A ÚLTIMA TREPADA DE BENEDITO

Um conto erótico de Rico Belmontã
Categoria: Heterossexual
Contém 1624 palavras
Data: 04/12/2025 13:13:49

Benedito tava fudido. Aos 68 anos, o velho garanhão do interior de São Roque do Mato Seco já tinha mais rugas que um maracujá podre e um pulmão que chiava igual motor de Maverick sem óleo. Deitado numa cama de ferro, com um tubo de oxigênio enfiado no nariz e um cheiro de mijo no ar, ele ouviu o doutor jogar a real:

— Benedito, cê tá com um pé na cova e o outro no inferno. Melhor rezar, pedir perdão pelos seus pecados e esperar o fim.

O véio, com os olhos amarelos de icterícia brilhando de safadeza e um sorriso banguela que parecia gritar "eu já comi o mundo todo", respondeu na lata:

— Rezar é o caralho! Antes de bater as botas, eu quero meter até o talo em todas as minas que já passaram por essa rola calejada. Se é pra morrer, que seja com o pau duro e o saco vazio.

O médico ficou branco, mas Benedito já tava maquinando o plano mais louco da vida dele: uma maratona de trepada, um verdadeiro "tour de pica" pra se despedir das amantes que ele juntou em décadas de sacanagem sem freio. Era uma lista que ia desde viúvas fogosas até beatas hipócritas que gemiam "Ai, Jesus" enquanto ele socava. Mas pra botar essa putaria em prática, o velho precisava de ajuda — e foi aí que o circo pegou fogo.

Primeiro, ele chamou o neto, o Zé Rasta, um vagabundo de 22 anos que vivia chapado e fedendo a erva barata. Zé tinha dreads sebosos, uma camiseta do Bob Marley que não via água desde 2019 e um cérebro tão queimado que parecia mingau. Benedito jogou o isca:

— Zé, cê me ajuda nessa parada e eu te deixo a Kombi 73 de herança, mais um maço de baseado que eu guardo desde os anos 80.

Zé coçou o saco, deu uma tragada no beck e respondeu:

— Beleza, vô. Mas se a polícia me pegar, eu digo que cê me sequestrou.

Depois veio Dona Carmem, a enfermeira particular. Uma quarentona de jaleco apertado, com peitos que pareciam dois melões marombados e um olhar que dizia "eu te curo ou te mato, depende do dia". Sadomasoquista de carteirinha, ela carregava um chicote que chamava de "massageador" e um estoque de lubrificante que ninguém sabia pra que servia. Quando Benedito contou o plano, ela deu uma risada safada e disse:

— Eu tô nessa, mas se cê empacar no meio da foda, eu te ressuscito com umas chicotadas na bunda.

Com o time formado, o trio partiu na Kombi caindo aos pedaços. O motor tossia fumaça preta, o rádio AM tocava um sertanejo raiz que falava de "cabocla traíra", e o cheiro dentro do carro era uma mistura de maconha, suor e o perfume de alfazema da Carmem. O roteiro era simples: visitar cada ex-amante do Benedito, espalhadas por vilarejos perdidos no cu do mundo, e dar uma trepada de despedida com cada uma. O velho até fez uma lista no verso de um papel de pão, com nomes e apelidos que iam de "Jurema Chupa-Pirulito" a "Socorro da Igreja". Era um catálogo da putaria, e ele tava determinado a riscar todos os itens antes de apagar de vez.

Primeira Parada: Dona Jurema

A primeira parada foi na casa de Dona Jurema, uma viúva de 65 anos que ainda tinha fogo no rabo e uma bunda que tremia igual gelatina. Ela tava na varanda, chupando um pirulito com uma cara de quem já sabia o que vinha pela frente. Benedito desceu da Kombi com o balão de oxigênio pendurado no ombro, a calça frouxa mostrando o volume do pau meia-bomba e um sorriso safado.

— Jurema, minha flor, vim te dar um último presentinho antes de ir pro além.

Ela riu, jogou o pirulito no chão e puxou o véio pra dentro. Zé ficou na varanda fumando um beck, enquanto Carmem cronometrava a trepada com um relógio de pulso e anotava: "10 minutos, gemidos moderados, ereção parcial". Dentro da casa, Benedito socava o pau velho com o vigor de um touro aposentado, enquanto Jurema gritava:

— Vai, seu desgraçado, me faça gozar como nos velhos tempos!

Ele gozou tossindo e escarrando, mas riscou o primeiro nome da lista com um orgulho de um macho alpha.

Segunda Parada: Rosinha

A próxima foi Rosinha, ex-prostituta da rodoviária que agora criava galinha e vendia ovo na feira. Aos 50 anos, ela ainda tinha um rebolado que derrubava qualquer um. Quando a Kombi chegou, ela tava no quintal, com um shortinho atolado na bunda e um top que mal segurava os peitos. Benedito nem esperou convite:

— Rosinha, minha putinha de ouro, bora relembrar os tempos da BR?

Ela deu um tapa na cara dele por chamar de "putinha", mas logo tava pelada na cama, cavalgando o véio como se ele fosse um cavalo manco. Zé, chapado, tentou espiar pela janela, mas levou um chute da Carmem, que tava do lado de fora rindo e gritando:

— Isso, Benedito, mostra que cê ainda tem lenha pra queimar!

