu desespero.

Rick desabou na cadeira, imaginando seu mentor de 70 anos lendo aquele capítulo com sua foto adolescente de cabelo emo. Eu quase chorei de rir, não apenas da cena cômica, mas da intimidade que havíamos construído, onde até mesmo o mais embaraçoso dos incidentes se tornava uma piada compartilhada.

No meu aniversário de 20 anos, fez 6 meses que eu trabalhava com Rick e o próprio me deu uma caixa pesada. Meu coração acelerou um pouco. Dentro, um volume encadernado em couro: Contos Eróticos do Século XVIII, traduzidos à mão.

— Você... traduziu? — virei as páginas, vendo sua caligrafia meticulosa e suas anotações nas margens, detalhes que só ele poderia ter adicionado. Era um tesouro, não só pelos contos em si, mas porque cada linha, cada anotação, era um pedaço dele, um convite para o mundo que ele cuidadosamente me apresentava.

Ele me olhou, os cantos dos lábios curvados em um sorriso tímido, e havia um brilho de algo novo em seus olhos castanhos.

— É... pesquisa.

E naquele momento, eu soube que nossa intimidade ia muito além dos livros e das brincadeiras, era um universo particular, criado e compartilhado apenas por nós dois conforme o tempo ia passando começamos a ficar cada vez mais próximos, agora eu até conseguia o comprimentar com um beijo na bochecha e um abraço.

— Olha só o que eu comprei, Rick! — abri meu estojo novo com orgulho, mostrando canetas coloridas, post-its e um canivete pequeno.

Ele levantou a cabeça do livro que estava catalogando e e ficou pálido. Os olhos arregalados por trás dos óculos. — July... isso é um canivete?

— É sim! Pra cortar páginas quando a gente for restaurar os livros, igual você faz! — expliquei, abrindo a lâmina com entusiasmo.

Rick se levantou tão rápido que a cadeira caiu pra trás. — Dá isso pra mim.

— Mas por quê? — franzi a testa, segurando o canivete contra o peito.

— Porque... — ele respirou fundo, "— porque você pode se machucar."

Fiquei indignada. — Eu não sou uma criança!

Os olhos dele escureceram, e ele deu um passo à frente, a voz mais baixa e rouca. — Eu sei. É exatamente por isso que quero o canivete.

Não entendi a lógica, mas entreguei. Rick guardou o objeto no bolso com um suspiro de alívio que parecia vir da alma.

— Vamos começar com algo mais seguro — sugeriu, pegando um abridor de páginas de plástico.

Trabalhamos em silêncio por um tempo, até que precisei alcançar um livro no alto.

— Eu pego — Rick ofereceu rapidamente, já se adiantando.

— Consigo! — me estiquei na ponta dos pés, fazendo minha blusa subir um pouco. Eu podia sentir o olhar dele, mesmo sem vê-lo.

Ouvi um baque atrás de mim. Quando me virei, Rick estava esfregando o joelho onde havia batido na mesa, o rosto contorcido.

— Você tá bem?

— Perfeito — ele respondeu através dos dentes cerrados, evitando meu olhar.

À tarde, enquanto organizávamos os romances, encontrei um livro antigo de poesias com páginas grudadas.

— Precisamos separar essas páginas! — falei animada.

— July, espera—

Mas eu já estava soprando suavemente entre as folhas, como tinha visto ele fazer, e sentia um arrepio na nuca com a proximidade dele. Quando olhei pra cima, Rick estava paralisado, os dedos apertando a borda da mesa, o rosto mais vermelho do que nunca. Sua respiração estava acelerada.

— Tem que soprar mais forte? — perguntei, com dúvida genuína.

Ele fechou os olhos por um longo segundo. — Não. Não precisa.

No final do dia, quando fui me despedir, notei que ele estava realmente exausto. Suas olheiras estavam mais profundas, e ele parecia ter passado por um dia de maratona, não de catalogação.

— Você trabalhou demais hoje — comentei, genuinamente preocupada, sentindo um pingo de culpa por ter sido, talvez, parte da causa.

Rick soltou uma risada amarga. — Você não faz ideia.

— Bom, amanhã a gente continua! — disse, dando um abraço e um beijo em sua bochecha rápido nele antes que pudesse recuar. Senti ele ficar duro como uma estátua, ele nunca se acostumava com minha despedida, Rick era com certeza o dono de lojas mais tímido que existe. Quando me afastei, seus olhos estavam escuros e a respiração, acelerada.

