COMO SEDUZIR O VIZINHO SEM PARECER UMA PSICOPATA

Um conto erótico de Rico Belmontã
Categoria: Heterossexual
Contém 1156 palavras
Data: 02/12/2025 09:18:28

Beatriz sempre se considerou uma mulher relativamente normal.

Relativamente.

Ela tinha lá suas manias: batia siririca falando sozinha imaginando o vizinho novo a chamando de vadia, ficava com a buceta latejando quando alguém elogiava qualquer coisa nela e esbarrava em portas porque estava ocupada demais fantasiando que estava sendo currada contra elas. Mas, no geral, era só uma mulher comum tentando dar pro novo morador do 403 sem parecer uma tarada em surto.

O problema é que o novo morador era um filho da puta lindamente insuportável.

Ele apareceu no corredor numa terça-feira de merda, carregando caixas com cara de quem queria processar o universo inteiro por existir.

— Desculpa — Beatriz soltou por reflexo, mesmo sem encostar nele.

— Relaxa, não precisa pedir perdão por ocupar espaço — ele respondeu com voz de barítono, sem nem olhar pra cara dela.

Beatriz sentiu a calcinha virar uma piscina.

Pronto. Apaixonada. Completamente fodida por um babaca.

Ele era alto, barba malfeita, camiseta preta colada num peito que dava vontade de morder, e uma energia de “se você falar comigo outra vez eu te fodo ou te mato, ainda tô decidindo”.

— Você é o novo morador, né? — ela tentou, com o sorriso de quem já tá imaginando ele a segurando pelos cabelos enquanto enterra a pica todinha no cu dela.

— Sim — ele respondeu seco, ajeitando a caixa de ferramentas no braço como se fosse uma pluma. — Obrigado pela dedução, Sherlock.

Beatriz abriu um sorriso ainda maior. E pensou.

“Perfeito. Um grosso com vocabulário. Meu ponto fraco, e ainda vem com um pau.”

— Beatriz, 402. Se precisar de açúcar, café, camisinha ou alguém pra sentar nua na sua cara, é só bater — ela disse, tudo de uma vez, sem respirar.

Ele parou. Ergueu uma sobrancelha tão lentamente como se o tempo estivesse congelando.

— Mauro — respondeu, sem emoção. Entrou no apartamento e bateu a porta na cara dela.

Beatriz ficou parada no corredor com o coração na boca e a buceta latejando tanto que quase fazia barulho.

— Primeira interação: 9/10 — murmurou pra si mesma. — Só faltou ele me comer ali mesmo pra serhoras depois, a loucura venceu. Ela decidiu que ia aparecer na porta dele com um motivo. Qualquer motivo.

O universo que se fodesse.

Colocou um bolo de caixa no forno. Um bolo que ela nunca tinha feito na vida. Um bolo que parecia um crime de guerra quando ficou…”pronto”.

— Tá feio pra caralho, mas eu também tô hoje e ninguém reclamou até agora — disse, cortando um pedaço com o orgulho de quem acabou de parir um monstro.

Bateu na porta do 403 com o prato na mão e o coração na garganta.

Ele abriu. Camiseta preta, cabelo bagunçado, cara de quem estava batendo punheta assistindo pornô e foi interrompido.

— Oi, Mauro! — ela cantarolou, empurrando o prato. — Fiz um bolo de boas-vindas. Tipo… tradição de vizinhança, sabe? Comer bolo e, quem sabe, se comer também.

Ele olhou pro bolo. Olhou pra ela. Olhou pro bolo de novo como quem olha pra uma bomba caseira.

— Você fez isso de propósito? — perguntou, voz baixa, apontando.

— Claro, amorzinho. Tudo que eu faço é de propósito — ela respondeu, piscando cinco vezes.

Ele pegou o prato. Cheirou. Fez cara de quem reconsiderou o suicídio.

— Cheira a… desespero com um toque de baunilha — ele disse.

— É o meu perfume natural — Beatriz rebateu.

Silêncio.

