A professora que me ensinou tudo sobre sexo (5ª parte)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 3380 palavras
Data: 07/12/2025 13:26:17

Cheguei à casa de Vanessa ofegante, e quando expliquei tudo, ela ficou nervosa, os olhos arregalados e as mãos tremendo enquanto ouvia. Mas logo tratou de desmentir o tal poder do velho de mandar caras do DOPS ou de sei lá mais o que para me pegar.

-O Evair inventa isso toda vez que discute com alguém. No fundo, é só para se safar de entrar numa briga e passar a vergonha de apanhar. Ele é tão mole, que uma vez, quando eu morava em outro bairro, ele apareceu todo ralado, roupa rasgada, braços e joelhos sangrando, eu o socorri e perguntei o que foi, ele disse que dois dobermans enormes tinham escapado e o atacado e que apesar de terem o derrubado, ele conseguiu espantar os dois, com seus golpes de artes marciais e ainda salvou duas crianças dos cães. Dias depois, soube por uma vizinha que dois chihuahuas tinham escapado e avançado sobre ele, que caiu igual a uma jaca na calçada e teve que ser ajudado.

Apesar do momento tenso, tive vontade de gargalhar. Entretanto, o assunto da casa era grave. Vanessa ficou arrasada ao saber que tinha sido enganada por Evair esse tempo todo. Impressionante como ela era ingênua pra certas coisas. Tentei acalmá-la, e expliquei que o velho acabaria aceitando, mas enquanto não passasse o imóvel para o nome dela, a mesma tinha que ser dura e não aceita-lo.

-Relaxa, acho que ele vai aceitar. Blefei bem, e ele tá desesperado pra não te perder.

No dia seguinte, Evair procurou Vanessa, tentando bancar o machão e ameaçando expulsá-la com aquela voz arrogante de sempre. Mas, já preparada por mim, ela não se deixou intimidar. Bateu boca com o velho, levantando a voz com firmeza, e declarou que iria embora naquele dia mesmo para o Rio de Janeiro e ele nunca mais a veria. O velho se desesperou na hora, caiu literalmente de joelhos na sala, chorando como criança, implorando enquanto dizia que faria tudo o que ela pedisse. Vanessa, com a calma de quem tinha o controle, ditou as condições:

-Quero a escritura no meu nome, que continue pagando tudo aqui e faça de conta que não sabe nada sobre o Ricardo. Não o incomode mais nem me faça perguntas sobre ele. Prometo que em troca terá tudo o que sempre teve nesses anos todos, mas vamos acertar que agora os encontros serão dois por semana.

O velho enxugou as lágrimas com as mãos trêmulas e concordou. Pouco mais de 1 mês depois, Vanessa tinha se tornado finalmente a proprietária da casa, o documento assinado e registrado, uma vitória que selamos com uma noite de muita celebração — e, claro, muito sexo.

O contador de lorotas aceitou a sua sina e não se meteu mais comigo, mas logo recomeçou com suas bravatas de que foi grande voz do rádio, de no passado ter sido confundido várias vezes com o ator francês Alain Delon e que se não fosse vítima de inveja de gente poderosa teria se tornado um showman, uma mistura de Frank Sinatra, Clark Gable e Alfred Hitchcock , pois cantava, interpretava e escrevia como ninguém no mundo. Vanessa tinha uma paciência incrível para ouvir. Sem contar o pior, Evair ainda tinha um grande preconceito contra nordestinos, chamava a todos de baianos sem modos e dizia que estavam acabando com o charme de São Paulo.

Evair acabou nos deixando em paz, fingindo que não sabia de nada. Segundo Vanessa, tempos depois, ele começou a ter uma tosse chata, chegava a ficar roxo.

Aquele segundo semestre de 1986 foi o melhor período da minha vida até então. Vanessa e eu transávamos, 4, 5 vezes na semana. O sexo era variado, mas eu fiquei viciado em comer a bunda grande e perfeita dela. No começo, era algo novo, uma sensação apertada e quente que me deixava louco, mas com o tempo virou obsessão. Praticamente toda vez que a fodia, pedia pra uma das fodas ser por trás, e ela, sentindo prazer no sexo anal, topava na hora

Vanessa me ensinou que, para o sexo anal ser limpo e não doer, tinha que fazer a tal da chuca antes e usar lubrificante que era melhor que vaselina ou manteiga, que a gente usou na primeira vez e deixou tudo grudento.

