Cicatrizes - 12

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Heterossexual
Contém 4045 palavras
Data: 04/12/2025 08:36:50

Não me interessava ver qual a saída que Jorge tomaria qualquer uma delas me livraria daquele fantasma de uma vez por todas. Naquela noite fui pra casa leve como a muito não me sentia. Cozinhei pra minha família, brinquei com meu filho, vi série com minha mulher e fizemos amor com uma tranquilidade de quem finda um problema. Dormimos abraçados. Pela manhã, acordei primeiro e cuidei do meu menino. Deu a mamadeira dele, o fiz arrotar e o levei pra cozinhar comigo. Fizemos um café da manhã especial pra Vivian, que acordou e veio pra sala enrolada apenas no lençol. Vendo nos dois brincando e sorrindo, ela se aproximou, me dando um beijo que fez meu corpo inteiro se arrepiar. Tomamos um delicioso café da manhã e, pela primeira vez em meses, eu levo minha esposa pra faculdade sem medo de nada acontecer. Assim como meu filho pra creche. A sensação era ótima. Depois disso, fui ver Felipe.

O sol já batia forte nas janelas de vidro espelhado da fachada do seu predio no JB. Eu sabia que finalmente ia encarar minha dívida e eu a pagaria de muito bom grado. Felipe me concedeu a tranquilidade que todo homem sonha: paz pra família. Achava que qualquer coisa que ele pedisse, seria um preço razoável. Subi o elevador apreensivo e imaginando milhares de coisas. O elevador informou o andar e a porta abriu com aquele baque surdo. Eu me sentia sufocado com o ambiente. Até então não havia reparado mas o escritório fora planejado pra isso: pouca ventilação, sala centralizada, paredes escuras, estofados de couro. Minha ânsia em me livrar do Jorge não me permitiu perceber os sinais. A secretária me anunciou por mera formalidade e mandou que eu entrasse. E lá estavam os três: Felipe sentado em sua cadeira que parecia um trono, Duda seu colo, altiva como sempre, e Casé, fiel escudeiro, atrás da porta.

-- não pensei que fosse aparecer tão cedo... Ainda precisa de algo? Aliás, eu não sei o que fez mas o Jorge foi visto entrando na delegacia ontem e pelo que conseguimos apurar, ele entrou em contato com a polícia federal e entregou o deputado. – dizia enquanto alisava as coxas de Duda como se ela fosse um bibelô caríssimo.

-- dei a ele a escolha: ou morria pelas mãos do deputado, ou pelas mãos dos meninos da favela ou se entregava. – disse sério.

-- uma saída criativa! Tava me perguntando pra quem você entregaria a cabeça dele e você matou dois coelhos com uma cajadada só! Muito bom! – disse sorrindo.

-- eu vim pagar minha dívida, Felipe. – Duda e ele se entrelolharam confusos, até que ele ri e dá um leve tapa na coxa dela.

-- ah! Claro. A dívida. Pois bem – ele se levanta junto com a Duda – eu quero a Vivian.

Eu pisquei incrédulo. Achei não ter ouvido direito e pedi confirmacão.

-- como é? Não entendi. – minha voz soou mais agressiva do que pretendia.

Felipe continuou sorrindo enquanto Duda me olhava com aquele mesmo brilho nos olhos da festa.

-- nada mais justo, não? Eu ter um pouco daquilo que lutei pra você defender.

Era perverso. Vil. Cruel. E eu não esperava. Andei decidido até Felipe, encurtando a distância. Nenhum deles se mexeu. Nem mesmo Casé.

-- só sobre o meu cadáver que outra pessoa encosta no corpo da minha mulher! – dizia isso com o dedo em riste, apontado diretamente pra ele.

Felipe se apoiou sobre a mesa ficando maior do que já era. Seus olhos se estreitaram e ele ficou sério.

-- agora você quer me desafiar? Depois de tudo que já viu? – falava baixo e comedido.

Eu tremia mas não era medo. Era raiva. Parecia que meu peito ia explodir. Meus punhos cerrados com tanta força que doíam.

-- sou muito grato pelo que fez por mim. Sei da sua força. Mas NINGUEM. TOCA. NA MINHA. MULHER. – Disse entre os dentes, quase um rosnado.

