A Detenta - 3

Da série A Detenta
Um conto erótico de W
Categoria: Lésbicas
Contém 1172 palavras
Data: 20/11/2025 06:45:45

Joyce e Thaís se deitaram juntas. Enquanto se olhavam felizes, a detenta começou o seu relato:

— Isso já tem um tempo. Eu tinha 18 anos, e tinha acabado de sair da escola. Fui fazer um cursinho pré-vestibular, e para pagar o curso, eu peguei um trabalho de babá para uma família com dinheiro. E o Flavinho, o filho deles, era um amor. — Joyce disse essa parte com um sorriso no rosto. — E por um tempo foi bom. O pagamento era bom, eu gostava do trabalho, e por um tempo, as coisas iam bem.

Thaís ouvia as lembranças de Joyce com atenção. Tinha curiosidade de saber como uma bela jovem foi parar em um lugar daqueles:

— E então, um dia o Flavinho ficou… diferente. O corpo dele ficou muito mole, ele ficou muito devagar, tinha dificuldade para comer… e uns dias depois ele caiu no chão e não levantou. Eu chamei o 192 e ele foi para o hospital. — Joyce fez uma pausa, ficando mais séria enquanto lembrava da sua história. — Mas no fim, não adiantou. Ele morreu.

O silêncio desconfortável se abateu entre as duas. Thaís tentou achar palavras para quebrar o clima desagradável.

— E todo mundo apontou o dedo para você, não foi?

— Foi. A corda arrebentou no lado fraco.

Ao ouvir as palavras da detenta, Thaís abraçou Joyce. Mesmo sem pedir, lhe deu um beijo no rosto:

— E você não sabe como está o seu processo?

— … Eu já nem sei mais. Eu sei que sou inocente, mas as coisas vão tão devagar que prefiro não pensar.

Foi a primeira vez na conversa em que Joyce se emocionou. A convicção da sua inocência era a sua motivação, mas a demora e a incerteza do andamento eram duros golpes na sua vida.

— Joyce, como eu te falei, eu conheço pessoas que podem ajudar. Eu prometo que vou passar essas informações para alguns contatos. Posso te dizer que, no mínimo, as coisas vão andar mais rápido. Só peço calma.

As duas se abraçaram em silêncio. Talvez agora, as coisas poderiam melhorar para Joyce.

Thaís pediu desculpas por precisar ir embora. Ela se vestiu novamente e recolheu tudo que trouxe para o encontro. As duas se despediram com um abraço e Thaís prometeu voltar o quanto antes.

Esse novo fator trouxe mais ânimo para Joyce. Os dias na padaria artesanal ocupavam sua cabeça. As visitas de Rayan e dos pais eram um alívio para os sentimentos ruins, e a promessa de Thaís era um incentivo para acreditar em mudanças positivas.

Como prometido, Thaís voltou alguns dias depois, com algumas coisas que trouxe da cozinha. A primeira coisa que pediu foi para tirar o uniforme novamente:

— Nem precisa pedir. — Joyce disse enquanto tirava o seu próprio. As duas ficaram de calcinha e camiseta, indo para um abraço em seguida:

— Você está bem soltinha! — A decisão de Joyce surpreendeu Thaís.

— Thaís, você está sendo uma coisa boa na minha vida. — Joyce disse sem soltar a loira do abraço. As duas se sentaram na cama para comer. Thaís começou a conversa dizendo que contou a história de Joyce para um amigo advogado:

— Ele vem amanhã. Só precisa contar para ela o que você me disse e ela cuida do resto.

— Acha que ele pode ajudar?

— Joyce, eu vou falar a verdade. Acho que ele consegue. Eu contei a sua história do jeito que você me falou e ele já achou umas inconsistências. — Thaís respondeu com um olhar sério. — Ele conhece vários profissionais que podem ajudar.

