A Lei do Mais Forte

Um conto erótico de BelaDoLar
Categoria: Heterossexual
Contém 1476 palavras
Data: 13/12/2025 13:48:24

### **A Lei do Mais Forte**

Três dias. Setenta e duas horas de café frio, sanduíches de posto e o cheiro de estofado velho da viatura descaracterizada impregnando meus poros e minha alma. Eu estava estacionada num ponto cego da Cidade Nova, com o ar-condicionado desligado para não chamar atenção, o suor colando a camisa social branca nas minhas costas. Eu sou a Delegada Clara, 28 anos, chefe da DH, a mulher que coloca algemas em monstros. Meu marido, um promotor engomadinho que viaja toda semana para congressos inúteis, acha que eu fico preenchendo papelada. Ele não sabe da adrenalina. Ele não sabe a vontade que eu tinha de caçar.

O alvo era Marcus, vulgo "Caveira". O homem que assumiu a boca depois que o ADA caiu. A ficha dele era um livro de horrores, mas pessoalmente... pessoalmente ele era uma força da natureza. Nas fotos da inteligência, ele parecia grande. Ao vivo, monitorado pelas minhas câmeras, ele era titânico. Um metro e noventa e dois de pura violência contida, pele negra retinta marcada por cicatrizes brancas de faca que contavam histórias de sobrevivência no inferno. Eu queria prendê-lo. Eu precisava ver aquele homem de joelhos. Mal sabia eu que a única pessoa que ficaria de joelhos naquela noite seria eu.

Eram 23h47 quando ele saiu das sombras do beco. Não havia escolta, não havia fuzil. Apenas ele, caminhando em direção ao meu carro como se soubesse exatamente quem estava atrás do insulfilm escuro. Eu desci, distintivo numa mão, a Glock na outra, sentindo o peso da autoridade.

— Parado! Polícia! — minha voz saiu firme, treinada.

Ele não correu. Ele sorriu. Um sorriso de predador que encurralou a caça sem precisar dar um passo. Ele ergueu as mãos, sujas de terra e o que parecia ser sangue seco, mas seus olhos... seus olhos me despiram ali mesmo, no meio da rua deserta.

— Delegada Clara... — a voz dele era um trovão grave, vibrando no asfalto. — Vim entregar meu corpo. Só não garanto que ele vai voltar inteiro pra tranca.

**Erro número um:** eu achei que meu distintivo era um escudo mágico.

**Erro número dois:** eu destravei a porta de trás.

Mandei ele entrar. O procedimento padrão dizia para algemá-lo fora, revistá-lo. Mas algo na postura dele, na submissão zombeteira, me fez querer tê-lo sob meu controle dentro daquele cubículo de metal e plástico. Ele entrou, ocupando todo o espaço do banco traseiro. O cheiro dele invadiu o carro instantaneamente — uma mistura almiscarada de tabaco forte, suor masculino e perigo. Não cheirava a medo. Cheirava a homem que nunca perdeu uma disputa.

Entrei no banco de trás, ao lado dele, a arma ainda apontada para o peito largo coberto por uma regata branca encardida. Comecei a recitar os direitos, as palavras saindo automáticas: "Você tem o direito de permanecer calado...".

Ele riu. O som foi baixo, rouco, escorrendo quente pelo meu ouvido e arrepiando cada pelo do meu corpo.

— Ler direitos pra quem não tem nenhum é só preliminar, doutora — ele sussurrou, e antes que meu cérebro processasse a audácia, a mão dele, enorme e calejada, envolveu minha cintura.

Minha reação foi instintiva, levei a mão ao gatilho, mas ele foi mais rápido. Com um movimento fluido, ele desarmou minha mão, tirou a Glock dos meus dedos trêmulos e a jogou no banco da frente. O baque da arma caindo no estofado soou como o fim da minha carreira.

**Lição aprendida:** autoridade é uma ilusão quando você está trancada com um predador que não teme a lei.

Ele me puxou para o colo dele sem esforço algum. Eu, a delegada respeitada, fui manuseada como uma boneca de pano. A farda subiu, o tecido áspero da calça dele roçando na minha pele sensível. Ele não pediu, não negociou. Sua mão grossa encontrou a renda da minha calcinha e a puxou para o lado com um estalo seco, expondo minha buceta úmida. O choque da exposição me fez arfar, mas quando ele se libertou das calças, o ar sumiu dos meus pulmões.

Era monstruoso. Uma tora negra, grossa e latejante, a cabeça roxa inchada de sangue, veias saltando como cabos de aço sob a pele. Vinte e um centímetros de puro desrespeito à autoridade. Eu olhei para o retrovisor interno e vi o reflexo da minha própria queda: Delegada Clara, loira, olhos verdes arregalados, a boca entreaberta diante do pau de um traficante.

