Você faria qualquer coisa por mim?

Um conto erótico de ThomasBBC
Categoria: Heterossexual
Contém 3641 palavras
Data: 29/12/2025 20:42:06

"Você faria qualquer coisa por mim?" Ela perguntou isso enquanto deslizava a ponta do pé pelo meu tornozelo sob a mesa, num restaurante tão chique que até os garçons pareciam julgar nossa intimidade. Seu olhar era de desafio, não de dúvida — Marina sempre soube que eu me perderia nela desde aquela noite no apartamento da irmã dela, quando seu vestido deslizou pelo corpo como se fosse líquido e eu engasguei no primeiro gole de vinho.

Eu senti o calor subir pelo meu pescoço antes mesmo de responder, lembrando do jeito que ela mordeu meu lábio naquela manhã, deixando uma marca que doía o dia inteiro como um segredo grudado na pele. "Qualquer coisa", menti, fingindo não notar como sua mão desapareceu no colo enquanto o garçon se aproximava com os aperitivos. Ela sorriu como quem acabasse de ganhar uma aposta e eu senti o suor escorrer entre minhas costas antes mesmo do prato chegar.

Quando a sobremesa veio — um prato minúsculo que custava mais que meu aluguel da época da faculdade — ela colocou um morango na boca e mastigou devagar, os olhos fixos nos meus enquanto a polpa vermelha escorria entre seus dedos. "Prova", ordenou, segurando o próximo pedaço perto da minha boca, mas quando inclinei a cabeça, ela puxou o braço para trás com um riso baixo. "Não assim."

O táxi cheirava a limpeza barata e nervosismo quando finalmente entramos, suas pernas cruzadas de um jeito que deixava a pele do joelho brilhar sob as luzes da cidade. Marina deslizou a mão pela minha coxa como quem acaricia um animal perigoso e sussurrou no meu ouvido, úmido e quente: "Você vai ter que me merecer." E então, sem aviso, mordeu meu lobulo com força suficiente para fazer gemer, enquanto sua outra mão apertava meu pulso contra o banco de couro.

O elevador do nosso prédio nunca subiu tão devagar. Ela ficou de costas para mim, fingindo ajustar o salto, mas eu via pelo reflexo nas portas de aço como seus dedos desciam pelo próprio quadril, esfregando o tecido fino do vestido contra a pele. Quando as portas se abriram, ela virou num movimento fluido e me empurrou contra a parede do corredor, sua língua invadindo minha boca antes que eu pudesse reagir — um gosto doce e ácido de morango e vinho tinto.

Dentro do apartamento, ela tirou os sapatos com um chute negligente e caminhou até o sofá, arrastando os dedos pelo braço do móvel como se fosse a pele de outro homem. "Tira a roupa", ordenou, enquanto abria lentamente as pernas, revelando que desde o restaurante não usava nada sob o vestido. Seu sorriso era uma faca quando acrescentou: "Mas não pode me tocar. Nem um dedo."

Meu pulso ainda doía onde ela havia apertado, e enquanto desabotoava a camisa, senti o pano grudar nas costas molhadas de suor. Ela se inclinou para frente, deixando os seios balançarem pesados sob o tecido, e soprou no meu pescoço: "Você disse que faria qualquer coisa. Agora fica aí, de pé, enquanto eu me divirto." Sua mão desapareceu entre as próprias coxas e eu engoli seco quando ela gemeu, alto demais para ser só para mim.

O ar condicionado soprava gelado na minha pele exposta, mas meu corpo ardia como se estivesse sob o sol do meio-dia. Marina fechou os olhos e arqueou as costas, os dedos se movendo num ritmo que eu conhecia bem — rápido, depois devagar, depois parando de repente só para me ouvir gemer de frustração. "Quer saber o que estou imaginando?", ela perguntou, abrindo os olhos só o suficiente para eu ver o brilho perverso neles. "Seu rosto quando eu disser que você não vai poder gozar hoje."

Minhas pernas tremiam, não de cansaço, mas da tensão de manter as mãos afastadas enquanto ela se tocava na minha frente, os dedos escorregadios agora, o som úmido ecoando no apartamento vazio. Ela parou de novo, dessa vez com um suspiro exagerado, e levantou a mão molhada para o meu rosto. "Lambe", ordenou, e eu obedeci como um condenado, o gosto salgado dela explodindo na minha língua enquanto ela ria, baixo e rouco.

De repente, ela se levantou num movimento fluido, deixando o vestido escorregar pelos ombros até o chão, e encostou o corpo todo no meu sem me deixar tocá-la — só pele quente e suor e o cheiro do nosso desejo misturado. "Amanhã", sussurrou contra meu lábio, "amanhã talvez eu deixe." E então, com um último sorriso que me deixou duvidando de todas as minhas certezas, virou-se e entrou no quarto, trancando a porta atrás de si enquanto eu ficava lá, duro e pulsante no meio da sala.

A noite passou devagar, cada segundo marcado pelo tique-taque do relógio na parede e pelo cheiro dela ainda grudado na minha pele. Deitei no sofá, ouvindo os sons abafados que vinham do quarto — um gemido, depois um suspiro, depois silêncio. Meu corpo era só tensão e desejo represado, cada músculo rígido como se ela ainda estivesse me tocando com aquele olhar de controle absoluto.

Quando o sol raiou, acordei com algo frio deslizando pelo meu peito. Marina estava ajoelhada ao meu lado, vestindo apenas minha gravata frouxa no pescoço, desenhando círculos no meu torso com um cubo de gelo que derretia entre seus dedos. "Sonhou comigo?", perguntou, deixando o gelo escorrer até meu umbigo antes de lambê-lo com a língua, lenta demais, enquanto observava meu corpo reagir.

O café ficou frio na mesa enquanto ela me observava comer, de pernas cruzadas na cadeira de frente pra mim, os mamilos durinhos visíveis sob a camisa do meu time que havia vestido. "Lembra do que prometeu?", ela disse, passando o dedo na borda da xícara antes de levar à boca. Seu pé descalço encontrou minha coxa sob a mesa, os dedos dos pés se fechando como uma garrinha quando eu tentei me mover. "Agora você vai trabalhar assim o dia inteiro. De pau duro e pensando em mim."

O elevador do prédio comercial parecia uma câmara de tortura com espelhos quando entrei, cada reflexo mostrando minha ereção marcando a linha do terno. O cheiro do perfume dela ainda grudado na minha pele me fez cerrar os punhos quando a secretária do andar sorriu sem saber. "Bom dia, senhor!", ela disse enquanto eu caminhava rígido até a sala, sentindo o tecido áspero da cueca raspando a cada passo.

O telefone vibrou no bolso no meio da reunião — uma foto dela deitada na minha cama, os dedos entrelaçados no cinto de couro que eu usara no casamento. "Quer saber o que vou fazer com isso hoje?", dizia a mensagem, seguida de outra imagem: seus lábios pintados de vermelho sugando a ponta do cinto, os olhos fixos na câmera como se estivesse chupando minha alma. O cliente na minha frente tossiu quando me vi mexendo na cadeira, minha respiração saindo mais rápida que o slide no projetor.

Às três da tarde, meu celular tocou com um vídeo de cinco segundos: suas unhas vermelhas arranhando o couro do sofá enquanto alguma coisa — claramente não sua mão — a fazia arquear as costas com um gemido que quase me fez derrubar o café. "Você merece um prêmio por se comportar tão bem", sussurrou na mensagem de voz que veio depois, a respiração dela ainda ofegante. "Mas adivinha? Vai ter que esperar até eu decidir que você já sofreu o suficiente." O som da minha própria voz gemendo no fundo da gravação me fez fechar os olhos e morder o lábio até sangrar.

O caminho de volta para casa foi uma agonia de táxi parando em todos os semáforos, meu corpo reagindo ao menor pensamento dela como se estivesse ligado em tomadas. Quando enfim abri a porta do apartamento, um rastro de lingerie preta levava desde a entrada até o quarto — sutiã, calcinha, meia-calça rasgada — como pistas deixadas por um crime de luxúria. O cheiro do seu vinho favorito e de algo mais doce, mais úmido, impregnava o ar. "Estou no banheiro", ela cantarolou de dentro, e o som da água correndo na banheira parecia uma tortura milimetricamente calculada.

Fiquei parado no corredor, as mãos enfiadas nos bolsos para não ceder à tentação de tocar a marca de dentes que ela deixara na minha clavícula naquela manhã. "Pode entrar", ela disse finalmente, e quando empurrei a porta, a visão me arrancou o ar dos pulmões: Marina reclinada na banheira cheia de espuma, uma taça de vinho equilibrada no rebordo, os cabelos molhados escorrendo pelos seios rosados do vapor. "Tira a roupa", ordenou, molhando os lábios com a língua enquanto eu engolia seco. "Mas dessa vez... pode usar as mãos."

Seus pés emergiram da espuma primeiro, os dedos dos pés retesados quando ela esticou as pernas devagar, a água escorrendo pelas curvas das panturrilhas até pingar no chão de mármore. "Só tem uma condição", sussurrou, erguendo a taça para os meus lábios enquanto eu me ajoelhava ao lado da banheira. O vinho tinha o mesmo gosto do seu beijo na noite anterior — doce no começo, ácido no final, e completamente viciante. "Você tem que me pedir." Sua mão saiu da água para puxar meu queixo para perto, os dedos ainda quentes e enrugados pelo banho. "E eu quero ouvir você implorar."

Meu zíper rangiu quando finalmente desci as calças, o alívio de poder tocar em mim mesmo depois de um dia inteiro de tortura quase me fazendo gemer antes mesmo de encostar. Marina sorriu contra a borda da taça, observando como minhas mãos tremiam ao descer a cueca. "Não foi isso que eu disse", ela murmurou, inclinando-se para frente até os seios quase tocarem a superfície da água. "Quero ver você se tocar... mas só depois que me convencer." Seu pé molhado subiu pela minha coxa até pousar no meu abdômen, os dedos dos pés brincando com o cinto que eu ainda não tirara. "Começa."

A primeira palavra saiu engasgada, minha voz quebrada de desejo e humilhação quando tentei formar uma frase. "Por favor..." mal consegui dizer antes que seu pé empurrasse meu pulso para longe da minha pele. Ela balançou a cabeça, molhando os lábios com a língua de um jeito que conhecia muito bem — o sinal de que estava prestes a me fazer sofrer de novo. "Assim não", suspirou, derramando um pouco mais de vinho na minha boca antes de recostar-se na banheira, espuma subindo entre suas coxas abertas. "Diz como você precisa de mim."

Quando finalmente consegui formar as palavras certas — voz rouca descrevendo exatamente como queria tocá-la, como chegaria ao fim sem ela, como implorava pela permissão dela — seu gemido ecoou no banheiro enquanto afundava os dedos na própria coxa. "Melhor", admitiu, e então, com um movimento súbito, puxou meu rosto contra seu pescoço molhado. "Agora mostra." Sua ordem veio acompanhada do aperto de suas pernas ao redor do meu braço, prendendo minha mão contra sua pele enquanto eu finalmente, finalmente podia tocar.

O calor entre suas pernas era quase sufocante, a umidade escorrendo pelos meus dedos enquanto ela arquava as costas contra a banheira, fazendo a água transbordar. Marina mordeu meu ombro quando encontrei o ponto certo, seus músculos contraindo ao redor da minha mão como um punho. "Não para", ela gemeu, mas era minha vez de torturá-la agora — diminuindo o ritmo até ela rosnar e enterrar as unhas no meu couro cabeludo, puxando meus cabelos com força suficiente para fazer lacrimejar.

A espuma derretia entre nós enquanto ela me guiava, sua respiração acelerada soprando contra meu ouvido em ondas curtas. Quando seus músculos começaram a tremer, ela me empurrou para trás de repente, deixando minha mão vazia e pingando no ar gelado. "Agora você", suspirou, observando meu corpo retesado com um sorriso que tinha mais de predador do que de amante. "Mas eu decido quando."

Seu pé saiu da água e pressionou contra meu peito, empurrando-me para o chão de mármore enquanto ela se levantava da banheira, gotas escorrendo pelas curvas do corpo como se fossem dedos invisíveis. Eu mal conseguia respirar quando ela pisou sobre mim, minha ereção pulsando contra a sola úmida de seu pé enquanto ela ria, baixo e rouco. "Tão bonito assim, todo meu."

Marina se ajoelhou acima de mim, os joelhos moldando minha cintura como algemas de carne, seus seios balançando pesados enquanto ela inclinava o tronco para frente. Sentia o calor do seu hálito no meu rosto, misturado com o vinho e a umidade do banho, quando ela murmurou: "Quero ouvir você gritar." E então, sem aviso, suas unhas afundaram nos meus mamilos, arrancando um gemido que ecoou pelo banheiro enquanto meu corpo arqueava no chão gelado.

Seus dedos traçaram o caminho da minha garganta até o meu abdômen, parando no ponto onde minha pele tremia com cada batida do coração. "Tão sensível", ela sussurrou, antes de morder meu quadril com força suficiente para deixar uma marca roxa que eu sabia que carregaria por dias. Quando finalmente sua mão deslizou pelo meu pau, o toque foi tão leve que quase doía — apenas as pontas dos dedos escorregando pela pele esticada, evitando de propósito qualquer pressão real.

O som que saiu da minha garganta era mais animal do que humano quando ela finalmente fechou a mão, mas em vez de subir, desceu até a base e parou lá, os dedos apertando justo o suficiente para fazer a dor se misturar com o prazer. "Agora me olha", ela ordenou, e quando levantei os olhos, vi seus lábios molhados se curvando num sorriso cruel enquanto sua outra mão deslizava entre as próprias coxas. "Eu vou gozar primeiro."

O gemido que escapou dela foi como um chicote no meu corpo — alto, guttural, acompanhado pelo som úmido de seus dedos se movendo rápido demais para eu acompanhar visualmente. Seus músculos se contraíram de repente, as coxas tremendo enquanto ela jogava a cabeça para trás, os seios arquejando com cada respiração ofegante que escapava entre os dentes cerrados. Eu conseguia sentir o calor vindo dela, o cheiro do próprio prazer se misturando com o vapor do banho, e meu corpo reagiu como se estivesse ligado diretamente ao dela.

Quando finalmente ela abriu os olhos, ainda brilhantes de êxtase, sua mão saiu de dentro da água e agarrou meu pulso com uma força que me fez arquejar. "Quer?", ela perguntou, puxando minha mão para perto daquele calor úmido, mas quando eu tentei tocar, ela afastou-se com um riso baixo. "Ah não, amor. Você ainda não mereceu." Seus dedos escorregaram pelo meu abdômen até encontrar minha ereção novamente, desta vez envolvendo-a com uma pressão calculada que me fez ver estrelas.

O banheiro estava tão quente que o vapor formava gotas no espelho, mas eu tremia como se estivesse nu na neve quando ela começou a se mover, devagar demais, cada movimento dos dedos dela uma tortura perfeita. "Fecha os olhos", ela sussurrou, e quando obedeci, senti seus lábios raspando contra o meu ouvido enquanto sua voz gotejava como mel envenenado: "Agora imagina que é a última vez que você me toca." A combinação da ameaça e do toque foi tão intensa que meu corpo arquejou antes mesmo que eu pudesse controlar, e o som que ela fez — um misto de riso e aprovação — foi quase pior do que a própria negação.

Sua mão parou de repente quando eu estava à beira, os dedos firmes como algemas na base enquanto ela esticava o corpo sobre o meu, os mamilos duros raspando contra o meu peito. "Olha pra mim", ela ordenou, e quando abri os olhos, seus lábios estavam tão perto que eu podia sentir cada palavra como um sopro úmido contra a minha boca: "Você vai esperar até eu contar até três." A primeira contagem veio com seus dentes no meu lábio inferior; a segunda, com a unha raspando a cabeça do meu pau até fazer eu guinchar; a terceira nunca chegou — em vez disso, ela engoliu meu gemido com um beijo que sabia a vitória e vinho tinto.

Quando nos separamos, ela deixou um fio de saliva brilhante conectando nossos lábios enquanto balançava a cabeça, os cabelos molhados batendo nas minhas coxas como chicotes. "Quase", murmurou, levantando-se num movimento fluido que deixou a água escorrer pelo seu corpo em riachos brilhantes, revelando cada músculo tenso e cada respiração acelerada. Sua sombra me envolvia enquanto ela ficava em pé sobre mim, um pé de cada lado do meu quadril, e o jeito que a luz do banheiro atravessava o contorno do seu corpo fazia parecer que ela estava prestes a me consumir inteiro.

Então, sem aviso, ela se ajoelhou novamente, mas desta vez suas coxas prenderam minha cabeça enquanto suas mãos agarravam meu pulso com força suficiente para deixar marcas. "Agora escuta", ela disse, e pela primeira vez desde o restaurante, sua voz soou vulnerável — um tremor quase imperceptível que me fez olhar pra cima e encontrar seus olhos brilhando não com crueldade, mas com algo mais perigoso ainda: desejo puro. "Se você prometer que é meu de verdade... eu deixo." Seu suspiro quando terminei a frase por ela — "Sempre fui" — foi a coisa mais doce que já ouvi, mesmo quando suas unhas afundaram na minha pele.

O primeiro toque dela foi como choque elétrico — sua palma quente contra meu abdômen contraído, os dedos se fechando devagar enquanto ela assistia cada músculo do meu corpo tremer de antecipação. Marina sabia exatamente como me tocar para destruir qualquer controle que eu pensava ter — polegares circulando a cabeça com pressão calculada, dedo mindinho raspando a veia pulsante embaixo, enquanto sua outra mão me puxava pelos cabelos para forçar meu olhar no dela. "Não fecha os olhos", ela ordenou, e eu engasguei quando sua língua molhada traçou o contorno do meu lábio ao mesmo tempo que seu pulso acelerou.

Quando finalmente me deixou ir, foi com um gemido abafado contra meu ombro e os dentes afundando na minha pele como âncoras — seu corpo todo tremendo enquanto me puxava para mais perto, como se tentasse fundir nossos ossos. Eu a senti chegar ao clímax antes mesmo do primeiro espasmo, pela maneira como seus músculos se contraíram ao redor dos meus dedos e pelo som que saiu da sua garganta — meio riso, meio lamento, totalmente meu. Ela desabou sobre meu peito com os lábios ainda formando meu nome, cada sílaba um sopro quente contra minha pele suada.

A última coisa que lembro antes de perder o controle foi o gosto salgado do seu pescoço na minha língua e o cheiro do nosso suor misturado com o perfume caro que ela usara só para me torturar o dia inteiro. Marina riu — um som rouco e satisfeito — quando finalmente me levou ao limite, seus dedos me guiando com uma intimidade que doía mais que qualquer mordida. "Demorou", ela murmurou contra meu lábio, e então o mundo explodiu em branco enquanto seu corpo se tornava a única coisa real no universo.

Quando voltei a mim, ela estava desenhando círculos na minha clavícula com a língua, os dentes raspando de leve na pele ainda sensível. Seu quadril encaixado contra o meu era como uma marca de posse, e eu sentia cada batida do coração dela ecoando através da minha pele. "Você treme diferente quando é eu quem te toca", observou, passando a palma da mão pelo meu peito suado antes de levantar-se com a graça de um gato saciado, deixando meu corpo esvair no mármore gelado como derramado.

A água da banheira estava fria quando ela voltou a mergulhar os pés, os dedos dos pés brincando com a espuma residual. "Levanta", ordenou, estendendo a mão como se eu fosse um cachorro obediente, e quando agarrei, ela puxou com força suficiente para me deixar desequilibrado — meu quadril batendo na borda da banheira, suas unhas afundando no meu pulso como pequenas advertências. Marina sorriu quando sentiu meu corpo reagir novamente ao contato, seus olhos escuros devorando cada músculo tenso. "Parece que alguém ainda não aprendeu a lição."

O espelho embaçado refletia nossos corpos entrelaçados quando ela me empurrou contra a parede úmida, seu quadril encaixando contra o meu com uma pressão calculada que fez o ar escapulir dos meus pulmões. "Agora vamos ver quanto tempo você aguenta dessa vez", sussurrou, lambendo uma gota d'água que escorria do meu queixo antes de descer com os lábios pelo meu pescoço, devagar demais, cada centímetro de pele queimando sob seu toque como papel em chamas. Seu joelho deslizando entre as minhas pernas foi a única advertência antes do próximo round começar.

A prova de amor aconteceu em ondas — primeiro com suas unhas arranhando meu peito quando finalmente deixei escapar o gemido que ela exigia, depois com meus dedos marcando seus quadris enquanto tentava manter o controle, e por fim com nossos corpos colados pelo suor e pela água, tão misturados que nem eu nem ela sabíamos onde um terminava e o outro começava. Ela mordeu meu ombro no exato momento em que meu corpo se rendeu, e o gosto do meu nome nos seus lábios foi mais doce que qualquer vinho caro do restaurante.

Ela escorregou da banheira primeiro, deixando marcas de mãos molhadas no meu peito como selos de posse, enquanto eu afundava na água morna que agora cheirava a nós dois. "Levanta", ordenou de novo, mas desta vez estendeu uma toalha quente junto com a mão, seus olhos perdendo um pouco daquela ferocidade controlada enquanto me puxava para perto. A prova estava feita, o jogo terminado — pelo menos até a próxima vez que seus olhos escuros me desafiassem com um "Você faria qualquer coisa por mim?".

Quando nos enrolamos na cama, seu corpo se moldou contra o meu com uma naturalidade que doía mais que qualquer marca roxa, sua respiração lenta batendo no meu pescoço como um segredo compartilhado. "Amanhã", ela murmurou, os dedos traçando padrões invisíveis na minha pele, mas nós dois sabíamos que o jogo nunca realmente acabava — só mudava de forma, como água escorrendo entre os dedos, sempre escapando, sempre nos levando de volta ao começo.

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