CONTO FINAL

Um conto erótico de ric.1831
Categoria: Gay
Contém 445 palavras
Data: 21/11/2025 03:23:01
Última revisão: 21/11/2025 03:28:19

CONTO FINAL

Eu sempre gostei da sensação de entregar o controle, de me dobrar na vontade de alguém maior do que eu. Esse impulso de submissão, de entrega profunda, sempre pulsou em mim como um instinto natural e imaginei que o Chris poderia ocupar esse espaço na minha vida.

Só que o Christian… ele é de outro jeito. Ele é amoroso, carinhoso de um jeito verdadeiro, sem exageros. É gentil até quando não percebe, até no sexo.

Tem aquela presença que acalma a pele, não que a comanda.

Seu toque é mais abraço do que ordem, mais cuidado do que posse. Ele não invade, não marca território, não puxa, não prende. É o homem, é o macho, é o namorado que acolhe. E é justamente aí que mora a confusão dentro de mim.

Eu o amo, assim como ele também me ama, mas no sexo e fora do sexo o amor dele não permite que ele me trate como eu gostaria: como a puta, a submissa, o capacho, o faz tudo. E está tudo bem, afinal sexo não é tudo e o prazer é de ambos e não apenas meu ou dele.

A verdade é que quem sonhava com uma relação marcada por submissão, entrega e autoridade era eu. Só eu. Ele nunca buscou esse tipo de intensidade. Nunca mostrou vontade de ocupar esse lugar que, na minha cabeça, parecia tão natural pra ele. Não por culpa dele, mas porque eu projetava. Porque eu sentia demais. Porque eu confundia o carinho e o amor dele com uma possibilidade que na realidade nunca existiu.

Na verdade eu construí sozinho uma versão dele que nunca foi real: uma que mandava, que segurava forte, que me tomava pela nuca e dizia o que fazer. Mas ele não é assim. Ele é leve, suave. É carinho, não comando. No fim, eu estou aqui encarando essa realidade que sempre existiu: o que eu buscava nele era meu, não dele. Minha entrega, meu impulso, meu desejo de ser dominado. Ele nunca prometeu nada disso e me deu e dá o que 99,99% dos casais gays e heterossexuis querem: afeto, amor, carinho, e não putaria e sadomasoquismo extremos.

Agora eu sigo tentando separar o que é fantasia do que é real, o que é desejo do que é possível. Ele é carinho, eu intensidade. Ele é cuidado, eu entrega. Ele é ternura, e eu essa vontade de me dobrar a alguém que queira me dominar ao extremo.

E tudo bem, afinal o amo e nos amamos! Então, não escreverei mais. Os contos se encerram aqui. Foram todas fantasias minhas com o Chris, meu macho, que me ama acima de qualquer putaria. 😊

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