A Escolha de Rafael
Eu (Rafael) e Mateus somos amigos desde o ensino médio, nossa amizade começou depois de sermos rivais em uma partida de futsal na interclasse da escola. Com a aproximação foi fácil encontrarmos hobbies e gostos em comum, porém, a maior coincidência foi quanto ao curso que escolhemos cursar na faculdade, medicina. Com o mesmo objetivo em mente acabei pedindo transferência para a sala dele, fui do 1° A para o 1° C, a mudança ocorreu para que estudássemos juntos para o vestibular que logo chegaria. Conseguimos a aprovação na mesma federal dois anos depois do fim do ensino médio. E é aí que minha história começa.
O Início
Durante a semana de recepção da faculdade conhecemos Vitor e Juliana, um casal do segundo ano que nos apadrinhou durante uma gincana de pega-pega. Mateus, que sempre foi o mais extrovertido entre nós dois, logo fez amizade com Vitor. Eu, que sempre tive facilidade em conversar com mulheres, me aproximei mais de Juliana. Creio que essa facilidade surgiu por eu ter sido criado pela minha mãe e pela minha avó, o que foi bom já que a “lábia” me garantiu várias gostosas durante o ensino médio.
No último dia da semana da recepção, Mateus e eu voltamos pro apartamento que decidimos dividir para cortar gastos durante a faculdade. O apê era aconchegante e ficava a 15 minutos a pé do campus, foi sorte termos encontrado ele no começo do semestre. Assim que chegamos Mateus puxou assunto:
- Rafa, bora na festa de recepção que vai ter sábado? O Vitor disse que é a maior putaria hahaha.
- Pô mano, já ia comentar também, A Juliana não comentou nada sobre a parte da putaria mas disse que era foda haha - respondi.
Com o acordo fechado, combinamos de chegar na festa umas 23:40, não muito tarde e nem muito cedo já que ela começava às 22:00 e ia até o galo cantar. Para causar uma boa impressão decidimos passar a tarde inteira na academia, afinal de contas o pump tinha que estar lá no começo da festa.
Mateus estava empolgadasso porque já estava de olho em uma caloura que tinha se destacado na gincana de matemática da semana de recepção. Ela era linda, 1,70 de altura, cabelo preto curtinho e olhos verdes hipnotizantes. Nós dois ficamos de olho nela mas já que ela só trocou olhares com o Mateus acabei me deixando de fora da “competição”. Seu nome era Renata.
Na festa não deu outra, Renata e Mateus ficaram grudados a noite inteira. Eu acabei desenrolando com uma loirinha do terceiro ano que a Juliana chamava de “papa calouro”. Bom, eu era calouro e queria ser “papado” hahaha. No final da festa voltamos os quatro para o nosso apê e o resto é história.
Seis Meses Depois
No final do primeiro semestre, a fim de comemorar as aprovações nas matérias e de relaxar após as provas, meu grupo de amigos e eu organizamos uma viagem de descanso. Eu, Vitor, Juliana, Gustavo, Mateus e Renata alugamos uma chácara com piscina que ficava a 2 horas de viagem da faculdade.
Gustavo se juntou a nós a pouco tempo, por ser tímido e meio excluído na turma eu e o Rafa tomamos como missão ajudar ele a se soltar, porém, confesso que sua companhia nessa viagem também me ajudaria a segurar a vela para os casais já que o Rafa e a Renata engataram em um relacionamento um tempo depois da festa. A conexão dos dois foi rápida, foi fácil notar que meu amigo se apaixonou depois da primeira noite. Eu estava feliz por ele.
Na chácara separamos os quartos, cada dupla tinha sua suíte, a única diferença é que a suíte que eu dividi com Gustavo tinha uma beliche ao invés de uma cama de casal. A primeira noite não foi fácil, as paredes eram finas e os hóspedes eram barulhentos. Gustavo até comentou que parecia que ele estava ouvindo um conto erótico ao vivo, dei risada e tive concordar. Os campeões eram Mateus e Renata, os gemidos e as juras de amor que saíam do quarto deles poderiam fazer uma freira desmaiar de vergonha. Só não entendi porquê uma hora o Mateus gritou “Letícia!”.
No dia seguinte, conversando com Mateus ele trouxe um assunto inusitado:
- Rafa, mano, a Renata vai viajar nós últimos 15 dias de recesso.
- Que legal cara, você vai com ela? É uma viagem de família? - perguntei.
- É uma viagem de família sim mas eu não vou não, eu e ela concordamos que está muito cedo pra isso. Afinal eu só jantei com os pais dela uma vez - respondeu.
