O regresso 06.O paraíso das mulheres

Da série O regresso
Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 3362 palavras
Data: 04/12/2025 06:43:18

O dia havia começado agradável para Paloma. Ao rever Marcela, pela primeira vez, não teve um clima ruim. Pelo contrário, as duas trocavam sorrisos recheados de cumplicidade enquanto trabalhavam. O momento íntimo das duas reforçou a amizade delas e melhorou a dinâmica de trabalho delas. Larissa trabalhava silenciosa e quase não era notada pela dupla. Era um ambiente de trabalho perfeito, quebrado por Adriane entrando aos gritos na sala, seguida pelo seu pai.

— Pai, me deixa trabalhar.

— Você vai ficar só aqui. Onde as mulheres trabalham. Lá embaixo você não vai.

— O que está acontecendo? — Perguntou Paloma.

— Ela mal desceu e já tinha um cara se engraçando com ela.

— Que “se engraçando”, pai. A Paloma pediu para eu conversar com os trabalhadores e entender o fluxo de produção porque estou implementando o sistema novo.

— E vai conversar com eles com essa blusa? — perguntou o pai, olhando furioso para o decote na blusa da filha.

— O que tem minha blusa, pai?

— Danilo — interrompeu Paloma, ainda sentada em sua mesa. — Eu pedi a ela para conversar com os setores. Ela estava trabalhando para mim.

— Ela não vai descer de novo! Ela é uma menina direita. Isso aqui não é lugar para ela. Se for para dar mole para os peões, vá você.

Paloma se levantou, olhando bem mais séria para seu ex-chefe. — Danilo, me respeite, viu? Será que tenho que te lembrar que você não é mais dono dessa empresa?

— Danilo deu um riso debochado — você também não. É só mais uma empregada que tem que fazer essa empresa andar, se não vai ser mandada para a rua. Já vendeu algum piso desde que começou a bagunçar tudo aqui? Acha que algum peão vai te obedecer sabendo quem você é?

Paloma se calou.

— Então vai se foder! A minha filha não desce mais — gritou uma última vez, antes de bater a porta.

— Que sujeito horrível — disse Marcela, para depois se dar conta de que a filha de Danilo estava na sala. — Desculpa, Adriane.

— Tudo bem, Marcela. Meu pai é isso mesmo! — respondeu Adriane, para depois dirigir-se a Paloma — Não fique chateada com ele. Meu pai só sabe gritar.

— Não se preocupe, já trabalhei com ele antes e estou acostumada ao jeito dele.

Paloma mentia. Ela conhecia o lado bruto de Danilo, principalmente como amante. Porém, tinha por ele a mesma admiração que tinha por Eduardo, pois, apesar de tudo, foram dois chefes que lhe ensinaram bastante. Era acostumada a vê-lo dar bronca nos peões, mas nunca foi indelicado com ela. Os anos se passaram e Paloma via um lado dos dois que antes passava despercebido. Sendo a chefe, engoliu qualquer sentimento ruim e tentou seguir seu dia de trabalho. A situação era complicada, pois o que Danilo dizia fazia sentido. Desde o dia daquela estranha apresentação aos funcionários, teve contato direto com dois trabalhadores, em situações bem estranhas. Foi o bastante para ela duvidar de si mesma e de sua competência em liderar aquela empresa. Para piorar, já se passou mais de uma semana e a fábrica ainda não recebeu uma encomenda. Ela precisava vender, e muito, para compensar os gastos iniciais.

Marcela, por outro lado, conhecia melhor Danilo. Quando Eduardo pediu para ela sair da empresa, ela compreendeu, entendendo que os olhares desejosos do sócio dele levariam a uma situação embaraçosa. Marcela não aprendeu nada com Danilo, nem se envolveu com ele de forma alguma. Não havia idealização. Olhando para Paloma, estava claro para ela que sua chefe fingia uma normalidade que não existia. A própria Adriane ainda estava aflita com a discussão com o pai e Marcela decidiu que ela tentaria aliviar o clima naquela sala.

— Adriane, me diz. De quem seu pai está com ciúme?

A estagiária olhou para Marcela, franzindo o cenho — Do Júlio, lá do setor de compras, mas por que você diz “ciúmes”?

— Huuuummm — brincou Marcela — sua sonsa.

— Não sei do que está falando — respondeu, com dificuldades em segurar o riso.

