Colega de trabalho estressada I

Um conto erótico de Davil
Categoria: Heterossexual
Contém 3671 palavras
Data: 15/12/2025 16:41:29

Gosto de escrever com detalhes, e esta história relata uma experiência minha que, diferente de outros contos, não tem sexo o tempo todo. Em vez disso, houve um jogo de sedução que, toda vez que lembro, me excita. Vamos à história.

Tenho 49 anos, me chamo Renato e trabalho em uma empreiteira grande aqui no meu estado, sendo o responsável pelo setor de TI. Sou casado e fiel. Até então, nunca tinha traído minha esposa. Para mim, minha paz está acima de tudo, e minha casa é meu porto seguro. Sempre ponderei esse lado quando as tentações apareciam.

Na empresa, todo dia havia o horário do cafezinho. Nesse momento, sempre nos encontrávamos com alguns colegas para a famosa "resenha". Entre eles, estava sempre presente Camila, uma morena lindíssima, com seus quarenta anos, casada, cerca de 1,60m, e responsável pelo setor financeiro. Nunca fomos íntimos, mas sempre conversávamos e ríamos muito com as brincadeiras dela e as minhas. Éramos uns dos mais velhos na empresa.

Um certo dia, a conversa girou em torno de drogas, já que estava passando uma reportagem sobre a apreensão de maconha em um interior próximo. Depois de um tempo, ficamos só nós dois, e ela comentou que nunca tinha experimentado a erva. Eu, embora não seja usuário contínuo, vez ou outra faço uso no intuito de relaxar um pouco. Falei que, no dia em que ela quisesse experimentar, era só avisar.

Ela arregalou os olhos, um pouco surpresa, como se não acreditasse que aquelas palavras tinham saído da boca de um "quase senhor", reservado. Mas logo depois do espanto, relaxou a expressão e disse que não teria coragem. O papo acabou e voltamos ao trabalho.

Passados uns quinze dias, eu tinha ficado um pouco mais tarde para resolver umas pendências. Quando estava indo embora, a encontrei no elevador. Conversamos normalmente e ficamos em silêncio por um pequeno período. Quando o elevador estava chegando ao térreo, ela disse que ficou pensando na minha proposta de apresentar a erva a ela. Ela me olhou e perguntou se era mesmo verdade o que eu havia dito.

Nunca gostei de externar esse meu hábito; acredito que muita gente tem preconceito. Mas, por algum motivo, não senti resistência em falar/oferecer a ela. Falei que sim, que não fazia uso regular, mas eventualmente usava para relaxar. Ela ficou me olhando e disse que iria pensar no caso.

Se passou mais ou menos um mês, e eu já tinha esquecido o assunto. Ela apareceu na copa. Eu estava terminando o meu café quando ela chegou, me deu bom dia, pegou um café e ficou em silêncio, olhando para o chão. Acabei de tomar o meu, me despedi e estava saindo, quando ela falou:

— Como seria?

Não entendi direito.

— Como?

— Como seria para eu experimentar? Não posso lá em casa. Moro com minha sogra, e meu marido jamais aceitaria. Embora ele não seja tão religioso, a família é, e para ele maconha é sinônimo de vagabundagem — falou, num fôlego só.

Fiquei parado, refletindo. Não esperava que ela fosse tão direta e totalmente fora de um contexto de conversa.

— Não sei, Mila. Os efeitos duram em torno de duas horas, então seria interessante um lugar onde você não precisasse socializar. Lá em casa, acredito que minha esposa não iria gostar... Pode ser em um motel — falei sem pensar, sem pensar mesmo, inclusive em sexo.

Ela novamente arregalou os olhos, calada ainda. Eu me adiantei na explicação.

— Mila, foi só um lugar onde teríamos um tempo em que nenhum dos dois precisasse falar com alguém, sem nenhuma intenção que não fosse o que conversamos. Mas esqueça, péssima ideia.

