O assédio dos chefes trouxe à Paloma lembranças de quando era estagiária. Na sua primeira semana de trabalho, ela teria transado com Eduardo e Danilo mais vezes e todas elas frustraram suas tentativas de convencê-los a implantar um novo sistema. Paloma havia voltado a ser submissa a eles, mas dessa vez as coisas eram diferentes. Ela não era mais a jovem inconsequente que se divertia com os chefes. Era uma mulher mais madura, ciente do quanto fora irresponsável anos antes. Além disso, havia a empresa para quem ela trabalhava, cobrando resultados. A cereja do bolo para uma mudança radical foi a frase de Danilo sobre aquela fábrica ser um lugar para homens. Ao longo da semana, em que foi seduzida pelos ex-chefes, ela se deu conta de que tinha uma imagem idealizada deles e que precisaria não depender deles para tocar a empresa.
Marcela conhecia a empresa e sabia como ela funcionava. Adriane , mesmo sendo estudante, provavelmente teria algo a acrescentar por ser filha de Danilo. Larissa, a secretária, com certeza conhecia tudo daquela empresa. Juntar as três com ela poderia lhe dar o reforço que Eduardo e Danilo se negavam a oferecer, além de dizer, elegantemente, que estava disposta a separar sexo do trabalho.
Era uma mudança radical, pois, além das novas funcionárias, também havia a troca de equipamentos e a instalação do ar-condicionado no almoxarifado, o que elevou os gastos além do planejado. Sua jogada era ousada e precisava dar certo. Isso passava pelas suas novas funcionárias.
Quando chamou Marcela, pensava nela como seu braço direito. Nas conversas telefônicas, a mulher de Eduardo se mostrava empolgadíssima com a ideia de voltar a trabalhar. No primeiro dia, era visível sua animação e disposição para compartilhar tudo o que conhecia para Paloma e, principalmente, Adriane. No segundo dia, porém, algo havia mudado.
Por vários momentos no dia, Eduardo entrou na sala para falar apenas com Larissa. Os sorrisos sutis dos dois nesses momentos foram minando a confiança de Marcela, que ao final do expediente tinha um semblante completamente diferente. Estava cabisbaixa, quieta, completamente diferente da mulher falante no início do dia.
Paloma observava Marcela carregada de culpa. Não tinha noção do tipo de relação que Larissa tinha com Eduardo, mas sabia reconhecer uma mulher com ciúmes. Mesmo que não existisse nada entre eles, existiu entre Paloma e Eduardo. O ex-chefe havia lembrado na semana anterior que ela não se importava com o fato de ele ser casado. Paloma se arrependia de algumas coisas de sua época mais imprudente e naquele dia acrescentava uma à sua lista: a de fazer parte da infelicidade daquela mulher.
No fim do expediente, Marcela se despediu de todos e saiu. Paloma saiu pouco tempo depois e encontrou-a parada no estacionamento. Ofereceu uma carona, que foi aceita. Marcela exibia uma expressão triste, mas bateu a porta do carro com indignação, assustando Paloma.
— Desculpa, Paloma. É que estou muito nervosa.
— Aconteceu alguma coisa? Me conta.
Marcela respirou fundo. Seus olhos marejaram.
— O Eduardo disse que hoje a gente voltaria juntos, mas me deixou sozinha. Ele está me punindo.
— Porquê?
— Ele não quer que eu volte a trabalhar aqui. Você sabe, eu trabalhei aqui quando a gente namorava. Faz muito tempo. Nós nos casamos e ele começou com uma conversa sobre esse não ser um espaço apropriado para mulheres. Na época, aceitei e virei dona de casa.
— Gente, que preconceito bobo.
— É mais do que isso. Sei que ele está me traindo e é provavelmente com a Larissa. Ele não me quer perto dele enquanto está com ela. Eu já tenho quarenta anos, sabe? Não adiantou eu me inscrever na academia ou marcar uma viagem com ele. Ele está sempre com a cabeça em outro lugar.
