Aqui estão os relatos de um tempo que não volta mais, o colegial, entre 2014 e 2016. São memórias embaraçosas, safadas e que me definiram. Não vou seguir uma linha do tempo, vou apenas deixar as lembranças virem à tona. E a responsável por quase todas elas, a arquiteta dos meus fetiches, foi ela.
A gente se conheceu após uma amiga em comum nos apresentar, depois de alguns dias, naquele clima de tesão de adolescente, aquela coisa de não conseguir tirar a mão um do outro. Eu era o tipo de cara quieto nerd, branco, 1,70, magro que já começava a ter definição natural de atleta, e com 19 anos, eu achando que já sabia de tudo. Que besteira. Tudo o que eu sabia de foda foi ela que me ensinou.
E ela... ah, ela. A Yasmin.
Uma parda mais nova que eu, mas gostosinha demais, 1,50 no máximo, com um corpinho que era feito pra ser pegado com força,. Magrinha, com uns peitos durinhos e do tamanho certo pra caber perfeito na mão, e um bumbum que era um convite, empinado e redondinho. Cabelos pretos alisados, caindo nos ombros. Mas o que me fodeu de verdade foi o olhar dela. Tinha um ar de "sabe de nada, inocente", mas os olhos dela... os olhos dela gritavam. Eles diziam: "eu sou a sua putinha mais safada, e você nem faz ideia".
No começo, eu era o dono do pedaço. Dominante por natureza, eu adorava ser quem mandava. A gente supostamente era virgem, ela jurava que sim, mas com a safadeza que pulsava nela, eu tinha minhas dúvidas. E o nosso namoro não foi de rosas, foi de suor, gemidos e confissões sujas. Foi quando a gente começou a falar o que gostava na cama que o mundo explodiu. Ela adorava ser forçada, sentir um homem pegando no pescoço com força, ser humilhada, chamada de puta. E eu era feliz da vida sendo o carrasco dela, o homem que a usava como uma cadela.
Mas a safada tinha um plano. Aos pouquinhos, ela começou a virar o jogo. Tudo começava com piadinhas sobre o meu pau. Não sobre o tamanho, mas sempre sobre a grossura. "Ah, é gostoso, mas um pau mais grosso deve preencher melhor", ela dizia, rindo e olhando nos meus olhos. E logo as piadas viraram comparações. Falava de um conhecido meu um amigo negro de 1,89 de altura, era até mais novo, "aquele seu amigo grandão ali, aposto que o pau dele é tão grosso que nem cabe na boca". Ela falava essas coisas sem nem ao menos estar excitada, olhando nos meus olhos, vendo a minha reação.
Quando o relacionamento já estava maduro, ela não tinha mais filtro. Ficava me chamando de "corno de sacanagem", só de brincadeira, dizia ela. "Você já pensou, meu amor? Sua namoradinha aqui sendo arrombada por um cara de verdade enquanto você fica esperando... te deixaria durinho, não ficaria?", ela dizia. Eu ficava morrendo de raiva, brigava com ela, mas sempre depois a perdoava, eu era extremamente ciumento, mas mal sabia que isso ela iria mudar em mim.
Eu odiava e amava aquilo. Odiava a humilhação, mas meu pau ficava duro como uma pedra toda vez que ela me incluía nessa putaria doentia. Era uma confusão na minha cabeça. Ela sabia exatamente o que estava fazendo. Aos poucos, ela foi me induzindo, me programando. Cada xingamento, cada fantasia que ela contava, era uma semente plantada na minha mente. Até que um dia, aquilo que era humilhação começou a virar desejo. Eu comecei a fantasiar com a ideia, a querer ver, a querer ser o corno que ela dizia que eu era. Mas eu jamais tinha contado isso a ela.
Aquela putinha não só me ensinou a ser dominante por um bom tempo, ela me ensinou a gostar de ser humilhado. Ela foi o estopim de tudo, a arquiteta da minha transformação. Ela pegou o dono de escravas que eu era e o transformou, lentamente, no corno manso e submisso que sou hoje. E por causa dela, por essa inversão perversa que ela fez na minha cabeça, eu nunca consegui esquecer a primeira e mais puta de todas as minhas namoradas.