Eu adorava beijar, morder e lamber a bunda morena dela, mesmo no meio da transa, quando já estávamos suados e ofegantes. Começava virando-a de bruços, as mãos abrindo as nádegas firmes, a pele lisa e quente sob os dedos. Lambia o vale entre as nádegas, descendo até o cuzinho. Era um fetiche que crescia a cada vez — os cheiros de

Vanessa me levavam à loucura.

-Você é viciado nisso, hein, Play? - ela ria, empinando a bunda pra facilitar.

Além do sexo frequente, ficávamos juntos vendo nossos filmes, ela gargalhava com as comédias tolas e se emocionava com os dramas. Foram meses incríveis.

Sem perceber, me tornei mais confiante no dia a dia. Caminhava pela rua, cumprimentando todo mundo. As pessoas notavam — amigos comentavam que eu estava "diferente", mais seguro, como se tivesse crescido de repente. Duas mulheres casadas na faixa dos 30 e poucos, vizinhas que eu conhecia desde moleque, passaram a me olhar de um jeito diferente. Uma delas, a Tamara, que tinha cabelos castanhos bem claros e um corpão, me parou uma vez pra perguntar algo sobre o mercado, mas o sorriso dela era malicioso, como quem tem certeza de que por trás do meu jeito educado, tinha um jovem feroz na cama, pois só isso justificaria estar sempre com uma mulata maravilhosa como Vanessa. A outra, era Clara, mais tímida, tinha o corpo esguio, branca de cabelos negros, ficava tensa quando eu chegava perto dela, talvez tivesse desejos, sei lá. Mas eu só tinha olhos pra Vanessa.

Porém, ela insistia em dizer que eu deveria transar com outras sempre que tivesse vontade.

-Ninguém é de ninguém nesse mundo, Play. Isso é caretice. Aproveita que agora você virou uma máquina de fazer sexo e saí detonando por aí, tem um monte de garotas e até mulheres por aí querendo um cara lindo e gostoso como você.

Aquilo me deixava preocupado, com ciúme, achando que ela estava me empurrando para outras para que pudesse também começar a sair com outros. Temia que muito em breve, ele enjoasse de mim, mas tentava focar no que vivia naquele momento.

Em outubro daquele ano, Gisele, a super patricinha do bairro, apareceu no mercado, toda dengosa, com um sorriso sedutor, contrastando com o jeito frio que me tratava desde o nosso único encontro, quando depois me deu um baita gelo e sumiu. Ela me disse que seu pai, o dentista Homero, estava gastando os tubos na campanha para deputado estadual (naquele tempo, as eleições eram em novembro, e ela o ajudava indo de bairro em bairro), mas que estava com saudades de mim e me chamou para pegarmos um cinema ou irmos a uma danceteria (naquela época, havia muitos em quase todo bairro). Com jeito, respondi que não dava porque estava com outra pessoa. Ela fechou a cara na hora e retrucou com um tom ácido:

-Tô sabendo, aliás, não só eu, todo mundo tá...

-Sabendo do quê?

-Do seu caso com aquela mulher. A vila toda sabe, até meu pai comentou outro dia: “Quem diria aquele rapaz, filho do dono do mercado, com cara de santinho, pegando um avião daqueles! Parece uma mulata do Sargentelli! Moleque de sorte!” Só não sabia que era tão sério, mas tudo bem.

Não neguei, não tinha mais sentido esconder, já que o segredo tinha virado fofoca pública. Em vez disso, confirmei com um aceno. Algumas semanas depois, o pai de Gisele perdeu mais uma eleição e só arrancou os cabelos de raiva, porque não tinha, mas dizem que o mesmo foi visto, bêbado e com a perguca do avesso gritando: “Eu fui traído pelo povo de São Paulo!”

Decidi que Vanessa e eu deveríamos sair mais, deixar que todos vissem o que já estavam cansados de saber. Falei com meu pai sobre me emprestar seu Santana 84, um carro que ele adorava e mantinha brilhando. Até então, sempre que pedia, ele dizia para eu pegar a Kombi do mercado que eu e outro funcionário fazíamos entregas, mas é claro que eu não aceitava, seria a maior queimação de filme sair com qualquer mulher naquele tipo de veículo, ainda mais com Vanessa.