A história de traição fez as lágrimas caírem do rosto de Marcela e o coração de Paloma acelerar. Por mais que Marcela estivesse desconfiada de Larissa, Paloma reconhecia ser responsável pelo sofrimento daquela mulher. Marcela tinha quarenta anos e exibia uma elegância ímpar, que só ficou evidente no seu primeiro dia de trabalho. Nas outras ocasiões, ela parecia sempre apagada. O rosto tinha traços finos, delicados. O cabelo castanho era bem cuidado, curto, que se estendia apenas até os ombros. Gostava de usar roupas fechadas, que reforçavam sua elegância, mas que ainda se podia perceber suas curvas. Quem olhasse para Marcela jamais poderia julgá-la como feia, mas talvez a entendesse como uma mulher deprimida.
— Olha, Marcela, eu não sei nada sobre Eduardo e Larissa, mas posso te dizer que não faz sentido nenhum você se achar velha e muito menos feia. Você pensa nessas coisas porque vive em função dele. Já pensou que o que está te faltando é agir mais independente? Veja só, você começou a trabalhar e ele já está incomodado. Talvez você devesse incomodá-lo mais.
Marcela enxugou as lágrimas do rosto, olhando para Paloma. — Não sei como fazer isso.
— A gente pode começar por mostrar a você mesma o quão linda você é. Quando se der conta disso, ele te dará valor.
Paloma ligou o carro e saiu da fábrica, mas não foi para a casa de Marcela. Fez uma viagem mais longa, além dos limites da cidade, para um lugar onde ela conhecia bem. Estacionou o carro na garagem de um shopping center e, ao sair do carro, guiou Marcela, que parecia um pouco confusa, mas a acompanhava sem questionar. Paloma havia aparecido na vida dela de repente, mas ninguém havia dado tanta atenção a Marcela como sua nova chefe. As duas seguiram até uma loja de roupas que Paloma demonstrava já conhecer pela forma como se deslocava habilmente lá dentro.
— Vamos experimentar umas roupas para você usar no escritório.
Olhando para os lados, Marcela se sentia perdida sem saber o que escolher. Paloma foi em direção a uns cabides, escolheu uma calça e foi com ela até um provador. Deu a ela a roupa e fechou a cortina. Marcela, receosa, se despiu e experimentou a calça enquanto Paloma estava do outro lado da cortina. Em instantes, Paloma pediu para entrar e encontrou uma Marcela surpresa com o quanto aquela calça lhe vestia bem.
— Nossa, ficou bom mesmo — disse a assistente, se olhando no espelho.
— Falei que ia ficar. Olha como ela valoriza a sua bunda.
Marcela virou de costas para o espelho e torceu o pescoço para se olhar. A calça social preta, de cintura alta, era justa no seu corpo, exibindo sua silhueta completamente.
— Você não a acha justa demais? — perguntou Marcela.
— Ela não é justa demais. Você é que é muito gostosa — brincou Paloma.
Um sorriso sapeca brotou no rosto de Marcela. Paloma ainda não havia visto esse sorriso e sentiu ter sucesso em animar sua assistente. Não parou por aí. A cortina do provador era aberta várias vezes, com Paloma indo e voltando com mais roupas. Outros modelos de calça, blusas e vestidos deixavam Marcela cada vez mais radiante. Era uma mulher se redescobrindo. Enquanto escolhia as roupas para sugerir à sua assistente, Paloma escolheu algumas para si também.
— E esse vestido? — perguntou Marcela.
— Esse é para mim. Vou ao outro provador experimentar, mas se quiser eu pego outro para você.
— Fica aqui mesmo. Experimento depois de você.
Como era um provador espaçoso, Paloma aceitou o convite. De costas uma para a outra, as duas se despiram. Paloma tirou o blazer, a calça e a blusa, deixando apenas a calcinha e o sutiã no seu corpo. Enquanto olhava o vestido que iria experimentar, percebeu os olhares de Marcela pelo reflexo do espelho.
— Aí, desculpa. É que essa calcinha ficou perfeita em você.
