A Puta da Família - Parte 9

Um conto erótico de AuroraMaris
Categoria: Heterossexual
Contém 3436 palavras
Data: 07/12/2025 12:28:40

Sr. Carlos, no dia seguinte, veio para o café da manhã com um sorriso de orelha a orelha. Arthur mastigava distraidamente seu pão com manteiga, os olhos ainda pesados de sono. Dona Rosa reclamava do calor que já insistia do lado de fora das janelas. E eu, Eduarda, tentava fazer meu café com leite parecer o centro do meu universo, evitando o olhar do Sr. Carlos, com medo de levantar suspeitas.

- Arthur, Eduarda - a voz do Sr. Carlos soou como um pequeno discurso, fazendo todos o olharem. - Depois dessa burocracia toda da herança, acho que vocês dois merecem um respiro. E eu, como pai e sogro, quero dar um presente a vocês.

Arthur baixou a colher, interessado.

- Um spa - ele anunciou. - Três dias no Refúgio das Serras. Cinco estrelas, tratamento completo. Massagens, piscinas térmicas, aquele silêncio que cura - seus olhos, por uma fração de segundo que só eu percebi, pousaram em mim. Não era o olhar de um sogro. Era o olhar de um cliente que acabou de receber a mercadoria encomendada e aprovou a qualidade. - Um presente pelo pedido de namoro... E uma recompensa por ver como você se integrou tão bem à família, norinha.

A palavra recompensa pairou sobre a mesa. Sr. Carlos estava me recompensando pelo acordo que tinha conseguido selar com os angolanos. Arthur, alheio às conotações, ficou com os olhos brilhando.

- Pai, isso é... É muita generosidade! Não precisava!

- Claro que precisava - disse Sr. Carlos, tomando um gole de café. - Você trabalha duro, e a Eduarda tem sido uma verdadeira bênção para essa casa com sua presença doce.

- O que você acha, amor? - Arthur virou para mim, sua mão cobrindo a minha sobre a mesa.

- Acho maravilhoso, sogrinho. Muito obrigada. É mesmo muito generoso da sua parte.

- Não há de quê, princesa - ele respondeu, e aquele termo, que no escritório à meia-noite era uma posse suja, soava agora como um carinho paternal perante todos. - Façam as malas, vocês devem chegar lá às 8:00 amanhã. E levem roupas leves. Lá é um lugar para... Se libertar.

Arthur passou o resto do dia animado com a ideia, tinha pesquisado o spa no Instagram e viu que tinham realmente muitas coisas a se fazer lá.

No meu quarto, em cima da cama, haviam biquínis de diversas cores, minúsculos, que provavelmente Sr. Carlos tinha comprado. Um lembrete sujo que eu deveria continuar sendo a puta das últimas semanas, mesmo que ele não estivesse perto.

No dia seguinte, saímos cedo e chegamos no spa exatamente às 8:00.

O lugar era extremamente luxuoso, eu nunca tinha estado em um lugar como aquele antes. As pessoas que circulavam pelos corredores amplos e silenciosos eram todas bonitas, ricas, e emanavam uma aura de tédio sofisticado. Mulheres com rostos impecavelmente preenchidos e corpos esculpidos por cirurgias, envoltas em roupões de cetim. Homens de meia-idade com olhares avaliadores por trás de óculos de armação fina.

Enquanto Arthur falava animado com o recepcionista sobre os tratamentos incluídos, meus olhos percorreram o saguão. Uma piscina interna de borda infinita parecia se fundir com a paisagem lá fora. Em um lounge afastado, um casal se beijava com uma intensidade que não combinava com o ambiente sereno. Ninguém parecia se importar.

Nos levaram até nosso quarto, uma suíte espaçosa com uma varanda privativa. A cama era enorme, havia um ofurô de hidromassagem em um canto, e uma pequena lareira moderna. Arthur ficou maravilhado.

- Isso é incrível, amorzinho! Olha essa vista!

- É lindo mesmo - concordei, deixando minha mala no chão.

- Vamos dar uma volta, explorar? - a voz animada de Arthur me tirou da letargia. - Tem aquela piscina com vista que eu vi nas fotos!

- Claro, amor - respondi, forçando um entusiasmo que não sentia. - Só vou me trocar.

Fui até o banheiro depois de escolher um biquíni azul e, sob o olhar distraído de Arthur que observava a vista na varanda, o vesti. As tiras eram tão finas que pareciam prestes a estourar com o peso dos meus seios. A parte de baixo era um triângulo minúsculo que, eu sabia, deixaria a minha bunda completamente exposta, como no dia da piscina.