-- ótimo! Ficaria muito puto se depois de tudo isso você entregasse ela por uma ameaça. Mas eu vou querer a Vivian, sim. Eu e a Duda. – ele disse se sentando de novo e entregando uma pasta pra mim.

Confesso que fiquei com medo do que veria ali. Mesmo Vivian nunca me dando motivo, montagens eram possíveis e não sei se ela aguentaria saber que sua nova melhor amiga fez isso com ela mas o que vi, meus amigos, foi algo maravilhoso.

Duda e Felipe haviam adquirido um espaço na zona norte, um galpão velho é enorme. Queriam que eu restaurasse e transformasse em uma escola de artes. Ela seria responsável por todo o corpo docente da escola. Duda administraria toda a parte de gestão. Livia seria envolvida no projeto também. Olhei com tanta incredulidade e surpresa pra eles que não consegui esboçar reação alguma além concordar efusivamente. Felipe e Duda riram e ela beijou o marido antes de levantar e falar.

-- eu falei pra confiar no meu homem, Nando. E – ela olhou pra ele rindo maliciosa enquanto ele acariciava sua bunda delicadamente – eu sei que ele fez parecer pior do que é mas a única coisa que ele vai te cobrar é que faça por outros o que ele fez por você. Só isso.

Felipe sorriu e concordou.

-- agora me dá essa pasta e fica calado porque eu quero dar a notícia pra minha amiga, viu?

Duda pegou a pasta da minha mão e eu segurei.

-- eu... Eu não sei de onde vocês saíram e sinceramente não os conheço direito mas eu os amo. Por tudo o que me proporcionaram e por tudo que fizeram por mim e por Vivian. Você é um exemplo pra mim, Felipe, e prometo que sempre que puder, ajudarei as pessoas que merecem.

Em um ímpeto, abracei Duda bem apertado. Não sabia o que dizer esperei que meu abraço fosse o suficiente. Felizmente, foi. Nós cumprimentamos e saí de lá sem nenhuma preocupação. Fui pra faculdade buscar meu amor e depois pra creche buscar nosso filho. Aquele dia foi um dia bem complicado no sentido de segurar minha língua. Estava eufórico mas tive que manter a postura. Fiz um jantar pra nós 2, cuidei de nosso filho, a fiz relaxar. Transamos deliciosa e violentamente (por instigação dela) e a deixei dormindo. Tinha muito o que fazer. Abri meu notebook e fiquei a madrugada inteira mas tava tão inspirado que o projeto fluiu. Consegui o desenho e o escopo quase as 6 da manhã. Enviei pra Felipe e Duda e fui deitar.

Aquelas últimos meses se arrastaram deliciosamente. Bia e Adriana eram presenças constantes lá em casa. Assim como Duda e Lívia, que apesar de morarem em casas muito superiores preferiam o nosso cantinho. Lívia dizia que adorava o aconchego e meus quitutes e Duda dizia que adorava me ver cozinhando só de avental, o que deixava Vivian com ciúme e desconsertada. Principalmente porque, já sabendo que Duda gostava de provocar, eu dava corda pra mulher de Felipe. Mais de uma vez isso me beneficiou na hora de dormir. E finalmente chegamos ao momento mais esperado por mim. Ao fim do ano, Vivian se formou!!!

Nunca vou esquecer aquele dia. Convidei todos os amigos pra cerimônia e depois que ela recebeu o canudo, pedi a palavra ao reitor e expliquei pra que. Ele achou bonito e me deixou falar.

-- boa tarde a todos... Boa tarde! Eu me chamo Fernando eu queria falar umas palavrinhas. Eu sou novo, tenho quase 25 anos mas encontrei o amor da minha vida quando tinha apenas 17. Ela era bonita? Não era, é! Ela era gostosa? Ficou mais! Mas isso, acreditem é o de menos! Ela tem um sorriso que contagia e derrete o coração mais gelado... Ela é carinhosa e paciente, sempre disposta a ajudar as pessoas e gosta! Mas não confundam... Ela tem um gênio do cãi quando é pra defender os seus. – entre risos e aplausos, eu desci e fui até Vivian que olha envergonhada, ruborizada e não sabia se ria ou se chorava – eu prometi que faria isso assim, pra que todos vissem o quanto você é amada e pra que você visse quantos te amam. Uma vez eu te prometi casar com a mulher mais linda do mundo e agora eu tô diante dela, de joelhos, descobrindo que a beleza dela é só um predicado em um mar de vários. Eu sempre te amei, Vivian. Sempre. E vou continuar te amando. Todo dia um pouquinho mais. Quer casar comigo?

