De Corno a Predador: Como Me Vinguei Da Minha Esposa e Do Seu Amante - Capítulo Especial

Um conto erótico de Gil
Categoria: Heterossexual
Contém 1572 palavras
Data: 27/12/2025 21:19:41

>> Nota: pessoal, eu sabia que o QRCode iria soar meio “viagem” e talvez até seja, mas eu tinha lido há algum tempo atrás sobre a possibilidade desse tipo de coisa… algum russo maluco fez. Eu então pesquisei exatamente como ele tinha conseguido fazer isso funcionar; fiz um capítulo bônus tentando explicar mais ou menos (através do conto), como isso talvez poderia se tornar viável (com muito dinheiro e muita sede de vingança).

>> Enfim, esse é apenas um capítulo bônus. A história “oficial” terminou na parte 3!

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"O homem prudente prevê o mal e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando." — Provérbios 22:3

***

**DIA ZERO: O ESTÚDIO**

Eu sabia que Camila não era burra o suficiente para aceitar uma tatuagem sem verificar o conteúdo primeiro. Mesmo desesperada, mesmo quebrada, ela tinha o instinto de sobrevivência de um animal acuado.

Por isso, eu preparei *duas versões* do site.

A primeira versão — a que ficaria no ar nas primeiras 72 horas após a tatuagem — era exatamente o que eu tinha prometido: uma carta formal de desculpas, escrita em tom jurídico, assumindo total responsabilidade pela traição. Algo que um juiz leria e pensaria: "Essa mulher está sendo honesta."

A segunda versão — que entraria no ar automaticamente após 72 horas, usando um script agendado no servidor — era o *verdadeiro* conteúdo: o vídeo da humilhação, a ameaça de exposição, a prisão psicológica permanente.

Mas havia um detalhe técnico que eu precisava resolver: **QR Codes tatuados funcionam mesmo?**

A resposta é: sim. Mas não perfeitamente.

Eu tinha pesquisado por semanas. Casos reais. Em 2011, um programador russo tatuou um QR Code no braço que levava ao seu LinkedIn. Em 2017, uma artista alemã tatuou um QR Code nas costas que apontava para uma exposição de arte. A tecnologia *existe*. Mas o segredo está na *precisão*.

A pele se move. Ela envelhece. A tinta pode borrar. Por isso, eu contratei não um tatuador comum, mas um especialista em tatuagens médicas — aquelas usadas para marcar áreas de cirurgia ou radioterapia. Ele usou uma máquina de precisão cirúrgica, tinta de carbono médico (que não desvanece), e um estêncil digital impresso em resina.

O QR Code que ele tatuou na virilha da Camila tinha margem de erro de 0,2mm. Ele *funcionava*. Perfeitamente.

E mais: eu tinha adicionado uma camada extra de segurança.

***

**A CAMADA INVISÍVEL**

Dentro da tinta preta do QR Code, misturada de forma invisível a olho nu, havia **micropartículas de óxido de ferro**. Não o suficiente para ser visível na pele, mas o suficiente para ser detectado por leitores RFID de curto alcance.

Eu tinha comprado, no mercado negro de tecnologia médica, três chips RFID do tamanho de um grão de arroz. Eles custaram uma fortuna. E o tatuador, depois de terminar o QR Code visível, injetou os três chips com uma agulha hipodérmica em pontos estratégicos ao redor da tatuagem — espaçados por 2cm cada, formando um triângulo.

Os chips eram inativos. Eles não faziam nada. Não emitiam sinal. Não tinham bateria. Eles eram apenas... *marcadores*.

Mas eu tinha programado um sistema de segurança no meu servidor:

**Se os três chips fossem detectados como "ausentes" simultaneamente (o que aconteceria se ela removesse a tatuagem por laser, cirurgia ou dermoabrasão), um script automático enviaria o vídeo da humilhação para uma lista de 47 contatos pré-programados.**

Pais dela. Irmãos. Colegas de trabalho. Ex-amigas. E, o mais cruel: um e-mail agendado para ser enviado aos nossos filhos quando eles completassem 18 anos, caso o sistema detectasse remoção antes disso.

Ela não sabia disso. Ainda.

***

**DIA ZERO: A VERIFICAÇÃO DELA**

No estúdio, assim que a tatuagem foi coberta com o filme plástico, Camila fez exatamente o que eu esperava.

— Eu quero escanear. Agora. — A voz dela estava firme, desconfiada.

Eu sorri.

— Claro. Eu insisto.

Ela pegou o celular, abriu a câmera, apontou para a tatuagem ainda coberta pelo plástico transparente.