— July... — ele começou, com uma voz que nunca tinha ouvido antes, rouca e carregada de algo que eu estava começando a reconhecer, algo entre o desespero e o desejo.

— Hmm?

Ele abriu a boca, fechou, e então apenas balançou a cabeça. — Boa noite.

Enquanto eu caminhava para casa, um sorriso se formou nos meus lábios. Ele estava exausto por minha causa, e de repente, tive uma ideia. Ele precisava de relaxamento. E eu sabia exatamente como poderia ajudar. Aquela intimidade que havíamos construído, mesmo que estranha e cheia de constrangimento para ele, me dava a liberdade de pensar em formas de cuidar dele. Hoje mesmo, ele ganharia uma massagem.

Quando cheguei na casa do Rick com meu vestido de algodão e óleo de amêndoas, eu só queria ajudá-lo com aquelas costas tensas. Ele abriu a porta com a camisa desabotoada, e eu nem percebi como meu coração acelerou ao ver aquela pele dourada.

— July, não é hora...

— Você está um caco! — interrompi, escorregando por baixo de seu braço. — Olha essas tensões!

Minhas mãos subiram suas costas antes que ele pudesse protestar. Ele soltou um gemido rouco quando meus dedos encontraram os músculos contraídos.

— Deita na cama — ordenei, empurrando-o gentilmente.

— C-CAMA?!

— O sofá não serve! É muito duro e desconfortável.

— Deita aqui, Rick. De barriga pra cima hoje! — Eu balancei o frasco de óleo essencial de amêndoa que comprei especialmente pra ele. — E tira essa camisa, como vou massagear direito com tecido no meio?

Rick ficou vermelho como um pimentão, mas obedeceu. Quando a camisa saiu, eu quase engasguei. Nunca tinha visto ele sem camisa no sebo - aqueles ombros largos, o peito levemente peludo, o abdômen definido...

— July? — Ele me chamou, me tirando do transe.

— Ah, sim! Massagem!

Subi na cama e me sentei sobre suas coxas, meu vestido de alça fina e decote meia-taça escorregando perigosamente. Senti algo duro pressionando minha virilha.

— Quer tirar seu celular do bolso antes? — Perguntei, balançando levemente os quadris pra me ajustar.

Rick fechou os olhos, as mãos se agarrando no lençol.

— Não... não precisa.

— Tá bom!

Comecei a massagear seu peito, meus dedos explorando cada músculo. A cada movimento, meu quadril se movia sem querer, esfregando aquela protuberância estranha.

— Você está tão tenso... — murmurei, me inclinando para frente.

Foi quando aconteceu. Meu decote abriu e eu senti o ar frio nos mamilos - eles estavam visíveis agora, durinhos contra o tecido fino. Rick virou o rosto para o lado, mas não antes de eu ver seus olhos escurecendo.

— July, seu vestido... — ele tentou avisar, a voz rouca.

— O quê? — Olhei para baixo. — Ah, isso! Acontece com esse modelo. — Dei de ombros e continuei massageando, meus seios quase escapando a cada movimento.

Quando minhas mãos desceram para seu abdômen, senti o volume no bolso dele pulsar contra minha virilha.

— Seu celular está vibrando! — comentei, parando a massagem.

Rick soltou um gemido gutural.

— Por amor de Deus, July... Esquece o celular.

— Ah. — Pisei na bola de novo.

Continuei a massagem, mas agora meus movimentos eram mais lentos, mais deliberados. Meu quadril se movia com um propósito novo, já que era o celular, não tinha problema eu me esfregar, afinal ele nem ia perceber então fui me esfregando suavemente aquela protuberância através do tecido.

Rick estava suando agora, os músculos todos tensos sob minhas mãos.

— Você... devia parar... — ele rosnou, mas suas mãos subiram para meus quadris, prendendo-me no lugar.

— Mas ainda nem cheguei na parte das pernas!

— Por favor, July...

— Tá bom então, vira de costas.

Eu esfreguei mais um pouco de óleo de amêndoas entre as mãos, aquecendo-o antes de tocar nele. Agora Rick estava deitado de bruços na cama, a pele das costas dourada sob a luz suave do quarto, os músculos tensos e definidos como as páginas de um livro antigo bem preservado.

Minhas mãos pousaram levemente na parte mais alta de suas costas, onde a tensão se acumulava em nós duros sob a pele.

— Nossa, Rick, você está todo retesado aqui — comentei, enquanto meus polegares começavam a desenhar círculos firmes, afundando na carne quente.