Dei a ela a aliança que mandei fazer há alguns poucos anos atrás. Guardei-a por tanto tempo e agora finalmente ela chegava nas mãos de quem sempre foram destinada. Coloquei o anel em seu dedo, ela me beijou meio rindo, meio chorando. Todos aplaudiram em especial nossos amigos que também choraram, felizes por nós dois. Depois disso, fomos todos curtir a festa de formatura onde bebemos e dançamos a noite toda. Não me levem a mal, meu eu realmente ia me casar com a mulher mais linda do mundo. Eu adoro vê-la dançando, adoro vê-la sorrindo, adoro vê-la vivendo! Depois desse dia, ela recebeu o presente de duda e incluiu Adriana e Bia na escola. Ah, a escola recebeu o nome de uma famosa bailarina negra.

O tempo passou e foi bem louco. Desculpem a imprecisão mas foram 3 ou 4 meses. A escola nos tomava tempo, meu condomínio nos tomava tempo... Acho que nem na faculdade tivemos tão pouco tempo juntos. Pelo menos, quando estávamos juntos, era um tempo de primeiríssima qualidade. Ah! Só pra vocês saberem, a primeira palavra de Nandinho foi papa. Foda-se, chorei igual criança. Acho que foi o momento mais bonito da minha vida. Então... Depois desse tempo, eu recebo um e-mail da minha mãe convidando a nossa familia pra ir visitá-la... Em PORTUGAL!!!! Olhei pra Vivian... Sinceramente, não tenho como descrever minha expressão. Surpresa enconfusão, com certeza mas um monte de outras coisas juntas. Ela mandou as passagens já pro mês seguinte. Era apenas uma semana mas seria importante. Desde a confusão da mentira da com meu nome, eu não via minha mãe, então pedimos uma breve licença pra Fernando e fomos até ela.

A viagem foi longa e cansativa. Ainda mais com uma criança pequena. Felizmente, Nandinho não teve problemas no voo. Com todos os contratempos, estávamos muito excitados. Era nossa primeira vez em um avião, era a primeira vez em um voo internacional, seria a primeira vez que minha mãe veria o neto. Minha mãe... Como raios ela veio parar em Portugal? Foi isso que me consumiu boa parte da viagem. Chegamos a cidade do porto e ainda viajamos por umas boas 3 horas país a dentro. A língua similarmente estranha e os enganos gerados por isso nos arrancou boas gargalhadas e, depois de duas e uma longa viagem, chegamos ao endereço.

Era uma bela casa plana, grande e imponente. Possuía uma pegada colonial e a plantação de oliveiras nos fundos dava um ar quase bucólico aquilo tudo. Sentada em um pequeno jardim na frente da casa estava minha mãe, lendo um livro. E confesso que meu coração saltou uma batida. Minha mãe sempre foram uma mulher bonita mas agora... Parecia que toda aquela beleza que ela teimava em esconder atrás das fardas de professora aflorasse de uma vez. Seus cabelos longos e encaracolados estavam soltos, seu corpo estava ainda mais bonito e tinha as curvas acentuadas por um vestido de alcinha que denu ciava a ausência de roupas de baixo. Quando a vi depois de todo aquele tempo, não consegui conter minhas lágrimas e fui até ela correndo. Ela somente me olhou com aquela autoridade matriarcal mas dotada de um carinho que senti falta falta. Nós abraçamos apertado como se relembrando que durante toda a vida havíamos sido somente nós dois.

-- que saudade, mãe!!!!! Me desculpa!! Desculpa por ter deixado a senhora tanto tempo afastada, por ter parecido que havia me esquecido...

Minha nuca sempre foi um ponto muito sensível. Vivian quando queria me tirar do meu mundo de plantas e cálculos sempre vinha por trás e me beijava o pescoço e alisava o peito. Aquilo me deixava louco. Mas com minha mãe era outra sensação, felizmente. Ela passava a mão na minha nuca e a única coisa que sentia era que tudo estava bem. Era estranho mas mesmo ela sendo muito mais baixa que eu, muito mais fraca do que eu, naqueles braços eu ainda me sentia protegido como uma criança.