Ao me olhar no espelho, não veio mais a vergonha que eu costumava sentir quando usava algo revelador ou vulgar. Eu senti orgulho do meu corpo de cavala: as coxas grossas, a cintura fina, os seios grandes e a bunda maior ainda. Eu havia internalizado o olhar do Sr. Carlos.

Quando saí do banheiro, envolta em um roupão de cetim semiaberto do hotel, Arthur assobiou baixo.

- Você está linda, amorzinho. Esse lugar já valeu só por te ver assim.

Ele veio até mim e me deu um beijo doce, inocente.

Descemos para a área da piscina. O cenário era deslumbrante: uma piscina de borda infinita que realmente parecia se fundir com o horizonte da serra. Algumas pessoas estavam na água, outras tomavam sol em espreguiçadeiras luxuosas. O ar era quente e úmido.

Ao soltar o roupão e me deitar de bruços na espreguiçadeira, senti dezenas de olhos pousarem em mim. Olhares masculinos, pesados e interessados na minha bunda enorme que mal estava coberta. Arthur, ao meu lado, parecia inicialmente orgulhoso, inchando o peito. Mas logo seu sorriso começou a ficar tenso. Ele percebia a atenção que eu atraía, uma atenção cheia de desejo e malícia.

Pra mim, cada olhar era um cumprimento silencioso ao meu treinamento. Cada volume disfarçado sob uma toalha de banho era uma pequena vitória. Eu agora sentia orgulho em deixar os homens de pau duro.

- Amor, o que acha de a gente ir na sauna, hein? - Arthur disse, um pouco nervoso. - Está muito cheio aqui.

Concordei e caminhamos pelos corredores silenciosos até uma porta discreta de madeira clara. Uma placa rústica dizia: Sauna - Uso obrigatório de toalha. Trajes de banho não permitidos.

Meu coração deu um pulo, mas Arthur pareceu não ligar para a regra da sauna, pegando duas das toalhas oferecidas em um armário abaixo da placa.

Abrimos a porta. O ar seco e escaldante, saturado com o aroma denso de eucalipto, nos envolveu como um cobertor pesado. A visão foi exatamente como eu imaginei: uma pequena caverna de madeira clara, iluminada suavemente. Bancos em três níveis, nas duas paredes, de frente um para os outros. E, no mais baixo, um homem branco e musculoso já sentado, suando.

Ele estava envolto em uma toalha branca idêntica à nossa, enrolada de forma desleixada na cintura, deixava uma perna totalmente exposta. Ele parecia à vontade, dono do espaço. Seus olhos, que antes observavam a porta, pousaram em nós quando entramos. Em mim.

Arthur, um pouco hesitante, indicou o banco mais alto. Nos sentamos lado a lado, o calor quase instantaneamente fazendo meu suor brotar. Seguindo a regra e o exemplo do homem, me desfiz do roupão de cetim, ficando apenas de biquíni por um segundo antes de me envolver rapidamente na toalha grande. Tirei o biquíni por baixo da toalha, sentindo meus mamilos e minha bunda roçarem no tecido macio. Arthur fez o mesmo com sua sunga.

Foi então que o olhar daquele homem começou. Não era disfarçado. Era lento, pesado, um escaneamento físico. Começou no meu rosto, avermelhado pelo calor, desceu pelo meu pescoço onde um fio de suor já escorria, parou por um momento na curva dos meus seios, deslizou pela minha cintura e pousou na abertura da toalha sobre minhas coxas. Seus olhos eram azuis claro, quase translúcidos.

Arthur, ao meu lado, ficou rígido. Ele percebeu. Tentou sussurrar algo sobre a umidade do ar, mas as palavras saíram engasgadas. Eu apenas balancei a cabeça, um gesto mínimo, mantendo meus olhos baixos.

O homem, então, se moveu. Um ajuste preguiçoso, como se buscasse uma posição mais confortável. Ao se recostar, a toalha desleixada na sua cintura se abriu um pouco. Quase como se estivesse hipnotizada, consegui ver a cabeça rosada da sua rola já dura, repousando contra a coxa branca. Ele a cobriu com a mão imediatamente depois, como se fosse um acidente. Mas não era. Ele estava me mostrando como tinha ficado só de olhar meu corpo.

Um choque elétrico de puro tesão me percorreu, e pude sentir a buceta latejar. Meu corpo, treinado, respondia antes mesmo da minha mente.

