O regresso 07.Vingança amarga

Da série O regresso
Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 2107 palavras
Data: 09/12/2025 05:57:20

Na sala da administração, Paloma, Marcela e Adriane mantinham o alto astral enquanto trabalhavam. A estagiária alimentava o sistema novo com dados, orientada por Paloma, com o auxílio e a experiência de Marcela. Havia um time entrosado e muito focado ali. Ou quase isso.

Larissa destoava da equipe. Olhava para Paloma como uma inimiga e para Marcela como uma rival. A esposa de Eduardo, de um dia para o outro, começou a ir trabalhar com saias até o meio das coxas e alguns decotes provocantes, fora as calças justas que reforçavam a silhueta de uma mulher que de repente parecia mais nova do que realmente era. Eduardo entrava na sala e mal falava com a secretária, dando muito mais atenção à esposa. Quando ela descia para a fábrica, ele fazia questão de acompanhá-la e se certificar de que nenhum homem chegaria perto. Eduardo sempre dizia a ela que seu casamento havia falido, que faltavam detalhes para se separarem e, de repente, ele se tornou um esposo superprotetor.

Ela, por sentir a ameaça de demissão por parte de Paloma, se aliou ao amante num plano de sabotar temporariamente a fábrica. Qualquer ligação para o cliente era redirecionada a Eduardo ou Danilo, sem que sua chefe soubesse. Com o tempo passando, a falta de vendas era cada vez mais preocupante para a nova gerente que precisava mostrar serviço. Enquanto isso, a secretária se mantinha em silêncio, ouvindo tudo que as três conversavam, principalmente quando se tratava do novo sistema. Numa hora oportuna, ela saiu de sua mesa e foi para a sala dos seus ex-chefes. Só encontrou Danilo.

O sócio do amante a olhou surpreso, pois raramente ficava a sós com ela. A mulher tinha cabelos loiros, presos em um coque. Vestia uma saia lápis preta que se moldava às curvas sinuosas do seu quadril. A blusa branca de botões tinha dois, caprichosamente abertos para evidenciar o charme do busto volumoso. Gostava de se vestir para Eduardo, mas ultimamente se sentia invisível, mesmo quando se arrumava pensando nele. Danilo percebeu isso ao ver o semblante desanimado da secretária.

— O Eduardo não está por aí?

— Não. Foi almoçar com a Marcela.

Danilo sabia que Eduardo já tinha ido embora e inventou o almoço com a esposa. A fragilidade daquela mulher era evidente no seu rosto e ele queria saber o quanto poderia se aproveitar daquilo.

— Precisa falar só com ele?

— É que ele me pediu para contar qualquer informação sobre o sistema novo.

— Pode contar para mim, somos do mesmo time.

Danilo cruzou os braços, se recostando na mesa. Seu olhar pressionava Larissa a reagir.

— Bom, não é nada demais. É só que elas estão com dificuldade em transferir dados do sistema velho para o novo.

Com um sorriso aberto, de quem era cheio de razão. — Claro que vai ser difícil. Nosso sistema é robusto, não tinha que substituir. A Paloma está jogando nosso dinheiro fora.

— Você acha que ela pode colocar a Marcela no meu lugar?

— Daquela mulher espero tudo. E pensar que ensinei tudo o que aquela ingrata sabe.

— Tudo piorou desde que ela veio — disse Larissa, em um desabafo. Passava o dia em um lugar em que se sentia indesejada e aproveitara para pôr para fora suas frustrações na primeira oportunidade.

Percebendo a origem da indignação da secretária, Danilo riu — está falando da Marcela?

— O Eduardo estava se separando dela e agora os dois não desgrudam.

Danilo era sócio de Eduardo há muitos anos. Eram amigos íntimos, confidentes. Ele sabia do caso do sócio com a secretária, mas nunca ouvira falar sobre as intenções de Eduardo de se separar. Por outro lado, conhecia bem o quão pouco valia a palavra do amigo.

Querida — disse, ao apoiar a mão no ombro dela —, o Eduardo não planeja se separar da Marcela.

— Não. Ele me prometeu.

— Ele também prometia trocar o ar-condicionado do almoxarifado há muito tempo. Você conhece o seu amante.