Ele soltou um gemido rouco, o rosto afundado no travesseiro. Eu continuei, concentrada em desfazer aqueles nós teimosos.

Meus dedos desceram devagar, acompanhando a linha da coluna dele como se lessem em braille. A pele ali era mais macia, quente, e eu pressionei cada vértebra com a ponta dos dedos, sentindo os músculos se contorcerem sob o toque.

— Você guarda toda a tensão aqui, né? — perguntei, sem esperar resposta.

Quando cheguei na região lombar, Rick arqueou as costas de repente, um suspiro escapando entre os dentes cerrados. Eu notei o movimento, mas pensei que era apenas o corpo dele se entregando à massagem.

Minhas mãos deslizaram até a cintura da calça, os polegares pressionando os músculos que se estreitavam ali.

— Preciso chegar aqui embaixo... — murmurei, puxando o tecido da calça só um pouquinho, o suficiente para meus dedos escorregarem quase além do limite.

Rick prendeu o ar.

— July...

— Relaxa, é só a massagem — respondi, trabalhando a área com movimentos firmes.

O que eu estava sentindo pressionando meu joelho me confundiu. Olhei para trás, confusa.

— Sua carteira está no bolso de trás, não é desconfortável usar carteira e celular durante uma massagem?

Ele enterrou o rosto no travesseiro, a voz abafada.

— Não... É está tudo bem, assim é confortável.

Terminei com longos movimentos, as palmas das mãos escorregando do pescoço até a cintura, espalhando o óleo que brilhava na pele dele.

— Pronto! Está novo em folha! — anunciei, satisfeita.

Rick virou o rosto para o lado, os olhos meio fechados, a respiração ainda pesada.

— Você... não faz ideia do que fez,

— Massageei suas costas! — respondi, pulando da cama sem notar o estado óbvio em que ele estava.

Acordei no dia seguinte e sentia minhas pernas unidas, lembrei do corpo de Rick sem camisa e daquele celular grande dele, e então me lembrei dos meus movimentos em cima do celular dele...

Espera

Eu

Não

Acredito

Eu me masturbei em cima do meu "chefe"

E o pior a gente tem uma relação de irmãos, confiança sem julgamentos e as vezes chegamos até falar besteira.

E se ele percebeu que eu quase gozei no celular dele? Ou se ele me demitir? ou pior parar de me recomendar livros eróticos e parar de falar comigo?

Comecei a andar de um lado pro outro com medo. Calma July, calma, ele não vai perceber, não tem como ele sentir, era apenas o celular. Sim isso mesmo July é exatamente isso. Mas ainda sim preciso fazer alguma coisa para ter certeza que ele não percebeu, se ele agir diferente do costume é porque percebeu.

Fiquei pensando nisso o tempo inteiro indo para o Sebo

Mas... Como eu não reparei que ele era tão sexy, e porque sinto que preciso ficar com meus seios encostados naquelas costas nuas novamente?

Quando cheguei no sebo, ele funcionando como sempre. Rick organizava os livros com sua precisão habitual, enquanto eu fingia concentração nos registros. O ar, pesado, carregava tudo que não era dito.

Ele passou por mim para pegar um dicionário, seu braço roçando meu ombro.

— Bom dia...? — Engasguei, surpresa com o toque inesperado.

Rick apenas acenou com a cabeça. Seus olhos, porém... Ah, seus olhos riam de um segredo só dele, Rick era muito misterioso, mesmo eu sendo curiosa, sabia que mesmo se eu perguntasse ele não revelaria um piu.

Eu me aproximei por trás enquanto ele organizava os livros novos, envolvendo seus ombros largos em um abraço repentino.

— Obrigada por sempre cuidar de mim, Rick — sussurrei em seu ouvido.

Seu corpo congelou por um segundo — um segundo longo o suficiente para eu sentir o cheiro amadeirado do seu pescoço, o modo como seus músculos tensionaram sob meu toque e a pausa quase imperceptível antes de ele respirar fundo. Rick não se virou. Não me empurrou. Apenas apertou minha mão contra seu peito por um instante — rápido demais para ser acidental, breve o suficiente para eu me perguntar se imaginei — antes de soltar.

— Você derrubaria esse estoque inteiro pra agradecer, July? — Sua voz estava mais grave que o normal.