- Nossa, amor... Tá muito quente - falei.

Ele não respondeu. Estava olhando fixamente para o homem, seu queixo tenso.

O homem ignorou Arthur completamente. Seu próximo movimento foi ainda mais calculado. Com um dedo, ele puxou levemente a toalha para o lado. Desta vez, quando o tecido se abriu, não havia dúvida se era acidente. Sua rola grande pulsava sobre a coxa. Não era grossa, mas era comprida. Aquilo era uma afirmação silenciosa dirigida a mim, desafiando Arthur. O ar na pequena sauna pareceu ficar ainda mais rarefeito, carregado de tensão sexual.

Foi quando senti o olhar de Arthur se voltar para mim, interrogativo. Ele procurava minha reação. Eu estava no limite. Para manter a fachada, precisava mostrar repulsa. Mas para avançar o jogo de exibicionismo, precisava dar um sinal.

Abri ligeiramente as pernas. Ao fazer isso, a toalha que estava fechada sobre meus joelhos se abriu. Foi um movimento natural, plausível. O homem estava no banco mais baixo, e eu no mais alto. Ele deu um sorriso malicioso ao conseguir ver com perfeição os lábios inchados da minha buceta lisinha.

Imediatamente depois, fechei as pernas, puxei a toalha com uma mão trêmula e encolhi os ombros, fingindo desconforto e vergonha.

- Preciso de ar - disse, levantando abruptamente.

Ao sair, minhas pernas tremiam. Arthur me seguiu, com uma expressão confusa no rosto, parando por um momento para colocar a sunga por baixo da toalha. A porta da sauna se fechou atrás de nós, mas aquele silêncio carregado nos seguiu pelo corredor fresco.

Arthur tinha visto aquele homem me devorando com os olhos, com a rola completamente dura só de me olhar. Será que também tinha visto o movimento lento da minha perna se abrir para mostrar a buceta?

Fomos para o quarto, já era quase meio dia.

- Você viu aquele cara? - a voz do Arthur saiu rouca quando finalmente quebrou o silêncio.

- Ele era um tarado - eu disse, com falsa inocência e a melhor cara de repulsa que consegui forjar. - A gente tem que reclamar pra alguém sobre isso! - sugeri, torcendo para que ele não aceitasse.

- Ele... Ele estava de pau duro pra você - Arthur disse, com a mesma expressão confusa de antes. - E você olhou. Eu vi você olhando.

Engoli em seco.

- É claro que olhei! Eu estava sem reação. Foi nojento! - me virei, sem querer que aquela conversa continuasse. Se ele descobrisse a puta que sou de verdade, meu mundo ia cair.

Ele olhava de um lado pro outro, como se quisesse entender melhor a situação.

- Foi... Intenso. A forma que ele te olhou... Como se você fosse um pedaço de carne... - murmurou.

- Vamos esquecer isso e focar no nosso final de semana relaxante, amor - eu disse.

Arthur pegou com gentileza em meu braço, me forçando a virar pra ele.

- Mas você... Você ficou corada, amor. Sua respiração mudou. Eu senti. Não era só nojo.

Ele tinha percebido. Claro que tinha. Meu corpo havia me traído.

- Arthur, esquece isso... - tentei, mas ele me cortou, seus olhos faiscando com uma intensidade que eu nunca havia visto.

- Não consigo esquecer - a voz dele saiu rouca, mas firme. - Ele estava de pau duro pra você ali, na nossa frente. E isso... Isso me deixou... - ele pareceu procurar a palavra certa, seus olhos piscando enquanto ele me encarava com um misto de nojo e fascínio no rosto.

- Te deixou como? - perguntei, depois de um momento em silêncio.

Ele soltou meu braço e começou a andar de um lado pro outro no quarto.

- Eu nunca tinha reparado que os homens te olham assim, amor - confessou. - Na piscina, eles te secavam como tarados. E aquele cara, te exibindo a rola dele na sauna... - ele parou por um momento, e então me encarou. - Você... Já transou... Com um cara... Com uma rola daquele tamanho?

O cheiro de eucalipto da sauna ainda estava grudado na toalha. Meus dedos apertaram o tecido macio até doerem. Eu podia mentir. Era o caminho fácil, o seguro. Mas alguma coisa dentro de mim quis que ele soubesse. Quis ver o que acontecia.

- Já - a palavra saiu clara, mais firme do que eu esperava.