A trepada terminou com Rosinha gemendo alto e Benedito quase desmaiando, mas o segundo nome tava riscado.

Terceira Parada: Dona Socorro

Aí veio Dona Socorro, a beata hipócrita que trepava com Benedito nos fundos da igreja enquanto o padre cochilava na missa. Aos 59 anos, ela ainda usava saia longa e terço no pescoço, mas o véio sabia que por baixo daquele pano todo tinha uma safada de primeira. Ele entrou na casa dela com o oxigênio chiando e disse:

— Socorro, minha santinha, vim buscar minha última absolvição.

Ela fez o sinal da cruz, chamou ele de "diabo sem-vergonha" e, cinco minutos depois, tava de quatro no sofá, gritando "ai, meu Deus" enquanto Benedito metia com uma mão no terço e outra com dois dedos no cu dela. Zé ficou na Kombi ouvindo o escândalo, rindo feito idiota, e Carmem deu um tapa no próprio rosto de tanto tesão reprimido. Terceiro nome riscado, mas o velho já tava tossindo sangue.

O Caos no Caminho

O plano tava indo bem, mas o universo não facilita pra quem vive na sacanagem. A Kombi quebrou três vezes — uma delas no meio de um pasto, com Zé tentando consertar o motor enquanto fumava um baseado e Carmem xingava o calor. A polícia quase pegou o neto com a erva, mas ele jogou o beck no mato e disse que era "remédio do avô". Benedito, entre uma tosse e outra, seguia firme, dizendo:

— Eu não posso morrer com o pau duro, seus inúteis!

As amantes começaram a complicar também. Uma tava casada e o marido quase meteu um tiro no véio; outra tinha virado lésbica e mandou ele pastar; e uma terceira, a Zilda do Bar, tentou esfaquear Benedito por um calote de 30 anos atrás. Ele escapou por pouco, com a calça na mão e o balão de oxigênio caindo no chão, enquanto Carmem ria e Zé gritava:

— Vô, cê é foda, mas vai acabar matando a gente junto!

A Última Parada: Marlene

O gran finale foi com Marlene, a loira peituda que tinha sido o grande amor da vida do Benedito — e que ele abandonou por pura cachorrada nos anos 70. Aos 52 anos, ela ainda era uma gostosa de parar o trânsito, com peitos que desafiavam o tempo e um olhar que misturava saudade e ódio. Quando a Kombi chegou na casa dela, Benedito desceu trêmulo, com o oxigênio já na reserva e o coração batendo no limite.

— Marlene, minha rainha, vim me despedir como homem. Me deixa te comer uma última vez.

Ela hesitou, chamou ele de "velho safado" e "desgraça da minha vida", mas acabou cedendo. Os dois entraram pro quarto, e o que rolou foi uma trepada épica: Marlene pelada na cama, Benedito socando com a força de um moribundo tarado, gemidos que acordaram o galinheiro do vizinho e um cheiro de sexo vintage que impregnou a casa toda. Zé ficou na varanda fumando, Carmem cronometrou 15 minutos e anotou "ereção milagrosa", e o velho finalmente gozou, gritando:

— Valei-me meu Deus, agora posso descansar em paz!

E o destino é realmente um filho da puta. No exato momento em que o gozo veio, o coração do Benedito parou. Ele caiu duro em cima da Marlene, com o pau ainda meio hasteado e um sorriso safado congelado na cara. Ela gritou pelada no quintal, chamando ele de "velho brocha" enquanto tentava tirar o corpo de cima dela. Zé, chapado, correu pra fazer massagem cardíaca com uma mão e segurando o beck com a outra, mas só piorou a cena. Carmem, sádica como sempre, riu feito louca e deu um chute no cadáver pra ver se ele "acordava". Nada. O véio tinha batido as botas no auge da sacanagem.

O Enterro e a Lenda

O enterro do Benedito virou lenda em São Roque do Mato Seco. O caixão foi fechado porque nenhum funcionário da funerária conseguiu tirar o sorriso de tarado da cara dele — parecia que o desgraçado tava rindo até no além. As amantes apareceram, umas chorando, outras xingando, e uma até jogou uma calcinha no túmulo "pra ele levar pro inferno". Zé herdou a Kombi, vendeu ela por 500 reais e comprou mais maconha, enquanto Carmem guardou o chicote como souvenir. Marlene nunca mais foi a mesma, mas dizem que até hoje ela sorri quando lembra daquela última trepada.

No fim, Benedito morreu como viveu: na putaria, no caos e com um pontapé no rabo do mundo. Era um velho escroto, safado e sem conserto, mas deixou uma história que misturava tesão, tragédia e um riso tão sujo que ninguém nunca esqueceu. E, se existe um céu pra macho sem-vergonha, ele tá lá agora, com o pau duro e um harém de anjas gritando o nome dele.

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Comentários

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muito expressiva a forma com que você descreve esses personagens tão singulares e esses ambientes decadentes. Ótimo roteiro pra uma história, um velho "com um pé na cova e outro no inferno" que resolveu transar uma última vez com as mulheres da vida dele. Quase levou facada de uma, e quando morreu foi chamada de brocha, e a enfermeira chutou-o. Muito boa a história, tão diferente do padrão repetitivo que tem sido postado aqui.

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