— Olha isso, Paloma. Só porque ela engana o pai, acha que engana a gente.

A brincadeira de Marcela, somada ao rosto corado de Adriane, provocou um sorriso sincero em Paloma.

— Se namorar funcionário diminuir seu rendimento, vou dar razão ao seu pai, viu?

— Ai, gente, parem de me tratar como criança. Parecem o meu pai, que acha que ainda sou virgem.

As mulheres gargalharam na sala. Mesmo a discreta Larissa não conteve seus risos.

— Falando sério agora, Adriane. O Júlio te atendeu bem? Achei-o um tanto mal encarado.

— Até que não, viu? Ele era quietinho de início, mas depois que perguntei sobre o sistema que ele estava usando para gerenciar as compras, ele passou a me explicar todo animado. Ficou mais ainda quando contei o que iria mudar com o novo sistema. Ele até pediu para te agradecer pelos computadores novos.

Ouvir aquilo foi uma surpresa para Paloma. A primeira impressão dada por Júlio era a de alguém que não queria conversar com ela, mas no fim, era só um rapaz tímido sofrendo para trabalhar com máquinas ultrapassadas.

— Ele me pareceu mal encarado por ficar sempre olhando para o chão.

— Com um decote desses, eu sei bem para onde ele estava olhando — provocou Marcela, arrancando risos de Paloma.

— Ele me olhava nos olhos, tá?

— Amiga, ele está apaixonado — disse Paloma a Marcela.

As brincadeiras de Marcela, por mais que constrangessem Adriane, trouxeram de volta o clima de harmonia que seguiu pelo resto do dia. No fim do expediente, Danilo abriu a porta, chamando a filha para ir com ele.

— Você quis que ela não saísse do escritório. Agora ela está cheia de trabalho para fazer. Pode deixar que levo ela em casa mais tarde.

Com a cara fechada, Danilo bateu a porta e se foi. Adriane ficou sem entender o que Paloma queria dizer, pois sua tarefa estava praticamente terminada. Foi até a chefe perguntar a ela se tinha algo a fazer.

— Mais uns quinze minutos e tenho uma coisa para você — disse Paloma, ao olhar o relógio.

Marcela e Larissa já haviam saído do escritório quando Paloma se levantou e chamou Adriane para acompanhá-la. — Vamos, vou te mostrar a fábrica toda.

Já era noite quando as duas saíam caminhando entre os vários galpões da fábrica. Os postes mal distribuídos pouco iluminavam e o chão enlameado deixava Adriane receosa a cada passada. À sua frente, Paloma praticamente desfilava como se não precisasse olhar onde pisa. — Pise onde eu pisar — dizia.

Paloma mostrou a Adriane o início do processo, desde a chegada e estocagem de matéria-prima até seu processamento. Seu entusiasmo em explicar cada detalhe era evidente. Parecia ter nascido para dirigir aquela fábrica.

— Quero ser como você, Paloma.

— Obrigada, sua fofa, mas tudo o que aprendi aqui foi no estágio. Você vai aprender as mesmas coisas também.

— Não é só isso. É que você é tão livre e tão segura. Convive com esse ambiente bruto, com gente machista como meu pai, e é a chefe de todos eles.

Paloma sorriu. — Você parece assim também.

— Sim, mas tenho um pai que me cerca o tempo todo. Não posso usar um decote! Que droga!

Olhando para o lado, Paloma ficou pensativa, escolhendo as palavras com cuidado. Aproximou-se da estagiária para que pudesse falar baixo o bastante para só ela ouvir.

— Vou te confessar uma coisa: eu era bem sem juízo quando estagiava aqui. Vinha trabalhar de mini saia, adorava ter aqueles homens todos me olhando. Só que hoje, olhando para trás, eu me arrependo bastante, porque vi que gente que eu admirava não me respeitava.

— Se refere ao meu pai, né? Foi ridículo o que ele te falou hoje.

— Ele também, mas aos homens em geral. Você disse bem, é um meio machista e a gente precisa sobreviver nele.

Adriane torceu os lábios, desapontada. — Como você conseguia se sentir tranquila aqui? Brigo com o meu pai, mas — Adriane respirou fundo — fiquei um pouco nervosa na primeira vez que saí.

— Se intimidou com eles te olhando, né?

Adriane fez um gesto afirmativo com a cabeça.