O QR Code funcionou perfeitamente. A câmera leu. O navegador abriu.

E o que ela viu foi exatamente o que eu tinha prometido:

***

**CARTA DE ASSUNÇÃO DE RESPONSABILIDADE**

*"Eu, Camila Ferreira da Silva, declaro para todos os fins de direito que:*

*1. Fui a única responsável pelo fim do meu casamento com João Santos de Oliveira.*

*2. Cometi adultério de forma consciente e reiterada, traindo a confiança conjugal.*

*3. João nunca cometeu agressão física, psicológica ou moral contra mim.*

*4. Todas as alegações de coerção que fiz em processos judiciais foram infundadas e motivadas por vingança.*

*5. Assumo integral responsabilidade pelos meus atos e renuncio a qualquer direito de revisão judicial do divório.*

*Data: [timestamp automático]*

*Assinatura digital: [hash criptográfico]*"

***

Ela leu tudo. Respirou fundo. E pela primeira vez em meses, algo parecido com *paz* passou pelo rosto dela.

— Tá... tá bom. — Ela guardou o celular. — Isso é... humilhante. Mas é o que você pediu.

— Exatamente. — Eu estendi a mão. — Prazer ter feito negócios com você, Camila.

Ela não apertou minha mão. Apenas saiu.

Eu esperei ela virar a esquina. E então, liguei para o tatuador.

— Você ativou o localizador RFID?

— Sim. Tá funcionando. Eu tenho o sinal dos três chips aqui. — Ele me mostrou o tablet. Três pontinhos verdes formando um triângulo na imagem térmica.

— Perfeito. Obrigado pelo trabalho.

Transferi o pagamento final. Cinquenta mil reais. Ele embolsou e nunca mais fez perguntas.

***

**DIA 1-3: A FALSA SEGURANÇA**

Nos três dias seguintes, Camila escaneou o QR Code mais cinco vezes. Eu sei porque o servidor registrava cada acesso.

Dia 1, 23h47: Acesso do IP dela. Duração: 3 minutos.

Dia 2, 14h22: Acesso do IP dela. Duração: 1 minuto.

Dia 3, 08h15: Acesso do IP dela. Duração: 40 segundos.

Ela estava checando, rechecando, tentando encontrar o truque. Mas não havia truque. Ainda.

O site mostrava exatamente o que ela esperava: a carta de desculpas. Nada mais.

Ela até postou nos Stories do Instagram (eu monitorava a conta dela por um perfil falso): uma foto de uma praia, com a legenda: *"Recomeços são possíveis."*

Idiota.

***

**DIA 4: A MUDANÇA**

72 horas e 14 minutos após a tatuagem, o script agendado no servidor executou.

O site mudou.

A carta de desculpas sumiu.

No lugar, uma tela preta com um vídeo em autoplay. O vídeo do motel. Ela gemendo. Chorando. Sendo humilhada.

E logo abaixo, em letras vermelhas:

**"VOCÊ CARREGA A VERDADE NA PELE. REMOVA A TATUAGEM E O MUNDO VÊ ISSO. VIVA COM ELA E APENAS VOCÊ SABE. ESCOLHA COM SABEDORIA."**

Eu estava na academia quando o telefone tocou.

Eram 19h32. Camila. Gritando.

— SEU MONSTRO! SEU FILHO DA PUTA DOENTE!

Eu pausei a esteira. Coloquei o fone.

— Boa noite, Camila. Gostou da atualização do site?

— VOCÊ MENTIU! VOCÊ DISSE QUE ERA SÓ UMA CARTA!

— Não. — Minha voz estava calma, didática. — Eu disse que o QR Code levaria a um site que *eu controlo*. E eu controlo. O conteúdo do site é decisão *minha*. Você não perguntou se o conteúdo seria permanente.

Silêncio. Só a respiração ofegante dela.

— Eu vou remover. Eu vou pagar o que for preciso e vou remover essa merda da minha pele.

— Pode remover. — Eu sorri. — Mas você leu a mensagem que apareceu depois do vídeo?

— Que mensagem?

— Rola a página pra baixo.

Ouvi o som do dedo dela deslizando na tela.

E então, um silêncio absoluto.