— A lei agora é essa aqui, doutora — ele rosnou, e me empalou.

Não houve preparação. Ele segurou meus quadris e me cravou nele de uma vez só. A cabeça enorme forçou minha entrada, rasgando, esticando, preenchendo cada milímetro vago do meu ser. O som foi obsceno — um *pop* molhado de carne invadindo carne, seguido pelo barulho das molas da viatura gemendo sob nosso peso. Eu gritei, mas não foi de dor. Foi o som da minha moral se partindo ao meio.

Ele fodia com raiva, com posse. As estocadas eram brutais, jogando meu corpo contra a porta do carro a cada investida. Minha pistola, caída no banco da frente, chacoalhava a cada impacto, um lembrete irônico da minha impotência. O rádio da polícia chiava códigos e ocorrências ao fundo, "QAP, QRV", enquanto eu gemia alto, sendo recheada pelo inimigo público número um.

**Lição aprendida:** quando o pau entra, a patente sai. Eu não era delegada ali. Eu era apenas um buraco quente para ele usar.

O cheiro dele me embriagava. Suor, testosterona, o gosto metálico de perigo. Eu arranhei os ombros dele, minhas unhas bem feitas cravando na pele negra e suada, puxando-o para mais fundo. Eu queria aquilo. Deus, como eu queria ser quebrada por ele. Ele percebeu minha entrega e riu contra meu pescoço, mordendo a pele sensível ali, marcando território onde meu marido jamais ousaria.

— Gosta disso, né, vagabunda da lei? — ele grunhiu, me virando de bruços no colo dele.

Com um tapa estalado na minha bunda branca, ele me dobrou. Sem aviso, sem cuspe, ele mirou no meu cu. A entrada foi seca, uma violação calculada. Eu gritei abafado no estofado do banco, sentindo a cabeça dele forçar meu anel apertado. Mas o desejo era uma droga potente; meu corpo suava, lubrificando o caminho com a própria excitação da humilhação. Ele empurrou, ignorando minha resistência inicial, até que suas bolas bateram com força contra minhas nádegas.

*Thud-thud-thud*. O som de carne batendo em carne preenchia a viatura. Eu estava sendo sodomizada no meu local de trabalho, por um homem que eu deveria prender, e a única coisa que eu conseguia pensar era em como ele me preenchia completamente.

A música sertaneja gospel tocava baixinho no rádio agora, uma trilha sonora absurda para o meu pecado. Ele segurou minha nuca, puxando meu cabelo loiro com força, expondo meu rosto ao retrovisor.

— Olha pra você — ele sussurrou no meu ouvido. — Toda fodida. Minha puta.

Ele acelerou. O ritmo era selvagem, animal. Eu sentia cada centímetro daquela pica destruindo minhas defesas, reescrevendo minha bússola moral. O gozo dele veio como uma avalanche — um jato grosso, quente e humilhante, inundando meu interior, transbordando, escorrendo quente pela minha coxa e manchando o banco cinza da viatura oficial do estado.

Ele não parou. Continuou duro, pulsando dentro de mim, usando meu corpo como bainha para sua arma.

— Isso aqui é meu agora — ele disse, a voz rouca pós-gozo. — Tudo isso aqui.

Ele me largou no banco, ofegante, as pernas trêmulas e abertas, o suor dele misturado ao meu. Sem a menor cerimônia, ele tirou o pau de dentro de mim, o som de sucção ecoando no silêncio repentino. Ele nem se limpou. Apenas ajeitou o calção, passou a mão no meu cabelo para limpar o excesso de fluidos, deixando mechas loiras grudadas de porra, e abriu a porta.

A luz amarela do poste da rua invadiu o carro, iluminando minha degradação. Eu estava ali, uniforme amarrotado, distintivo torto, maquiagem borrada, cheirando a sexo e crime. Ele saiu, bateu a porta e se inclinou na janela aberta.

— Bom plantão, delegada. A gente se vê.

E sumiu na escuridão do beco, levando minha dignidade com ele.

Fiquei ali por dez minutos, tremendo, o eco do prazer e da vergonha vibrando nos meus ossos. Liguei o carro. O motor roncou, mas eu me sentia oca. A porra dele escorria lentamente, criando uma mancha escura no tecido do banco. Eu não limpei. Dirigi de volta para a delegacia sentindo o líquido viscoso e quente entre minhas pernas, uma marca secreta, um segredo sujo queimando na minha pele.

Cheguei em casa de madrugada. O cheiro dele estava impregnado no meu uniforme, no meu cabelo, na minha alma. Meu marido dormia, alheio ao fato de que a mulher que deitou ao lado dele não era mais a mesma.

**Lição final:** A lei que eu jurei defender foi reescrita com leite de traficante dentro da minha carne. E a pior parte? Eu mal posso esperar pelo próximo plantão.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive contradio a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários