Minha Historia, Parte XV

Da série Minha Historia
Um conto erótico de Nandinha1994
Categoria: Trans
Contém 4710 palavras
Data: 07/12/2025 13:01:45

Neste ponto a história da Fernanda começa a ser escrita, até de forma literal, a Patricia que de certa forma se tornou minha mentora, me sugeriu que eu mantivesse um diário, podia ser físico ou digital para registrar, principalmente coisas sobre meu corpo e claro podia registrar outras coisas sobre mim, antes e depois, fatos ou acontecimentos, entenderam né?

Na primeira visita que fiz a casa dela, depois de iniciar a TH, no primeiro final de semana depois do dia 7, ela me convidou para ir lá!

Ela morava em um apartamento gigante no centro da cidade, pelo que entendi ela tinha um companheiro mais velho que tinha falecido, a Patricia tinha uma longa história e era outra pessoa cheia de mistérios, embora fosse uma mulher exuberante, daquelas que é impossível passar despercebida, corpo que podemos dizer escultural, cheio de curvas e formas definidas sem exageros e extravagâncias, olhos castanhos claro, cabelo castanho que ela alternava a tonalidade, (por um tempo ficamos com a mesma cor, porque ela tinha gostado do meu cabelo natural), tinha uma pele branca, no inverno ficava mais branca que eu.

Charmosa, sempre bem vestida, ficava sexy de qualquer forma, quando estava vestida de forma elegante ou casual, ela era uma pessoa educada, falava bem, vários idiomas, não faço ideia de quantos, tinham viajado o mundo ao lado do seu companheiro, podemos dizer que ela tinha etiqueta para as mais diversas ocasiões e situações.

Como eu disse, embora fosse uma mulher de causar suspiros, ela não era uma transexual operada, inclusive ela me confessou que gostava de ser ativa às vezes e diferente de mim ela começou a transição muito, muito mais cedo, ela tinha uma disfunção hormonal que resultou em baixos níveis de testosterona e altos de estrogênio que resultou em um ginecomastia, bem jovem ela começou a desenvolver seios e sem um tratamento e o resto dá para imaginar.

Eu ia deixar para o final mas vou contar agora, nós fomos amigas por anos, foi meu porto seguro em momentos difíceis, esteve comigo e me ensinou muita coisa, eu ainda vou falar dela muitas vezes na minha história, ela mudou para o EUA, não mantínhamos mais o mesmo contato frequente como antes e recentemente fiquei sabendo que ela faleceu em um acidente de avião na Califórnia.

Então comecei a registrar meus dias em arquivos de texto, depois documentos do Word e isso virou minha rotina diária, eu acordava e fazia a injeção e tomava os remédios, ia para o banho, passava meus cremes, bla, bla, bla, bla.... hahahah

Na primeira semana, uns 10 dias depois comecei a sentir preguiça para levantar, ficava me rolando na cama, aproveitava quando o Rodrigo estava lá comigo e ficava de conchinha provocando ele, aquilo era gostoso, eu tinha um cansaço, perdi a fome e às vezes náuseas quando comia ou pela manha ao levantar.

Bom, isso foi o suficiente para o Rodrigo brincar comigo que eu estava grávida!

Confesso que isso foi engraçado mesmo!

Minha tia também notou que eu não estava comendo e as malditas náuseas fizeram ela pensar que eu estava doente, claro que entrei em pânico e liguei para a Pati, a gente mantinha contato quase que diário, ela me falou que em cada metabolismo é diferente do outro e que não tinha como prever como eu iria reagir.

Mas o fato de eu andar por ai como uma grávida eu fiquei assustada, mas a Pati me disse que não entrasse em pânico que isso podia acontecer, então comecei a dar desculpas, para minha tia, para o Rodrigo, pata todos, sobre minhas indisposições, falta de apetite as náuseas.

Mas perto do meu pai vir passar o feriado da semana farroupilha, (20 de setembro), outro efeito colateral se manifestou, segundo a Natália eu fiquei de TPM, (sim de TPM), eu fiquei irritada, tudo me deixava puta, a melhor definição era essa, uma mulher de TPM, quando surtei com o Rodrigo, no dia 18, nos dois se assustamos ele pelo meu chilique e eu por ter surtado.

Cai em prantos como uma garota!

Dei uma desculpa para eles que era pela vinda do meu pai e se acreditaram não sei!

Lá fui eu ligar para a Patrícia, que me disse que isso podia acontecer, só não esperava que fosse tão rápido eu começar a experimentar essas mudanças de humor assim tão forte, e alertou que eu tinha que me preparar que podia piorar.

Mas isso podia significar que meu metabolismo estava começando a responder e de forma rápida o que era bom e ruim ao mesmo tempo, me disse que eu tinha que fazer outro exame de sangue e ela mesma já mandou para o laboratório a solicitação.

- Sei que teu pai vai estar em casa nos próximos dias, mas fuja e vá fazer para a gente ver!

No dia seguinte, 19 de setembro, fui buscar meu pai no aeroporto aqui da cidade mesmo, sai da universidade e fui lá buscar ele no voo que vinha de SP, dei uma geral no meu carro para tirar as roupas, sapatos, tinha até calcinha pelo porta luvas, isso do ponto de vista de um pai, podia ser um sinal que o filho estava destruindo corações por aí, porém isso poderia resultar em ter que dar detalhes, ou até alguma explicação, que eu andava sem cabeça para inventar.

Tirei um dos brincos e coloquei um daqueles que a Natália me emprestou que tem só um pontinho e dei uma tapeada com adesivo e base, deixei as unhas sem nada.

Para ter ideia de como andava meu humor, no trajeto até o aeroporto quase arrumei confusão no trânsito de tão pavio curto que eu andava!

O voo chegou atrasado, pousou por volta das 18:30, aqui sempre foi um problema, ainda é, meu pai quando me viu de cara já notou e falou do meu cabelo que estava estilo “Sam winchester” da série supernatural, que eu adoro até hoje,

-e esse cabelo Fer, vai virar roqueiro agora?

-de brinco, cabelo comprido, não fez tatuagem né!

Eu -não, pai, não fiz não!

Nos abraçamos e ele notou que eu tinha perdido peso, perguntou se eu estava malhando ou me cuidando, eu nunca fui gordo, mas eu tinha um físico normal, nem gordo nem magro, mas ele notou que havia algo diferente em mim, comendo pouco e com as náuseas, realmente eu tinha perdido peso.

Naqueles dias que meu pai iria ficar em casa, o quarto da Fernanda ficou fechado, por sorte ele não parou em casa, foi na antiga agência, tirou o carro dele da garagem, até trocou por outro, ele gostava de veículos grandes, então trocou o corola antigo por um novo, gosto é gosto!

Quando ficou em casa ficou pela cozinha ou pela sala, trocou algumas coisas, mandou instalar ar condicionado pela casa toda, até no meu quarto, chamou o pessoal que cuidava do alarme, mandou instalar câmeras de segurança na frente da casa e no pátio dos fundos, (isso eu só fiquei sabendo depois).

Eu já andava subindo pelas paredes de vontade de dar para o Rodrigo, imaginem, nos últimos, sei lá quantos dias, eu vinha dando diariamente para ele, já falei né isso é como vício, como usar uma substância viciante, depois que você descobre que o cú, (que boca suja), serve para outra coisa, você quer mais e mais, é eu estava viciada em “Pau”, hahahaha.

Passou o feriado, fizemos muitas coisas, programas pai e filho, ele me avisou que começaria a vir menos em casa, que gostava do trabalho, da função nova, o salário era bom também, me contou até que tinha conhecido alguém por lá, mas que era algo casual e que estavam se conhecendo, sem pressa e que no momento certo e se chegasse a tanto eu iria conhecê-la.

Mas que, o motivo de vir menos para casa, para o sul era o trabalho mesmo, até me perguntou se eu não queria ir morar em SP minha avó mãe dele morava lá, que ficava mais perto para ele ir de Brasília para SP, voos, etc…

Claro que disse que não,(pelos motivos óbvios né), que gostava do Sul, mas que para passear ah, isso sim, eu iria sempre que pudesse, então ele disse, que se eu quisesse podíamos até ter um apartamento em SP, para ele seria bom, porque estava lá a cada 15 ou 20 dias, e ficava em hotel e que eu indo, passear por lá, seria uma ótima desculpa para isso, bla, bla, bla, já conseguem imaginar uma conversa dessas, então ele me disse que iria na segunda feira, 1º de outubro e só voltava dia 20 de dezembro para passar o natal e fim de ano em casa.

E que provavelmente isso iria se tornar comum, ele passar cada vez mais tempo longe, mas que contato nós podíamos manter todos os dias se fosse o caso, que eu estava me saindo bem, que estava orgulhoso de mim, etc, ec…..

Eu lá pensando,

“pai, se tu imagina, que um dia vai chegar em casa e achar uma filha?

Se o senhor imaginar que estou morrendo de vontade de sentar no pau do Rodrigo agora?”,

eu continuava sentindo aqueles sintomas, preguiça, comendo pouco, quando comia as vezes me dava náuseas.

Mas tentei disfarçar a todo custo para meu pai não perguntar ou ficar me estressando, ah eu ainda estava pra lá de pavio curto, subi no muro várias vezes com o Rodrigo no carro, as vezes eu ia de carona com ele, as vezes ele comigo, quando eu parava o carro ou ele parava o carro na frente da minha casa, ele sempre queria beijinhos uns amassos e isso sempre terminava em briga porque se deixasse ele me comia ali mesmo.

Na sexta feira enquanto meu pai tinha saído eu fui até o meu quarto no fundos e peguei algumas roupas, sapato e lingerie, meu cremes e maquiagem e levei para o quarto na casa, eu tinha combinado de pegar o Rodrigo na universidade a tardinha.

Tomei meu banho, passei meu cremes e incorporei a Fernanda, meu cabelo já permitia um visual feminino sem peruca, lingerie preta com renda, não coloquei o adesivo de silicone porque o rodrigo não gostava, ele curtia chupar meu mamilos, eu também gostava, coloquei um jeans pra lá de justo e uma Cropped de manga longa e um dos meus scarpins mais altos, um branco, coloquei uma muda de roupa masculina na minha mochila, plug no rabo e parti.

Peguei ele no campus e fomos direto para o motel, naquele dia fomos para um que ficava perto da universidade com umas suítes temáticas e tinha uma egípcia, eu tinha um fetiche naquele quarto, mexia comigo e eu estava explodindo de tesão só pelo fato de estar vestida de mulher.

A química do meu cérebro estava pra lá de bagunçada e o Rodrigo sabia como me tratar como uma mulher, ele fazia carinho, me chamava de meu bem, meu amorzinho, me tocava com carinho, me beijava com desejo e isso ligava algo dentro mim e a terapia hormonal só fez piorar, mesmo mexendo com minha libido, era como acender o pavio de uma banana de dinamite, queimava até explodir.

Ele me pediu para ficar de lingerie e salto alto e deitar na cama, me beijou toda eu adorava quando ele fazia isso, ia beijando e fazendo carinho nas minhas pernas, minha virilha, mordia, sabem aquelas mordidinhas e me disse;

-amorzinho, você está diferente, tem algo diferente na sua pele, no seu cheiro!

Depois que ele disse isso, coladinho no meu ouvido eu virei para baixo de mim, arranquei a cueca dele e chupei ele até gozar na minha boca, eu já tinha dominado essa habilidade mas agora digamos que eu conseguia colocar o pau dele inteiro na minha boca, eu adorava sentir ele gozar.

Depois transamos como sempre fazíamos, mas naquele dia, eu me senti diferente, tudo está mais sensível, aos beijos, aos toques, quando ele começou a me penetrar senti tanto prazer que eu me contorcia em cima da cama, tive meus orgasmos e como sempre senti muito prazer, mas eu sentia um calor fora do normal, bom talvez estivesse mais quente mesmo, porque ele me;

-amorzinho teu rabinho estava com saudade mesmo, está mais quente que o normal!

