Capítulo 1: O Encontro Inesperado

Um conto erótico de Rodrigo
Categoria: Heterossexual
Contém 2100 palavras
Data: 10/12/2025 21:31:35

1. Breve introdução

Eu sempre fui um grande apreciador da beleza feminina. Não a beleza artificial criada pela indústria da moda, cosmética e grande mídia. Mas sim a real beleza feminina, aquela que não se esconde, que se vê como de fato é.

O mundo hoje está atrás do artificial, mas continuo sendo o homem raiz. Em todos os meus envolvimentos prezo pela proximidade, pelo prazer de sentir a presença da outra pessoa e de se fazer presente.

Não gosto de sexo apenas pelo sexo. O envolvimento, a sinergia e a energia criada entre as pessoas precisam existir para que faça sentido, seja real e deixe marcas boas.

Eu sou Rodrigo, 42 anos, moreno, 1,75m de altura, 80kg, cabelo curto, de pouca conversa, que gosta de apreciar um bom vinho na companhia de gente boa. Sou casado há muitos anos com Carol, também com 42 anos, uma morena clarinha, 1,65m de altura 65kg. Tem um corpo que especialmente me deixa doido: coxas grossas, bumbum grande, seios grandes e anda com um certo rebolado. O tipo de mulher que apelido carinhosamente de "grande". Não em estatura, mas em atributos.

Se você leu outros contos passados meus, deve ter percebido que os momentos de envolvimento ou são eu com outra mulher ou eu, minha esposa e outra mulher. Os momentos em que a "configuração" é diferente disse são raros, pois minha esposa prefere assim.

Esse conto será diferente: conhecemos um outro homem, que chamou muito a atenção de minha esposa logo em primeira vista. Algumas histórias começam de forma inesperada, em lugares comuns, com um simples olhar. Esta é uma delas.

2. O encontro no restaurante

Numa bela manhã ensolarada de terça-feira, minha esposa e eu fomos a um evento, que ocorreu num salão de conferência de um hotel, em região nobre da cidade.

O evento terminou próximo ao meio dia, então decidimos almoçar por ali mesmo, pois havia vários restaurantes no entorno do hotel. Entramos e um muito bom que não estava muito cheio.

Como estávamos em um evento importante, nossas vestimentas estavam à altura. Eu não sou adepto ao uso de ternos, então estava usando calça e blazer preto com camisa azul claro. Mas, isso é totalmente irrelevante!!!

Minha esposa, aqui sim o ponto relevante, estava usando um vestido preto, longo, justo ao corpo, porém discreto, com a parte baixa do vestido aberta na lateral de uma das pernas (obviamente isso tem um nome específico, mas eu saber sobre isso é pedir demais - não acham?). Ela tem seios grandes e o vestido enalteceu isso, embora não tenha ficado com decote muito evidente. Já a abertura lateral nas pernas evidenciavam as suas coxas claras e grossas. Seus cabelos longos, lisos e com uma cor indo para o castanho escuro (mais um vez, vou pecar no detalhe das nomenclaturas), fazia um belo contraste entre os ombros nus e o vestido preto.

Para mim, estava deslumbrante e pude perceber olhares arredios dos abutres.

Fomos recepcionados logo na entrada do restaurante e pedimos uma mesa próxima a algum canto. Gostamos de privacidade e pouco barulho para almoçar. Sentamos em lados opostos da mesa. Em outra mesa bem próxima, havia um grupo de 3 homens, porém um deles era bem elegante e charmoso. Lembrava muito George Cloney. Como não sou um apreciador da beleza masculina de modo geral, só pude perceber isso com a observação de minha esposa mais adiante.

Atendimento excelente. Garçom simpático e entende bem do que faz. Nos fez boas sugestões. Escolhermos os pratos de entrada e pedimos um vinho. Após isso, minha esposa levantou-se e foi ao banheiro. Retornou em poucos minutos e sentou-se de volta à mesa.

Mas estava com um ar diferente daquele que saíra. Estava com um leve sorriso disfarçado e um pouco corada. Não olhou diretamente pra mim. Pegou a taça de vinho e saboreou.

Conheço bem a mulher que tenho. Então perguntei:

- Quem foi o gaiato? E o que ele fez? Vai me contar ou não?

Ela sorriu pra mim, fez uma pausa olhando nos meus olhos, com ar enigmático do tipo, digo ou não digo.

- Se eu contar, pode ser que eu queira algo em troca - disse ela com voz baixa, mantendo o sorriso safado disfarçado.

