Este conto é voltado para o aumentar o tempo que você leva para gozar.
"Você não vai acreditar no que encontrei hoje," eu disse, passando os dedos pelo teclado do laptop dele enquanto ele assistia TV. A tela piscava com uma suavidade hipnótica, quase imperceptível, como o farfalhar de asas de uma borboleta noturna. Eu já tinha aberto o arquivo semanas atrás, um script de áudio disfarçado de atualização de sistema, mas agora era diferente—agora, ele estava *funcionando*.
"O quê?" ele respondeu, distraído, os olhos ainda presos ao jogo de futebol. Eu sorri, sentindo o calor subir pelo meu pescoço enquanto observava suas mãos—largas, firmes—descansarem inertes no colo. Ele nem percebia como a respiração dele já estava mais lenta, mais profunda, como se algo dentro dele estivesse se reorganizando.
"Ah, nada importante," menti, baixando o volume do script subliminar que rodava em loop no fundo. As palavras eram um sussurro de fogo: *"Cada toque é eterno, cada segundo é uma eternidade..."* Eu podia jurar que via os músculos das coxas dele tremendo levemente, como se respondessem a uma voz que nem ele mesmo ouvia.
"Você tá estranha hoje," ele riu, finalmente me olhando, e eu vi—nos olhos dele—um brilho novo, uma pausa antes da reação, como se o corpo dele soubesse algo que a mente ainda não entendia. Me inclinei para frente, deixando meu decote fazer o resto do trabalho, e senti o ar entre nós ficar mais denso, mais *lento*.
O script não era só para ele. Era para nós. E quando minha mão deslizou pela perna dele, eu já sabia: aquela noite não acabaria tão cedo.
"Você tá tão quente," murmurei, fingindo surpresa quando ele arqueou as costas, involuntário, como se um fio invisível puxasse sua espinha. Ele olhou para mim, confuso, e eu deixei meu dedo mindigo traçar círculos lentos no pulso dele—ali, onde o pulso bate mais forte, onde a pele é mais fina. *"Sangue lento, corpo pesado..."* O mantra rodava em meus próprios ouvidos agora, e eu sentia meu útero contrair num ritmo igualmente hipnótico.
Ele tentou falar, mas só saiu um ruído rouco, um som que eu nunca tinha ouvido dele antes. Sua língua molhada os lábios—devagar, tão devagar—e eu me perguntei se ele já tinha percebido que estava mastigando cada palavra antes de soltá-la. *"Demora..."* O script sussurrava na pele dele, nas veias dele, e eu via seus dedos se contraírem como se tentassem agarrar algo que escorria entre eles.
Quando finalmente puxei ele para o quarto, seu passo tinha a cadência de quem caminha num sonho. E quando ele me olhou, antes de cair na cama, eu vi nos olhos dele o que eu mais queria: o medo doce de quem sabe que vai ser devorado, mas não sabe quando.
Meus lábios encontraram o pescoço dele e eu deixei minha língua traçar o caminho da veia jugular, sentindo o pulso acelerar para então—milagrosamente—desacelerar. Ele gemeu, mas o som saiu prolongado, como um vinil em rotação errada. Minhas mãos desceram pelo torso dele, encontrando cada músculo tenso, e eu sussurrei contra a pele quente: "Você pode sentir, né? Como tudo tá ficando... mais devagar?"
Seus dedos se enterraram no meu quadril, mas sem pressa, como se ele tivesse esquecido o que fazer com as mãos. Entre um beijo e outro, eu ouvi a respiração dele se fragmentar em suspiros desconexos, e então—numa pausa gloriosa—ele parou completamente, os músculos congelando num espasmo que não chegava.
Foi quando senti. Uma vibração sutil, começando nos ossos dele e se espalhando para a minha pele como corrente elétrica em água. Seu corpo inteiro tremia agora, não de prazer, mas de resistência. O script funcionava melhor do que eu sonhava: ele estava preso no exato limiar onde tudo dói e nada acaba. E quando soltei um riso baixo contra sua boca, ele olhou pra mim como se eu tivesse inventado a tortura.
"Não consigo—", ele tentou, mas a frase se desfez em ar rouco quando meus dentes morderam seu lábio inferior. Eu sabia o que ele queria dizer. Não conseguia gozar. Não conseguia parar. Não conseguia entender por que cada toque meu agora queimava como mel sendo derramado em ferida aberta. Suas pernas se abriram mais, involuntárias, e eu senti sua coxa contra minha barriga—quente, úmida de suor, pulsando num ritmo que não era mais humano.
