Matando a saudades da minha empregada Gisele

Um conto erótico de Morena Casada
Categoria: Lésbicas
Contém 1310 palavras
Data: 03/12/2025 06:23:55

Ricardo viajou na sexta-feira à tarde. O destino era São Paulo. Oficialmente, uma conferência sobre direito tributário. Extraoficialmente? Uma caçada.

​Eu fiz a mala dele. Coloquei os ternos italianos, as camisas de algodão egípcio e, escondido no fundo, dentro de uma necessaire discreta de couro, o "kit de sobrevivência" da Boneca: a calcinha de renda preta que ele usou no Rio, o plug de metal e um lubrificante à base de água.

​"Comporte-se, amor," eu disse, ajeitando a gravata dele na porta de casa. "Ou melhor... não se comporte."

​Ele sorriu, aquele sorriso ansioso e submisso. "Eu vou tentar achar alguém, patroa. Alguém que tenha a pegada... parecida com a sua."

​"Acha um touro, Ricardo. Deixa ele te usar. E quando voltar, eu quero o relatório completo. Com fotos, se possível."

​Ele saiu flutuando. Ele ia para São Paulo para ser o Doutor de dia e a Boneca de noite, em saunas ou hotéis, buscando o alívio que só a humilhação lhe trazia.

​A casa ficou vazia. Silenciosa. Minha.

​Eu sabia que ele sabia dos meus amantes. Ele sabia do Cadu (o "Rei"), ele sabia do Jonas (o "Presidiário") e ele tinha visto o Paulo e o Kaio (os "Touros"). A minha vida sexual com homens era um livro aberto para ele, o combustível das punhaladas dele.

​Mas havia um capítulo que ele não lia. Um capítulo trancado a sete chaves.

​Gisele.

​Para Ricardo, ela era a empregada eficiente. Para mim... ela era meu oásis. Minha amante secreta. A única pessoa que me tocava não para me quebrar, mas para me venerar.

​No sábado à noite, eu a convoquei. Não como funcionária. Como amiga. Como cúmplice.

​"Traz aquele vinho que você gosta, Gi. Hoje a noite é nossa."

​Ela chegou às oito. Sem uniforme. Usava um vestido simples de alcinha, solto, cabelos soltos e cheirosos, e aquele sorriso de quem sabe onde pisa.

​Nós nos sentamos no tapete da sala, o mesmo tapete onde Ricardo tinha sido arrombado dias antes. A garrafa de vinho aberta entre nós, taças cheias, luzes baixas. O ar condicionado zumbia suavemente (obrigada, Jonas).

​Eu comecei a falar.

​Eu precisava contar. Eu precisava tirar de dentro de mim a magnitude da depravação que tinha tomado conta da minha vida nas últimas semanas. E Gisele... Gisele era o público perfeito.

​Eu contei tudo.

​Contei do Rio de Janeiro. Descrevi, com detalhes sórdidos, a sala do apartamento em Copacabana. Falei do Paulo, o gigante negro, e de como ele me fodeu olhando no espelho enquanto meu marido mamava o Thiago no chão.

​Gisele ouvia, os olhos arregalados, a taça de vinho parada no meio do caminho até a boca.

​"Meu Deus, patroa..." ela sussurrava. "O Doutor Ricardo... mamando? De quatro?"

​"Como uma cadela, Gi. E gostando. Ele limpou a porra do chefe da minha buceta com a língua."

​Gisele estremeceu. Ela cruzou as pernas, inquieta. Eu sabia que ela estava molhada só de ouvir.

​Depois, contei da casa de swing. Falei do Kaio. Do quarto de espelhos. Do banho de leite que tomamos juntos.

​"A senhora... a senhora virou a dona de tudo, Dona Luana," Gisele disse, olhando para mim com uma mistura de medo e adoração. "A senhora pegou o casamento e virou do avesso."

​"Eu só peguei o que era meu, Gi. O prazer."

​Eu tomei o último gole do vinho. O álcool aquecia meu sangue, mas o olhar da Gisele me aquecia mais.

​"Mas sabe o que é engraçado, Gi?" eu disse, me arrastando pelo tapete até ficar perto dela, tocando o joelho dela.

​"O quê, patroa?"

​"É que... o Paulo tem uma tora. O Kaio tem uma jiboia. O Cadu tem o ritmo. Eles me arrombam. Eles me preenchem. Eles me fazem gritar..."

​Eu passei a mão pelo rosto dela, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

​"... mas nenhum deles... nenhum... me faz sentir o que você faz."