— É normal. Se tivessem mais mulheres trabalhando aqui, te tratariam com mais normalidade. Quando você é a única, não importa a roupa que vista, vai chamar a atenção.

— Você fazia questão de chamar a atenção. Como conseguia?

Paloma abriu um sorriso, de quem resgatava uma lembrança deliciosa — vem comigo. Vou te mostrar meu segredo.

Os olhos de Adriane brilharam. Paloma sorriu para sua estagiária e a chamou para segui-la. As duas seguiram e, dessa vez, Paloma tinha passos cuidadosos — é a primeira vez que venho aqui após muitos anos — sussurrou. A chefe guiou a estagiária por entre galpões até o limite da propriedade, seguindo por um corredor estreito entre o muro e um galpão. Chegaram a uma parede, com janelas altas, de onde irradiava luz e sons e uma voz grave cantando. Adriane não entendia nada daquilo ao observar Paloma olhar para os lados como se procurasse alguma coisa. De repente, ela chamou Adriane para carregar uma pedra pesada e levá-la junto à parede. As duas subiram a pedra e espiaram pela janela.

— Dizem que essa fábrica é lugar de homem, mas é o paraíso das mulheres.

A cantoria se misturava ao som da água caindo dos chuveiros e reverberando nos azulejos. Alguns poucos homens ainda estavam nos vestiários. Alguns se vestindo, outros enrolados em uma toalha e alguns nus. Nenhum deles sequer imaginava estar sendo observado.

— Procura um com um pau bem bonito. — sussurrou Paloma.

Adriane exibia um sorriso que mal lhe cabia no rosto. No início do dia, levara uma bronca do pai, que a julgava por uma interação mínima com os trabalhadores. Naquele momento, estava espiando-os nus.

— O segredo de não se intimidar com eles é vê-los pelados sem que saibam. O julgamento deles para de importar. Vim tanto aqui que devo ter decorado a rola de todos daquela época. Quando alguém te olha de cima a baixo, você lembra se o pau dele é pequeno, torto, feio ou até mesmo se você tem vontade de sentar nele. Tudo muda, principalmente por ele nem fazer ideia do que você sabe.

Adriane não dizia mais nada, apenas observava aqueles homens sem roupa. Paloma ficou em silêncio ao lado de sua estagiária, contemplando os membros. Reconheceu um ou outro funcionário e gostou do que viu. Sua boceta melava, como acontecia na época em que estagiava ali. Pensava saber exatamente o que Adriane sentia. Até aparecer outro rosto conhecido.

Parado em frente ao seu armário, um homem se cobria apenas com uma toalha. Mexia na bolsa, por tanto tempo que parecia óbvio que ele não estava fazendo nada ali. Ficou nesse teatro até o último homem sair do vestiário. Se despiu.

— Até que o Júlio tem o pau bonito, viu. Se deu bem! — Brincou Paloma, aos sussurros, deixando Adriante enrubescida.

O homem moreno era magro, mas seus músculos eram muito bem definidos. Sozinho no vestiário, se curvava menos, deixando seu corpo mais imponente. O pau balançava enquanto ele pegava as roupas para se vestir. Quando foi embora, as duas não tinham mais o que assistir.

— O que achou?

— Maravilhoso! Quero vir mais vezes.

Paloma riu — Só não venha aqui o tempo todo. Se eles descobrirem que você os espia, você perde a sua “vantagem”. Fora que seu pai ainda te vigia.

— Pode deixar, chefe! Vou seguir seus ensinamentos.

As duas riram até Paloma escorregar em uma poça de barro e arrastar Adriane junto. No chão, as duas continuaram rindo e se levantaram aos risos. Só pararam de rir quando chegaram a um lugar mais iluminado e puderam ver os estragos nas roupas.

— Que droga, o que a gente faz agora?

— Sei onde tem um tanque de roupa para limpar essas calças.

Quando as duas entraram no vestiário, ainda podiam sentir a umidade do ar que carregava os odores de perfumes diversos. Paloma guiou Adriane pelo corredor, cruzando os armários e cabines sanitárias até encontrar um cantinho com um tanque de lavar roupas.

— A gente pode, pelo menos, tirar um pouco dessa lama. Depois lavamos em casa. — disse Paloma ao desabotoar a calça.

Ao tirar a calça, permaneceu apenas com a minúscula calcinha e a blusa. Olhou para o tanque, procurando por algo, até achar um pano razoavelmente limpo. Antes que começasse a limpar sua calça, um som estalado ecoou enquanto a pele da sua bunda ardia.