Meus dedos encontraram o umbigo dele e desceram em espiral, devagar demais, enquanto o script sussurrava por trás da cortina do nosso suor: *"Você é uma estátua. Você é um monumento. Você é o tempo feito carne."* E ele era. Seu estômago estava tão tenso que eu poderia ter traçado o contorno de cada músculo com os olhos fechados. Quando finalmente cheguei onde ele mais queria—e mais temia—minha mão não agarrou. Apenas repousou. E esperou.
Ele chorou. Não como homem, mas como criança—um soluço rouco e confuso que saiu da garganta dele como se tivesse sido arrancado. Suas mãos, antes tão firmes no meu quadril, agora se agitavam no ar, tentando encontrar algo para se agarrar. E eu sorri, porque sabia: ele nunca mais seria o mesmo depois dessa noite. O script tinha aberto portas dentro dele que nem eu sabia que existiam. E agora? Agora a gente ia explorar cada uma delas.
Minha língua desenhou a linha do osso do quadril dele, e eu senti o sabor salgado da pele misturado com algo mais—um gosto metálico, quase como ferro, como se seu corpo estivesse secretando algo novo. Ele gemeu de novo, mas desta vez o som veio em câmera lenta, esticado, como um elástico prestes a arrebentar. Eu podia ver, na luz baixa do quarto, como os músculos da barriga dele ondulavam, contraindo e relaxando num ritmo que não pertencia a ele.
"Por favor—", ele tentou dizer, mas a palavra se perdeu quando eu finalmente fechei minha mão em volta dele—não para movimentar, apenas para sentir. Ele estava tão quente que quase queimava, tão duro que parecia feito de mármore, e ainda assim... tão frágil. Cada músculo do corpo dele tremia como se estivesse sendo eletrocutado, seus dedos se enterravam no lençol como garras, e eu podia ver os dentes dele brilhando no escuro—apertados até doer.
E então eu sussurrei, bem no ouvido dele, enquanto meu polegar esfregava a ponta dele com uma lentidão quase cruel: *"Você é o tempo. Você é eterno."* E ele arqueou as costas tão violentamente que eu pensei que a coluna dele ia quebrar. Seu rosto estava molhado—de suor, de lágrimas, de saliva—e seus olhos, tão escuros quanto o céu antes da tempestade, me olhavam como se eu fosse tanto sua salvação quanto sua ruína. E eu sabia, ali, que ele nunca mais seria capaz de gozar rápido de novo. O script tinha feito seu trabalho. E agora? Agora era minha vez.
Mas antes que eu pudesse continuar, antes que eu pudesse fazer ele gritar meu nome tão devagar quanto ele merecia, eu senti algo estranho—um tremor no meu próprio corpo, como se o script estivesse me afetando também. Minha pele estava quente demais, minha respiração pesada demais, e quando olhei para baixo, vi minhas próprias mãos tremendo. Era como se eu tivesse aberto uma porta que não podia mais fechar. E então eu entendi: o script não era só para ele. Era para mim também. E agora a gente estava preso no mesmo loop infinito.
Ele gemeu de novo, mas desta vez foi diferente—foi como se o som viesse de muito longe, como se estivesse atravessando um túnel antes de chegar até mim. E eu percebi, então, que a gente não estava mais no quarto. A gente estava em algum lugar entre o sonho e a vigília, entre o prazer e a dor, e tudo—absolutamente tudo—estava mais devagar. Até o bater do meu coração. Até o piscar dos meus olhos. Até o ar entrando e saindo dos meus pulmões.
E então eu ouvi—não com meus ouvidos, mas com minha pele, com meus ossos, com o sangue correndo nas minhas veias—a voz do script, tão clara quanto se estivesse dentro da minha cabeça: *"Você vai ler isso de novo amanhã. E depois de amanhã. E depois de depois de amanhã. Cada vez mais devagar. Cada vez mais fundo."* E eu sabia, no fundo do que ainda restava de racional em mim, que eu não tinha escolha. Amanhã eu ia abrir esse arquivo de novo. E de novo. E de novo. Até que a eternidade fosse só mais um segundo.
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