- Ah sim, faz sentido. Vai ficar de bobeira comigo então? Não tenho planos pra viagem além dessa aqui da chácara - comentei.
- Vai ser bem isso mesmo man, só que tem uma questão, é um bagulho meio íntimo, posso falar? - perguntou Mateus um pouco ansioso.
- Claro cara, cê sabe que somos irmãos - respondi.
- Pô cara, valeu… É que a Renata tem uns fetiches estranhos -comentou olhando pra piscina que estava na nossa frente.
- Ué, que tipo de fetiche? Nunca vi você achar fetiche estranho hahaha - respondi brincando.
- Você me conhece hahahaha. Pior que eu curti o fetiche, só achei estranho ela pedir - respondeu Mateus.
- Fiquei confuso agora cara, abre o jogo - respondi curioso.
- Ah cara, é que ela curte cuckold - disse pra mim arregalando os olhos.
- Cu o que? - respondi sem ter ideia do que se tratava.
- Cuckold mano, ela gosta de me assistir com outras mulheres- explicou.
- Ah…ah sim…ah sim, entendi…espera! É por isso que você gritou Letícia noite passada? - perguntei dando risada.
- Você ouviu? Achei que fui discreto haha. Mas sim, é por isso mesmo. Letícia é uma mina que a Renata encontrou pra mim mês passado. - comentou.
- Entendi cara, mas por que a estranheza? Se você já até praticou e pá. - perguntei.
- É que, apesar de topar é até curtir, eu entrei nesse relacionamento pensando que ficaria só com ela, saca? Ela que procura as minas, fez um perfil pra mim no Tinder até, eu vou topando porque vejo que ela fica feliz… O problema é que nessa viagem ela quer que eu grave um vídeo meu com outra mina pra mandar pra ela… E ela quer que eu procure a mina…- disse acuado.
- Cara, não sei nem o que dizer Mateus… você quer que te ajude a arranjar alguém? É isso? - perguntei.
- Não, eu tenho que fazer isso sozinho… Acho que eu só precisava dizer isso em voz alta pra criar coragem. - respondeu.
- Mas é isso que você quer cara? Todo relacionamento precisa de equilíbrio, não dá só pra seguir as vontades de um lado- aconselhei.
- Eu quero que ela fique feliz cara, pra mim isso basta… valeu pela conversa, bora preparar a brasa pro churrasco - disse se levantando.
- Certo então mano - respondi pensativo enquanto observava ele se afastar.
Duas Semanas Depois
Faltando 10 dias pro fim do recesso, eu estava no meu quarto quando ouvi Mateus bater na porta:
- Rafa, posso entrar? - perguntou
- Pode sim - respondi.
- Eae cara, de boa? Preciso da sua ajuda - comentou.
- De boa mano e você? Fala aí cara, dependendo do que for consigo ajudar sim - afirmei.
- Então Rafa, lembra do fetiche da Renata? E do vídeo que eu tinha que mandar pra ela? Eu não consegui encontrar ninguém cara, eu até tentei, mas senti que era errado… Ontem numa ligação ela perguntou pra mim se eu já ia mandar, menti dizendo que só estava editando pra “ficar bom” - disse ele rapidamente.
- Por que você fez isso cara? Se não se sente à vontade é melhor dizer pra ela… Da mesma forma que você entendeu o lado dela ela deveria entender o seu - respondi.
- Não mano, eu não consigo…não ainda. Não quero quebrar as expectativas dela…até porque eu topei isso mês passado - argumentou.
- Mas, e aí? Faltam 10 dias pra ela voltar, vai fazer o que? Enrolar ela até lá? - perguntei.
- Então, é por isso que preciso da sua ajuda- respondeu timidamente.
- Quer que eu arranje uma mina então? - perguntei
- Pior que não, não vou conseguir sem ela aqui… Meu pedido é bem inusitado e você vai ter que lembrar dos nossos 5 anos de amizade, da nossa irmandade - disse me olhando nos olhos.
- O que é cara? Não tô entendendo seu papo - respondi confuso.
- Rafa, cê topa fazer o vídeo comigo? Tipo, é claro que a gente não vai transar…só simular…- perguntou envergonhado.
- É o que carai? Mateus eu sou seu irmão mas não fodo com viagem não mano. Como você pode perguntar isso? - respondi surpreso e um pouco irritado.
- Não cara, eu sei que é absurdo, mas eu estou desesperado. Não sei o que fazer! A gente mal ia se encostar… se você colocar uma peruca e eu gravar de certo ângulo vai dar ela fingir bem…- argumentou desesperado.
- Mano, só sai do meu quarto. Olha as merdas que você tá falando viado - esbravejei o expulsando o meu quarto.
Passei o resto do dia no meu quarto, fiquei me perguntando como era possível o Mateus ter a coragem de fazer uma proposta tão absurda. Desde o ensino médio fomos a duplinha que mais pegou mulher, mesmo sendo pra ajudar no fetiche da namorada dele ainda era ridícula toda a situação. Como que meu amigo, meu irmão, foi se meter numa situação tão embaraçosa? Quando deu meia-noite eu fui no quarto dele conversar, eu tinha que dar um fim naquela história.
- Mateus, posso entrar? - perguntei batendo na porta.
Pode sim, Rafa - respondeu ele.
Quando entrei, encontrei meu amigo com os olhos vermelhos de quem tinha acabado de chorar. Eu fui lá pronto para obrigar meu amigo a abrir o jogo com a namorada, mas olhar ele acabado daquele jeito me fez repensar na estratégia.
- Rafa mano, me desculpa! Eu estava tão concentrado em não decepcionar a Renata que acabei cruzando todos os limites contigo e te decepcionando também! Não sei como me enfiei nessa roubada cara, eu só queria agradar ela - disse exasperado.
- Cara, relaxa - respondi assustado.
- Não Rafa, você tem todo direito de estar puto comigo cara, fui totalmente sem noção… Eu entrei no Tinder, era o que eu devia ter feito desde o começo, ser homem e cumprir com minhas promessas. Desculpa por ter te envolvido nisso, é que eu não queria…não quero fazer isso sem ela aqui. - respondeu desabando na cama.
…- observei em silêncio enquanto meu amigo abria o aplicativo.
- Mateus, espera - disse sem pensar.
- O que foi Rafa? - perguntou Mateus
- Que se foda cara, eu topo - respondi secamente.
Mateus e eu nos encaramos por um minuto inteiro antes que ele dissesse algo.
- Rafa, tem certeza? Eu não quero estragar nossa amizade - perguntou receoso.
- Mano, vamos fazer isso uma vez, sem papinho, sem enrolação. Não quero nunca mais falar disso depois e você vai ficar me devendo pra vida toda, entendeu? - respondi estressado
- Eu só aceitei fazer isso pela nossa irmandade e pelos anos de amizade que temos. Quando a Renata voltar você vai ter que se resolver com ela. Vira homem porra! - acrescentei.
- Fechado cara, muito obrigado Rafa! Eu fico te devendo e prometo que vou conversar com a Renata - disse ele aliviado.
Depois da nossa breve conversa eu me retirei do quarto do Mateus e fui me trancar no meu. Decidimos combinar por Whatsapp quando e como seria essa gravação, a conversa seria mais fácil sem ter que olhar um pra cara do outro. Foi decidido que no dia seguinte o Mateus sairia para comprar a peruca e organizaria o quarto dele para que a gravação ficasse o mais convincente possível com o mínimo de contato possível. Mateus pediu para que eu usasse uma cueca bege para combinar com o tom da minha pele, o que me fez quase desistir porque ler aquilo era um absurdo de proporções megalomaníacas. Depois de um banho gelado e por ter dado minha palavra que cumpriria com o acordo eu acabei aceitando. Com tudo programado fomos dormir por volta das 3 da manhã. Eu não dormi, é claro.
No dia seguinte Mateus entrou no apartamento segurando uma sacola que parecia ter mais que uma simples peruca.
- O que tem aí cara? - perguntei sem querer de fato saber a resposta.
-A peruca, um tripé…e…e umas…- enrolou Mateus
- E umas o que mano? - perguntei irritado.
- Algemas - respondeu.
- Algemas?! - perguntei em choque.
- Algemas - confirmou.
- PRA QUE ESSA PORRA DE ALGEMAS MATEUS? - esbravejei.
- Desculpa não ter te avisado cara, a Renata tinha pedido pra que esse vídeo fosse uma pegada bdsm - respondeu rapidamente e se afastando um pouco de mim.
- Mateus, como assim caralho, tu acha que vai fazer o que? Eu duvido que ela tenha pedido isso mesmo - argumentei sem acreditar.
- Calma cara eu não vou te bater nem nada…só vou te prender na cama - respondeu com a maior cara de pau possível.
- E olha, ela pediu sim! - completou ele mostrando uma mensagem que Renata tinha enviado mês passado.
- Mano, vai se fuder! - gritei saindo do apartamento.
Saí sem rumo do apartamento, eu estava desacreditado com a cara de pau do Mateus. Depois de andar 2km eu acabei chegando na academia que a gente frequenta, decidi entrar e treinar pra esfriar a cabeça. Chegando lá tive a sorte de encontrar meu personal com horário livre, perguntei se ele podia me atender fora de hora e ele topou. Pra minha surpresa o treino do dia era de inferiores, com foco em glúteo - como eu fazia parte do time de futebol da faculdade, meus treinos na academia eram direcionados para meu desempenho em quadra - eu dei uma risada alta na frente do personal que sem entender perguntou se eu estava bem. Minha vontade era de gritar “MEU AMIGO ESTÁ PEDINDO PRA FINGIR QUE ME COME ALGEMADO CARA, COMO VOU ESTAR BEM?”, decidi responder só com um “sim”.
Depois do treino voltei pro apê e fui direto tomar um banho gelado. Depois do banho, fui até o quarto do Mateus vestido só uma cueca bege.
- Tá pronto a porra desse quarto cara? - perguntei já entrando no quarto.
- Que? Achei que você tinha desistido cara, nem arrumei nada - respondeu Mateus confuso.
- Tu tem 20 minutos pra resolver isso, se não ficar pronto dentro do prazo você que se foda - sai de lá irritado.
Aparecer de cueca na frente do Mateus não foi um problema porque nós já tínhamos ficado de cueca na frente um do outro diversas vezes, tanto em vestiários depois de jogar futebol, quanto em ocasiões em que a gente se arrumava junto pra noitadas. No vestiário eu já vi o Mateus pelado uma vez, foi o pior dia da minha vida.
Depois de 10 minutos Mateus me chamou pro quarto dele.
- Rafa, pode vir, tudo pronto - gritou.
O quarto estava escuro, em cima da escrivaninha dele estava seu celular, em um tripé, com a câmera apontada para a cama. A cama era daqueles modelos antigos, o que permitiu que Mateus prendesse quatro algemas, duas na cabeceira e duas no pé da cama. Eu respirei fundo e entrei.
Mateus também vestia uma cueca que combinava com a cor da pele, ele era mais alto do que eu, 1,90m de altura contra meus 1,84m. Tinha cabelos pretos e olhos tão escuros quanto a noite, sua pele sempre estava bronzeada, às vezes eu o chamava de Percy Jackson por causa disso. Minha pele sempre foi mais pálida e meu cabelo loiro ajudava com essa impressão, meus olhos tinham cor de mel. Mateus me chamava de filho de Apolo desbotado. Assim que entrei ele disse:
- Cara, tó aqui a peruca - disse estendendo uma peruca ruiva pra mim.
- Ruiva? - perguntei zombando.
-Era a mais barata da loja haha. - respondeu envergonhado.
-E agora? - perguntei depois de demorar 5 minutos para vestir a peruca, eu não queria fazer aquilo.
-Pode deitar de bruços na cama, vira o rosto deixando só a peruca de frente da escrivaninha - coordenou.
- Cara, que merda eu tô fazendo com a minha vida - respondi irritado depois de me deitar.
- Nem eu sei cara… Pelo menos sua bunda é redondinha e empinada cara, vai dar pra enganar bem haha - disse com humor azedo.
- Vai se fuder porra - respondi cuspindo o cabelo da peruca que caiu na minha boca.
- Vou começar cara, eu não encontrei um apoio muito bom então talvez eu tenha que encostar um pouco em ti…mas não se preocupe, eu vou colocar meia dentro da cueca pra não ter contado - disse apreensivo.
- Eu queria estar dopado - respondi seco.
Primeiro senti Mateus prender minhas mãos com as algemas da cama, depois ele prendeu meus pés, raiva subia pelo meu pescoço.
- Cara vou subir em cima de você, eu vou editar o vídeo depois então pode avisar se algo incomodar - disse baixinho, como se estivesse com vergonha das próprias palavras
- Eu já estou incomodado Mateus, porra! Só acaba com isso logo.
- Fechou - respondeu ele subindo na cama.
Senti o calor do corpo do Mateus em cima do meu, ele não estava encostando em mim. Suas mãos se apoiaram uma de cada lado do meu corpo e seus pés estavam unidos entre os meus, parecia que ele estava se preparando para fazer flexão. Para o lado que meu risoto estava virado eu podia enxergar o espelho do guarda-roupa. No reflexo Mateus olhava para o outro lado, para o celular na escrivaninha que gravava com a câmera frontal (tudo para diminuir a qualidade do vídeo ao máximo).
- Rafa, desculpa cara não tem jeito, vou ter que me apoiar - disse envergonhado.
- Pelo amor de Deus cara, só termina essa porra logo - respondi rispidamente.