Larissa olhava para o chão, desapontada. No fundo, sabia que o que Danilo falava era verdade. A cada promessa de Eduardo, ela se enchia de sonhos e vivia neles. Era uma mulher sozinha sonhando em viver a dois com o homem de sua vida. Ser confrontada com a realidade doeu.

— Eu achava que vocês apenas se divertiam. Se eu soubesse que ele era canalha a ponto de mentir para você, eu teria acabado com isso antes.

— Não acredito que fui tão burra.

Danilo alisou os braços dela — Não fique assim, querida. Também já fui passado para trás por ele muitas vezes.

— Como consegue conviver com ele?

— Evito criar expectativas, principalmente quando se trata das promessas dele. O Eduardo é um bom homem, só não é macho o bastante para enfrentar as coisas de frente. Daí está sempre fugindo.

Daniel falava de uma forma mais mansa, diferente dos gritos usados para conversar com os peões. A voz grave era suave.

— A culpa é minha. Olha, Danilo, eu estou com tanta raiva dele que não sei o que faria.

— Não fale assim, querida. O Eduardo não presta, mas pode muito bem arrumar outra pessoa.

— É isso que vou fazer.

— Não fique com tanta raiva, querida. Deixa que cuido de você.

Larissa sentiu os braços fortes a envolverem-na e abraçou Danilo de volta. O homem corpulento, de um abraço apertado, criava para ela uma sensação de segurança num momento de fragilidade. Fechou os olhos, ouvindo a respiração dele junto ao seu ouvido. As mãos grandes lhe afagavam os cabelos e também lhe percorriam as costas.

— Você não tem jeito mesmo — disse Larissa, ao abrir os olhos enquanto sentia uma das mãos de Danilo em seu bumbum.

Danilo franziu o cenho por alguns segundos até se dar conta do que ela se referia. — Que isso, Larissa! Isso foi sem malícia nenhuma. Parece minha filha pegando no meu pé.

— Você toca todas as mulheres assim. Com a Paloma, mesmo você a tocava o tempo todo.

— Ah, a Paloma foi nossa estagiária aqui anos atrás. Ela me conhece e sabe como sou carinhoso com ela. Uma vez, ela me disse que se sentia mais calma quando eu fazia esse carinho.

Larissa abriu um sorriso discreto. — Então, quer dizer que você está tentando me acalmar agora?

Outra mão desceu ao bumbum da secretária. — Me diz, você não está mais calma?

A secretária deu um riso sincero — Verdade, mas eu já trabalho aqui há um tempo e você nunca me tocou assim.

— Bom… você sabe… tinha o Eduardo.

Larissa olhou Danilo nos olhos — Então você entende ser malicioso me tocando assim.

Danilo inspirou profundamente. As mãos que apenas apoiavam no quadril da secretária passaram a apertar aquelas carnes com força. — Você não parece incomodada.

Larissa nunca viu com bons olhos o jeito de Danilo tocar suas colegas de trabalho. Por mais sutis que fossem os toques, ainda assim eram íntimos. Era normal ele exibir um sorriso safado enquanto alisava o bumbum de alguma estagiária, como se fosse dono dela. Sempre preferiu Eduardo, pois sua polidez despertava nela o desejo de obedecê-lo e se entregar a ele. Porém, percebera que aquela educação toda era apenas uma ferramenta para manipulá-la. Naquele momento, sentia raiva de seu amante de comportamento polido e manipulador. De repente, aquele homem rústico que a fazia sentir-se protegida em um abraço não parecia tão ruim. As mãos dele alisando a bunda pareciam, sim, um conforto em um momento de tristeza. Não importava mais se aquele toque era inocente como ele dizia ou se havia segundas intenções. Eduardo merecia.

Os dois se beijaram. As mãos de Danilo apertaram Larissa com ainda mais força, puxando-a contra si. Ela, por sua vez, afagava os cabelos dele enquanto lhe chupava a língua. Diferente de Eduardo, Danilo tinha o corpo rígido, largo, como se fosse uma estrutura robusta de carne, quente na qual Larissa podia se esfregar. Seus peitos volumosos se espremiam no corpo dele.

— Vou te mostrar o que é um toque malicioso — disse Danilo, para em seguida erguer a saia da secretária e apertar sua bunda diretamente, revelando a calcinha de renda branca.