Minha vez de degustar, mais uma vez o vinho. Olhei firme pra ela, também fazendo uma breve pausa. Naquele momento, várias coisas já haviam passado em minha cabeça e sentir o corpo esquentar. Acho que adrenalina subiu. Essa safada sabe como mexer comigo de jeito.

- OK! - eu disse - Estou disposto a ceder.

Então ela começa:

- Observe com atenção: mesa próxima à nossa; homem bonito de gravata. O que me diz?

Com bastante discrição olhei. Confirmei com ela as características. E apenas respondi:

- Bem bonito. Elegante. Bem vestido.

Evitei enaltecer, mas me veio à mente um "puta que pariu". O cara é muito bonito. Sem dúvida alguma, chama a atenção de qualquer mulher.

Estava à mesa com mais duas outras pessoas. Tinha por volta de 50 anos, usava camisa com gravata e o terno recostado na cadeira. Bem alinhado. Rosto sem barba, pele morena clara, mãos grandes, cabelos curtos e bem penteados. Até onde deu pra ver naquele momento, corpo bem cuidado com clara visão de que é um frequentador assíduo de academia, porém não musculoso. Demonstrava um ar de respeito pera as outras pessoas na mesa. Estilo executivo importante.

Então ela continua:

- Você está sendo bem modesto. Ele é maravilhoso! Charmoso, elegante e tem até um ar sexy. Quando eu estava voltando para a mesa, ele fixou o olhar em mim, sem disfarçar. Não foi um olhar de baixo pra cima. Olhou nos meus olhos e pude perceber, um sorriso discreto.

Ela contou isso com uma fala carregada. A respiração estava diferente. Ele conseguiu balançar minha esposa com um olhar. E ela continua:

- Amor, eu senti ele me tocando com aquele olhar. Que sensação estranha!

Isso justifica o fato dela ter ficado corada ao chegar na mesa. Me surgiu uma pequena ponta de ciúmes. Ela nunca falou daquele jeito sobre ninguém. Mas me contive em comentar qualquer coisa.

O garçom veio novamente à mesa para retirar os pratos da entrada e já preparar para trazer o prato principal. Nisso ele coloca mais vinho em nossas taças. Então eu sugiro:

- Que tal trocar de lugar?

- Sério!? - Pergunta ela, demonstrando incerteza.

- Você não disse que poderia querer algo em troca?

Nisso ela ficou corada novamente. Eu estava muito curioso, pois ela não é assim. É decidida, firme. Não fica com receios. Já tivemos diferentes aventuras e essa reação é totalmente nova. Esse camarada a afetou de alguma maneira.

Levantei-me e fui ao banheiro! Com a minha ausência, ela troca de lugar. Ao retornar, fiz gestos fingindo não entender.

Seguimos nosso almoço, regado a um bom vinho, comida com sabores deliciosos, ambiente tranquilo, um galante dando em cima de minha mulher e uma pitada de ciúmes meus. E a safada retribuindo bem discretamente.

Estávamos próximos ao fim do almoço. E, por sinal, ele também. Ele levantou-se. Ela me avisou, quase que num susto, que ele vinha em nossa direção. Fingi mexer no celular para não prestar a atenção. Mas ele passou por nós e foi ao banheiro.

No pouco caminho até passar por nós, encarou firmemente, novamente, minha esposa com um sorriso singelo. Ele não o encarou da mesma forma. Desviou o olhar e fixou em mim. Como eu estava de costas e foquei no celular, nada vi.

Imediatamente ela me contou. E me disse que estava tensa, porém excitada. Ela, apresentando um incomum receio, olhou pra mim, mas desviando os olhos nos olhos, tentou falar alguma coisa:

- Amor...

Imediatamente eu segurei sua mão, olhei fixamente pra ela, cortei sua fala e disse:

- Eu sei!!! Eu resolvo. O seu prazer é o meu prazer.

Fiz uma pausa, desviei o olhar para acompanhei o andar daquele homem até ele sumir no final do corredor que dava para os banheiros.

Levantei-me sem falar nada. Ela segurou meu braço e perguntou com ar de assustada e voz trêmula:

- O que vc vai fazer?

Apenas sorri pra ela, dei um selinho na boca, pisquei o olho e disse baixinho no ouvido:

- Saciar o deu desejo.

E com isso me dirigi ao banheiro.

Eu sabia que aquele passo era crucial. Não era apenas uma ida ao banheiro, mas a materialização do desejo de minha esposa. O que eu faria lá dentro, selaria o destino daquela tarde e, talvez, de todo o nosso final de semana.