Paloma olhou o próprio bumbum no espelho. A calcinha roxa era adornada com rendas delicadas, mas não cobria muito do seu corpo. As laterais finais se uniam formando um triângulo atrás antes de se esconder entre as nádegas. O desenho realçava as formas de Paloma.
— Obrigada — respondeu, surpresa. — Não pareço meio vagabunda para você?
Marcela, que também vestia apenas calcinha e sutiã, se aproximou por trás. — Não, nem um pouco. Quando era mais nova, eu também usava. Adorava o jeito como ela ficava no meu corpo.
Enquanto vozes diversas criavam um barulho incompreensível do lado de fora. Paloma ouvia Marcela e a percebia mais leve. Sua assistente deslizava os dedos pela calcinha enquanto relatava o quanto preferia vestir aquelas peças. À medida que a conversa se tornava mais íntima, o tom de voz das duas abaixava até se tornarem sussurros.
— Por que não usa mais?
— Ah, eu estou velha, né? Você é jovem, tem a bunda durinha. Tem mais que vestir essa calcinha mesmo.
Paloma percebeu que Marcela estava longe daquela mulher amargurada que encontrou no estacionamento da fábrica. A intenção era melhorar a autoestima de sua assistente e, de repente, sentia seu rosto queimar enquanto aquela mulher ajeitava sua calcinha e apalpava seu bumbum. Ficou um tempo ouvindo, sentindo o calor da mão dela em seu corpo sem saber como reagir, até a própria Marcela se constranger.
— Me desculpe. Nem sei o que estou fazendo.
— Tudo bem — disse Paloma, tentando não perder o entusiasmo de Marcela. — Você diz que está velha, mas tem o corpo lindo também. — Continuou, ao se virar de frente para Marcela e colar seu corpo ao dela, envolvendo os braços na cintura.
— Olha como você fica bem com essa calcinha. — disse Paloma ao ajustar a calcinha da assistente, ao enfiá-la entre as nádegas.
— É. Fica bonita mesmo.
— Você também está bem durinha, viu? Essa academia está fazendo efeito.
Paloma apalpou o bumbum de Marcela para sentir orgulho do próprio corpo, mas algo mais aconteceu ali. Os olhares das duas se cruzaram. Ela percebeu os seios se pressionando, separados apenas pelos sutiãs. As coxas se tocavam discretamente e as mãos de sua assistente estavam em sua cintura. Por mais agitada que fosse a vida sexual de Paloma, não estava acostumada a sentir aquilo com outra mulher.
— Deixa eu experimentar o vestido — disse Paloma, tentando lidar com aquele clima estranho.
Ela se voltou para o vestido e o colocou. Fechou os botões do chemise e se olhou no espelho. A peça preta com listras verticais lembrava uma camisa, com sua gola, mangas compridas e botões na frente de cima a baixo. O comprimento se limitava ao meio das coxas e, apesar de não ser muito justo, marcava bem a cintura. Deu uma volta em torno de si mesma, mostrando o vestido para Marcela.
— Ficou lindo, Paloma!
— Ficou mesmo. Ainda quer experimentar? É bem curtinho. — disse, exibindo as coxas expostas pelo vestido.
— Claro que eu quero! Me dê.
Paloma se despiu e entregou o vestido a Marcela, que o colocou. Assim como sua chefe, deu uma volta em torno de si, admirando como o vestido ficava no seu corpo. Com um sorriso travesso no rosto, suspendeu um pouco a barra dele, como se não estivesse satisfeita com o comprimento dele.
— Quer usá-lo ainda mais curto?
Marcela mordeu os lábios e respirou fundo antes de falar — Acho que você não vai acreditar, mas quando era mais nova do que você, adorava uma roupa mais curta. Vestia muito bem em mim. O pessoal da fábrica me olhava bastante, mas eu não ligava. Pelo contrário, sentia meu ego lá em cima com aqueles olhares. Adorava trabalhar lá, mas aí comecei a namorar o Eduardo.
— Ele ficou com ciúmes dos peões, né?