Ela ficou me olhando, esboçou um pequeno sorriso de lado, balançando a cabeça em negação. Eu me desculpei e saí o mais rápido que pude. Realmente, apesar de ela ser uma gostosa, eu não tinha pensado no sentido sexual, e me arrependi.

A Concretização da Aventura

O tempo foi passando, talvez um ou dois meses. Já conversávamos na copa como se aquela última conversa não tivesse existido. Era uma quarta-feira, dia de uma licitação grande. Ela me ligou, perguntando se eu podia ir na sala dela para ajudá-la com um problema sério. Quando cheguei lá, ela estava nervosa, dizendo que a licitação era hoje e ela precisava tirar umas certidões que não estava conseguindo. Sentei com ela e, depois de mais ou menos quarenta minutos, conseguimos.

Ela bufou, recostando-se na cadeira, agradecendo-me e dizendo que não aguentava mais aquela pressão. Eu disse a ela, já saindo, que era por isso que eu tomava meu "remédio" eventualmente.

— Vamos hoje? — ela perguntou.

Parei um tempo, absorvendo aquela proposta.

— Mila, eu não tenho aqui, mas posso arrumar se você quiser.

— Sim, Renato, mas você tem que ir comigo. Nem sei como usar esse negócio.

— E iríamos para onde, Mila?

Ela parou um pouco para pensar.

— Tem aquele hotelzinho aqui perto do centro.

— Mila, nesse hotel a gente não para no quarto, estacionamos fora e temos que entrar andando — falei, preocupado.

— Mas não vamos fazer nada demais, Renato.

— Diga isso ao seu marido quando ele nos vir entrando em um hotelzinho.

Ela parou para pensar um pouco.

— O que você sugere?

— Tem o Motel Styllus, que fica na saída da cidade. Entramos com o carro no quarto, e fica em uma região de pouco trânsito.

Ela ficou me olhando como se eu fosse muito experiente nesse sentido, e eu justifiquei logo:

— Mila, eu já fui solteiro, sei como essas coisas funcionam.

— E você, quando era solteiro, saía com mulheres casadas, Renato? — perguntou com uma meia risada, me deixando um pouco sem graça com a situação.

— Já aconteceu uma vez — falei, meio constrangido, mas ela logo mudou de assunto.

— Se você conseguir o “calmante”, podemos ir hoje? Por volta das 17h, já terá acontecido a licitação e saímos um pouco mais cedo para não pegar trânsito.

Eu parei um tempo para pensar nas consequências desse pequeno delito.

— Então, Mila, vou ver e te falo.

Saí da sala dela com a sensação de estar fazendo alguma coisa errada, e estava mesmo, mas achei que era bobagem. Não tinha intenção de fazer nada além do que eu tinha proposto.

Falei com um fornecedor que faz "delivery", e o material chegou no início da tarde. Mandei uma mensagem para ela dizendo que o "calmante" estava na mão e que, se não tivesse nenhum problema mais grave, eu conseguiria sair às 17h. Ela respondeu apenas com um "ok".

Às 16h45, mandei uma mensagem para ela:

— Nosso passeio continua de pé?

— Mais do que nunca! O FDP do João (nosso chefe e dono da empresa) acabou de sair da minha sala, me estressando por conta de dinheiro. Falei a ele que só sou o financeiro, não fabrico, rsrsrsrs.

— Está certo, então. Você deixa seu carro aqui na empresa que mais tarde te deixo de volta.

— Ok — ela respondeu.

Eu estava nervoso. Não tinha costume de fazer essas coisas. Minha vida, depois de casado, sempre foi tranquila, sem "escapulidas", mas ali estava eu.

Às 17h, eu já estava no meu carro esperando a Camila. Estava um pouco nervoso, mas me esforcei para não transparecer. Ela entrou rápido no carro, rindo de nervoso, como se estivesse fazendo alguma travessura. Eu ri da cara dela. No caminho, ela foi me fazendo perguntas de como era, se não teria possibilidade de surtar ou morrer. Eu comecei a rir.