-- não se desculpe, meu filho... Já passou... O importante é que você tá bem. Que nós estamos bem. – ela se desvencilhou do meu abraço e foi em direção a Vivian, que chorava comovida com a cena.

Minha mãe caminhou até ela de braços abertos e os abraçou calorosamente. Naquele pedacinho de chão a minha vida inteira finalmente se resolvia. Me aproximei delas enquanto minha mãe tomava Nandinho dos braços de Vivian e erguia ele pro céu azulado.

-- finalmente eu conheço você, meu netinho!! Como você é lindo!! Parece você quando era bebê, Nando!! Que vontade de morder essa criança!! – e puxava ele pra si, afundando o rosto no pescoço do meu filho e fazendo Nandinho rir gostosamente.

Curtia aquele momento com minha mãe quando vi um senhor negro de cabelos grisalhos e uma barba espessa se aproximando. Ele não tinha uma das mãos mas vestia roupas leves de linho e tinha um cesto cheio de azeitonas. Tinha um físico relaxado, condizente com um senhor de idade mas ainda sim parecia forte. Algo naquele jeito de andar e no sorriso torto por trás da barba me faziam recordar de alguém. E foi com um susto que recebi seu cumprimento.

-- finalmente veio nos ver, seu merdinha... – apesar do xingamento, só um carioca sabe o quanto de carinho poderia ter naquelas palavras.

Cirilo colocava a cesta no chão e ia até minha mãe que o beijava suavemente. Confesso que ver aquilo aqueceu meu coração ao mesmo passo que me deixou sem ar. Percebi naquele momento, que nunca havia visto minha mãe com tanta intimidade com outro homem. Mas também nuca a tinha visto tão feliz.

Entramos e a casa era simples e linda. Mas não é isso que vocês querem saber. Vamos ao que importa...

Cirilo me contou que ele e minha mãe já pensavam em fugir desde que me formei na faculdade. Ele, porque não tinha mais que olhar por mim, ela porque queria ser feliz com o amado pelo tempo que ainda tinham. Então Cirilo pegou todo o dinheiro que tinha e começou a fazer uma série de micro transações em nome de outra pessoa. Como ele mesmo disse “tu acha que tua inteligência com números veio de onde, muleque?”. Fez uma pequena fortuna. E aí as coisas começaram a dar errado comigo. Ele queria que eu resolvesse e ia fugir mas minha mãe pediu pra ele cuidar de mim por mais algum tempo e foi onde ele viu que eu tinha me metido com gente complicada. Antes mesmo de pedir pra ele a cabeça do Jorge, ele já vinha o caçando mas nunca o achava e quando achou, ele já tava fora do alcance. Naquele dia que eu fui vê-lo, ele tinha um plano pra pegar o miserável só que ele agiu antes. A polícia invadiu e quase o pegou entãi ele com o menino que ele criou no movimento deram inicio ao plano. Eles se deixaram acuar dentro de casa e fizeram parecer que um dos policiais jogou uma granada pra dentro da casa. Cirilo precisava se ferir e dar entrada no hospital. E foi o que aconteceu. Os policiais tentaram pegar o corpo mas quando eles passaram os escombros, Cirilo já tava dando entrada no hospital de Bonsucesso, onde uns amigos o aguardavam pra trocar um corpo pelo dele. Ao fim do dia, Cirilo foi dado como morto. O único erro de cálculo foi ele ter perdido a mão durante a explosão.

-- não sei se é um astro de filme de ação ou de espionagem mas que foi inteligente, isso foi! – disse verdadeiramente maravilhado com a proeza.

-- chega de armas e chega de medo. Eu só quero viver minha vida tranquila com sua mãe... – era difícil ver que um homem tão truculento como Cirilo pudesse direcionar um olhar tão apaixonado a minha mãe. Mas... Havia algo mais ali.

Passamos uma semana incrível passeamos muito e matei a saudade de minha mãe. Comecei a construir um laço de amizade com meu pai, que não era muito difícil já que ele havia cuidado de mim e foi uma das figuras masculinas paternais que tive. Descobrimos muitas coisas em comum mas uma em especial deixou-nos muito ligados: a paixão pela capoeira. Meu pai era muito bom. Não tanto quanto eu mas me ensinou muita coisa. Ele dizia que a capoeira hoje em dia era muito circense mas ficava maravilhado com meus movimentos... Ou com a relação de pai e filho que estávamos construindo. Em uma tarde, pedi pra minha mãe ficar com Nandinho e fui com Vivian pra dentro da plantação de oliveira.