Arthur deu um passo para trás, como se eu tivesse cuspido nele. O rosto dele passou do corado para pálido, depois para um vermelho intenso. Os olhos, arregalados, pareciam tentar processar uma conta impossível. Ele não falou. Só ficou me encarando, a respiração acelerando, o peito subindo e descendo rápido sob a camiseta.

E então, no meio de todo aquele choque e confusão, um brilho. Um fogo. E, inacreditável: o volume começando a crescer em sua sunga.

Ele estava ficando de pau duro.

Um choque elétrico de tesão percorreu minha espinha. O medo deu lugar a algo quente, perverso e familiar. Minha buceta latejou, ficando úmida num instante, respondendo à excitação dele, algo que tinha acontecido só uma ou duas vezes.

- Co-como era? - ele gaguejou com a voz dele arrastada. Os olhos, vidrados em mim, pareciam famintos.

- Tem certeza que quer saber isso, amor? - eu disse, com a voz doce. - Você talvez não precise saber...

- Não, eu preciso sim! E eu quero saber... Quero que me conte tudo... - ele parecia nervoso, mas não parava de me olhar.

- Era... Maior que o daquele cara da sauna. Mais grosso - falei baixinho, como se contasse um segredo.

Ele deu mais um passo para trás, esbarrando na cômoda. O pau agora estava completamente duro, marcando o tecido da sunga de um jeito obsceno. Ele olhou pra baixo, pra si mesmo, e depois de volta pra mim. Desespero e fascínio.

- Caralho... - ele respirou, a mão indo instintivamente até a frente da sunga, não para esconder, mas para acariciar o volume. - Você... Gostou?

Era a pergunta decisiva. Senti meu coração batendo contra as costelas. Me aproximei dele, devagar, como se ele fosse um animal assustado. Parei a centímetros, meu corpo quase tocando o dele.

- Era diferente - murmurei. Minha mão subiu devagar e pousou sobre a mão dele, que ainda apertava o pau por cima do tecido. - Dava mais trabalho. Mas era... Intenso.

Arthur grunhiu, um som entre a dor e o prazer. Os olhos, completamente dominados, não saíam dos meus.

- Me mostra - ele pediu, a voz saindo como um rosnado. - Me mostra como era.

Foi o que eu precisava ouvir. Puxei ele, o levando até a beira da cama enorme. Ele caiu sobre os lençóis, ofegante, o olhar ainda grudado em mim. Subi em cima dele, a toalha que me envolvia se abrindo, deixando meu corpo à mostra. Meus seios pesados balançaram e eu pude sentir o melzinho escorrer pela coxa.

Puxei sua sunga para baixo. A rola dele saltou pra fora. Fina, como sempre, mas dura como pedra, com uma veia saltada. Olhei pra ela, e depois pra os olhos de Arthur.

- Não era igual a sua - disse, e minha voz tinha um tom sensual que nunca havia sido usado com ele. - A dele era assim... - Fechei a mão num círculo largo ao redor da rola dele, mostrando a grossura.

Abaixei o quadril e comecei a cavalgar devagar no pau do meu namorado. Pela primeira vez eu estava totalmente molhada e com um tesão genuíno.

- Conta mais - ele suplicou, os olhos vidrados no que eu estava fazendo. - Como ele metia em você?

Aproximei meus lábios do ouvido dele. Minha mão desceu e começou a circular meu grelinho inchado.

- Ele metia devagar no começo... Porque não cabia. Era tão grosso que doía - senti o corpo dele estremecer todo. - Mas quando entrava tudo... Era uma pressão... Uma coisa quente que enchia tudo por dentro. Ele segurava minha bunda com as duas mãos e puxava... Cada estocada ia até o fundo.

- Caralho... Caralho... - ele repetia enquanto eu aumentava a velocidade da cavalgada.

- E ele falava umas coisas... - continuei, minha voz ficando mais rouca, meu próprio tesão crescendo com as palavras e com a reação dele. - Dizia que eu era apertadinha pra uma rola daquele tamanho... Que eu era uma vagabunda por aguentar... Que adorava ver minha bunda balançando enquanto comia meu cu...

- O cu?! - Arthur quase gritou, os olhos arregalando de vez. - Ele comeu seu cu, amor?!

Hesitei uma fração de segundo. Mas o fogo no olhar dele era de pura excitação. Não havia nojo.

- Sim... - gemi, minha mão no grelo acelerando. - Ele comeu meu cu, amor. E eu gostei de sentir aquela rola grossa me arrombando, me abrindo... Era uma dor tão gostosa!

Foi demais pra ele. Com um gemido gutural, longo e tenso, o corpo dele arqueou na cama ao mesmo tempo que eu senti os espasmos do meu próprio orgasmo.

