Eu Vi Tudo, Elisa 1

Um conto erótico de RaskChinaski
Categoria: Heterossexual
Contém 819 palavras
Data: 08/12/2025 10:28:53

Os meus próprios olhos viram o que Elisa estava aprontando: chupando um moleque desconhecido numa cachoeira. O cara era boa-pinta, totalmente ao contrário do marido dela, que tinha barriga de chope e era careca. Mas, mesmo assim, Carlos não merecia isso.

Eu só tinha coragem de provocar Elisa na internet. Quando a gente se encontrava pessoalmente, eu mal chegava perto dela, e ela fazia direitinho o papel de esposa comportada.

Mas eu não conseguia esquecer aquela imagem: os joelhos daquela coroa no chão, a cabeça indo pra frente e pra trás. Parece que, quando a gente vê uma cena tão íntima de alguém, cria uma conexão esquisita com a pessoa. Eu só pensava nisso toda vez que olhava pra ela — podia ser numa festa, na missa ou esbarrando na rua por acaso. Muitas vezes ela agia como se eu fosse invisível.

Até que um dia eu cutuquei ela no Telegram:

“Não vai mais falar comigo pessoalmente?”

“Depois de tudo que você fez comigo?” Ela respondeu na hora.

“O que eu fiz? Só te pedi uma foto… eu podia ter pedido bem mais.”

“Garoto, me respeita.”

Eu gostava de provocar a Elisa, mas o que eu queria mesmo era dar o próximo passo, queria que ela se interessasse por mim de verdade. No fundo, eu não era tão diferente daquele moleque que ela chupou na cachoeira: jovem, cara de safado. A diferença é que eu conhecia a família toda dela há anos e, pra completar, já tinha ficado com a filha dela, a Luciana, uma vez.

Domingo de manhã, missa das dez. Eu já estava na porta da igreja uns vinte minutos antes do fim, encostado na sombra do muro, só esperando. Quando o sino tocou e o povo começou a sair, ela apareceu.

Vestido vermelho justo, daqueles que marcam tudo. Decote generoso, quadril largo balançando a cada passo. Salto alto preto, pernas grossas mas bem torneadas, tornozelo fino contrastando com a coxa cheia. Cabelo preso num coque frouxo, batom da mesma cor do vestido. Gordinha, sim, mas daquele jeito que faz homem engolir seco: peito pesado, bunda empinada, cintura marcada. Uma tiazona daquelas que a gente chama de “gostosa madura” sem medo de errar.

Ela me viu de longe. Fingiu que não, claro. Ajeitou a bolsa no ombro, cumprimentou duas mulheres, deu beijinho no rosto de uma, sorridente. Mas eu sabia que ela sabia que eu estava ali.

Fui andando na direção dela devagar, mãos no bolso, olhando direto. Quando cheguei perto, parei a meio metro. Ela parou também.

“Bom dia, dona Elisa.” “Bom dia, menino’’ Com a voz rouca de quem fumou a vida toda e ainda soa gostosa pra caralho

Eu não tirei os olhos dela. Desci o olhar devagar: do rosto, pro decote, pro volume dos seios apertados no tecido, cintura, quadril, pernas. Depois voltei pro rosto. Ela percebeu tudo. Uma sobrancelha subiu, quase imperceptível.

“Está bonito o vestido.” “Está olhando muito pra ele, hein?” “Não é pro vestido que eu estou olhando.”

Ela deu um sorrisinho de canto de boca, aquele que diz “safado” sem precisar abrir a boca. Cruzou os braços embaixo dos seios, o que só fez eles subirem mais. Aí virou o rosto pro lado, como quem quer parecer brava.

“Você não tem jeito, né?” “Jeito eu tenho. Só não quero usar com a senhora.”

Ela riu baixinho, balançando a cabeça. Os olhos brilharam. Eu vi. Vi que ela estava gostando da ousadia, do jeito que eu devorava ela com os olhos sem pedir licença. Deu um passo pra frente, tão perto que meu pau subiu na hora.

“Você é perigoso, garoto.” “E a senhora gosta de perigo, não gosta?” Insinuando o que eu tinha visto na cachoeira.

O rosto dela mudou por meio segundo, um lampejo de susto misturado com tesão. Ela mordeu o lábio de baixo, só um instante. Depois recuperou a pose.

“Cuidado com o que fala…” “Eu só falo o que vi. E o que eu vi não sai da minha cabeça. Nem dos meus sonhos.”

Ela abriu a boca pra responder, os olhos cravados nos meus, respirações quase se tocando. Eu já sentia o sangue latejando, já imaginava puxando aquele vestido pra cima ali mesmo no canto da igreja.

Até que uma voz grossa cortou o ar:

“Oi, meu jovem! Tudo bem?”

Carlos. Barriga de chope, camisa polo dois números menor, careca brilhando no sol. Estendeu a mão suada pra mim, sorrindo daquele jeito bobo de quem não faz ideia do que quase aconteceu ali.

“E aí, Carlos, tudo ótimo!” Apertei a mão dele, sorrindo também.

Elisa deu um passo pra trás, ajeitou o cabelo, virou dona de casa exemplar em dois segundos.

“Vamos, amor? Tá quente aqui fora.” Ela passou o braço pelo dele, mas antes de virar olhou pra mim por cima do ombro.

Um olhar rápido. Um segundo só.

Mas o suficiente pra eu saber que eu tinha chances de comer aquela coroa safada.

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