Foi aí que eu senti que ele não percebeu o que eu fiz. Ele viu apenas o afeto da massagem e agora estamos mais próximos. Confesso que me aproveitei um pouco dele, sentindo pela primeira vez de fato o aroma de seu corpo mais maduro, eu sabia que por parte dele era só a familiaridade e o afeto de sempre, e a proximidade nova era só um resultado da nossa amizade, sem segundas intenções.

O ventilador do sebo quebrou em pleno verão. O calor era asfixiante. Tirei o casaco, revelando um vestido de alças finas colado ao corpo suado. Rick travou ao me ver passar: as gotas escorrendo pelo meu decote, a marca do sutiã visível através do tecido molhado, meus lábios entreabertos ofegando, provavelmente ele ficou preocupado de eu não estar usando uma roupa decente para atender os clientes, Rick é sempre extremamente profissional.

— Nossa, está impossível hoje! — exclamei, abanando-me com um livro.

Rick não respondeu. Apenas desabotoou mais duas casas da camisa e foi buscar água. Quando ele voltou, eu estava sentada no balcão, pernas balançando.

— Bebe — disse ele, oferecendo o copo.

Peguei, e nossos dedos se encontraram. Água derramou, escorrendo pelo meu peito.

— Ops! — ri nervosa.

Rick não riu. Apenas ergueu um dedo e removeu uma gota do meu colo com um movimento deliberado. O toque durou menos de um segundo. Ardeu como horas. Para mim, foi só um gesto gentil de um amigo, sem perceber a intensidade daquele pequeno contato. Mas o meu corpo não encarou dessa forma, eu comecei a me sentir parecida com o dia que fiz massagem nele.

Eu andava pelo sebo, sentindo algo novo borbulhar dentro de mim. Uma curiosidade, uma vontade de testar os limites, mesmo que eu achasse Rick tão alheio aos meus "sinais".

Escolhi o lugar mais visível do sebo para a minha leitura particular — a poltrona perto da janela, onde a luz da tarde me banhava por completo, era o melhor para ler. Vesti um de algodão fino, sem sutiã, afinal estava muito calor, e deixei minhas pernas se abrirem mas eu tomava cuidado para não aparecer minha calcinha que já devia estar transparente devido minha excitação. O livro nas mãos, "O Amante de Lady Chatterley", escondia meu rosto, mas não meu corpo.

Rick passou pela terceira vez em cinco minutos.

— July, você... precisa de ajuda para encontrar algo? — perguntou ele, a voz um pouco mais alta que o normal.

— Não, tô ótima aqui — respondi, virando a página devagar. Meu dedo desceu lentamente pela minha garganta, e passei a língua nos lábios ao ler uma passagem particularmente picante. Quando me ajustei na cadeira, esfreguei meu quadril no assento com um suspiro suave. Ele não parecia notar, o quanto eu estava excitada

O calor do dia estava insuportável quando decidi "trocar de lugar" os livros pesados. Meu vestido estava colado ao corpo pelo suor, meus mamilos duros e visíveis através do tecido. Andava descalça, como se estivesse em casa, sentindo a madeira fria sob meus pés.

Corri para Rick quando ele alcançava uma prateleira alta e o abracei por trás, pressionando meu corpo todo contra suas costas, Rick sempre tem o corpo gelado e honestamente começou a ser minha pessoa para abraçar favorita nos últimos dias.

— Tá tão quente hoje... — sussurrei perto de seu ouvido.

Seu corpo congelou por um segundo, as mãos tremeram ao segurar o livro, e a respiração ficou irregular. Mas ele não me empurrou. Acreditava que ele via isso como um gesto de amizade, um alívio infantil do calor, mesmo que meu corpo estivesse dizendo outra coisa.

Rick tinha me pedido para pegar uma caneta para ele anotar o pedido de um cliente enquanto estava no telefone foi quando decidi procurar uma caneta debaixo do balcão principal. Me ajoelhei bem na frente de onde Rick estava sentado, e meu decote caiu para frente, revelando tudo. Fingi dificuldade para alcançar, arqueando as costas.

Ouvi o som de uma caneta quebrando na mão dele. Quando me levantei, seus olhos estavam escuros como noite sem lua, e seu punho estava tão apertado que os nós dos dedos branquearam.

— Achou que eu tava fazendo o quê, Rick? — perguntei, com a voz mais inocente que pude.

Ele não respondeu. Apenas levantou e foi para o estoque. Eu sabia mais ou menos o que estava fazendo. Queria que Rick me olhasse como mulher, mas no fundo, eu ainda achava que era impossível para ele me ver assim. Mas eu tinha que tomar cuidado pois ele percebeu que hoje eu estava mais inquieta.