Joyce ouvia tudo em silêncio. Talvez sua sorte estivesse prestes a mudar. No entanto, ela preferiu ficar em silêncio por enquanto, preferindo dar um abraço e um beijo em Thaís:

— Calma, Joyce. As coisas estão indo bem.

As duas ficaram em silêncio por mais uns minutos, até Joyce olhar para Thaís e lhe dar um beijo. Não no rosto, mas na boca. Elas se assustaram com a atitude e Joyce pediu desculpas:

— Joyce, se acalma. Só explica o que te deu na cabeça.

— Thaís, me faz gozar! Depois eu me arrependo. — Ela disse enquanto tirava a camiseta e o sutiã. A loira parou para ver Joyce melhor. Um corpo atraente e esguio com seios pequenos e bonitos. Thaís pediu para ela se levantar e tirar a calcinha. Um montinho de pelos escuros deixou Thaís babando com uma visão tão bela.

Foi a vez da guarda tirar a roupa. O tamanho dos seios era por conta do silicone. Firmes e lindos. A calcinha guarda uma faixa estreita e aparada de pelos claros.

Houve uma troca de olhares e sorrisos tímidos. Thaís foi até Joyce e disse apenas algumas palavras:

— Deita. E não faz barulho.

A jovem se deitou com um sorriso. Thaís veio e a beijou. Com amor. Com tesão. Ela desceu até o meio das pernas, beijando o interior das coxas.

— Está bom?

Joyce respondeu com a cabeça, lembrando de não fazer barulho. O jeito como ela mordia os lábios já falava muito.

Thaís avançou, indo agora para o clitóris. O mel das suas pernas era doce e quente. Joyce tinha uma respiração pesada e uma expressão de prazer no rosto:

— Você é uma delícia, minha linda. — Thaís disse em uma pequena pausa. — Goza na minha boca, meu amor.

Joyce ouvia as palavras e sentia mais tesão. Todas as lembranças ruins daquele ataque sumiram com o tratamento que Thaís lhe dava. Estava completamente solta e entregue:

— Você quer?

— Por favor. Goza pra mim.

O pedido foi atendido com gosto. Thaís encheu a boca com o mel de Joyce. E ela teve seu primeiro orgasmo que a fez sorrir. Antes da prisão, ela havia se masturbado algumas poucas vezes. E fora o ataque na prisão anterior, nunca teve uma experiência satisfatória.

Mesmo sem nunca ter beijado outra mulher, ela trouxe Thaís para um beijo selvagem. Aquilo era retribuição por todo amor e cuidado que recebeu. Elas se deitaram juntas em silêncio, esperando que a noite nunca acabasse.

Um pouco depois, Thaís foi obrigada a se levantar. As duas se vestiram e ela foi embora com uma promessa:

— Na próxima vez sou eu.

Joyce foi dormir sorrindo.

No dia seguinte, recebeu a visita do advogado que Thaís falou. O doutor Celso Tavares era um homem calvo de constituição forte e um olhar sério por trás dos óculos. Mesmo com Thaís dizendo que podia confiar nele, sua seriedade assustava.

Feitas as apresentações, Joyce contou novamente o que já havia contado para Thaís. Após ouvir tudo com atenção, ele respondeu com um tom calmo:

— Joyce, pelo o que você me falou, seu caso tem uma possibilidade imensa de ser revertido. Como me passaram, tem algumas coisas que não batem.

— E quanto tempo isso pode levar?

— Farei isso imediatamente. Tudo que eu ouvi até agora está errado.

Joyce sorriu com a notícia. Mais um passo em direção à liberdade foi dado:

— Apenas peço por um pouco de paciência. Isso pode levar mais 6 meses.

— Não me importa. Já fico feliz de ter boas notícias.

A reunião acabou de forma satisfatória. Joyce agora tinha mais esperança no futuro.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Wammy House a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Wammy HouseWammy HouseContos: 70Seguidores: 75Seguindo: 16Mensagem Só alguém que escreve sobre coisas que já viveu, mas que deveriam ter se encerrado de outra forma.

Comentários