Conheci a Joana no mIRC, num dos canais de Lisboa. Conversas quase todas as noites — longas, provocadoras, com aquela tensão entre o que se diz e o que se imagina. A certa altura, passámos para o Messenger. E aí o tom subiu. As palavras tornaram-se mais cruas, mais íntimas. Já não era só conversa fiada. Havia vontade.
Num fim de verão, disse-lhe que ia sair com o meu primo, que estava de visita a Lisboa. Jantar no Artis e depois copos nos Docks. Ela respondeu que também ia andar pelo Bairro Alto com amigos. Uma coincidência demasiado tentadora para deixar passar.
Durante o jantar, mandei-lhe um SMS:
— “Consegues escapar uns minutos só para me dares um beijo?”
Ela respondeu seco, mas quente:
— “Tenho 10 minutos. Apanha-me atrás do restaurante.”
Levantei-me da mesa, disse ao meu primo que voltava já. Atravesso o quarteirão com o coração acelerado. Rua escura, antiga, sem movimento. Era mesmo a Rua do Norte. E lá estava ela, encostada a um portão, vestida de desejo contido.
Aproximámo-nos. Dois beijinhos que se prolongaram. No segundo, não resisti e deixei os lábios colarem-se. Beijámo-nos logo ali. Sem falar. Molhado, demorado, cheio da vontade acumulada em semanas. As línguas conheceram-se como se estivessem à espera há tempo demais.
Encostei-a ao portão. As mãos dela no meu pescoço, as minhas na cintura. O corpo dela colava-se ao meu como se procurasse o encaixe certo. O beijo ganhou urgência. Passei a mão por baixo da blusa e fui subindo devagar. A outra segurava-lhe firme a nuca.
Por cima do soutien, senti os mamilos rijos a furar o tecido. Lentamente, enfiei a mão por baixo — quente, firme, pele macia. As mamas dela eram médias para grandes, bem moldadas, pesadas no ponto certo. Os mamilos carnudos, duros, pediam tudo.
Ela mordeu-me o lábio. Gemido preso na garganta. A minha boca desceu do queixo ao pescoço, lambendo o lóbulo da orelha, depois a língua afundou-se-lhe no ouvido. Sabia que isso a desarmava — tínhamos falado sobre isso.
Ela colou-se mais a mim, os suspiros no meu pescoço. Levantei-lhe a blusa, afastei o soutien. As mamas saltaram à luz fraca do candeeiro. Pele branca, mamilos rosados, duros. Sem tirar os olhos dos dela, desci e passei a língua num deles — lento, molhado. Ela estremeceu. Agarrou-me o cabelo com força.
Beijei e suguei os mamilos como se fossem meus. Com a outra mão, acariciava-lhe o rabo por cima das calças. Os corpos colados. Os minutos a correr.
De repente, ouvimos passos. Um grupo a virar a esquina. Baixei-lhe a blusa rapidamente. Beijámo-nos outra vez — desta vez para parecer só isso: um beijo de rua.