Ao chegar lá, o encontrei já terminando de lavar as mãos. Ele me olhou pelo espelho. Retribui um olhar firme, porém tranquilo. Ele se mostrou desconfiado, e tive a impressão que ele se preparava pra se defender.

Andei devagar até chegar ao lado dele em frente a pia, enquanto ele secava as mãos. Enfiei a mão no bolso, retirei um cartão de visita, apenas com um número de celular. Estendi a mão pra entregar o cartão. Ele pegou o cartão, ainda sério e desconfiado. Eu dei um ligeiro sorriso e disse:

- Como você bem percebeu, há uma sinergia e interesse mútuo. Estamos dispostos a negociar os termos - falei com um sorriso no rosto e tentando desarmá-lo - Se tiver interesse, e imagino que haja, entra em contato.

Dei um tapa do braço, próximo ao ombro. Pisquei o olho e me virei pra lavar as mãos e não olhei mais diretamente pra ele. De relance, olhei pelo espelho enquanto ele saia do banheiro.

Em silêncio ele estava, em silêncio ele ficou. Mas percebi que a desconfiança cessou. Não apresentou novas reações. Dúvida? Receio? Euforia? Alegria? Nada!

Acredito que ele ainda estava processando. Com certeza ele não esperava nenhuma reação do nosso lado. Espero que a surpresa tenha sido positiva.

Voltei para a mesa. Minha esposa falou que ele retornou, pegou o paletó que estava na cadeira e saiu com as duas pessoas que almoçaram com ele. Deu apenas um olhar de relance pra ela, sem fixar e sem demonstrar nada.

- O que você fez? O que você falou? O que foi que aconteceu?

- Nada! - respondi tranquilamente. - Apenas demonstrei o interesse mútuo. Mas ele se assustou, obviamente. Não esperava uma reação do nosso lado, ou pelo menos, um reação minha.

Inicialmente ela ficou chateada comigo, achando que eu repreendi ou assustei o galanteador. Eu a tranquilizei. Se ele quiser algo de verdade, deve entrar em contato. Mas, não crie expectativas.

Terminamos nosso almoço. Eu puxei outros assuntos para tirar aquela estranha tensão que se instaurou nela. Rimos um pouco e saímos.

O resto do dia passou num borrão de compromissos e tarefas. Mas minha cabeça não estava ali. Estava naquele banheiro, naquele cartão sendo entregue, na possibilidade que acabara de plantar.

Minha esposa também estava diferente. Menos falante que o normal. Não nervosa - ela nunca ficava nervosa. Mas pensativa. Como se estivesse calculando probabilidades de algo que ainda não tinha forma definida.

Chegamos em casa já tarde e cansados.

À noite, em nossa cama, conversamos sobre o que ocorreu. Ela, já tranquila, contou em detalhes, os jeitos que trocaram olhares discretos. E só ficou nisso. Somente olhares e sorrisos. Nenhum gesto adicional.

Eu perguntei o que houve de diferente, pois ela nunca tinha se comportado daquele jeito. Eu queria entender de verdade!

Ela não soube explicar. Disse que, logo de cara, sentiu uma estranha atração, não apenas pela beleza dele, mas pelo pouco conjunto de coisas que ela pôde perceber. Disse, ainda, que ficou excitada ao imaginar aquele estranho, de beleza diferenciada, com mãos grandes percorrendo o seu corpo.

Eu estava com um pouco de ciúmes e disse isso a ela. Ela riu, me deu um beijo e disse:

- Amor, se você fosse outra pessoa, eu teria ignorado tudo isso e nada teria acontecido. Mas você permite e incentiva que eu explore o máximo de mim. Então, me sinto à vontade pra fazer isso e muito mais sem desrespeitar você.

Embora ainda com ciúmes, me arrepiei com esse, digamos, elogio. E ela estava certa, eu permitia e incentivava. O prazer dela é o meu prazer!

E ela continua:

- Ainda não chegamos no nosso limite. Mas se esse foi o limite, eu paro.

- Não, esse ainda não é nosso limite - respondi prontamente, dando margem para que ela prosseguisse.

Como estávamos cansados, conversamos mais um pouco sobre outras coisas e caímos no sono.

O silêncio da noite nos abraçou, mas a semente daquela aventura estava plantada. A incerteza e o desejo estavam latentes. O que parecia apenas um jogo de olhares discretos em um restaurante estava prestes a se transformar em algo muito maior. Restava saber se aquele homem teria coragem de aceitar o convite.

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