Ela tinha lido:

***

**AVISO TÉCNICO**

*"A tatuagem contém três microchips RFID implantados na derme ao redor do QR Code. Eles estão inativos e indetectáveis por métodos convencionais. Porém, eles funcionam como um sistema de 'tripwire' (armadilha de gatilho).*

*Se os três chips forem removidos ou destruídos (por laser, cirurgia, ou qualquer método de remoção de tatuagem), um script automático será acionado.*

*O script enviará o vídeo completo da sua humilhação, junto com fotos e mensagens de áudio, para 47 contatos pré-selecionados, incluindo:*

*- Seus pais

- Seus irmãos

- 12 colegas de trabalho

- 8 ex-amigas

- 3 tios

- E um e-mail agendado para seus filhos, a ser entregue quando completarem 18 anos.*

*Você pode viver com a marca. Ou pode viver com a vergonha pública eterna.*

*A escolha sempre foi sua."*

***

Ela começou a chorar. Não era choro de raiva. Era desespero puro.

— Isso... isso não é real... você tá blefando...

— Quer testar? — Eu ri. — Vai num dermatologista. Pede pra remover. E depois me conta quantas pessoas ligaram pra você.

Ela desligou.

E nunca mais tentou remover.

***

**EPÍLOGO TÉCNICO**

Três meses depois, eu recebi um alerta no meu sistema.

Camila tinha ido a uma clínica de remoção de tatuagens. O scanner RFID que eu tinha plantado na recepção (disfarçado como um leitor de cartão de crédito modificado) detectou os três chips.

Ela estava *considerando*.

Mas no final, ela não fez.

Porque quando o atendente deu o orçamento — R$ 8.000,00 para remoção completa, 8 sessões de laser — ele também deu o "aviso padrão":

— A senhora sabe que essa tatuagem tem tinta com partículas metálicas, né? É possível remover, mas pode deixar cicatriz. E se tiver qualquer implante próximo, tipo piercing interno ou chip, pode causar queimadura.

Ela perguntou, trêmula:

— Como vocês sabem que tem partículas metálicas?

— O scanner aqui detectou. — Ele apontou para o leitor (que eu tinha subornado a clínica para instalar). — A senhora sabia que tinha isso?

Ela empalideceu.

E saiu da clínica correndo.

***

>>> Obrigado por lerem e comentem! Podem fazer críticas, elogiar, estou lendo todos os comentários! Quem quiser entrar em contato por e-mail também estou disponível! Um abraço pessoal! (Estou me empenhando para dar continuidade as outras série; nesse momento não planejei iniciar nenhuma outra nova para conseguir esse foco! Me sigam!)

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Comentários

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Obrigado pelos comentários pessoal!! To curtindo ter que tapar esses “furos” da ideia do QRcode, haha, só pra treinar a escrita mesmo (isso aqui não é nada oficial, só brincadeira):

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72 horas depois da tatuagem.

O script no meu servidor rodou a atualização programada. O conteúdo do QR Code mudou.

A carta de desculpas sumiu. No lugar, entrou o vídeo do motel. O vídeo *completo*. Ela gemendo, obedecendo, se humilhando, confessando que amava a traição.

E abaixo do vídeo, um contador regressivo vermelho: **29 DIAS, 23 HORAS, 59 MINUTOS.**

O telefone tocou quase imediatamente.

— SEU FILHO DA PUTA! — Ela gritava tanto que o som distorcia. — VOCÊ MUDOU O SITE! ISSO É CRIME! LEI CAROLINA DIECKMAN! EU VOU CHAMAR A POLÍCIA!

Eu atendi bebendo um vinho, tranquilo.

— Calma, Camila. Antes de chamar a polícia, você leu os termos de serviço no rodapé da página?

— QUE TERMOS?!

— Aqueles que explicam que o servidor está no Panamá, pago com Monero, e que você cedeu os direitos de imagem para uma empresa offshore quando assinou o recibo dos 50 mil reais. Legalmente, esse site é uma "instalação artística sobre a dualidade humana". Eu sou um fantasma jurídico. Boa sorte tentando explicar isso para a Polícia Federal.

— Eu vou cobrir essa merda! — ela chorou, a voz trêmula de pânico. — Vou fazer uma tatuagem por cima amanhã mesmo! Vou passar laser! Ninguém vai ver esse código!

— Ah, a cobertura... — Eu ri, um som seco. — Eu esperava que você dissesse isso. É aí que entra a parte divertida.

— Do que você tá falando?

— O contador no site. Você viu? Ele está contando para zero. Se chegar a zero, o sistema envia o vídeo automaticamente para uma lista de 47 e-mails. Seus pais. Seus chefes. Seus amigos. E deixa agendado para os nossos filhos quando fizerem 18 anos.

Ela ficou muda.

— Para o contador *não* zerar — continuei —, você precisa fazer um **Check-in de Vida**.

