De Corno a Predador: Como Me Vinguei Da Minha Esposa e Do Seu Amante - PT. 03

Um conto erótico de Gil
Categoria: Heterossexual
Contém 1934 palavras
Data: 27/12/2025 12:59:48

**"Quem cava um buraco como armadilha cai em fossa profunda, que ele mesmo fez. A sua maldade cairá sobre a sua cabeça, e a sua violência descerá sobre a sua própria fronte." — Salmos 7:15-16**

***

Três meses após o divórcio.

Eu estava no escritório, assinando o contrato de venda da casa que tínhamos comprado juntos, quando o e-mail do meu advogado chegou. Assunto: **"Ela entrou com recurso. Leia agora."**

Abri o anexo.

Camila tinha contratado um advogado especializado em "violência psicológica conjugal". Ela estava pedindo uma revisão do acordo de divórcio, alegando que eu tinha cometido "tortura psicológica" ao orquestrar a cena no motel. Que ela havia sido "coagida". Que as gravações eram "ilegais". Que eu deveria ser processado criminalmente por "exposição pornográfica não consensual".

Ela queria a guarda dos filhos de volta. Queria metade do patrimônio que eu tinha blindado. Queria uma indenização por danos morais.

E mais: ela estava tentando reverter a decisão judicial que me deu a casa, os carros, as contas. Ela queria me *destruir* judicialmente.

Eu li o documento inteiro. Três vezes. Em silêncio.

E então, eu sorri.

Porque ela tinha feito exatamente o que eu esperava.

***

**O ERRO DELA**

No xadrez, existe um conceito chamado **Desperado**. É quando uma peça está condenada a ser capturada, então ela faz um último movimento desesperado para causar o máximo de dano possível antes de sair do tabuleiro.

Camila estava em Desperado. Ela sabia que tinha perdido. Mas em vez de aceitar a derrota com dignidade, ela decidiu ir para a guerra jurídica.

Ela cometeu o erro clássico: achou que o jogo estava no tabuleiro visível.

Mas o *meu* jogo sempre foi em três dimensões.

Liguei para o meu advogado.

— Ela pode ganhar isso? — perguntei, calmo.

Ele hesitou.

— Olha, João... tecnicamente, algumas das gravações que você fez podem ser questionadas. Se o juiz for progressista o suficiente, ele pode alegar que você criou um cenário de "coerção extrema" e invalidar as provas. É... possível. Não provável, mas possível.

— Entendi. — Desliguei.

Eu não ia deixar a "possibilidade" existir.

***

**A REVELAÇÃO**

Naquela noite, eu abri a Bíblia que minha avó tinha me dado quando eu fiz dezoito anos. Eu nunca tinha sido religioso. Mas nos últimos meses, desde que comecei a executar o Protocolo, eu tinha voltado a ler.

Não por fé. Mas por *clareza*.

Porque os homens de antigamente entendiam algo que a sociedade moderna esqueceu: **existem pecados que exigem marca permanente**.

Eu folheei até Provérbios 6. Li em voz alta, sozinho no escritório:

> *"O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz. Achará castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio nunca se apagará. Porque os ciúmes enfurecem o homem; assim, não perdoará no dia da vingança. Não aceitará nenhum resgate, nem se conformará, ainda que multipliques os presentes."*

**"O seu opróbrio nunca se apagará."**

Eu fechei o livro.

E foi nesse momento que a ideia veio.

Não seria suficiente destruí-la financeiramente. Não seria suficiente tirar os filhos, a casa, a dignidade.

Eu precisava marcar ela. Para sempre. De uma forma que, mesmo se ela ganhasse na justiça, mesmo se revertesse tudo, ela nunca pudesse apagar o que tinha feito.

Ela precisava carregar a traição *na pele*.

***

**O PLANO**

Levei duas semanas para montar a estrutura.

Primeiro, eu contratei um investigador particular para seguir Camila. Ela estava morando num apartamento vagabundo na zona leste, bancado por um "namorado novo" — um empresário falido que ela conheceu num app de relacionamentos. O cara era patético. Barrigudo, careca, desesperado por validação feminina. Ele pagava as contas dela em troca de sexo medíocre e da ilusão de que tinha "salvado" uma mulher "vulnerável".

Perfeito. Homens desesperados são fáceis de manipular.

Segundo, eu criei um dossiê falso. Um documento forjado por um hacker que eu conhecia desde a faculdade, alegando que Camila estava planejando me acusar de *agressão física* além da psicológica. Que ela tinha fotos forjadas de hematomas, laudos médicos falsificados, testemunhas compradas.

