Um dia normal, não fosse o inexplicável estado de tesão que tomava conta do meu corpo – rola endurecendo por qualquer coisa ou pensamento mais libidinoso.
Uma viagem natural, não fosse o motorista um belo rapaz, branco, de camiseta regata a expor seu peito atraente e seus braços voluptuosos.
Uma combinação explosiva de desejo de pegar o condutor do blablacar, não fosse minha crônica timidez.
Agasalhei-me no banco do carona e a viagem principiou, final de tarde. Silêncio e música reinavam. Mais alguns minutos e a rodovia engoliu o sol, vermelhando e logo prateando o horizonte. Eu sentia meu cu piscando sob mim, o falo teso palpitando, mas contribuía com minha parte para o silente trajeto.
Um súbito animal na pista, uma manobra brusca, salvando-o de atropelamento, e ensejando assunto. Mais asséptico impossível. Na agora semiescuridão do automóvel, eu me permitia, enquanto a conversa rolava, rolar meus olhos pelo seu corpo, suas coxas, sua rola desenhada na bermuda tactel, e curtir a ereção insistente da minha própria pica. Eu louco para enveredar o papo pelos caminhos da sensualidade, mas cadê coragem?!
Uma ideia, uma pequena mentira, para sondagem: falei que meu ex-namorado dizia que eu tinha um coração muito mole para animais. Estratégia acertada. Ele nitidamente se empolgou e encaminhou a conversa para relacionamentos, perguntando, a certa altura, se eu tinha namorado atualmente. Coração aos pulos, voz falhando miseravelmente, disse que não, que encerrara meu ciclo de ligações afetivas, que ultimamente estava mais a fim de satisfazer meu corpo e nada mais.
Eu sufocava heroicamente meu imenso desejo de lhe tocar. Ele transpirava tesão. O clima estava estabelecido, mas nenhum dos dois avançava um milímetro.
Percurso relativamente curto, logo as luzes do destino espocaram a nossa frente. Ele falou que tinha outra viagem programada para aquela noite e perguntou se me incomodava que eu passasse na casa dele, na entrada da cidade, para um banho rápido; em compensação, me deixaria na minha residência depois. Sem problema.
Uma garagem de um pequeno sobrado engoliu o carro e subimos para seu lar, próprio de quem vive sozinho. Meus olhos se perdiam no balançar das ancas e no movimento geleia das nádegas a minha frente. Ao chegar à sala, ofereceu-me o sofá e água, e enquanto eu resfriava meu carburador, retirou a camisa, presenteando-me com um tronco alvo e quase sem pelo, axilas cuidadosamente aparadas; em seguida, baixou o short e as borboletas alvoroçaram-me o estômago – a rola semiereta libertou-se, em leve agitação. Encaminhou-se ao banheiro e o sutil barulho da urina no vaso, depois da água sobre seu corpo elevaram minha temperatura. Coração aos pulos, comentei, querendo ser despretensioso, sobre o calor que estava fazendo; ele respondeu, voz ecoando, que a água estava uma delícia e me convidando a experimentar.
“Cara, vou recusar não!”
Em instantes me desvesti, e, meio preocupado com minha plena ereção, empurrei a entreaberta porta, que me mostrou um corpo divino, a água se fazendo cascata sobre a pele branca e o pau completamente ereto, pulsando para cima, quase a tocar na barriga. Busquei naturalidade e entrei no box, sentindo a carícia líquida sobre meu corpo.
Nos movimentos de esfrega, tanto meus quanto dele, nossos corpos se tocavam, aumentando consideravelmente a dureza de nossas picas. Em silêncio, ele catou a esponja, encharcou-a de sabonete e se pôs a passar em minha pele, no peito, descendo para a minha barriga, as coxas e chegando a minha rola rígida. Gemi discretamente. Virei-me e senti a massagem perfumada em minhas costas, descendo pelo dorso até chegar a minha bunda. Dei um passo para trás e senti a maciez de seu peito, contrastando com a rigidez de seu pau.
Cadelamente passei a me esfregar naquele corpo, que logo reagiu, aprumou-se e senti seu pau me penetrando suavemente; pus minhas mãos para trás, catando sua cabeça pelo pescoço e nos beijamos com ânsia, enquanto ele me estocava com mais vigor. Eu sentia sua rola entrando e saindo, meu cu se abrindo àquele falo delicioso e sábio. Ele baixou sua mão e sequestrou minha rola em riste, passando a punhetá-la no ritmo com que me fodia.
Gemidos menos discretos de nós dois e movimentos cada vez mais persistentes, até que senti sua rola crescer dentro de mim e a explosão quente de seu mel estufar meu cu, enquanto ele gania e me mordiscava a nuca. Senti os raios de prazer concentrarem-se na mão que me masturbava e também explodi meus jatos de prazer, enquanto o rio de sua lava descia-me pelas coxas.
Novo beijo, agora ofegante e intenso, corpos estreitados sob a ducha morna que nos acariciava; nos sorrimos, meio sem jeito, e concluímos nosso banho. Vestimo-nos e saímos, em direção a minha casa, rindo à toa, conversando sobre aleatórios temas – um deles, a viagem que faria ainda naquela noite.
Como se fosse combinado, nenhuma palavra sobre a foda extraordinária que ainda fazia meu cu palpitar e minha rola sentir a mão que a envolvera há pouco. Corpos satisfeitos – eis o que importava.
Não deveria ter aceito mais uma viagem naquela noite...
