A galeria de arte contemporânea estava mergulhada em uma luz suave e âmbar. No centro da sala, sobre um pedestal de mármore baixo e largo, Marina estava posicionada. Desta vez, a performance intitulada "A Força Rendida" elevava o conceito a um novo patamar.
Ela estava vestida com um biquíni de competição dourado, que brilhava contra sua pele bronzeada. Seus braços estavam esticados para cima, com os pulsos presos por algemas de veludo a uma estrutura metálica elegante. Suas pernas estavam abertas e os tornozelos fixados na base, deixando suas solas poderosas e arqueadas perfeitamente expostas ao nível do olhar do público.
O Início da Performance
O diretor sussurrou no fone de ouvido dela: "Lembre-se, Marina: você é uma estátua viva até que o toque humano a desperte."
O público, formado por críticos de arte e curiosos — todos fisicamente muito menores e mais frágeis que ela — começou a circular. O contraste era absoluto. Marina parecia uma deusa de bronze, imóvel, com cada fibra muscular saltando em uma exibição de poder estático.
Um homem pequeno, usando óculos, aproximou-se timidamente. Ele estendeu a mão e tocou o vasto lateral da coxa de Marina. Ela permaneceu firme. Mas então, ele deslizou os dedos para a curva sensível do joelho.
— Hihi... — Um escape de riso curto e agudo quebrou o silêncio da galeria.
O público murmurou, fascinado. A "estátua" tinha um ponto fraco.
A Rendição da Titã
Incentivados pela reação, outros visitantes se aproximaram. Duas mulheres começaram a usar pincéis de cerdas finas para "limpar" as solas dos pés de Marina. O efeito foi imediato e devastador para a compostura da fisiculturista.
— Hahaha! Não... hihihihi! — Marina começou a se contorcer, seus bíceps de aço saltando enquanto ela puxava as algemas de veludo. — AHAHAHA! Isso faz... hihi... muita cócega! HAHAHAHA!
Uma terceira pessoa começou a dedilhar as costelas de Marina, bem abaixo do biquíni, onde o serrátil anterior se encontrava com os oblíquos. Os dedos eram rápidos, como se tocassem um piano sobre os músculos rígidos dela.
— UHUHUHU! HAHAHAHA! PAREM! HIHIHIHIHI! — A gargalhada de Marina agora preenchia toda a galeria. — HEHEHEHE! EU VOU... HAHAHA... EU VOU DERRETER! AHAHAHA!
O público estava em transe. Ver aquela mulher monumental, capaz de levantar centenas de quilos, ser reduzida a um estado de pura alegria infantil por toques tão leves era o ápice da arte. As veias em seus pés e pescoço saltavam enquanto ela lutava contra as tiras, suas pernas chutando o ar em espasmos rítmicos.
— HIHIHIHI! HAHAHAHA! AS SOLAS NÃO! AHAHAHA! UHUHU! — Ela gritava entre risos, a cabeça jogada para trás, exibindo a linha forte da mandíbula enquanto os pincéis continuavam o suplício gentil nos seus arcos plantares.
O Clímax do Contraste
A performance durou trinta minutos. Ao final, Marina estava suada, com os músculos pulsando e o rosto corado de tanto rir. Quando o diretor finalmente sinalizou o fim e a soltou, o público rompeu em aplausos efusivos.
Ela desceu do pedestal, as pernas ainda um pouco bambas pelas cócegas intensas. Uma das críticas de arte aproximou-se, maravilhada.
— Foi a coisa mais humana que já vi. Sua força é real, mas sua vulnerabilidade é o que a torna divina.
Marina sorriu, limpando uma lágrima de riso no canto do olho. Ela nunca se sentira tão poderosa e, ao mesmo tempo, tão deliciosamente exposta. O pagamento seria alto, mas a satisfação de ver aqueles seres "pequenos" admirando sua dualidade era o verdadeiro prêmio.
Enquanto se vestia no camarim, ela viu um novo envelope sobre a mesa. Era um convite para uma performance itinerante por todo país.