Eu enviei o dossiê para o "namorado" dela, com uma mensagem anônima:

*"Sua namorada está preparando uma armadilha para o ex-marido. Quando ela ganhar o processo, ela vai limpar a conta dele. E depois, vai limpar a sua. Você é o próximo."*

Homens desesperados também são paranóicos. Três dias depois, o investigador me informou: eles tinham brigado. Ele tinha expulsado ela do apartamento.

Camila estava sozinha de novo. Sem dinheiro. Sem teto. Sem advogado (porque ela não tinha como pagar os honorários sem o dinheiro do "namorado").

E foi aí que eu fiz a ligação.

***

**A OFERTA**

— Alô?

A voz dela estava rouca. Cansada. Quebrada.

— Oi, Camila. — Minha voz estava suave, quase carinhosa. — Ouvi dizer que você tá passando por uns perrengues.

Silêncio. E então:

— Vai se foder, João.

Eu ri.

— Calma. Eu não liguei para brigar. Eu liguei para fazer uma proposta.

— Eu não quero nada de você.

— Tem certeza? Porque eu posso resolver todos os seus problemas. Agora. Hoje mesmo.

Ela hesitou. Eu ouvi a respiração dela mudar.

— ...o que você quer?

— Eu quero encerrar isso. A guerra jurídica. Os processos. As mentiras. — Eu pausei. — Você retira o recurso. Assina um documento concordando que o divórcio foi justo. E em troca, eu te dou cinquenta mil reais. À vista. Transferência hoje.

Silêncio longo.

— ...cinquenta mil?

— Cinquenta mil. — Eu deixei o número ecoar. Para alguém sem teto, sem comida, sem dignidade, cinquenta mil reais era a salvação. — Mas tem uma condição.

— Sabia. — A voz dela ficou amarga. — O que você quer? Me ver chupar o pau de alguém de novo? Me humilhar mais?

— Não. Nada disso. — Eu sorri, mesmo sabendo que ela não podia ver. — Eu só quero que você faça uma tatuagem.

Pausa.

— ...uma tatuagem?

— Isso. Pequena. Discreta. Você escolhe onde. Eu pago. E depois, você nunca mais me vê. Cinquenta mil na conta. Você recomeça sua vida.

— Que tipo de tatuagem?

— Um QR Code. Três centímetros por três. Onde você quiser. Virilha, costela, nuca. Você escolhe.

— ...e o QR Code leva pra onde?

Eu pausei. Deixei o suspense crescer.

— Para um site que eu controlo. Um site que contém uma carta de desculpas. Escrita por você. Explicando que você foi a única culpada pelo fim do casamento. Que eu nunca te agredi, nunca te forcei a nada. Que tudo foi escolha sua.

— Isso é... isso é ridículo...

— Não. Isso é *segurança*. — Minha voz ficou mais dura. — Porque se você tentar me processar de novo no futuro, se tentar inventar mais mentiras, eu vou simplesmente mostrar a tatuagem. A carta. E nenhum juiz do mundo vai acreditar em você.

Ela respirou fundo.

— E se eu não aceitar?

— Então o processo continua. E eu vou gastar mais um milhão de reais para te destruir. Eu vou contratar investigadores. Vou subornar testemunhas. Vou fazer você parecer a pior mãe do mundo. E no final, você vai ficar sem nada. Nem os cinquenta mil. Nem os filhos. Nem a ilusão de que você pode me vencer.

Silêncio.

— ...eu posso remover a tatuagem depois?

Eu sorri.

— Claro. É a sua pele. Você faz o que quiser com ela.

Mentira. Mas ela não precisava saber disso ainda.

***

**A EXECUÇÃO**

Dois dias depois, Camila assinou o contrato.

Ela apareceu no estúdio de tatuagem que eu tinha alugado (um lugar discreto, sem câmeras de segurança públicas, só as minhas). Ela estava magra, pálida, com olheiras fundas. A queda tinha sido brutal.

O tatuador — um cara que eu tinha pago muito bem para não fazer perguntas — preparou a máquina.

— Onde você quer? — ele perguntou.

Ela olhou para mim. Ódio puro nos olhos.

— Na virilha. — Ela cuspiu as palavras. — Onde nenhum homem futuro vai querer olhar por muito tempo.

Eu sorri.

— Perfeito.

Ela se deitou na maca. Puxou a calça jeans para baixo, deixando a lateral da virilha exposta. O tatuador limpou a área, aplicou o estêncil do QR Code.

E começou.

Camila fechou os olhos. Algumas lágrimas escorreram. Mas ela não reclamou. Ela estava além disso.

Quando terminou, o tatuador cobriu a área com filme plástico.

