Um Sábado de Barbearia

Um conto erótico de Taradenhum
Categoria: Gay
Contém 1520 palavras
Data: 18/12/2025 09:11:24
Assuntos: Gay

Era sábado, final da tarde, e eu precisava cortar o cabelo antes do encontro noturno. A barbearia do Thiago ficava perto do meu apartamento, pequena, com apenas uma cadeira. O lugar cheirava a loção pós-barba e madeira envernizada.

Thiago era o barbeiro. Uns dez anos mais velho que meus trinta, cabelos escuros cortados com precisão, barba aparada que destacava sua mandíbula quadrada. Usava uma camisa preta justa que deixava claro o trabalho duro na academia—ombros largos, peito definido. Seus braços, tatuados com arte geométrica, moviam-se com uma confiança que mexia comigo.

“Vai manter o comprimento atrás?” ele perguntou, voz grave. Suas mãos, quentes e firmes, já tocavam meu cabelo, ajustando minha cabeça com leve pressão.

“Pode aparar só as laterais,” respondi, sentindo um frisson quando seus dedos roçaram minha nuca.

Ele trabalhou em silêncio concentrado. A navalha deslizava pela minha pele atrás da orelha. Sua respiração era próxima, constante. De repente, suas mãos pousaram em meus ombros.

“Tá muito tenso,” disse ele, pressionando os músculos. “Deixa eu ajustar sua postura.” Suas mãos desceram pelas minhas costas, firmeza que não era apenas profissional. Havia uma intenção ali. Meu coração acelerou.

Quando terminou o corte, ele tirou o pano. “Quer fazer a barba também? Incluso no serviço.”

Aceitei. Deitei na cadeira, ele elevou o encosto. Sua expressão era intensa, focada. Passou a espuma quente, os dedos circulando minha mandíbula, meu pescoço. A lâmina começou a descer.

“Fica quieto,” ele sussurrou, não como ordem, mas como convite.

Foi quando sua perna pressionou a minha, entre minhas coxas. O toque foi inegavelmente intencional. Olhei nos olhos dele—castanhos escuros, diretos, desafiadores. Não desviei o olhar.

Ele terminou a barba, limpou meu rosto. Suas mãos não se retiraram. Uma delas desceu pelo meu peito, sobre a camiseta.

“O serviço acabou?” perguntei, voz mais rouca do que esperava.

“Depende do que você quer,” ele respondeu, sem sorrir, mas com um brilho provocante.

“E o que você oferece?”

Em resposta, ele inclinou-se e beijou-me. Era um beijo firme, dominador, gosto de menta e café. Sua mão apertou meu cabelo recém-cortado, puxando suavemente. Uma corrente elétrica percorreu minha espinha.

Levantei-me da cadeira e o empurrei contra a pia. Nossos corpos colidiram. Beijamo-nos com fome, mãos explorando, desabotoando. Sua boca desceu pelo meu pescoço enquanto eu arrancava a camisa preta dele. Seu torso era exatamente como imaginei—duro, definido, quente sob minhas palmas.

Ele girou nossas posições, me levantou e sentou-me na bancada de mármore. “Fica,” ordenou, ajoelhando-se. Abriu meu jeans e puxou-o para baixo com os boxers. Quando sua boca me envolveu, fechei os olhos e soltei um gemido. Ele era habilidoso, metódico, alternando entre pressão e suavidade, usando língua e mãos até eu estar à beira.

“Não ainda,” ele murmurou, levantando-se. Beijou-me novamente, e eu senti seu pau duro pressionando contra minha barriga através da calça.

“Tranca a porta,” eu disse, ofegante.

Ele foi até a frente, virou a placa para “FECHADO” e trancou a porta. Quando voltou, já estava nu da cintura para baixo. Tirei minhas roupas completamente.

“De costas,” ele ordenou, guiando-me para a cadeira de barbeiro. Inclinei-me sobre o encosto de couro. Ele abriu uma gaveta, pegou um sachê de lubrificante. Ouvi o estalo da embalagem, depois a sensação de seus dedos cuidadosos me preparando.

“Relaxa,” ele sussurrou no meu ouvido, mão na minha cintura.

Quando ele entrou, foi um preenchimento ardente, gradual, que me fez gritar. Ele parou, deixando-me me ajustar. Depois começou a se mover, ritmo controlado no início, depois mais urgente. A cadeira rangia. Suas mãos seguravam meus quadris com força, seus dedos afundando na minha carne. Olhei para o espelho à nossa frente—ele, concentrado, suor percorrendo suas costas tatuadas; eu, com o rosto contorcido de prazer.

“Você é lindo assim,” ele rosnou, aumentando o ritmo. Cada investida atingia um ponto que me fazia ver estrelas. Eu me empurrei contra ele, querendo mais, mais fundo.

“Vou gozar,” grunhi ele, enrijecendo.

“Eu também,” gemi.

Ele tirou de mim rapidamente, virou-me e ajoelhou-se novamente, levando-me à boca enquanto suas próprias mãos trabalhavam em si mesmo. Nos olhamos. Foi intenso, vulnerável. Quando a onda chegou, foi uma explosão que me dobrou. Ele gemeu profundamente, saindo sobre o chão de azulejo entre nós.

Ficamos ali um momento, recuperando o fôlego. O cheiro de sexo e produtos de barbear misturava-se no ar quente.

Ele levantou-se, pegou uma toalha limpa, limpou-me com gestos surpreendentemente ternos. Depois limpou a si mesmo e o chão.