— Pode me apertar como quiser — respondeu, antes de lhe chupar a orelha.

A língua se esfregando no lóbulo arrepiou Danilo, que reagiu acertando um tapa na bunda de Larissa. O grito de susto dela foi seguido por um sorriso. Estava gostando daquela pegada mais bruta. As mãos apertaram firme na sua bunda e a suspenderam para que ficasse no colo dele. Ela o abraçou ainda mais forte e o beijou com desejo, se esfregando em seu corpo. Foi carregada até a parede, onde o corpo dele a pressionou. Danilo a mantinha suspensa, invadindo sua boca com a língua, esfregando seu corpo ao dela enquanto a espremia contra a parede. Ela desceu do colo dele e retirou a saia de vez. Voltou a beijá-lo enquanto tirava a blusa. Queria se exibir a ele e mostrar os seios de que tanto se orgulhava. Quando o sutiã caiu, as mãos ásperas tocaram sua pele sensível. Observou o sorriso de Danilo, que exibia uma expressão de quem não acreditava no que via à sua frente. Ela gemia sorrindo, pelo misto de apertos e chupões cheios de desejo de um homem que parecia um bezerro esfomeado.

Quando Danilo se fartou de suas tetas, Larissa ajoelhou. Abriu a calça daquele homem e colocou aquela rola dura para fora. Olhou-a curiosa, lançando sorrisos para ele enquanto inspecionava o membro e suas veias evidentes. Levou a boca à cabeça e lentamente a empurrou para dentro. Iniciou um vai e vem vagaroso, que fazia aquele homem perder as forças e estender os braços para se apoiar na parede. Tirou o falo da boca e o alisou com a mão, olhando para Danilo e exibindo um sorriso lascivo. Com aquela rola melada de saliva, ela a colocou entre os seios macios. Esfregou os seios naquele pau como se Danilo a fodesse por entre as tetas. Mesmo ajoelhada, podia ouvir a respiração de Danilo ofegando. Aquele homem bruto se desmanchava entre seus seios e gozou, jorrando porra em seu rosto.

Ela fora pega de surpresa, mas sorriu para ele, que olhava para ela atordoado. Nem ele esperava gozar daquela forma. Larissa ainda não havia terminado. Tirou o falo do meio dos seios e o colocou, já mole, na boca. Com as mãos, massageava o saco daquele homem com toques sutis enquanto seus lábios pressionavam aquela rola, à medida em que sentia ela endurecendo. Levou algum tempo, mas o ritual de Larissa fez o pau de Danilo acordar mais uma vez.

Ao dar novo ânimo a Danilo, Larissa foi puxada para se levantar em um movimento só. Pensou em abraçá-lo, mas foi rapidamente debruçada sobre a mesa e sua calcinha foi rasgada. Eduardo nunca a tratou daquela forma e tal brutalidade despertou sua curiosidade. Um tapa firme explodiu em sua bunda, seguido de outro, e mais outro.

— Sua vagabunda gostosa! Sempre quis te comer!

Era um jeito novo de se sentir desejada. Ter sua calcinha rasgada nada importava perto do fato de aquele homem parecer fora de si por causa dela. Mesmo tendo acabado de gozar, Danilo continuava eufórico. Ela sentiu as mãos ásperas apertarem sua cintura e a rola entrou fácil na boceta de tão molhada. O quadril dele se chocava contra a sua bunda com força. Ela segurava o tampo da mesa com firmeza para se contrapor aos golpes que seu corpo recebia. Uma das mãos soltou sua cintura e deslizou, arranhando as costas com seus calos, até chegar ao coque. Danilo a empurrou e sua cabeça foi pressionada contra a mesa enquanto era comida.

— Isso, Danilo, me fode!

— Tua piranhazinha safada. Agora você vai conhecer um macho de verdade!

— Me ajuda a colocar um chifre naquele filho da puta!

A cada socada em sua boceta, mais do que prazer, Larissa sentia o desejo de Danilo se provar mais macho que Eduardo. Era a vingança perfeita para aquele homem que a enganou: dar para o melhor amigo, numa foda bruta, completamente oposta ao que o amante faria. Danilo gozou de novo, empurrando fundo uma última vez, com tanta força que empurrou Larissa com a mesa. Ele desabou sobre ela.