— Ai, Adriane, que mão pesada! — protestou Paloma, enquanto tentava aplacar a ardência do tapa esfregando a mão no bumbum. A força do golpe lembrou os tapas que ela levava de Danilo.

— Essa calcinha enfiada na bunda me dá uma vontade danada de te bater — brincou Adriane.

Paloma notou um sorriso incomum na estagiária. Era carregado de malícia. Era um sorriso conhecido e sabia bem de onde ele vinha. Após assistir homens nus, sobretudo Júlio, estava excitada. Nas vezes em que Paloma se sentiu daquela forma, se masturbava enquanto ainda observava os homens pela janela para dar vazão àquele desejo. Adriane não tinha se masturbado, mas tinha Paloma para descontar seus desejos em pequenos gestos lascivos.

— Deixa de ser boba. Tire essa calça.

Paloma voltou a limpar a sua calça quando levou outro tapa.

— Ai, Adriane, pare com isso! — reclamou Paloma. Ela alisava a bunda mais uma vez, em movimentos lentos, olhando-a nos olhos.

— Você parece que gosta — brincou Adriane.

— Me respeita, garota. Sou sua chefe — disse Paloma, fingindo indignação.

Adriane continuava rindo, como se esperasse sua chefe se virar para acertar outro tapa. Paloma se virou, mas quando Adriane ameaçou dar o terceiro tapa, teve sua mão segurada e debruçada sobre o tanque. Suas mãos foram seguradas contra as costas.

— Ei! — protestou Adriane.

— Mandei você tirar essa calça.

— Ei, a calcinha também não — gritou Adriane, ao sentir seu quadril ser todo despido, mas sem conseguir disfarçar o sorriso.

— Olha essa calcinha toda molhada. Você é uma putinha mesmo.

Paloma desferiu uma série de tapas seguidos no bumbum — deixa o seu pai saber que fica no trabalho com essa boceta pingando.

— Aí, para Paloma!

A chefe riu — você nem consegue disfarçar que gosta.

Adriane acompanhou o riso e Paloma terminou de lhe retirar a calça.

— Não acredito que estou pelada no vestiário masculino.

— Quase — respondeu Paloma, para em seguida lhe tirar a blusa, deixando sua estagiária apenas com o sutiã que cobria seus seios fartos. Ela se desfez da última peça que vestia.

— Agora tire você — provocou.

Paloma tirou a blusa e o sutiã, mas manteve a calcinha.

— Esse é o vestiário das mulheres agora — brincou.

As duas, nuas, limparam suas calças e sapatos com o pano mais limpo que Paloma encontrou. As roupas foram penduradas em quaisquer lugares em que fosse possível. Paloma segurou Adriane pela mão e a guiou até o box do outro lado, onde as duas entraram. Adriane olhou os azulejos velhos e viu uma série de desenhos minúsculos.

Em um deles, uma mulher está de joelhos e apenas um pênis é desenhado em sua boca. O nome Larissa escrito ao lado compensa o fato de nenhum traço daquele desenho lembrar a secretária.

— Não acredito que eles fazem isso aqui — disse Adriane.

— A Larissa nem desce na fábrica e eles fantasiam com um boquete dela.

Junto àqueles desenhos havia vários outros, com nomes diversos de mulheres que já trabalharam lá, que nenhuma delas conheceu. Paloma se abaixou e apontou para um desenho meio apagado. Nele, uma mulher é desenhada de quatro, com um pênis voador a penetrando por trás. Seu nome estava ao lado.

— Eles desenharam você…

— Isso era da época em que estagiei aqui.

Adriane passeou os olhos até encontrar um desenho mais recente. Nele, a mulher também está de quatro, ao invés de um pênis voador, havia três. Um penetrava pela boca e os outros dois por trás. O nome de Paloma estava junto.

— Caramba, esse é o mais recente.

— É, agora que virei a chefe, “mereço mais rola”. — Brincou. A brincadeira, no entanto, disfarçava o desconforto de que aquela mudança na forma como ela era retratada tinha a ver com a apresentação de Danilo e as possíveis histórias que ele contou sobre ela.

— Esse é o medo do seu pai — disse Paloma, ao mudar de assunto — ver você virar mais um desenho aqui.

— Depois de hoje, eu não ligo mais. Vou vir aqui mais vezes e decorar o pau de todo mundo. Farei desenhos das picas deles também.