Por um longo minuto, o único som foi a nossa respiração ofegante. Desabei ao lado dele na cama, sentindo as últimas pulsações entre as pernas. Arthur ficou imóvel, olhando pro teto.

Aos poucos, a respiração dele foi se acalmando. Ele virou a cabeça, devagar, e me olhou. Os olhos dele estudaram meu rosto suado.

- Você gemeu - ele disse. A voz era plana. Um fato.

Eu não respondi, só o encarei.

- Você gemeu de verdade. E... Você gozou, não foi? - Ele falou como se estivesse decifrando um código. - Eu nunca te fiz gemer assim, amor. Nunca te fiz gozar. Nem sei se você já tinha gozado comigo antes.

O silêncio foi minha confirmação. Arthur se sentou na cama, virando as costas pra mim. Olhou pra o próprio pau, já murcho. O ar ficou pesado, carregado de algo que eu não conseguia nomear. Então ele se virou de novo. A expressão era séria, intensa, mas diferente. Ele não estava chateado ou bravo comigo, era outra coisa. Uma curiosidade sombria.

- Quando você vê um cara com uma rola grande... Dessas que nem cabem direito na mão... Você sente... Saudade?

A pergunta pairou entre nós. Senti o último fio de culpa se dissolver. Sentei também, nua, enfrentando o olhar dele. Minha voz saiu calma, doce, cristalina. A voz de quem finalmente diz uma verdade guardada a sete chaves.

- Sinto um pouco sim, amor.

As palavras cortaram o ar. Arthur levou a mão ao peito, como se tivessem sentido uma dor física. Mas ele não desviou o olhar. Os olhos dele brilhavam com uma luz estranha, perigosa.

Ele não disse mais nada, apenas assentiu, devagar. Um gesto de reconhecimento.

Engoliu em seco. Seu olhar desceu do meu rosto para o meu colo, para o triângulo loiro entre minhas pernas. Ele estava olhando para o lugar onde, na minha descrição, uma rola que não era a dele tinha causado dor e prazer.

- E você... Você gosta de dar o cu, amor? - a pergunta foi direta. A mesma pergunta que, semanas atrás, tinha feito ele me chamar de puta com nojo.

Dessa vez, não hesitei. A verdade libertadora falou mais alto.

- Gosto - falei com sinceridade.

Ele ficou em silêncio por tanto tempo que achei que tinha ido longe demais. Meu estômago embrulhou. Talvez eu tivesse estragado tudo.

Arthur se levantou e começou a andar de um lado para o outro no quarto novamente. Ele só fazia isso enquanto estava pensando em algo muito importante.

- Você não é a pessoa que eu pensei, Eduarda - ele disse.

O coração parou no meu peito.

- Eu sei - sussurrei, me preparando para o fim. Meus olhos começaram a se encher de lágrimas.

- E eu acho... - ele fez uma pausa, os olhos percorrendo meu corpo novamente. - Eu acho que talvez eu nunca tenha te conhecido de verdade. E que talvez... Talvez eu tenha negado uma parte de você. Uma parte que obviamente é... Importante.

Ele não estava terminando comigo! Estava... Reconsiderando.

Arthur voltou para a cama, sentando-se na beirada, de frente para mim.

- Vou ser sincero com você, amor. Essa coisa toda... - ele fez um gesto vago, abrangendo o quarto, a sauna, a conversa. - Me deixou com o pau duro como há muito tempo não ficava. Me fez gozar muito gostoso. Me fez... Querer explorar mais isso.

O ar que saiu dos meus pulmões foi de alívio. Não era um fim. Era uma porta se abrindo para um lugar ainda mais sombrio e, por isso, mais brilhante. Ele não estava com nojo. Estava interessado. Curioso. Excitado.

E eu sentia, com uma certeza que fazia minha buceta latejar de novo, o começo de algo que nem o Sr. Carlos teria previsto.

(N.A.: Espero que tenham gostado da "reviravolta" com o Arthur. Eu já pensava nisso desde o começo da história, e achei que ia ficar ruim se acontecesse antes, talvez a Eduarda nem conseguisse ser sincera com ele. Por isso só escrevi agora na parte 9. Ansiosos para ver onde essa nova "curiosidade" vai levar?)

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Comentários

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Excelente!

Na expectativa de como irá se desenrolar.

Ansioso pelo próximo capítulo!

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Agora, com um namorado liberal...o clima vai esquentar de vez!!!!

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