⚠️ AVISO RÁPIDO E SEM RODEIOS
Este conto é pornografia hardcore + body horror + escatologia pesada.
Tem foda gráfica com cus, vísceras, almas arrancadas pelo reto, toletes de merda conscientes, gore erótico e blasfêmia explícita.
É para causar tesão, repulsa ou os dois ao mesmo tempo.
Se você tem limites, saia daqui agora.
Se não tem, boa viagem até o cu do universo.
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O teatro não tinha endereço fixo. Ele surgia como uma ferida aberta no tecido da realidade, precisamente às 03:33 da manhã, no exato momento em que algum pobre coitado, em algum canto esquecido do mundo, atingia o orgasmo. Podia ser um solitário se masturbando em um quarto úmido de pensão, uma orgia em um clube de elite, ou até um sonho molhado que vaza para o mundo real. O asfalto de uma rua qualquer se rasgava como uma buceta dilatada demais, revelando uma escadaria de mármore negro que descia setecentos e setenta e sete degraus. Cada passo ecoava como um gemido abafado, e o ar ficava mais grosso, mais quente, impregnado de um cheiro úmido – uma mistura de perfume de flores murchas e orvalho tardio.
Eu desci aquelas escadas pela primeira vez há anos, atraída por boatos sussurrados em fóruns obscuros da deep web. Meu nome é Dandara, e eu era uma colecionadora de experiências extremas: drogas que dobravam a mente, rituais que dobravam o corpo. Mas nada me preparou para Orion. Ele é o leiloeiro, o centro gravitacional desse inferno subterrâneo. Cego de nascença, sua pele negra absorve a luz dos lustres – aqueles pendentes grotescos feitos de intestinos humanos preservados em formol, ainda se contraindo como se estivessem vivos, pulsando ao ritmo de corações há muito parados. Seu pau... ah, seu pau de ébano. Não era carne, era escultura: talhado em madeira antiga de ébano africano, polido com resina extraída de cadáveres, pendurado até o meio da coxa, grosso como um punho cerrado, veias entalhadas que pareciam latejar sob a luz fraca.
Naquela noite, o salão estava lotado. A plateia usava máscaras de couro, corpos nus cobertos de tatuagens que retratavam ânus abertos como portais cósmicos. Eu me sentei na terceira fila, minhas coxas já úmidas só de imaginar o que viria. O ar vibrava com expectativa, e eu me perguntei, em uma reflexão bizarra que surgiu do nada: *Se o cu é o único orifício que prevê o futuro, então cada contração retal não seria uma profecia? Um orgasmo preso, esperando para ser liberado como uma estrela colapsando em si mesma?*
Orion surgiu do escuro, não andando, mas deslizando como uma sombra com tesão. Seu pau balançava hipnoticamente, e eu senti um formigamento no meu próprio rabo, como se já soubesse o que viria. "Bem-vindos, ó devotos do abismo retal", ele anunciou em uma voz aveludada, como seda rasgando. "Esta noite, leiloaremos almas pescadas das profundezas mais íntimas. Lembrem-se: o cu não mente. Ele guarda o que a alma esqueceu – o orgasmo que nunca floresceu."
O primeiro lote foi um homem jovem, um doador voluntário com corpo atlético, músculos definidos brilhando de suor. Ele foi suspenso de cabeça para baixo no altar giratório de ferro, pernas escancaradas, o cu rosado e virgem piscando sob a luz. Orion se aproximou, o gancho de prata nas mãos – longo, curvo, lubrificado com bile humana fresca que cheirava a ferro e desejo. Ele o introduziu devagar, centímetro por centímetro, enquanto o homem gemia, seu pau endurecendo involuntariamente. "Per rectum ad astra", murmurou Orion, "per culum ad infernum." O gancho penetrou o reto, roçando as paredes internas, dilatando o esfíncter até que o homem arqueasse as costas, seu cu se abrindo como uma boca faminta. Eu via tudo: o músculo anal se contraindo em espasmos, o gancho deslizando pelo cólon sigmoide com um som molhado, como dedos mergulhando em mel grosso.
Quando a alma saiu – uma massa gelatinosa, translúcida, pulsando com veias prateadas – o salão inteiro prendeu a respiração. Ela tinha o formato exato do interior do reto, ainda quente, ainda cheirando a merda fresca misturada com sêmen. Orion a segurou com reverência, cheirou-a profundamente, inalando o aroma como um vinho raro, depois lambeu-a devagar, sua língua traçando os contornos pulsantes. Então, sem pressa, ele posicionou seu pau de ébano na entrada da alma. A plateia se inclinou para frente enquanto ele empurrava o pau grosso, esticando a massa gelatinosa, penetrando-a centímetro por centímetro. A alma se contorcia ao redor dele, contraindo como um cu latejante, sugando-o para dentro com um som de úmido. Orion começou a bombear devagar, sua voz ecoando: "Sinta a textura, ó compradores. Essa alma virgem de 24 centímetros de profundidade retal, com notas de baunilha e pânico primordial."