— Mila, a maconha é uma droga muito mais segura que o álcool. O único problema que pode acontecer é você entrar em uma espécie de depressão temporária, mas isso ocorre mais quando estamos sozinhos, quando somatizamos nossos problemas. Mas eu não deixo que isso aconteça, fique tranquila.

Ela ficou calada, mas notei seu nervosismo.

Chegamos quinze minutos depois no motel. Pedi um quarto normal, mas a atendente disse que só tinha suíte com hidromassagem. A diferença não era grande, e entramos sem problemas. Quando parei o carro e olhei para Camila, ela estava tensa, olhando para o nada.

— Tudo bem, Camila? — perguntei, prevendo uma desistência.

— Me bateu um medo agora, Renato. E se meu marido ficar sabendo? E se eu surtar?

— Calma, Mila, já entramos mesmo, agora não adianta mais. Se alguém viu, ele não vai mais acreditar que não fazemos nada.

Ela ficou parada. Acho que a assustei mais do que acalmei.

— Vamos entrar. Eu preparo o baseado, você tenta relaxar. Se não ficar à vontade, nós vamos embora.

Ela assentiu. Saímos do carro, fechei o portão e entramos no quarto. Ela parou e ficou olhando. Não era nenhum motel TOP, mas era novo, bem arrumado.

Ela estava com uma calça social e uma camisa fina, de um tecido leve que realçava seus movimentos. Ela andou por todo o quarto, entrou no banheiro, foi até a hidromassagem.

— Renato, ela fica vazia mesmo?

— Mila, você nunca entrou em um motel?

Ela me olhou um pouco envergonhada.

— O Maurício nunca me levou. Acredito que por conta da criação religiosa dele. Não que ele seja puro e inocente, mas acho que para ele, motel é coisa do diabo.

— Ela fica vazia por conta da limpeza. Imagine entrar aí com os restos da transa dos outros.

Ela fez uma cara estranha e começou a rir. Eu tirei meu sapato, perguntei a ela se poderia tirar a camisa para não ficar com o cheiro. Ela me olhou séria.

— Isso empesteia minhas roupas?

— De uma forma geral, não. Nada que seu perfume francês não resolva.

Ela me olhou, cerrando os olhos.

— Renato, Renato, não me coloque em apuros — falou rindo, já um pouco mais relaxada e assentindo para eu tirar a minha camisa.

Não sou nenhum galã de novela. Tenho um pouco de barriga, mas me cuido. Tenho 1,90m, o que ajuda a manter a forma. Tirei a camisa e me recostei na cama para "confeccionar" o baseado. Olhei para ela se aproximando. Estava evitando pensar nisso, principalmente dentro de um quarto de motel, mas ela é muito gostosa. Baixinha, mas bunduda, com a barriga lisinha (ela não teve filhos), rosto muito bonito, e o que me chama a atenção é o jeito meio sapeca, mas não deixando de ser mulher, uma mulher admirável.

Ela se aproximou, curiosa a respeito da confecção, começou a fazer umas perguntas, e eu ia respondendo, deixando-a mais calma. Quando perguntei se podia acender, ela levantou um pouco nervosa.

— Peraí, Renato, deixe eu tomar alguma coisa.

Ficou olhando as opções de álcool que tinha ali, até que pegou uma garrafinha de uísque. Na hora de abrir o selo, a garrafa escorregou e derramou metade do líquido em sua blusa.

— Porra, que merda!

Observei-a indo para o banheiro e demorando um tempo lá, com a pia jorrando água, certamente lavando a parte que sujou. Ela volta, bebendo o que sobrou da garrafinha e com uma toalha envolta ao corpo.

— Que azar! Sujou logo de uísque, que deixa um cheiro miserável. Lavei e deixei secando.

Assenti, evitando olhar para ela de toalha para não pensar besteira. Acendi o baseado, dei o primeiro trago e entreguei a ela.

— Mila, puxe e respire fundo. Tente segurar um tempinho antes de soltar.

Quando ela puxou, começou a tossir e levantou da cama. A toalha caiu, deixando-a só de sutiã. Deixei o cigarro no cinzeiro e fui atrás dela, batendo de leve em suas costas. Ela, com os olhos marejados, olhou para mim um pouco assustada.

— Acalme essa tosse e venha, puxe com mais calma.

Voltei para a cama e a vi voltando, mais calma, com o sutiã e a barriga lisa aparecendo, um tesão de mulher. Ela notou que eu olhei e na hora buscou a toalha para se cobrir.

Puxei mais uma vez e entreguei a ela. Ela fez como mandei, tossiu um pouco, mas se acostumou. Demos mais uma rodada, e eu apaguei.

— Está de bom tamanho para quem está começando, mocinha.

Ela riu.

— Mocinha sem-vergonha que está em um motel com um homem casado e ainda por cima sem camisa!

Eu ri com ela. Estava fazendo um esforço sem tamanho para não pensar em sexo e nem em como ela era gostosa.

Coloquei uma playlist no bluetooth, uma que costumo usar quando quero "viajar". Com iniciantes, também é legal porque diminui a chance de cair numa “bad trip”. Normalmente, são músicas nacionais que ficamos tentando decifrar.

Começou com Avohai, de Zé Ramalho, uma música muito louca. Perguntei a ela, já viajando, se estava entendendo alguma coisa da música. Ela parou, me olhando, mas sem dizer nada. Dava para ver que estava tentando entender a letra.

— Esse cara estava muito louco quando fez essa música. Não estou entendendo nada, kkkkkkkkkk — ela falou, já se acabando de rir, sob total efeito da erva.

Acabou a música e começou outra, dessa vez, Luxúria, de Isabela Taviani. Não foi por querer, a playlist estava no aleatório, mas quando começou, virei para ela e falei:

— Conhece essa música, Mila?

— Conheço sim, foi de uma novela, né?

— Já prestou atenção na letra?

— Acho que não — ela fez uma cara de quem prestava atenção, olhando para cima, encostada na cabeceira da cama, como eu estava.

Eu, ouvindo e a observando. Tem uma hora que a música fala: "Ordene, não peça, muito me interessa sua potência, seu calibre, seu gás..."

Ela olhou para mim com cara de dúvida.

— Calibre?!?!?

Aí fez um gesto de susto, colocou a mão na boca e começou a rir.

— Essa música só fala putaria — ela disse.

Nesse momento, a toalha já estava no meio da barriga, e deu para notar os seios dela querendo furar o sutiã. Ela me pegou olhando, subiu a toalha e saiu da cama, meio assustada. Olhou a hidromassagem.

— Renato, a gente pode ligar isso aqui?

— Claro.

Levantei, cheguei perto e liguei as torneiras, equilibrando a temperatura.

— Como você pensa em entrar aí?

Ela parou, pensando, com aquela cara de moleca que faz sempre.

— A gente coloca a espuma, você vira de costas e eu entro.

— E eu?

— Você vai querer entrar?

Eu já estava sob o efeito da droga, já estava na chuva e entrei na brincadeira. Ainda não estava pensando em sexo, mas estava no embalo.

— Claro, Mila. Um calor da porra, vou ficar te olhando lá dentro?

— Tá certo. Então, você fecha os olhos e eu entro, então eu fecho os olhos, você tira a roupa e entra.

— Tá certo.

Fui na prateleira onde ficava o kit de sais e espuma, joguei na água que começou a espumar.

— Agora vá no banheiro e espera lá. Quando eu avisar, você já vem sem as roupas.

— Ok.

Entrei no banheiro e esperei menos de dois minutos.

— Pode vir.

Senti sua voz um pouco nervosa, mas fiz como ela falou. A porta do banheiro estava de frente para onde ela ficou, acho que para ver se eu estava espiando ou não.

Uma coisa que não pontuei a meu respeito é que tenho um pênis normal para grande, uns $19 \text{ cm}$, porém bem grosso, tão grosso que a cabeça parece ser bem menor que o corpo. E, diante da situação, eu já saí do banheiro de pau duro, por mais que eu quisesse me controlar.

Fui caminhando em direção à hidro, mas notei a cara de moleca que ela fazia, afastando os dedos dos olhos. Não sabia que ela estava vendo, mas desconfiei. Quando entrei e me cobri com a espuma, ela disse:

— Não sei a potência nem o gás, mas o calibre...

Deixou as palavras nas entrelinhas e começou a gargalhar. Entrei na brincadeira, rindo também. Quando cessou a crise (nervosa) de risos, eu perguntei:

— Quer ver de novo?

Meu pau estava estourando com aquele jogo de sedução.

— Para com isso, Rê. Eu sou casada e você também — falou sem muita convicção e ainda rindo um pouco.

— Mila, já estamos no fogo, não vamos fazer nada que o outro não queira.

— Mas é bom não instigar, né, Rê? — falou de novo sem muita convicção e começando a me chamar por um apelido que nunca tinha me chamado antes.

— Você que sabe. Não vou insistir, mas se quiser ver de novo, não tem problema.

— Tá bom, então — ela falou, meio apreensiva, sem muita certeza do que queria.

Mas eu queria. Não ia forçar nada, mas já tinha entrado de cabeça naquele jogo. Me levantei, no alto dos meus 1,90m, com a rola em riste, apontando para o teto.

Ela colocou a mão na boca.

— É enorme! Deve ter o dobro do tamanho do Mauricinho e o triplo da grossura. Tenho pena de sua mulher ter que aguentar tudo isso, eu não teria coragem — falava sem tirar os olhos da benga.

— Te garanto que ela não reclama. Certo que nem sempre quer todo dia, mas gosta do que tenho entre as pernas.

— Com um pau desses, acho que eu ia morrer virgem — caiu na risada novamente, mas no movimento deu para ver os seios lindos, grandes, com os bicos apontados para cima.

— Mas agora o jogo ficou injusto.

— Como assim? — perguntou sem entender.

— Eu estou aqui me mostrando por inteiro, mas ainda não te vi.

— Deixa de ser descarado, Rê, você é casado!

— Você também, e nem por isso deixou de apreciar a ferramenta.

Ela me olhou rindo.

— Tem tempo que não me depilo. Estamos no inverno, não tenho ido à piscina e o Maurício não liga muito. Inclusive, ele acha que depilação é coisa de mulher que quer parecer criança.

— Quanto a isso, eu não ligo. Prefiro as com cabelo do que as sem — falei e sentei na borda, exibindo minha ferramenta, já no processo de me mostrar mesmo, mas tentando aparentar uma normalidade que nunca existiu.

Ela começou a se levantar, primeiro mostrando os seios, maravilhosos, depois a buceta, que nem estava tão peluda, estava meio aparada, do jeito que gosto.

— Você é muito gostosa, Mila. Os seios mais bonitos que já vi, e sua falta de depilação só te fez ficar mais linda.

— Larga de ser descarado, Rê, tu só quer me comer — começou a rir novamente.

— Não deixa de ser verdade também, mas você é linda de rosto, de corpo e de alma. Sorte do seu marido — falei honestamente. Eu não ia forçar nada, mas meu pau ainda estava em riste.

— Assim você me deixa encabulada, nua e encabulada — voltou a rir.

— E essa cobra aí não abaixa não? — falou olhando para meu pau.

— Agora só gozando, Mila.