Paloma riu. — Você é bem mais safada do que seu pai imagina.

— Você é mais safada.

Adriane abraçou Paloma por trás, mergulhando a mão em sua calcinha.

— O que é isso?

— Você esqueceu de tirar a calcinha.

— Tire a mão daí.

— Falou de mim, mas está ensopada também.

A mão macia e quente alisava cuidadosamente a boceta de Paloma. Os seios volumosos amassavam em suas costas e a respiração dela podia ser ouvida de tão juntas que as duas estavam. O roçar úmido do toque suave com seu grelo arrancou um gemido que ela gostaria de reprimir.

— Pare, Adriane! — disse, manhosa, sem qualquer convicção em sua voz.

— Não diga isso. É tão gostoso.

— Não sabia que gostava de mulher.

— Nem eu, mas estou muito excitada.

Paloma cedia aos toques íntimos de Adriane cada vez mais. Lembrar de Danilo e a forma como o pai da estagiária a dominava a deixava ainda mais confusa. Queria resistir, se manter no controle, mas os carinhos lascivos de Adriane a prendiam naquele box sem precisar fazer força alguma. Adriane, entretanto, ainda tinha surpresas a oferecer.

— Que isso, Adriane! Aí atrás não! — protestou, ao sentir a outra não deslizar dentro da sua bunda e os dedos roçarem em suas pregas.

— Deixa!? Quero brincar com a sua bunda desde a hora em que tirou a calça.

Paloma conhecia bem aquele jeito de querer fazer o que quisesse com seu corpo e se sentia voltando a um ciclo vicioso do qual gostaria de evitar. Por outro lado, Adriane não era bruta como o pai. Ela a dominava com carinho, doces sutis. As pontas dos dedos desenhavam círculos suaves em sua pele enrugada que se contraía constantemente. Não tinha mais como resistir.

— Está bem, mas enfie só um dedo — disse Paloma ao encostar o rosto nos azulejos gelados e empinar o bumbum para a estagiária.

Quando o dedo entrou, ela gemeu manhosa. Enquanto as mãos esfregavam seu grelo em círculos, o dedo da outra mão girava lentamente durante o vai e vem. Adriane masturbou Paloma até ela gozar. Ela gemeu, descontrolada, enquanto se apoiava na parede. As pernas perderam as forças e ela se ajoelhou lentamente no chão, seguida por Adriane. No chão, as duas se beijaram, em um beijo longo e lascivo que só terminou quando elas ouviram a porta abrir.

— Tem alguém aí? — Disse a voz que Paloma reconhecia.

— É o Júlio! — Sussurrou Adriane, reconhecendo a voz.

Os passos se aproximavam dos boxes, que, por não terem porta, eram os piores lugares para se esconder. Se as duas fossem flagradas, com certeza viraria fofoca. Paloma já entendia ser mal falada pelos trabalhadores, mas não queria que isso acontecesse com Adriane também.

Assim, Paloma tomou a iniciativa. Antes que Júlio se aproximasse o bastante para ver Adriane, ela saiu. Estava totalmente nua, mas isso não a inibiu. Ela andou até o funcionário com total naturalidade. O rapaz arregalou os olhos, piscou como se acreditasse estar em um sonho e olhou para o chão quando percebeu que aquilo tudo era real.

— O que está fazendo aqui, Júlio?

— Esse é o vestiário masculino.

— É feminino agora — disse, com uma voz imperativa.

— Desculpa, só vim pegar algo que esqueci no armário.

— Tudo bem, pode ir pegar.

Júlio, com as mãos tremendo, abriu seu armário e pegou alguns objetos. Paloma o observava, nua, com as mãos na cintura, como quem o pressionasse sem dizer uma palavra. Ao colocar os objetos na mochila, ele deu a volta para ir embora, mas sem deixar de olhar para Paloma.

— Escute aqui, rapaz. Se alguém souber que estive aqui, vou saber que foi você que contou. Se essa história sair daqui, você vai embora no dia seguinte, certo?

Júlio gaguejou, mas aceitou. Foi embora sem olhar para trás. Paloma olhou para o box e viu Adriane abraçando os próprios seios. Para se cobrir. Seu olhar, em conjunto com o sorriso empoderado, dizia a Adriane que a noite só estava começando.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 371Seguidores: 340Seguindo: 128Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

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