— Mais ou menos. A gente aprontava bastante naquela fábrica. Devemos ter transado em vários cantos lá. Só que um dia o Eduardo me pediu em casamento e me pediu para sair da empresa.
— Nunca disse o motivo?
— Ele dizia que não precisava, que queria que eu cuidasse dele em casa. Eu não discuti na época, mas eu percebia que, além dos peões, o Danilo também me olhava daquele jeito. Eu não queria nada com o sócio do meu namorado, mas quando ele pediu para eu sair da empresa, eu entendi que a intenção dele era me proteger. Hoje me sinto posta numa jaula.
Paloma acolheu Marcela em um abraço. Apoiou a cabeça dela em seu ombro, deu-lhe um beijo na bochecha e afagou-lhe os cabelos. Foi abraçada de volta.
— Você não precisa ficar presa numa jaula se não quiser. O problema nunca foi você, é ele que não sabe lidar com uma mulher independente. Você ainda pode ensiná-lo.
O abraço de Marcela apertou mais forte. As mãos alisaram delicadamente as costas de Paloma, até descerem ao seu quadril.
— Acho melhor tirar o vestido. Estamos amassando-o. — Brincou Paloma.
— Sim. Pode ficar com esse, eu vou pegar outro, de outra cor.
Paloma pegou o vestido, colocou no cabide e o pendurou na divisória do trocador. Antes de vestir suas roupas, foi abraçada por trás. As mãos de Marcela seguraram as suas e o corpo seminu aqueceu suas costas.
— Obrigada, Paloma. Eu estava péssima e você me fez sentir tão bem. Não esperava que minha chefe fosse se preocupar tanto comigo.
— Disponha, Marcela. Não quero minha assistente deprimida.
Marcela apertou o abraço, roçou a coxa no corpo de Paloma e lhe deu um beijo no pescoço. A chefe gemeu, arrepiada.
— Desculpa. Fiquei tão emocionada que estou exagerando. — disse Marcela, ao tentar afastar as mãos.
Paloma segurou as mãos da assistente e fez seu abraço ainda mais — Não está, não. Continua.
Ao receber outro beijo no pescoço, Paloma gemeu mais uma vez. Os lábios de sua assistente tocaram aquela área sensível mais vezes e ela controlou seus gemidos para que não fossem ouvidos além daquele cubículo. Olhou para o lado, para o espelho, e viu como o corpo dela engolia o seu. Num gesto sutil, projetou o quadril para trás, esfregando o bumbum em Marcela, ao mesmo tempo em que a coxa dela esfregava na sua. A mão da assistente se soltou e percorreu livremente o corpo do chefe, passeando pela barriga, pernas e apalpando o bumbum mais uma vez. Paloma curvou o pescoço até conseguir olhar para Marcela.
— Já beijou alguma mulher antes? — perguntou Marcela.
— Não. Nunca pensei nisso, até agora.
Uma das mãos da assistente acariciou o rosto da chefe. A outra envolveu um dos seios.
— Eu também… — disse Marcela antes de fazer uma pausa — mas isso é loucura. Agora há pouco eu reclamava que meu marido estava me traindo e agora estou aqui, quase o traindo.
As duas se olharam, a confusão no olhar de Marcela se refletiu no de Paloma. Ela fora amante de Eduardo numa época em que não se importava se estaria destruindo relacionamentos. Por outro lado, estava vendo seus ex-chefes por outros olhos. Além de amante, Eduardo lhe ensinara muito no período em que estagiou lá. Tinha por ele e Danilo uma admiração profissional, além de tudo. Conhecer Marcela foi perceber o quanto era doloroso um companheiro que não tinha empatia pela esposa. Paloma foi parte desse problema e talvez pudesse ser parte da solução.
Paloma se virou de frente para Marcela e soltou seu sutiã. Pegou as mãos da assistente e colocou sobre os seios, deixando-a apertá-los como quisesse. Enquanto seus peitos eram amassados com desejo, fez o mesmo com o sutiã de Marcela.