​Gisele parou de respirar. O elogio a atingiu como um raio.

​"Eles usam o meu corpo, Gi. Você... você lê o meu corpo."

​Ela sorriu. Aquele sorriso de sacerdotisa. Ela colocou a taça de vinho no chão, longe, para não derramar.

​"Então deita, patroa," ela sussurrou. "A senhora já falou demais. A senhora já serviu os homens. Agora deixa a Gisele servir a rainha."

​Eu me deitei no tapete felpudo.

​Gisele não teve pressa. A noite era longa. Ricardo estava a 500 quilômetros de distância, provavelmente levando ferro. Nós estávamos sozinhas.

​Ela levantou meu vestido. Eu estava sem calcinha, claro. Eu sempre a esperava pronta.

​Ela se ajoelhou entre as minhas pernas. Ela olhou para a minha buceta como se fosse o Santo Graal.

​"Tão linda..." ela murmurou. "Tão usada... tão minha."

​Ela se abaixou.

​O primeiro toque da língua dela foi elétrico.

​Não foi uma lambida. Foi um beijo. Ela beijou meus lábios, macia, carinhosa. E então, a ponta da língua dela começou a desenhar círculos no meu clitóris.

​"Ah... Gi..."

​"Shhh. Relaxa. A noite é toda nossa."

​O que aconteceu nas horas seguintes não foi sexo. Foi bruxaria.

​Gisele tinha um dom. A língua dela mudava de textura. Às vezes era firme, pontuda, vibrando no botãozinho até eu arquear as costas e prender a respiração. Às vezes era larga, chata, lambendo tudo, me encharcando de saliva e prazer.

​Ela me comeu. Gostoso. Devagar.

​Ela usava as mãos. Dois dedos entraram em mim. Não para arrombar, como os homens, mas para encontrar. Ela curvava os dedos, achando aquele ponto G que parecia fugir dos paus de borracha e de carne, mas que se entregava para os dedos dela.

​NHOC. NHOC. NHOC.

​O som dos dedos dela dentro de mim, misturado com o som da boca dela me chupando, era a música mais perfeita.

​Eu gozei a primeira vez em dez minutos. Um orgasmo clitoriano, agudo, que me fez puxar o cabelo dela.

​"Isso... goza pra mim, patroa... me dá o seu mel..." ela gemia contra a minha pele, bebendo tudo, sem parar.

​Ela não me deixou descansar.

​"A senhora disse que aguentou o Kaio e o Paulo," ela provocou, subindo o olhar para mim, o queixo brilhando. "Então a senhora aguenta a Gisele."

​Ela voltou ao trabalho.

​Ela me chupou de lado. Me chupou de quatro. Me chupou com as pernas nos ombros dela.

​Ela me levou para a cama.

​Lá, ela foi mais ousada. Ela sentou na minha cara. Eu chupei a buceta dela, sentindo o gosto dela, enquanto ela cavalgava na minha boca e enfiava os dedos em mim. O 69 perfeito. A simetria. Mulher com mulher. Cheiro de fêmea com fêmea.

​E então, o grand finale.

​Ela me deitou de barriga para cima. Ela se deitou sobre mim, encaixando o corpo dela no meu. Ela começou a esfregar a buceta dela na minha. Tribadismo. O atrito. Molhado no molhado. O clitóris dela roçando no meu.

​Ela me beijou na boca. Um beijo profundo, de língua, enquanto nossos quadris dançavam uma valsa frenética lá embaixo.

​"Eu te amo, patroa," ela sussurrou, no delírio do prazer. "Eu amo esse corpo."

​Aquilo foi o gatilho.

​Nós explodimos juntas. Um orgasmo sincronizado, de corpo inteiro, que me fez chorar. Eu senti a alma sair do corpo. Não havia dominação, não havia submissão, não havia boneca nem diretoria. Havia apenas nós duas, fundidas em suor e amor profano.

​Nós apagamos.

​Acordei no domingo de manhã com o sol no rosto.

​Gisele estava dormindo abraçada a mim, a cabeça no meu peito, a perna jogada por cima da minha. O lençol estava uma bagunça. O quarto cheirava a nós.

​Eu acariciei o cabelo dela.

​Ricardo voltaria à noite, cheio de histórias de homens e humilhação. Eu teria que voltar a ser a Patroa implacável, a dona da cinta.

​Mas ali, naquele momento, com a minha sacerdotisa nos braços, eu sabia que aquele era o meu verdadeiro descanso. Os homens eram meu vício. Gisele... Gisele era minha cura.

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