Ele encostou no batente, cruzou os braços, e o cheiro do perfume dele (algo amadeirado, cigarro e testosterona) bateu nela como um soco na buceta.

— Você sempre oferece bolo envenenado pra quem acabou de se mudar?

— Só pros que eu quero que me foda até virar uma doida varrida — ela soltou, sem filtro nenhum.

Mauro piscou. Devagar. Um canto da boca subiu num meio sorriso perigoso.

— Hmm. Honesta. Gosto disso — ele disse com a voz mais grave. — Entra aí.

Beatriz entrou tropeçando no próprio pé, óbvio que entrou.

O apartamento ainda cheirava a tinta fresca e homem gostoso. Ele jogou o prato na pia sem cerimônia e virou pra ela.

— Então, Beatriz do 402… — ele falou, andando devagar na direção dela. — Veio mesmo oferecer bolo ou veio dar a buceta?

Ela engoliu em seco. O sarcasmo dele estava fazendo ela melar a coxa.

— As duas coisas. Sou uma vizinha completinha — respondeu, já tirando a blusinha sem pedir licença.

Ele riu. Um riso curto, rouco, que fez o grelo dela pulsar.

— Tira o resto — mandou, sem tirar os olhos dela.

Em dez segundos ela estava só de calcinha fio-dental rosa choque. Ele se aproximou, segurou o queixo dela com força.

— Sabe que eu odeio gente, né?

— Ótimo. Me usa pra descontar — ela sussurrou.

Ele a virou de costas, empurrou contra a parede ainda sem quadro e desceu a mão com força na bunda dela, deixando os cinco dedos marcados em vermelho.

— Vizinha tarada… — murmurou no ouvido dela, enquanto enfiava dois dedos por baixo da calcinha sem aviso. — Já tá encharcada. Planejava isso há dias, hein?

— Desde o dia que você falou que eu não precisava me desculpar por ocupar espaço — ela gemeu, rebolando a bunda nos dedos dele.

Ele riu contra o pescoço dela, mordendo forte a ponta da orelha enquanto enfiava um terceiro dedo no cu dela enquanto bombava rápido na xoxota.

— Vou te foder tão bruto que você vai esquecer o rumo de casa.

E cumpriu.

Primeiro contra a parede, com ela de frente pro espelho do corredor vendo a própria cara de vadia enquanto ele metia por trás segurando o cabelo dela como se fosse uma potranca no cio.

Depois no sofá, com ela quicando no pau dele, rebolando enquanto ele xingava ela em inglês no ouvido:

— Whore son of a bitch, geme alto pra todo o prédio saber que a vizinha simpática é uma puta sem vergonha e oferecida…

Depois no chão, de quatro, com ele batendo na bunda dela a cada estocada, apertando os seios, dando tapas na cara dela, e chamando de “minha vadia do bolo solado”.

Quando gozou pela terceira vez, Beatriz era só gemido, buracos doloridos e pernas bambas.

Ele gozou dentro, segurando ela pela cintura, mordendo o ombro com força, dando socos na costela.

Depois caíram os dois no chão, suados, ofegantes, rindo como dois idiotas.

— Caralho… — ela conseguiu dizer. — O bolo era mesmo uma arma química, mas valeu cada segundo.

Ele riu, beijando o pescoço dela com uma preguiça pós-sexo deliciosa.

— Amanhã você traz café. E venha sem calcinha — mandou, voz ainda rouca.

Beatriz sorriu, virando pra beijar a boca dele pela primeira vez (devagar, molhado, sem pressa).

— Combinado, vizinho chato.

Ele sorriu de volta, aquele sorriso inteiro que ela nunca tinha visto antes.

— Bem-vinda ao 403, Beatriz.

Agora saia daqui, vá lavar essa buceta e volte mais tarde. Ainda não terminei com você.

Ela saiu cambaleando, com o gosto dele na boca, marca dos dentes no ombro, cu e buceta esfolados.

E o bolo?

Foi pro lixo.

Mas ninguém sentiu falta.

Tinha coisa muito mais gostosa pra comer ali.

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