Com isso Mateus abaixou o corpo e eu senti sua cintura encostar na minha bunda, de fato ele tinha enchido a cueca de meia porque eu só sentia tecido. Ele pegou um cobertor e cobriu nossas cinturas, deixando só nossos troncos expostos.
- Amor essa é pra você - ouvi ele dizer pro celular.
Pelo reflexo do espelho vi quando Mateus começou a se esfregar em mim, ela ainda mantinha só sua cintura encostando em mim mas isso era o suficiente para fazer meu corpo balançar com o movimento, ele permanecia olhando para o celular e eu decidi fechar meus olhos esperando que isso ajudasse o tempo passar mais rápido. O que foi um erro, com meus olhos fechados meus outros sentidos tomaram o controle. Primeiro percebi que Mateus tinha passado o perfume dele, que naquele momento tomava conta do quarto todo. Segundo percebi que seus braços tremiam e logo ele apoiou mais o seu corpo em mim, eu sentia seu tronco encostar nas minhas costas. Com o passar do tempo Mateus começou a falar.
- Geme pra mim sua putinha, tá gostando tá? - disse ele com a voz grave.
Eu fiquei em silêncio, imaginei que ele ia adicionar o som de gemido depois na edição. Mas então Mateus bateu na minha bunda e voltou a dizer.
- Anda putinha, geme pra mim cachorra.
Com o susto do tapa eu deixei um gemido agudo sair da minha boca. Raiva tomou conta de mim e eu prometi a mim mesmo que assim que tudo aquilo acabasse eu ia sumir da vida do Mateus. Porém, o meu corpo respondeu de outra forma, depois do tapa meu pau começou a ficar duro.
- Tá gostando né cachorra? Aguentando pau igual puta experiente - disse Mateus acelerando e forçando mais os movimentos.
Eu não sei o porquê é não sei quando a decisão aconteceu, mas depois de ouvir o Mateus falar eu involuntariamente gemi de novo e arquei minha cintura.
- Sim gostoso, mete mais vai! - respondi com uma voz fina que eu nem sabia que existia em mim
Mateus parou os movimentos por um tempo e então voltou mais rápido e mais forte. Aparentemente as meias de nada serviram porque comecei a sentir algo endurecer a cada sarrada.
-Você é muito gostosa, sabia? Essa bunda enorme e empinada vai ser só minha né? Minha namorada vai adorar ver você gemendo que sim - perguntou Mateus ofegante.
- Sim ela vai ser só sua gostoso, só sua - respondi perdendo o controle de mim.
A cada sarrada que Mateus dava mais eu sentia seu pau crescer, o meu endurecia junto. Ele desabou seu corpo em mim e eu pude sentir sua respiração na minha nuca. Minhas mãos e meus pés algemados se contorciam tentando encostar em algo. Com um braço Mateus abraçou meu tronco e com o outro enlaçou meu pescoço. Eu não sei como chegamos a esse ponto, mas ambos estávamos gemendo.
Com estocadas mais fortes Mateus sussurrava em meu ouvido o quanto minha bunda era gostosa. Ele falava só para mim porque a gravação do celular não pegaria os sussurros. Suas palavras eram como feitiço para meu corpo, eu comecei a rebolar junto com as sarradas sentindo um prazer avassalador. O peso do seu corpo sobre o meu, o seu pau que parecia ser enorme. O fato de que durante as sarradas eu sentia meu cu ser massageado, tudo isso fez meu corpo começar a tremer e meus gemidos saírem mais altos.
- Mateus por favor não para, vai mais forte por favor, por favor! - gemi manhoso.
- Tá gostando né sua cachorra? Eu vou acabar com você - gemia ele no meu ouvido.
Não sei por quanto tempo ficamos assim, só sei que em certo ponto Mateus metia tão forte e eu estava tão entregue que sem tocar no meu pau, gozei! Gozei e gemi tão alto que Mateus percebeu o que estava acontecendo e começou a gozar também, me apertando tão forte com sua cintura que parecia que íamos nos fundir. Mesmo com as meias eu senti a parte de trás da minha cueca molhar com seu gozo e eu amei sentir isso. Me derreti em seus braços enquanto nossos corpos tremiam com a exaustão e a força do orgasmo.
Depois de alguns minutos, com a respiração controlada, percebemos o que tinha acabado de acontecer. Mateus pulou de cima de mim e eu tentei tirar as algemas a todo custo. Assim que Mateus me ajudou a tirar as algemas eu saí correndo do quarto e me tranquei no banheiro. No espelho me vi assustado, mas também me vi feliz.