Saímos do motel já era passado das 22 horas, quando deixei ele casa, naquele dia eu chupei ele no carro, realizei o fetiche dele, sempre me pedia, mas eu dizia não, mas naquele dia, eu estava fora de mim.

Quando parei meu carro na frente da casa ele, fiquei em um ponto embaixo dos galhos de uma árvore que a luz do poste não batia, e ficava perfeito, naquele horário o movimento ali é pouquíssimo, desliguei o carro e comecei a passar mão na perna dele e fui fazendo aquela brincadeirinha com os dedos caminhando e fui indo em direção ao pau dele;

Rodrigo -que isso?

Eu -estou pegando o que é meu, ou não é?

Rodrigo -sim é, mas se acordar ele vai ter um problema

“disse ele rindo com aquele ar de safado”

Eu -humm, então eu tenho um problema, porque ele acordou

“o pau dele já estava ficando duro e não demorou para formar volume na calça”

Continuei provocando ele e fui me arrumando até me inclinar, ao mesmo tempo que minhas mãos abriam a calça e tirava o pau dele para fora e não é que ele teve uma crise de moral;

Rodrigo - Fer, alguém pode ver, para, ficou louca…. ahhhh

Não deixei ele continuar, quando ele começou o ficou louca eu já tinha abocanhado o pau inteiro dele, aprendi uns truque novos, deixava a língua para fora com o pau inteiro na boca, segurava o saco dele e massageava e mesmo a gente tendo transado a pouco tempo não demorou muito ele começou a gemer e pedir para parar que iria gozar, quando senti ele segurar firma minha cabeça e empurar em direção ao pau, o jato de porra foi direto garganta a baixo e ele fiz uma gemeção, que tenho certeza que se tivesse alguem passeando pela rua com cão ou só passando por ali perto ouviu, até os cações que ficavam nos patios das casas latiram.

E confesso que aquilo foi mais excitante e prazeroso para mim do que pensei, porque ele saiu desconcertado, quase sem rumo do carro, deixou chaves cair, tropeçou na escada, sabe aquele sensação de missão comprida, então….

Quando cheguei em casa quase fui pega, porque deixei para trocar de roupa na garagem e foi por pouco, muito pouco que meu pai não flagrou, sorte que a roupa que eu tinha pego era um abrigo e moletom, como sempre.

Então, no dia 29 de setembro, sábado, o dia seguinte, acordei com um desconforto nos mamilos, uma dorzinha estranha, achei que era porque o Rodrigo tinha me chupado eles de mais, quando fui tomar banho eu notei que havia uma sensibilidade além da dor, quando fui me enxugar a dor foi como uma agulha espetando.

Corri ligar para a Patricia, ela riu muito, quase chorou ao telefone, disse que aquilo era o que ia acontecer, mas ela não esperava que começassem tão cedo, não faziam nem 30 dias que eu tinha começado a terapia hormonal, mas que eu deveria esperar porque agora outros sintomas iriam aparecer, talvez meu metabolismo aceitasse melhor os hormônios que a maioria ou outro fator estivesse me favorecendo , tivemos uma longa conversa, tomei a dose do dia e desci, preparar o café, meu pai desceu logo em seguida.

O final de semana foi longo, porque aquela dor, me torturava, tudo que encostava ali doía, mesmo que tivesse a chance, nada de adesivo de silicone para peitos falsos!

Continuava tendo as náuseas então tinha que cuidar para meu pai não ver, mas não impediu de curtirmos o final de semana, na segunda feira, eu faltei a aula, combinei de levar meu pai no aeroporto em Porto Alegre, vi naquilo uma chance de fazer uma loucurinha das minhas.

Fomos com caro dele, fui e voltei dirigindo ele, mas depois de deixar ele no aeroporto, já tinha ido usando um abrigo solto e com o cabelo já grandinho, aprovei que ninguém estava olhando, entrei no banheiro feminino e lá dentro a Fernanda assumiu a posse do corpo, eu tinha levado um look na mochila, sim, foi uma loucura, porque eu deixei meu pai, voltei no carro peguei minha mochila, voltei no aeroporto para trocar de roupa.