— Check-in...?

— O sistema funciona como aquele app, o *BeReal*. Em momentos aleatórios do mês, você vai receber um alerta no seu celular. Pode ser de manhã, de madrugada, ou durante um jantar. Quando o alerta tocar, você tem **15 minutos** para clicar no link, abrir a câmera e escanear a tatuagem.

Eu deixei a informação assentar como chumbo derretido.

— O sistema usa reconhecimento de imagem avançado. Ele verifica se o código está legível. Se a pele é a sua. Se não tem maquiagem, adesivo ou tinta por cima. Se a validação for positiva, o contador reinicia para mais 30 dias. O vídeo continua guardado.

— E se eu cobrir? — ela sussurrou, aterrorizada.

— Se você cobrir com uma tatuagem nova... o sistema não lê. O contador zera. O vídeo vaza.

— Se você passar maquiagem pesada ou colocar um adesivo... vai dar tempo de limpar tudo em 15 minutos quando o alarme tocar no meio do supermercado?

— Se você estiver num encontro e o alarme tocar... você vai ter que correr pro banheiro e tirar a calça.

— Isso é escravidão... — ela soluçou.

— Não, Camila. Isso é **liturgia**. — Minha voz ficou dura. — Você queria apagar o que fez. Eu estou garantindo que você tenha que *cuidar* do seu erro. Limpar. Proteger do sol. Validar. Todo. Santo. Dia. Se você falhar uma única vez, o mundo inteiro fica sabendo quem você é.

— Por favor, João... eu não aguento viver assim...

— Então não viva. A escolha é sua. O vídeo vaza, você perde tudo de vez, e fica livre da tatuagem. Ou você mantém o segredo, mas vira escrava da marca.

— Você é o diabo.

— Não. Eu sou apenas o homem que você criou.

Desliguei.

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Sensacional, agora ficou redondinho, exige um certo grau de logística digital que é dispendiosa, mas tá valendo para um cara obcecado por vingança, maneiro cara, gostei.

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Boa Contradio .

Eu achava que a esposa indo chorar pro marido e se humilhando seria mais real

Sua escrita é muito boa e os diálogos sao excelente. Continue escrevendo

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Obrigado!, estou com muita ideia boa pra novos contos!

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Interessante, improvável, mas plausível com uma quantidade enorme de ajustes técnicos, mas eu tenho uma pergunta:

Se ela modificasse a tatuagem, deixasse o QR code integrado em uma tatuagem maior inclusive para não conseguir acesso através do QR code na pele, a vingança perderia o sentido, pois ela não estaria mais marcada, com a etiqueta permanente da vergonha, como poderia ser identificado que houve essa mudança na tatuagem original?

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Exato. Ela pode simplesmente fazer qualquer coisa no QR code por cima pra atrapalhar a leitura. Nem precisa cobrir ela toda. Só invalidar o funcionamento do QRcode.

E outra coisa. Se o site que controla o QRcode e o vídeo está vinculado ao ex-marido, publicar imagens ou vídeos na internet dessa forma é um crime cibernético. Lei Carolina Dieckman. Facilmente rastreável, ainda mais com as mensagens que ele mandou pra ela. Só ela printar isso.

Foi inusitado, mas um exagero.

Mas foi bem interessante.

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Tem alguns recursos avançados para manter o site oculto, inclusive legalmente, hospedando o site em uma rede privada, tudo criptografado, IP mascarado, tudo isso pode ser feito legalmente através da Dark web, sem contar com as inúmeras formas ilegais, que tornam a identificação bastante dificultosa, pois usam servidores efêmeros em diversos países pelo mundo, é tudo muito técnico e dispendioso, mas o cara tá podendo, se ligou no whisky dele, rsrsr

Quanto a ela acionar a lei, estaria tendo que se auto revelar, acabando que seria penalizada também, se expondo a conclusão da chantagem.

O ponto fraco da vingança dele é que faltou o fiscal de xoxota, kkk, ela teria que se apresentar periodicamente a alguém para verificação e punição caso houvesse alguma adulteração, o não comparecimento, implicaria também em punição, seria ainda mais humilhante e cruel kkkkkkkkk

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Opa, tudo bem? Escrevi uma versão alternativa e complementar e publiquei aqui nos comentários mesmo (só por diversão), se quiser dá uma lida! Tento manter uma lógica dentro dessa possibilidade. Obrigado por colaborar!

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Legal, acho maneiro essa interação, obrigado por entrar nessa viajem, vou ler.

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Gozei!
As melhores!