Foi durante o horário de almoço, quando sabia que estaríamos sozinhos. Sentei na cadeira de couro do escritório de lado, perna balançando. Comecei a esfregar meu quadril no braço da cadeira enquanto lia, e meus dedos brincavam com a barra do vestido, puxando-a para cima só um pouco.

Rick apareceu na porta, a voz rouca.

— July... você tá bem?

— Tão bem... mas o livro é tão interessante que tá me deixando toda... agitada — respondi, mordendo o lábio e olhando por cima do livro. Meu movimento na cadeira acelerou por um instante antes de parar. Ele só deve ter pensado que eu estava envolvida na leitura, e a agitação era pela trama.

Eu sabia exatamente o que estava fazendo – e Deus, como eu queria. O ar pesado do escritório grudava na minha pele como uma segunda camada, o ventilador quebrado ali no canto só servindo de enfeite enquanto o suor escorria entre meus seios, colando o vestido branco fino no corpo. Quase transparente agora, especialmente nos mamilos, talvez já desse para ver o rosa deles, que estavam tão duros que doíam. Eu podia sentir o ar quente passando por eles cada vez que me mexia, e cada respiração ofegante só piorava as coisas.

A cadeira de couro estava quente sob minhas coxas, e eu não conseguia parar de me mexer – discretamente, é claro. O botão redondo no centro do assento era perfeito, e eu me arrastei nele devagar, sentindo o atrito contra meu grelo inchado mesmo através da calcinha. Ela já estava encharcada, e eu sabia que se levantasse, deixaria uma marca úmida no couro. A ideia me fez esfregar com mais força.

Rick já estava sentado à minha frente, a camisa dele aberta no peito, suor escorrendo pelas têmporas enquanto ele lia. Ele tentava se concentrar, mas eu via seus olhos escuros pousarem em mim por segundos que pareciam horas. Será que ele percebia como minha respiração falhava? Será que via o meu peito subindo e descendo rápido, o vestido quase transparente mostrando tudo?

Eu me empinei só um pouco, o suficiente para que o botão pressionasse exatamente onde eu mais precisava. Um arrepio percorreu meu corpo quando o atrito ficou mais intenso, e eu mordi o lábio para não gemer. Minhas pernas tremiam, meu clitóris latejava, e eu não conseguia mais disfarçar – estava me masturbando naquela cadeira, e Rick estava ali, tão perto que eu podia sentir o cheiro dele, misturado com o calor e o desejo.

De repente, ele se moveu, e eu quase gozei ali mesmo. Seus dedos tamborilavam na mesa, lentos, pesados, como se ele soubesse. Como se estivesse me observando, controlando cada movimento meu.

E então, sem aviso, ele olhou diretamente para mim.

Nossos olhos se encontraram, e eu não consegui me conter – apertei as coxas, rodei o quadril uma última vez e senti o orgasmo me atingir em ondas, meu corpo todo tremendo enquanto eu me contorcia naquela cadeira, molhando ainda mais o couro.

Rick ficou sem ar.

E eu soube, naquele momento, que ele tinha visto tudo.

Porque o pecado mais doce é aquele que sabemos que vai nos destruir.

★★★

Esse conto estou fazendo para homenagear meu amigo Fernando, muito obrigada pelo seu apoio 🩷

★★★

Faz um tempo que escrevi esse conto, demorei para publicar mas publiquei... Mudando de assunto

Eu tive uma ideia que particularmente estou bem animada para desenvolver, que é... Vocês vão escolher o meu próximo conto (bom espero que alguém comente kkkkk).

Vocês precisam apenas me dar um tema e se quiserem pode dar descrição tipo esse meu último fiquei em rivalidade, o de pintor, fiquei em stalker.

Confesso que se for um tema que nunca escrevi vai estar na vantagem.

Os que eu achar mais interessante vou por em uma roleta e girar e vai ser o escolhido para o cinto da vez.

Comentem e me mandem o email de vocês que eu entro em contato

Beijinhos e estrelas July

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Comentários

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Outra coisa se quiserem conversar comigo não me mandem mensagem por aqui que eu não consigo ver. Me mande um email ou poste ele nos comentários

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Acho que exagerei no tamanho...

Bom eu sou a July. Estou ansiosa para ouvir vocês, dei uma sumida de alguns meses mas já voltei

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