— Pronto. Vai cicatrizar em duas semanas. Não tira o curativo antes.

Eu transferi os cinquenta mil para a conta dela na hora.

Ela checou o celular. Viu o valor. E pela primeira vez em meses, algo parecido com alívio passou pelo rosto dela.

— Acabou? — ela perguntou, a voz pequena.

— Acabou — eu disse.

Ela saiu sem olhar para trás.

***

**O TWIST**

Uma semana depois, Camila descobriu o truque.

Ela escaneou o QR Code (claro que ela ia escanear, curiosidade é o pecado original). E o site não mostrava uma "carta de desculpas".

Mostrava o vídeo dela no motel. Gemendo. Chorando. Sendo humilhada pelo Marcos enquanto eu ditava as ordens. E logo abaixo, um texto:

**"Camila, adúltera. Traidora. Mentirosa. Esta é a marca do que você é. Você pode removê-la. Mas se remover, o vídeo vai para todos os seus contatos. Para os seus pais. Para os seus filhos (quando completarem 18 anos). Para cada pessoa que você conhece. Você tem uma escolha: viver com a marca escondida, ou viver com a vergonha pública. Escolha com sabedoria. — João"**

Ela me ligou, gritando.

— SEU FILHO DA PUTA! VOCÊ MENTIU!

— Não. — Minha voz estava calma. — Eu disse que você podia remover. E pode. Eu só não disse que *deveria*.

— EU VOU PROCESSAR! EU VOU...

— Vai o quê? — Eu ri. — Você *assinou* um contrato, Camila. Você aceitou cinquenta mil reais para fazer a tatuagem. Voluntariamente. Com testemunhas. Não tem coerção. Não tem ilegalidade. Você vendeu sua pele. E agora, você vai viver com o preço.

Ela começou a chorar. Soluços desesperados.

— Por favor... por favor, João... eu não aguento mais... eu só quero paz...

E foi aí que eu citei a Bíblia de novo:

— Ezequiel 16:38 diz: *"E julgar-te-ei como são julgadas as adúlteras. E entregar-te-ei ao sangue da fúria e do ciúme. E te despirão os teus vestidos, e tomarão as tuas joias de adorno, e te deixarão nua e descoberta."* — Eu pausei. — Você já está nua, Camila. A tatuagem é só o selo. A prova de que Deus vê tudo.

Ela desligou.

***

**O FINAL**

Três meses depois, eu recebi uma foto pelo WhatsApp. Era de um número desconhecido.

Na foto, Camila estava numa praia no Nordeste. Biquíni. Corpo bronzeado. Sorrindo ao lado de um homem de meia-idade.

Mas se você olhasse bem, dava para ver na lateral da virilha, por baixo do biquíni fio-dental, a borda de uma tatuagem coberta com maquiagem.

A mensagem dizia:

*"Eu aprendi a viver com ela. Mas todo dia, quando eu olho no espelho, eu vejo você. Eu te odeio. Mas você ganhou."*

Eu olhei para a foto. Para o sorriso falso dela. Para o homem que não fazia ideia do que estava ao lado.

E eu respondi:

*"Naum 1:2 diz: 'O Senhor é um Deus zeloso e vingador. O Senhor toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.' Não fui eu que ganhei, Camila. Foi a justiça."*

E bloqueei o número.

***

**EPÍLOGO**

Seis meses depois, eu estava casado de novo. Uma mulher mais jovem, mais bonita, mais *leal*. Nós tínhamos comprado uma casa nova. Os filhos vinham me visitar todo fim de semana.

E Camila?

Ela vivia na sombra da própria traição. Literalmente. Toda vez que ela tirava a roupa, toda vez que ela se olhava no espelho, ela via a marca.

E a melhor parte?

Ela *não* removeu. Porque ela sabia que se removesse, o inferno seria pior.

Eu a prendi na própria pele. E ela escolheu viver na prisão.

**"Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente." — Salmos 141:10**

E eu escapei.

Livre.

Vitorioso.

Xeque-mate.

***

>> FIM!

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Comentários

Foto de perfil de Samas

Que final sensacional, mas ao mesmo tempo fantasioso com essa questão do QRCode

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Flerta com a fantasia, a ameaça final ficou fansiosa, quem iria verificar se ela removesse a tatuagem, ela teria que se apresentar a justiça para verificação ✔️✅

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Muito bom. O corno foi extremamente vingativo, não teve piedade da adúltera. Transformou a humilhação em combustível. Senti falta de saber como ficou a relação dela com os filhos. Ela foi afastada completamente?

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Foto de perfil de Samas

Bom acho que mesmo eles separados ela pode ver os filhos , acho que só em situações de agressão física

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