Quando sai do banheiro, estava jeans, bota over preta, blusa básica de manga longa e uma jaquetinha de couro, batom e um pozinho, coloquei a mochila no ombro e sai caminhando tranquilamente com maior naturalidade até o carro, mil coisas se passando pela minha cabeça.

Dei uma volta pela capital, quase me perdi, minha salvação foi Waze que o Rodrigo tinha me ensinado a usar, tenho senso de direção zero, me perdia na minha cidade, imagina na estrada ou uma cidade desconhecida.

Já pensou se a policia me ataca, sabe aquele quero mas não quero que isso aconteça, ter que explicar porque eu estava vestida daquela forma, a chance do policial curtir uma garota como eu? "sim eu sei que isso é idiota mas..."

Mas correu tudo bem, fiz a viagem de volta, durante a viagem muito tempo para pensar eu decidi que iria remodelar meu quarto e a Fernanda iria se mudar para ele, comecei naquele dia mesmo, mas passei os dias seguinte, terminando, as mudanças das coisas, principalmente as roupas meu guarda roupas era enorme, então tinha espaço suficiente para abrigar quase tudo, fui as compras, uma cômoda nova, uma bancada nova, uma ou duas coisinhas novas aqui e outras ali, secador de cabelo e pronto.

Levei as roupas que o Fernando não usava mais para os fundos e deixei só o básico para quando precisasse, coloquei o Rodrigo para trabalhar na quinta feira nós estreamos o quarto novo eu continuava com aquela sensibilidade nos mamilos, mas segundo a Patrícia isso era temporário, mas já haviam dias que eu acordava e estava pior, às vez formigava mas acabava passando.

Eu deixei de ter ereções, desde que comecei a descobrir a Fernanda dentro do meu subconsciente e quando ela descobriu que podia sentir prazer como uma mulher sendo passiva eu já experimentava momentos em que meu pau era apenas uma peça decorativa, depois que comecei a usar a gaiola mais ainda, mas quando não estava usando ela, eu costumava acordar com uma ereção ou em alguns momentos de excitação e isso se tornou cada vez mais raro e meus orgasmos embora fossem até mais intensos eu gozava cada vez menos liquido seminal menos porra mesmo.

Rodrigo começou a notar diferenças em mim, já que ele era o único que me via pelada, começou a notar que minha pele estava começando a ficar diferente, principalmente minhas pernas e minha bunda, mas segundo ele era porque eu estava dando o rabo para ele direto, por isso a minha bunda estava crescendo.

Mas como ele me via todos os dias ele não notava outras pequenas mudanças, comecei a ficar esguio, nada gritante mas para quem não te vê por dias, quando coloca o olho em você nota é como perder peso rapidamente, só que diferente.

Meu cabelo parecia ter acelerado no crescimento, meu cheiro corporal, sabem quando a gente transpira, o cheiro que o nosso corpo tem, talvez os feromônios ou sei lá como isso chama, isso também estava ficando diferente em mim.

No Feriado de 12 de outubro, minha tia estava sozinha em casa, o seu ficante precisou viajar ver a mãe que estava doente e seu filho meu primo, morava em outra cidade não pode vir vê-la e como fazia dias que a gente não se via ela veio passar comigo, claro que isso atrapalhava a Fernanda, mas eu gostava da minha tia e ela sempre cozinhava ou trazia comida caseira.

Rodrigo foi embora cedo no dia 12, antes da minha tia chegar, quando ela chegou logo de cara ao me abraçar como sempre fazia, ela me olhou duas vezes, sabem quando a pessoa parece que confere algo e olha de novo!

-Guri, tem certeza que anda bem, você está pálido, parece mais magro e está com o rosto fino!

-E o que deu agora para deixar o cabelo crescer?

Tomamos chimarrão, conversamos, Natália passou por lá, ela já conhecia minha tia, mas não ficou para o almoço, ligamos para meu pai, tudo correu calmo, almoçamos uma macarrão com molho, “massa”, como chamamos aqui, com um bom vinho.