Entretanto, para a minha surpresa, ele aceitou, talvez percebendo minha mudança ou querendo me apoiar, e passei a usá-lo para levá-la a cinemas, parques, e outros lugares que nos davam liberdade. Mas eu também focava no vestibular, que se aproximava, equilibrando os estudos de Direito com as saídas. Virava madrugadas fazendo simulados e lendo, coisas que nunca me seriam cobradas na vida, exceto exatamente no dia do vestibular.

Um dia, resolvi levar Vanessa à minha casa para apresentá-la à família. Não rotulei nossa relação como namorados ou amantes, mas todos sabiam o que rolava, e o clima foi discreto — minha mãe ofereceu café com bolo, meu pai foi educado, e minha irmã ficou curiosa, perguntando sobre os penteados que Vanessa fazia. Estava numa alegria sem fim, a vida fluindo como nunca.

Para completar, mesmo tendo me aplicado menos do que deveria, por causa das distrações com Vanessa, passei para a segunda fase da Fuvest no curso de Direito. Foi uma festa em casa — minha mãe chorou, meu pai abriu um vinho, se embebedou e novamente dormiu no chão ao lado de Bobby.

Vanessa passou o Natal na minha casa, ajudando a preparar a ceia, rindo com minha família ao redor da mesa. Na virada de ano, fomos para a praia. Meu pai não emprestou o Santana, achando que eu ainda era inexperiente na estrada, então pegamos um ônibus até Ubatuba. Alugamos uma casinha legal perto da praia e passamos cinco dias curtindo a praia e transando loucamente. Tiramos algumas fotos, foram as primeiras nossas juntos.

Passei na 2ª fase da Fuvest, rasparam minha cabeça (na rua, perguntaram se era promessa ou se eu tinha passado uns tempos preso na Febem (Febem era onde menores ficavam detidos nos anos 80 e tinham suas cabeças raspadas).

Em março de 1987, comecei a estudar na USP, no período diurno. À tarde, continuava trabalhando no mercado do meu pai, mas uma grande mudança veio: ele decidiu criar o cargo de gerente para mim, trocando as merrecas que eu ganhava por um salário decente, mas com a obrigação de tocar no negócio todas as tardes e começos de noites. Era um período de muitas novidades — as aulas eram interessantes, mas exigiam dedicação. Vanessa e eu mantínhamos nosso ritmo: transávamos várias vezes por semana, às vezes, eu dormia na casa dela.

O velho Evair seguia visitando-a e estava cada vez pior, não só em termos de saúde, com uma tosse insistente, mas também de lorotas, chegando a contar que transou com 4 atrizes do rádio ao mesmo tempo e que duas delas depois ficaram muito famosas na TV. Vanessa não sabia se tomava café para não dormir por causa das histórias ou um suco de maracujá para não perder a cabeça.

Certa noite, eu estava fodendo com Vanessa, imprensando suas costas contra a parede do quarto, ela com os braços pendurados em meu pescoço e as pernas próximas à minha cintura, até que gozamos suados e depois desabamos na cama, ela por cima de mim, ofegante. Olhávamos nos olhos um do outro, o silêncio preenchido por uma conexão que ia além do sexo, quando, de repente, ela mudou. Soltou-se dos meus braços, sentou-se na cama e o rosto ficou sério, quase distante.

-Isso tá ficando muito sério, Play. A gente não pode confundir as coisas.

Fiquei surpreso e respondi:

-Deixa ficar sério, ora! Por que não?

Ela respirou fundo e começou a falar com um tom de preocupação:

-Olha, Play, isso seria loucura. Sou 14 anos mais velha que você, mesmo que eu aparente ter, sei lá, 25, 26. Você tem 19 agora, tá começando a vida, a universidade, e logo vai enjoar de mim. Esses anos de diferença vão pesar. Lá na USP, você vai conhecer um monte de garotas da sua idade, muito mais inteligentes, bonitas, que vão te puxar para outros lados.

Tentei interromper, balançando a cabeça.

-Não, Vanessa, eu discordo. Não é só sexo pra mim, eu tô apaixonado por você. Sério, nunca senti isso por ninguém.

Ela virou o rosto para mim, os olhos arregalados por um instante, surpresa com a minha confissão. Mas logo voltou a falar, como se precisasse se convencer.