Ela usava um vestido leve de linho sobre uma blusinha branca. Namorávamos e brincávamos ali como duas crianças. Acho que foi a primeira vez em muito tempo que vivemos sem medo, sem insegurança. Ela correu pelos corredores e fui atrás dela, a puxando pelo braço e dando um gostoso beijo em minha futura esposa. Seus braços enlaçaram meu pescoço, seu corpo se encaixou no meu. Minhas mãos invadiram o vestido, indo direto pra sua bunda somente coberta por uma calcinha minúscula.

-- você não teria coragem... – ela sussurrou enquanto se afastava. Aquele sorriso malicioso e cheio de intenção.

-- de que? – me fazendo de desentendido enquanto meu pau já pulsava na barriga dela.

Ela se afastou de mim sem tirar os olhos dos meus e começou a baixar as alças do vestido de modo muito sensual. Aquele vestido descendo suavemente pela sua cintura e suas coxas, revelando uma calcinha de renda branca que parecia um shortinho. Ela tira a camisa, me dando um show com aqueles seios médios e lindos, durinhos e apontando para mim. Aqueles bicos rosas e deliciosos enchem minha boca de água. Ela fica de costas pra mim e se despe daquela calcinha linda deslizando-a enquanto rebola sensualmente. Minha mulher estava nua, no meio da plantação. Sua buceta tava brilhando de tão molhada. E eu sei que tava olhando pra ela como um predador faminto. De repente, ela sai correndo . Eu pego as roupas dela e corro atrás enquanto ouço aquela risada deliciosa. Corri atrás dela entre as oliveiras e alcançando depois de um tempo.

A peguei por trás, tirando um gritinho e uma risada. Seu corpo estava levemente suado e sentir o cheiro dela e o corpo quente deixaram meu tesão completamente descontrolado. Uma das mãos espalmou sua barriga, puxando seu corpo pro meu, a fazendo sentir meu pau duro e latejando de desejo por ela e a outra enlaçou seu pescoço pela frente, fazendo-a erguer o queixo e arfar com a pegada. Comecei a beijar e morder seus ombros enquanto ela colocava a mão pra trás e desabotoada minha calça e já alisava meu cacete. Subia mão que estava em sua barriga e comecei a apertar aqueles seios firmes de bicos duros. Beliscava delicadamente os mamilos, arrancando tremeliques e arrepios. A afastei do meus corpo e tirei a camisa e a calça rapidamente. Forrei onchão com minha camisa e me sentei com o pau em riste e ela veio se sentando em mim em seguida. Sua buceta já estava tão molhada que meu pau deslizou pra dentro com facilidade. Ela se empatou nele com um gemido longo mas tranquilo. Eu mordia seu queixo enquanto ela se acostumava e enlacava sua cintura com meus braços.

Ela começa a cavalgar devagar. Sinto os movimentos quase preguiçosos de ir e vir. Vivian coloca as mãos no meu rosto e ergue minha cabeça para me dar um beijo de puro tesão onde nossas línguas nos devoram com tranquilidade. Com a certeza de que um era do outro. O rebolado começa a ficar intenso assim como o beijo. Nossos corpos suados temperando um ao outro. A brisa fresca tocando nossa pele. A terra sob nós dois. A plantação. Tudo isso tem um charme potencializador que deixa minha esposa louca. Ela começa a cavalgar com força gemendo enquanto senta com força. O estalar dos nossos corpos produz um som alto e pornográfico e que me deixa com mais tesão. Ela morde meu lábio inferior.

-- meu deus, que pau gostoso!!! Eu vou gozar, amor!! Goza comigo!!

Ela diz pouco antes de gozar e aqueles espasmos sãi uma massagem no meu cacete. Aquele aperto me leva a um orgasmo explosivo dentro dela que uivava enquanto gozava. Seus olhos fechados enquanto curtia o gozo e meu pau pulsando dentro dela despejando uma considerável quantidade de porra. Após seu orgasmo ceder, ela me dá aquele sorriso que lutei tanto pra reaver. Ainda ficamos namorando nus no meio das oliveiras por algumas horas. Voltamos pra casa no finzinho da tarde. Eu, sem camisa e ela com as coxas com a porra seca nas coxas e a buceta ainda cheia. Foram dias maravilhosos.