Quando eu estava lavando a louça na pia, e minha tia guardando algumas coisas, ela pegou a sua taça e serviu mais vinho e sentou nas banquetas da ilha e então, aconteceu o inevitável!

Eu estava usando um dos meu abrigos, um do Inter, preto que ficava bem folgado e a camiseta era uma normal, mas em algum momento minha tia notou algo diferente e me perguntou;

-Fer, tem algo acontecendo?

-algo que queira me contar?

Fiquei mudo sem reação e neguei, neguei que tinha algo errado, mantive a ideia que era apenas estresse por trabalhos da universidade, que eu não comia, etc…

Ela disse que tudo bem, não tocou mais no assunto, mas fez aquela cara de ai tem coisa, o dia terminou, ela deixou comida pronta para mim, fez mais algumas coisas e deixou no congelador, para minha sorte naquele dia não passei mal depois de comer.

A noite Natália e o Igor foram na minha casa e claro o Rodrigo, chegou quando eles já estavam lá, seria a nossa primeira noite de jogatina neste formado, dois casais!

Me arrumei para esperar eles, saia lápis com zíper, sandália de salto alto, fino, uma blusinha básica com decote quadrado e quem diria que aquele look seria tão revelador, Natalia assim que viu me puxou para o canto;

-Fer, o que está acontecendo contigo!

Eu -nada, todo mundo com essa que tem algo acontecendo, só estou comendo pouco e menos besteiras, me cuidando um pouco mais….

Natalia - Fer, você está diferente, não vou ficar insistindo, mas que tem alguma coisa acontecendo tem!

A noite, foi tranquila, como as outras, bebemos, vinho, fizemos alguns drinks que a Natália tinha aprendido com Vodak, maracujá e leite condensado, whisky, comemos pizza, jogamos, só não teve charuto, muita risada, lembramos da noite em que falaram para o Rodrigo que a garota misteriosa não era mulher.

A diferença é que depois que a Natalia e o Igor se foram pulei no Rodrigo e literalmente arranquei a roupa dele, fui acometida de um tesão avassalador, nas palavras dele eu quase arranquei o pau dele chupando, começamos nossas transa lá na sala mesmo e terminamos na escada nem deu para chegar no quarto, dá para fazer umas posições bem interessantes em uma escada sabiam?

Vamos avançar um pouco porque a vida assume rotinas de forma muito rápida e a vida da Fernanda nessa época entrou em uma rotina muito simples, na verdade quando a Fernanda assumiu o controle, a única diferença é que agora o Rodrigo dormia comigo, porque antes a gente passava muito tempo juntos, tudo seguiu seu curso digamos assim, eu visitava a Patricia ou ela me visitava.

Fomos juntas falar com o endócrino que era amigo dela, então ele não iria xingar nem nada por ela estar me ajudando com os hormônios, na verdade disse que ela deveria ter escolhido a medicina e não a psicologia, porque estava fazendo um ótimo trabalho, mas recomendou doses mais baixas, me explicou que como cada metabolismo tem um comportamento diferente o meu por algum fator genético respondia melhor a terapia hormonal e que os efeitos colaterais que eu sentia de forma tão intensa era justamente por isso.

Claro que mesmo concordando não alterei as doses, as mantive como estava tomando desde o início, nem falei isso para a Patrícia!

Os dias foram passando dentro daquela rotina, provas, trabalhos, casa, universidade, não vi minha tia pessoalmente desde o feriado do dia 12, (acho que nunca contei, minha tia administrava uma loja em Marau que era dos meu avós os pais dela), no dia 2 de novembro no feriado de finados nos sempre costumávamos ir até Vila Maria, onde ficava o cemitério que minha mãe e irmãos foram sepultados, lá ficava o jazigo da família), neste ano não seria diferente.

Antes, como eu não tinha carteira eu ia um dia antes, ou ela vinha me buscar e depois íamos até lá, este ano eu iria passar pegar ela em Marau, fui com o carro do meu pai, segundo ele era mais confiável na estrada.