-Apaixonado? Play, acredito que sinta algo por mim, mas isso será passageiro, outras virão...

Começamos uma longa conversa, onde eu tentava convencê-la de que eu nunca tinha sido tão feliz, e ela, apesar de reconhecer que também estava gostando dos meses que estávamos juntos, dizia que não tinha como dar certo.

-Eu gosto de você, Play, de verdade, mas não podemos nos prender. Se tiver vontade, encontre outras pessoas, eu também vou. Mas a gente pode continuar se vendo, sem compromisso. É o melhor pra nós dois.

Aquela conversa de novo de podermos sair com outras pessoas me deixou chateado, mas deixei rolar, no fundo, tinha medo de forçar a corda e ela querer acabar com tudo.

Por mais uns meses, as coisas seguiram incríveis, além do sexo, tínhamos nossas sessões de cinema e passeios. Era muito bom ouvir as risadas altas de Vanessa ou seus gritinhos quando eu corria pela casa para pegá-la. Completamos um ano desde a 1ª transa naquele dia 31 de maio de 1986.

Entretanto, no final do mês de julho de 87, tudo iria mudar. Era um final de tarde já escurecendo, quando tive que fazer uma entrega de compras com a Kombi, pois nosso motorista teve que ir embora mais cedo por causa de um problema pessoal. O endereço era na Vila Rica, um bairro colado à Vila Antonieta.

Dirigindo de volta, vi algo que me fez pisar no freio de repente. Vanessa estava na calçada, caminhando sorridente com um cara de uns 30 e poucos anos, alto e magro, vestindo uma camisa florida brega aberta no peito e calça boca de sino. Parecia ter vindo direto dos anos 70. Ele tinha costeletas longas e um bigode farto. Entraram numa casa simples, com portãozinho pequeno de madeira pintada de verde desbotado. Meu coração quase explodiu. Fiquei trêmulo e encostei a Kombi um pouco mais à frente.

Sai do veículo tenso. Os dois já tinham desaparecido para dentro, a porta fechada, mas o portãozinho de madeira estava só encostado. "Tem que ter uma explicação," pensei, hesitando entre entrar ou não. Talvez fosse um amigo, um parente, algo inocente. Mas no fundo eu sabia: ela foi dar para ele.

Decidi esperar um pouco, voltei para a Kombi, sentei no banco do motorista e fiquei olhando para o portão. Quinze minutos se arrastaram, cada segundo uma eternidade.

Não aguentei mais. Saí da Kombi de novo e entrei pelo portãozinho encostado. Caminhei devagar pelo corredor estreito, o chão de cimento rachado e irregular sob meus pés. A casa era bem antiga, uma construção pequena, três cômodos. Logo ouvi o riso inconfundível de Vanessa, e ali já tive certeza: ela estava me traindo.

Me aproximei da velha janela veneziana marrom, a madeira podre e descascada, as palhetas tortas deixando frestas por onde o vento entrava. Numa, que estava com um pedaço lascado, grande o suficiente pra eu espiar sem ser visto, consegui ver bem e tive um grande choque que me paralisou. Vanessa e o cara faziam um 69 na cama, o colchão fino afundando sob o peso deles. A cama de solteiro ficava de frente pra janela, então eu via tudo: Vanessa por cima, a boca envolvendo o pau médio dele, a cabeça subindo e descendo devagar, os lábios esticados ao redor da grossura, mordendo de leve a base enquanto gemia porque ele a chupava também, a língua dele lambendo a boceta peluda dela, os dedos abrindo os pequenos lábios protuberantes. Os gemidos dela eram os mesmos que eu conhecia, "Ahh... assim...". Para qualquer outro, a imagem seria excitante, mas para mim, era o mais puro terror, meu mundo desabava ali.

Pouco depois, ele saiu de baixo dela e sem delongas, passaram a foder num papai e mamãe. Ele se posicionou entre as coxas dela, o pau médio entrando devagar, e começou a se mexer, os quadris subindo e descendo em um ritmo constante, o som molhado da penetração ecoando baixo. Vanessa colocou as mãos nas costas dele, mordendo o lábio enquanto gemia.

-Vai, mais forte...Que gostoso!

Eu estava destroçado, nunca tinha sentido uma dor como aquela. Com uma voz embargada de tesão e marra, o cara disse:

-Como é gostosa essa bocetona, você é demais, Vanessa.