Larissa se sentiu vitoriosa. Tinha se vingado de Eduardo e feito Danilo gozar duas vezes. Ela quis beijá-lo, mas ele evitou por ela ainda estar com o rosto sujo. Ela pediu a ele que trouxesse algo para ela se limpar e ele disse que já voltaria. Danilo vestiu a calça, colocou a calcinha rasgada no bolso, pegou a carteira e a chave do carro e saiu. A secretária ficou ali, aguardando Danilo voltar enquanto saboreava sua vingança. Seu gosto, entretanto, tornou-se amargo enquanto o tempo passava até perceber que Danilo não voltaria mais naquele dia.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 372Seguidores: 342Seguindo: 128Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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A Larissa traindo a Paloma ao espionar para o Eduardo; o Eduardo traindo a Marcela enquanto também manipula a própria Larissa; o Danilo traindo o Eduardo ao se envolver com a Larissa e expor que ele não deixaria a esposa; e, para completar, no final vemos Danilo enganando a Larissa. É uma teia de relações complexas, que me deixa questionando as motivações de cada personagem.

A trama está muito bem construída, as cenas quentes também estão muito bem trabalhadas — intensas sem perder o propósito dentro da história. Além disso, você consegue reproduzir, no microuniverso da narrativa, dinâmicas e dilemas que vemos na própria sociedade, o que abre espaço para debates e reflexões bem interessantes.

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Obrigado, Ryu.

Os vícios de Eduardo e Danilo são prejudiciais a todos, até a eles mesmos.

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Larissa pensou que estava indo, mas Danilo estava voltando. Danilo acabou comendo mais uma.

Tudo leva a crer que Danilo realmente aproveitou a situação para comer a gostosa da Larissa, ainda mais sabendo que ela era exclusiva do Eduardo, o proibido excita, essas coisas, mas...

E se ele fez isso para realmente ajudar o Eduardo, para livrar o amigo da enrascada com a amante? Eles sempre foram parceiros... Então, sai Eduardo, que precisa zelar pela esposa, e entra Danilo para cobrir o vazio que fica em Larissa sem o amante, um cala-te boca, um sem pau você não fica.

Talvez seja isso, talvez não.

A minha outra teoria ainda não foi refutada de que Eduardo vai tentar algo com a Adriane, filha do Danilo, e que isso talvez seja o fim das amizades dele. Se Danilo foi realmente sacana ao comer Larissa ("propriedade" de Eduardo), pode ser que Eduardo queira se vingar comendo Adriane... eu só digo uma coisa: EITA!

Parabéns por mais um capítulo, Turin! Nota 10!

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Carlos, obrigado pelo comentário.

Talvez, se ler a minha resposta ao comentário do Manfi você pode refinar suas teorias.

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Bom...eu avisei sobre as roupas e sobre o ciúme...ainda veremos como será a parte da Adriele...

Sobre a vingança da Larissa, infelizmente, ela só foi usada por outro homem... provavelmente está lá embaixo na lista de preocupaçoes do cara. Qd ele descobrir que ela deu p outro então...

Foi um jeito cruel de colocar ela como aliada da Paloma...isso se não for o suficiente para fazer ela pedir demissão...o que sinceramente eu aconselharia se fosse alguém próximo a ela. Ficar no lugar em que sofreu não faz bem a ninguém...

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Obrigado pelo comentário, Manfi.

Tem um tema presente em torno disso que é sobre espaços excessivamente masculinos (e que talvez valha para excessivamente femininos também) são tóxicos, não apenas para as mulheres, mas para os homens também.

Eduardo e Danilo construíram uma empresa e, por anos, fizeram dela um meio de ter sexo fácil. O resultado disso foi uma empresa falida e um medo irracional de que esposa e filha ocupem o espaço que eles mesmos transformaram.

Larissa era “exclusiva” de Eduardo e desejada por Danilo, algo que ele já manifestou no capítulo 3. Lá, Danilo falou tanto de Larissa quanto de Marcela e, se reparar na reação de Eduardo nos dois casos, vai ver que ele não se importaria tanto com isso. Até porque, Eduardo é o motivo de haver desenhos de Larissa no vestiário. Ela é secretária, raramente desce à fábrica para ser alvo de desejos dos trabalhadores.

É um final cruel mesmo, mas esse é o meio que eles criaram.

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