Acordei cedo no dia 2, acordei cedo 6:00 da manhã, o sol ainda não tinha nascido mas o céu já estava ficando vermelho, tomei meu banho e fui cuidadosa em não passar nenhum dos meus cremes, não queria chamar a atenção da minha tia, coloquei um tênis, uma calça jeans surrada e uma camisa polo, afinal, eu iria visitar o túmulo da minha mãe e meus irmãos.

Fiz um café e coloquei no meu copo térmico e sai em direção a Maraú, o sol já tinha nascido, eram por volta das 7:00 horas já!

É uma viagem rápida cerca de meia hora de carro e de lá depois de pegar minha mais 20 minutos até Vila Maria, para dar aquele efeito dramático e a ilusão que estou viajando, deixa eu contar o que acontecia comigo…

Como falei, as pessoas que te veem todo dia, não notam mudanças sutis em sua aparência, principalmente quando elas ocorrem lentamente dia após dia, como quando ganhamos ou perdemos peso e alguém que não te vê há dias te diz;

-nossa, como você perdeu peso!

Essa regra vale para outras coisas, desde que tinha começado a tomar e me injetar os hormônios e bloqueadores de testosterona já tinham se passado quase dois meses, 56 dias para ser precisa, logo na primeira semana comecei a sentir efeitos colaterais que foram piorando, agora além das mudanças de humor, as náuseas que não eram tão frequentes mas ainda as tinha, junto com a sensibilidade nos mamilo e o formigamento tinha a coceira.

Meus mamilos andavam vermelhos, como se irritados, tudo que encostava dois ou coçava ou deixava mais sensível e a aréola parecia estar aumentando de tamanho, meu cabelo parecia crescer enquanto conversava, como aquele filme do todo poderoso, mas tinha mais coisa acontecendo.

E como Rodrigo falou tantas vezes, conforme a testosterona desaparecia no meu corpo e ia dando lugar aos hormônios femininos, cada fragmento masculino do Fernando estava marcado para sumir também, era só questão de tempo, em breve o Fernando seria apenas uma lembrança da Fernanda, uma voz agindo como consciência para ajudar às vezes.

Minha pele perdeu a oleosidade, e ganhava um padrão aveludado, suave e macio, delicada ao toque, lentamente o tom pálido do início parecia ter ganhado uma luminosidade suave.

Dia após dia a pouca gordura facial que tinha em meu rosto, foi se redistribuindo e já era possível ver as linhas da minha face se tornando mais feminina, com traços mais arredondados, minhas bochechas começavam a ganhar um volume sutil e rosado principalmente abaixo dos olhos, dando um efeito meigo e feminino ao olhar.

Detalhes singelos como a testa que parecia ter diminuído, quando comparado às fotos antigas, meu cabelo parecia ajudar como se criasse uma moldura em meu rosto, cobrindo as entradas, meu queixo também começava a perder a sua proeminência e parecia ganhar uma leve forma arredondada,

A parte superior do meu corpo também começava a perder volume e se tornar mais esguia, meus braços mesmo que de forma sutil perdiam a circunferência e a pele delicada, a combinação dessas pequenas mudanças começavam a dar uma ilusão mais alongada.

E ironicamente isso contribuía para outra ilusão, sutilmente minha cintura também começava a sofrer com as mudanças, mesmo que fosse algo que talvez nem pudesse ser medido com uma cinta métrica, no primeiro olhar eu estava ganhando uma cintura.

Quando cheguei na casa da minha tia já era por volta de 7:50, peguei trânsito, como nossos planos eram chegar cedo, assim que mandei uma mensagem para ele;

Eu -cheguei tia!

Tia -oi Fer, estou saindo, só um minuto!

Eu desci do carro e fiquei parado encostado na porta, esticando as pernas, mexendo no celular.

Continua…

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Foto de perfil de Nandinha1994Nandinha1994Contos: 15Seguidores: 11Seguindo: 8Mensagem Sou uma trans, hoje com 30 anos criei este perfil para compartilhar minhas fantasias, "historias", sempre gostei de escrever mas nunca compartilhei com ninguem, só recentemente mostrei alguns dos meus textos e fui incentivada a publicar em algum site ou blog.

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