— Acho que, independentemente de ele te trair ou não, você merece mais carinho.
As duas se olhavam nos olhos. Marcela mordia os lábios e não tirava as mãos dos seios de Paloma, que fazia o mesmo com os seus.
— Se for só aqui, só agora, não tem problema, não é?
— Prometo não te roubar do Eduardo.
Os sons de pessoas conversando do outro lado da cortina sumiram quando os lábios se tocaram. Dos seios, as mãos percorreram em torno das cinturas para que ambas se passassem contra si. Coxas se esfregavam assim como as línguas. As mãos nas bundas não se apalpavam com carinho, mas sim com desejo. Ambas descobriram o toque de uma mulher pela primeira vez.
Marcela foi a mais atrevida, levando a mão para o interior da calcinha de sua chefe. Paloma gemeu e a outra mão cobriu sua boca antes que fosse ouvida do outro lado. As duas riram e Marcela continuou com seus dedos em movimentos sutis, facilitados pela umidade daquela boceta. Com os gemidos abafados pela mão em sua boca, Paloma gemeu, manhosa. Sentia-se investigada com delicadeza, carinho. Suas mãos buscavam o corpo de Marcela, apertando onde conseguissem. Quando a mão saiu de sua boca, acariciou seu rosto antes de receber mais um beijo.
— Você está tão molhada.
— Por sua causa.
As duas sorriram. Paloma mordeu os lábios.
— Tira a minha calcinha.
Ao se ajoelhar, Marcela segurou as laterais da peça e as puxou para baixo. Ficou a centímetros da boceta de sua chefe e se ajeitou para ficar mais próxima dela. Colocou uma das coxas sobre o ombro e abocanhou o grelo que quase explodia de tão duro. Paloma arfou e tampou a boca com as mãos, desesperada, quando dois dedos lhe penetraram. A língua macia dançava com seu clitóris.
Paloma gozou, dobrando a coxa como se puxasse Marcela contra si. As duas mãos foram contra a boca no intuito de abafar o potente gemido. Com o corpo tremendo, desequilibrou-se, dando um tapa na divisória que deixou as duas tensas enquanto Paloma ainda recuperava a respiração.
Dando graças pela cabine do lado vazio, Paloma puxou Marcel rapidamente e a beijou na boca. Chupou a língua, sorvendo do próprio mel — que delícia que você é — disse, provocando um sorriso envaidecido na sua assistente. — Gosta de ser pega por trás? — continuou.
— Claro!
— Que bom, porque adorei a sua bunda.
Paloma virou Marcela contra a divisória e abaixou a calcinha dela até o meio das coxas. Levou a mão à boceta e iniciou uma lenta e prazerosa massagem. Colou seu rosto ao dela, com as duas gemendo baixinho. Com movimentos circulares dos dedos, Marcela balançava o quadril, acompanhada pelo rebolado de Paloma.
— Gostou mesmo da minha bunda? — Provocou Marcela.
— Adorei.
Marcela segurou a outra mão da sua chefe e a levou para o meio de suas nádegas — Então come ela!
Paloma arregalou os olhos — Safada!
— Você me deixou assim. Faz tempo que não metem no meu cu.
A mão de Paloma deslizou por entre as nádegas e um dedo rompeu as pregas de Marcela. A assistente sorriu, sapeca, e continuou seu rebolado, mesmo sendo penetrada duplamente. Os dedos entram e saem devagar, delicados como os gemidos sutis que as duas soltavam enquanto mantinham os rostos colados. Marcela gozou, tampando a boca com a mão. Os dedos de Paloma continuavam indo e voltando enquanto Marcela tremia, pressionada contra a divisória.
Aos poucos, os sons do entorno ficavam mais evidentes. Paloma fez menção de tirar os dedos, mas Marcela não permitiu. — Se for só agora, quero te sentir mais um pouco. — disse. As duas continuaram trocando beijos até se lembrarem de onde estavam e que estavam lá para comprar roupas. Marcela, no entanto, lembrou-se de mais coisas sobre si.