Um tempo depois, ele a virou de quatro, as mãos agarrando os quadris largos dela, e passou a socar forte, o pau entrando e saindo rápido, arrancando gemidos altos dela:

-Ahhh... isso... bem assim não para!

Não digo que o cara trepava com a mesma pegada que a minha, era sem a mesma intensidade que eu colocava, mas estava dando prazer a Vanessa, logo ela demonstrou que iria gozar no pau dele, e aquilo me quebrou: a mulher que eu amava gozaria gostoso com outro, sem remorso.

Não aguentei ver até o final — provavelmente ainda tivesse mais uma rodada, mas saí dali com as pernas moles, tropeçando no corredor velho e de cimento rachado. Fui para Kombi, dirigi por uns dois quarteirões devagar e tive que encostar. Chorei compulsivamente por muito tempo, com a cabeça apoiada no volante.

Sei lá quanto tempo depois, consegui me recompor o suficiente para voltar ao mercado. Depois, fui para casa, me deitei sem jantar, dizendo pra família que não tava bem. No outro dia, não fui à aula, fiquei na cama, a mente repetindo as cenas, fui tomado por uma raiva enorme.

Por volta do meio-dia, resolvi ir falar com Vanessa e colocar tudo pra fora. Cheguei à casa dela sem bater, empurrando a porta da sala que sempre ficava entreaberta, e senti o cheiro gostoso de arroz sendo feito. Ela se virou, surpresa com minha presença, os olhos arregalados por um segundo antes de se iluminar com um sorriso.

-Play, que surpresa! - exclamou, vindo na minha direção com os braços abertos, tentando me beijar.

-Você nunca vem aqui nessas horas. Só que hoje não vai dar para gente namorar, o mala do Evair vai vir lá pelas duas, mas podemos conversar enquanto isso. Aiiii, só de pensar que terei que ouvir as ladainhas do contador de vantagens por quatro horas é dose, nem sei como aguento.

Com ódio nos olhos, cortei as palavras dela:

-Você aguenta sim, Vanessa. Você aguenta a chatice do velho e muito mais. Se bobear, aguenta dar a boceta para uns dez num único dia.

Ela se espantou, deixando, os lábios entreabertos como se não acreditasse no que ouviu. -Que isso, Play? Que jeito grosso de falar.

-Eu sei de tudo, sua puta! Te vi ontem na Vila Rica com um cara, vi até você dando pra ele. Só não fiz barraco porque você não vale a pena.

Vanessa ficou pálida, a boca aberta de espanto. Ela cambaleou e quase caiu ao tentar se sentar na cadeira da cozinha, Seus olhos arregalados encontraram os meus, cheios de ódio, e ela murmurou:

-Mas... como?

-Sua piranha do caralho! Como você teve coragem de fazer isso? Achou que eu era idiota, que não ia descobrir nunca? Nem fez questão de ser discreta, arrumou um aqui de perto, e vai saber se além dele, não tem outros na Aricanduva, no Carrão, daqui mesmo e até na casa do caralho. Vanessa, você não presta! Acabou comigo, me enganou legal...

Não consegui seguir falando, pois estava muito nervoso e começaria a chorar, percebi que era bobagem fazer um discurso, a traição estava consumada. Virei-me de costas, rumo à sala para dali ir me embora. Mas antes que eu pudesse sair, Vanessa veio atrás de mim, desesperada, e agarrou meus braços com força.

-Play, por favor, senta, me escuta! Não vai embora assim!

Relutante, sentei-me no sofá, para ouvir suas desculpas esfarrapadas, mas nossa vida mudaria a partir dali. O efeito de uma traição, causaria perdas e danos por décadas nos destinos de muitas e muitas pessoas.

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Foto de perfil de Lael Lael Contos: 292Seguidores: 782Seguindo: 12Mensagem Devido a correria, não tenho conseguido escrever na mesma frequência. Peço desculpas aos que acompanham meus contos.

Comentários

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O que esperar de uma pessoa da índole dela , um conto magnifico

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Bom dia Lael, gostaria de adquirir a 2 temporada de alguns contos seus, como podemos fazer para eu compra-los?

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Boa tarde. Entre em contato pelo e-mail laelocara@gmail.com

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