Foi então que a energia mudou. O olhar dele, antes dominador, agora tinha uma centelha de entrega. A cadeira de couro ainda estava quente quando nossas posições se inverteram. Eu estava de pé, ofegante, e ele — Thiago, o barbeiro de mandíbula quadrada — agora sentado na cadeira onde minutos antes me preparara. Ele olhou para cima, aquele sorriso meio torto aparecendo sob o bigode aparado. Um convite silencioso.

“Minha vez,” eu disse, minha voz um fio de desafio recuperado.

Ele se acomodou no assento, pernas abertas, braços pousados nos apoios. Um rei em seu trono de couro. O ar ainda carregado do cheiro do sexo que tínhamos feito instantes antes.

Meus dedos encontraram o cinto dele, ainda frouxo. Ele não ajudou, nem atrapalhou. Apenas observou, os olhos escuros percorrendo meu rosto, meus braços, minhas intenções. Quando sua calça e boxer ficaram aos pés da cadeira, ele estava completamente exposto, duro, impaciente.

“Tu é lindo demais,” ele murmurou, a voz mais suave agora.

A admiração era mútua. Curvei-me sobre ele, beijando-o devagar, sentindo sua língua encontrar a minha com uma urgência renovada. Minhas mãos percorreram seu peito, os músculos definidos, os mamilos duros. Desci pela barriga trincada até encontrá-lo. Ele arqueou as costas, um gemido rouco escapando quando fechei minha mão ao seu redor.

Peguei o lubrificante da bancada. Enquanto o passava nele, nossos olhos se prenderam. Havia uma vulnerabilidade ali que não estava presente antes. Ele, o barbeiro controlador, agora estava entregue, confiante.

“Precisa?” perguntei, minhas dedos passando levemente por sua entrada.

“Só vai,” ele respondeu, mandíbula tensionada, mas os olhos suplicando.

Posicionei-me. A primeira pressão fez seus dedos se agarrarem aos apoios da cadeira, os nósculos dos dedos brancos. Ele soltou um suspiro áspero quando entrei, devagar, permitindo que seu corpo cedesse. Era uma sensação completamente diferente—ele, quente e apertado, recuando sob meu peso; eu, controlando o ritmo.

Comecei a me mover, inicialmente com movimentos longos e profundos. A cadeira, que antes rangia sob seu impulso, agora protestava sob o meu. Cada investida era uma reivindicação. Suas pernas se enrolaram em torno de minhas costas, puxando-me para mais fundo.

“Assim… caralho, assim…” ele sussurrava, a voz quebrada, os olhos fechados em concentração pura.

Eu me curvei sobre ele, capturei seus lábios em um beijo molhado e desordenado enquanto meu quadril mantinha um ritmo implacável. Podia sentir cada tremor dele, cada contração, cada gemido abafado contra minha boca. Ele era uma sinfonia de reações sob meu comando.

Uma de suas mãos soltou o apoio e agarrou meu cabelo, puxando minha cabeça para trás, expondo meu pescoço. Ele mordeu o meu tendão, não com força, mas com possessividade. Era sua maneira de dizer que, mesmo entregue, ele ainda estava ali, presente, participando ativamente.

O ritmo acelerou. O som da nossa respiração ofegante, da pele batendo contra pele, do couro rangendo, encheu a pequena sala. Ele estava se aproximando, eu podia sentir—a tensão em seu corpo, a maneira como seu interior se apertava em torno de mim.

“Quero ver você,” eu grunhi. “Abre os olhos.”

Ele obedeceu. Seus olhos escuros estavam turvos, vidrados, fixos em mim. Foi a visão mais erótica da minha vida. “Vou gozar,” ele gemeu, uma confissão rouca.

“Goza,” autorizei, mergulhando nele uma última vez, fundo.

Seu corpo arqueou violentamente. Um rugido abafado saiu de seu peito enquanto ele jorrava entre nós, quente e pulsante. A visão dele perdendo o controle, a sensação de seu corpo se contraindo em torno de mim, foi o meu gatilho. Atingi o clímax com um gemido prolongado, enterrando-me nele até o fim, meu próprio corpo tremendo com a descarga.

Desmoronei sobre ele, ofegante. Seus braços envolveram minhas costas, segurando-me com uma força surpreendente para alguém tão acabado. Ficamos assim por longos minutos, o suor misturando-se, os corações batendo em descompasso gradualmente sincronizado.

Foi ele quem se moveu primeiro, desembaraçando-se gentilmente. Pegou uma toalha nova, limpou-nos a ambos mais uma vez, seus movimentos lentos, quase afetuosos.

“Um serviço completo, então,” eu disse, vestindo minhas roupas pela segunda vez, as pernas um pouco fracas.

Ele vestiu a calça, ainda sem camisa, o torso glorioso à mostra. “Sempre satisfaço meus clientes.”

Sorri. “Quanto devo?”

Ele olhou para mim, aquele brilho renovado nos olhos. “A primeira rodada é cortesia. A próxima, você me chama para sair.”

“Hoje à noite?” arrisquei.

“Às nove. Mando o endereço.”

Paguei o corte, com uma gorjeta generosa. Ao sair, a placa ainda dizia “FECHADO”. Do lado de fora, o ar do sábado à tarde parecia mais leve. Toquei a nuca perfeitamente aparada e sorri, sentindo uma leve dor prazerosa que me lembrava de ambos os lados que a noite havia tomado. O encontro noturno podia esperar. Eu já tinha um plano muito melhor.

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Comentários

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Puta merda, que delícia, melhor não poderia ter sido. Parabéns pela escrita que formou um texto maravilhoso despertando muito tesão e confesso que um pouco de inveja também.

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