Pouco antes de irmos embora, meu país me chamaram. Aliás, só pra deixar claro, foi divertido e constrangedor. Cirilo e minha mãe tinham uma vida de atraso pra tirar a diferença e bem... Eles estavam se esforçando. MUITO. Não vou falar muito porque é minha mãe mas eu e Vivian morramos de rir e de tesão ao ouvir minha mãe gemendo durante a madrugada. Mas não era isso. Eles nos chamaram pra jantar e me deram uma notícia que me deixou desconcertado.

-- filho, quando você pretende dar um irmãozinho pro Nandinho? – disse minha mãe enquanto nós olhava e de mãos dadas com Cirilo.

-- não sei, mãe... Ainda não conversamos sobre isso... Po tu nem brincou com o Nandinho e já quer outro neto? – disse rindo.

-- em breve Nandinho não será o único bebê da família... – ela isso envergonhada.

Olhei pra Vivian, surpreso. Que me olhou de olhos arregalados mas com um sorriso nos lábios.

-- parabéns, dona Judite!!!! – Vivian indo até minha mãe a abraça-la enquanto Cirilo sorria animado e feliz.

-- que? – eu acho que o choque me deixou meio bobo.

-- você vai ter um irmãozinho... Ou irmãzinha. – dizia minha mãe, feliz.

Só os abracei. Com força. Sabia o quanto minha mãe estava feliz. E aquele foi o ápice da viagem. Logo depois voltamos para o Brasil. Cirilo chorou quando fomos embora porque o chamei de pai, e dessa vez o chamei por senti-lo como tal. E minha mãe ainda me deu um último presente sem saber.

-- você precisa levar o Nandinho no médico. – aquilo me alarmou na hora.

-- por que? O que houve? O que tá acontecendo? – Vivian colocou a mãi no meu peito e meu coração foi acalmando.

-- calma, apavorado. – disse minha mãe rindo – é só pra ver a mancha no bumbum dele. A mesma que você tinha na cabeça. É só pra não espalhar.

Vivian e eu nos olhamos. Seus olhos marejavam na hora. Não contamos pra minha mãe sobre a possibilidade dele não ser meu filho. Eu os abracei com mais vontade, meu filho e minha mulher, enquanto Vivian começava a chorar. Minha mãe olhou sem entender nada mas também não esclareci. Ela não precisava saber daquilo bastava saber que nos proporcionou aquele momento. Embarcamos pro rio cheio de boas novidades e com o coração leve de diversas formas.

Na chegada não pude deixar de me sentir agraciado. Contudo que passamos, conseguimos bons amigos. Minha mãe era feliz pela primeira vez em anos. Nandinho era meu! De verdade! E o mais importante disso tudo, minha esposa estava viva e bem. Quando o taxi parou, Nandinho e Vivian saíram pra abrir a porta de casa e eu pagava o táxi. Os observei brincando na porta me aguardando e senti meu coração completo, feliz. Em meu devaneio, não entendi o por quê o rosto de Vivian transfigurou-se em um grito.

Só percebi tarde demais. O barulho distante de uma moto se afastando, o som alto e seco, tão familiar aos cariocas, rasgando a noite por duas vezes. Minhas pernas fraquejaram a medida que sentia o líquido quente verter do meu corpo. Eu caí sentando enquanto via Vivian correr até mim com o telefone no ouvido. Assim findava minha vida. E nem soube que minha mulher também já estava grávida.

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Comentários

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Bom, se ele tiver morrido mesmo e como não teve o "FIM", então o narrador do próximo capítulo será outra pessoa, provavelmente a Vivian.

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Esse final do capítulo foi ruim 🤬. Logo agora que o cara reencontra a mãe e o pai , a esposa grávida acontece isso

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Putz, que final (final?) angustiante. Bom, não teve o tão famigerado "FIM", então tenho esperança dele ter sobrevivido, mas essa parte do texto "Assim findava minha vida", PQP, que triste, meu amigo :(

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Meu mano Fernando parece impossibilitado de ser feliz. E nada mais RJ que esse final, né?

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