Mas então sua voz mudou, tornando-se chula, primal: "Vai, sua alma vadia, aperta meu pau de ébano até eu gozar dentro de você! Quem dá mais por esse cu apertado, caralho? Quero lances que façam o meu cu piscar de alegria!" Ele acelerou, fodendo a alma com violência, o pau entrando e saindo em estocadas longas, profundas, a massa gelatinosa esticando até o limite, jorrando um líquido prateado que escorria pelas suas bolas, pingando no palco. Seus músculos abdominais se contraíam a cada investida, o pau brilhando com o ectoplasma viscoso, e ele grunhia, suando, os quadris batendo contra a alma como se fosse carne viva. O doador, ainda suspenso, assistia tudo com o pau latejando, gozando sem ser tocado, jatos de porra branca espirrando no chão. A cena durou minutos intermináveis: Orion variando o ritmo, ora devagar, roçando as veias entalhadas contra as paredes internas da alma, ora rápido, martelando como um pistão, até que ele urrou e gozou, enchendo a alma com um sêmen negro e pegajoso que transbordou, escorrendo como melado.
Os lances voaram: não dinheiro, mas ofertas carnais. Um homem ofereceu seu próprio testículo esquerdo, arrancando-o ali mesmo com uma faca cega, o sangue jorrando enquanto ele gemia de prazer. Uma mulher abriu as pernas na plateia e arrancou o clitóris com um alicate, jogando-o no palco como uma pérola vermelha. Orion aceitou tudo, sua voz voltando ao normal: "Vendida para o cavalheiro do rim. Que sua alma encontre paz no abismo."
Lote após lote, a noite se arrastou em um frenesi erótico. O segundo doador era uma mulher, ex-bailarina, corpo flexível e curvas suaves. Suspensa, seu cu se abriu como uma rosa temerosa, lábios vaginais inchados e úmidos gotejando excitação. Orion inseriu o gancho com delicadeza cirúrgica no reto, girando-o para estimular as paredes internas, fazendo-a gemer alto, seu clitóris inchando visivelmente. A alma dela saiu maior, mais pulsante, cheirando a imundície e luxúria. Ele a lambeu devagar, a língua explorando cada dobra gelatinosa, depois posicionou o pau e penetrou-a com uma lentidão torturante. "Lote 66", anunciou ele, voz suave, "uma alma feminina de profundidade retal de 27,4 cm, virginidade anal preservada até os 29 anos. Textura aveludada, com ecos de música clássica e lascívia reprimida."
Então o tom mudou: "Abra essa alma sua putana, engula meu pau até o talo!" Ele fodeu com fúria, o pau de ébano esticando a alma ao máximo, as veias roçando as paredes internas, as contrações violentas, cada estocada produzindo um som molhado, chapinhado. A alma se contraía em espasmos, como se estivesse pedindo mais pica, sugando-o, e Orion variava: puxava quase todo o pau para fora, deixando só a cabeça dentro, depois empurrava tudo de uma vez, batendo os quadris contra a massa, o suor escorrendo pelo seu peito musculoso. Ele girava os quadris, roçando o pau em círculos, estimulando cada centímetro interno, enquanto a doadora, suspensa, se masturbava furiosamente, dedos enfiados na xoxota, gozando em jatos que espirravam no rosto de Orion. Ele prolongou a foda, minutos virando eternidade, até gozar com um rugido, enchendo a alma de porra até transbordar, o sêmen negro misturando-se ao líquido prateado, pingando no palco como uma chuva viscosa.
Entre os lotes, Orion murmurava reflexões bizarras, sua voz ecoando no salão: "Vocês pensam que a alma reside no coração? Tolos. Só o cu prevê o porvir. Cada alma é um orgasmo engasgado, uma contração que adivinha o caos. Imagine: o universo inteiro como um ânus gigante, contraindo-se para expelir galáxias de orgasmo cósmico."
A plateia começou a se entregar: mãos entre as pernas, paus endurecendo, bucetas gotejando. Eu mesma me toquei, dedos circulando meu clitóris inchado, imaginando o pau de Orion me arregaçando.
Mas a reviravolta veio sutil, como um sussurro no escuro. Os compradores... eles não eram humanos comuns. Seus olhos brilhavam prateados, e ao removerem as máscaras, pude ver: eram almas já vendidas em leilões passados, voltando para recomprar seus próprios cus, presos em um loop eterno de desejo retal.