— Nem vem que não vou trair meu marido — ela já não estava sob tanto efeito da droga, já a notava um pouco mais racional, com a voz ligeiramente trêmula.

— Então bate uma para mim? — falei, com a voz rouca, sem tirar os olhos dela. Minha ereção pulsava, inegável.

Ela balançou a cabeça, mas a negação não tinha firmeza. Seus lábios estavam entreabertos.

— Não... é muito arriscado, Rê. Eu também estou excitada demais. Se eu pegar nisso aí — ela apontou o dedo, hesitando a centímetros do meu pênis —, não vai dar certo.

Sua mão tremeu e ela a afastou rapidamente, como se tivesse levado um choque.

— Faz o seguinte — ela propôs, respirando fundo e recuperando o controle. — Fica desse lado da banheira, que eu fico do lado de cá. Você bate uma daí, eu me toco daqui. Quero ver você gozar.

A proposta dela me atingiu como uma onda de calor. Era uma autorização íntima e voyeurística.

— E você? — perguntei, a desafiando com o olhar.

Ela inclinou a cabeça, os cabelos molhados deslizando sobre o ombro nu.

— Eu vou fazer o que a música disse. Prestar atenção no seu calibre e no seu gás.

Ela sorriu, um sorriso sacana que desmentia qualquer pudor. Sem desviar o olhar do meu corpo, ela se recostou na espuma, abriu as pernas e levou a mão à virilha. Seus dedos já estavam úmidos de espuma e desejo.

Comecei a me tocar lentamente, sentindo a textura da minha pele e o calor da água. Eu a olhava, e ela me olhava. A respiração dela começou a acelerar. Os gemidos saíam abafados, mas eram música para meus ouvidos.

— Vai, Rê... mostra para mim — ela sussurrou, apertando os olhos por um momento.

Eu aumentei o ritmo. Cada movimento era um espetáculo para ela. Ela gemia mais alto, a mão dela trabalhando sobre si mesma, apressada, tentando acompanhar o ritmo da minha fantasia. O cheiro da espuma, o vapor quente, e o som dos nossos corpos excitados criavam uma bolha de luxúria isolada.

A visão daquela mulher linda, casada, com os seios ofegantes e a mão entre as coxas, tudo isso por minha causa, era o combustível final.

— Não me aguento mais, Mila! — gritei, a voz quase sumindo.

— Eu também não... eu também não, Rê! — ela respondeu, em um suspiro final.

Atingimos o orgasmo quase ao mesmo tempo, em um grito mudo abafado pela espuma e pelo eco do motel.

Ela entrou na hidro e ficou um tempo se recuperando, com o rosto corado e os olhos fechados. Entendi que não ia rolar mais nada e fui tomar meu banho. Saí nu, me enxugando. Ela passou por mim, olhou pro meu pau meia bomba, deu um sorriso cúmplice e entrou no banheiro.

Quando ela saiu, já vestida com a camisa ainda um pouco úmida, mas que como era fina, quando chegasse em casa já estaria seca. Eu já estava vestido olhando o celular. Já eram 20h30, e eu tinha avisado a minha esposa que chegaria antes das 21h.

— E aí, Mila, o que achou da experiência?

Ela respondeu tranquilamente, não estava com a ressaca moral que eu desconfiei que ela ficaria. Foi bem espontânea.

— Rê, foi surreal. Ao mesmo tempo que a mente não para, a gente se sente bem leve, viajando nas pequenas coisas. Foi bem legal prestar atenção nas músicas também. Vou querer repetir, só tenho medo de vir aqui de novo — disse rindo. — É perigoso! Mas obrigada por me respeitar.

— Sempre, Mila. Claro que fiquei excitado, principalmente quando entramos na hidro. Eu pensei em transar com você, mas, como falei, nunca forçaria nada.

Ela assentiu, me dando um beijo na bochecha. Saímos com a promessa velada de repetir a dose. Deixei-a no trabalho e segui para casa.

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