A noite culminou no lote final. Sem doador externo. Orion subiu no altar, deitou-se de costas, ergueu as pernas para o alto, abrindo o próprio cu com os dedos – um buraco negro, profundo, convidativo. O gancho de prata flutuou sozinho, guiado por alguma força invisível, e penetrou-o devagar. Orion gemeu, seu pau endurecendo instantaneamente, latejando no ar. O gancho foi fundo, mais fundo do que em qualquer outro reto, roçando próstatas imaginárias, dilatando-o até o limite. Ele se masturbava enquanto isso, mão firme no pau de ébano, bombeando devagar, jatos de urina escorrendo pela glande entalhada.
Quando o gancho pescou, não saiu uma alma. Saiu o nada – um vórtex negro, um buraco anal cósmico que começou a sugar tudo. A plateia gozou coletivamente: paus ejaculando jatos brancos, bucetas esguichando em arcos, enquanto todos eram puxados para dentro do cu de Orion. Eu fui sugada também, meu corpo virando ectoplasma, renascendo dentro do cólon dele como fezes conscientes.
Agora, no escuro eterno do intestino de Orion, somos bilhões de toletes de cocô com memória, fodendo uns aos outros em uma orgia infinita. Meu "corpo" feito de fezes se contorce contra outro tolete, penetrando orifícios fétidos, gozando partículas de luz que formavam estrelas. É um universo de merda pulsante, onde cada contração era um orgasmo profético, e Orion é o nosso deus, nosso cu e morada eterna.
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NOTA DO AUTOR
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Prezado leitor,
Permita-me despir as camadas deste conto como se removesse peles de uma cebola estelar, revelando não lágrimas, mas um vazio pungente. Essa história não é mero escândalo erótico ou grotesco gratuito; é uma dissecação alegórica da condição humana no limiar do pós-humano, inspirada nas sombras de pensadores como Lacan, Bataille e Deleuze, onde o desejo é uma máquina produtora de realidades fragmentadas.
No cerne, o teatro subterrâneo — acessível apenas no instante fugaz do orgasmo às 03:33 — simboliza o inconsciente coletivo digital, esse abismo freudiano reimaginado como uma rede neural infinita, onde o "orgasmo" (no sentido lacaniano, o prazer além do prazer, o excesso que dói) abre portais para o Real: o inefável, o traumático, que irrompe quando a ilusão do Eu racional colapsa. Orion, o leiloeiro cego com pau de ébano, encarna o Grande Outro de Lacan — a estrutura simbólica cega que dita nossos desejos, penetrando o sujeito não pelo olhar (ele é cego), mas pelo baixo orifício, o ânus, que aqui metaforiza o ponto de entrada para o que Bataille chama de "erotismo sagrado": a fusão de êxtase e abjeção, onde o corpo se dissolve em desperdício para transcender o utilitário. Seu pau, não de carne mas de madeira ancestral, representa a falicidade artificial, o significante vazio do capitalismo tardio, que "fode" as almas extraídas para commoditizá-las, transformando o íntimo em mercadoria.
As almas pescadas do reto não são espirituais no sentido platônico; são os "objetos petit a" lacanianos — fragmentos de desejo perdidos no corpo, reprimidos pela Lei do Pai (a sociedade normativa), que só emergem na inversão (de cabeça para baixo), simbolizando a subversão necessária para acessar o Real. O processo gráfico de extração e a penetração é uma metáfora para a psicanálise selvagem: penetrar o inconsciente anal (freudiano, onde o sadismo anal é fase primordial) para liberar o que foi engolido, mas nunca digerido — nossos traumas, fetiches, o "gozo do Outro" que nos constitui. A linguagem que alterna entre o polido e o chulo espelha a dialética hegeliana: tese (elegância simbólica) e antítese (baixeza real), culminando na síntese do abjeto.
A reviravolta — compradores como almas já vendidas, recomprando o próprio cu — evoca o eterno retorno de Nietzsche, mas pervertido: não o "sim" à vida, mas o "sim" ao vazio consumista, onde o sujeito se aliena em loops de auto-exploração, como no capitalismo de vigilância, onde vendemos nossos dados (almas) para recomprá-los em feeds personalizados, presos em um masoquismo digital.
O final imprevisível, com o "nada" sugando tudo para renascer como fezes conscientes gozando eternamente, é o ápice deleuziano: uma "máquina desejante" cósmica, onde o corpo sem órgãos (o cólon de Orion) produz um rizoma de merda pulsante — um universo não hierárquico, mas fétido, de fluxos orgásmicos infinitos. Aqui, a mensagem se aprofunda: a humanidade, ao perseguir o desejo extremo, dissolve-se no abjeto, renascendo não em glória, mas em dejeto produtivo. É uma crítica ao transumanismo: em busca de imortalidade digital (almas eternas), tornamo-nos lixo consciente, gozando em um cosmos de entropia, onde o prazer é a ilusão final antes do colapso termodinâmico.
Em suma, este conto grita: o desejo não liberta; ele nos fode de dentro para fora, transformando-nos em cocô estelar. Se você gozou lendo, pergunte-se: a alma de quem você já leiloou hoje?
Com abjeção filosófica,
O Autor
